Clarion
(Bruno Zanelli - ateu, defensor da laicidade, do aborto, da legalização das
drogas, e da igualdade de direitos). Link AQUI
Eu concordo com o Bozo nessa questão, ter filhos não deveria ser livre como é, a pessoa teria de provar ter condições minimas para criar e sustentar
Nada melhor que começar botando os pingos nos
is. Eu não sou um apoiador do Bolsonaro. Pelo contrário, esse é um texto
escrito por alguém que o considera uma das últimas opções dentro do leque de
presidenciáveis. Alguém que, num fatídico segundo turno entre Bolsonaro e Lula,
ficaria seriamente tentado a votar na “alma mais honesta do país”. Mas este também não é o texto sobre o que eu desejo que aconteça, mas sobre o que eu acredito que vai acontecer. E os sinais indicam que Bolsonaro tem tudo para realmente ser o “Donald Trump brasileiro”, só que por motivos completamente diferentes do que a galera que fica chamando ambos de fascista acredita. As similaridades entre os dois são muito mais
profundas que as críticas repetidas exaustivamente de machista, racista,
homofóbico. Muito mais importantes que o diagnóstico raso de que representam ‘o
ódio das elites golpistas’ e aquela ladainha toda. Mas podem ser resumidas em
um ponto central que pode ser chocante para todos:
- “Tanto Trump quanto Bolsonaro fazem o povão
finalmente se sentir ouvido e representado” -
Calma. Respira fundo. É isso mesmo que eu
escrevi. Prometo que vai fazer sentido se você continuar lendo. Vamos lá.
Eu sei que você acredita que a esquerda é a
única, verdadeira e legítima representante do povo. Eu também acreditava. Quase
todo mundo que passou pelo ensino médio ou superior nos anos 90-00 pensa assim.
Mas vamos parar para analisar um pouquinho.
Imagine que você é um membro do mítico povão.
Você acorda cedo, rala pra caramba para
sobreviver com o seu salário. Volta para casa em ônibus lotado, um caldeirão de
gente se acotovelando. Morre de medo de ser assaltado todo dia. Passa por um
tiroteio no caminho de casa, e a única segurança que sente é a fé que tem em
Jesus (e a confiança de que está com o dízimo em dia). Quando finalmente chega
em casa, tudo que você quer é relaxar assistindo o futebol e a novela.
O que a esquerda moderna tem a dizer sobre
você?
Que você é tudo que ela odeia. Que você é um
imbecil por acreditar em deus, um alienado por assistir a Globo, um reacionário
maldito por ter medo de bandido. Que você é machista por gostar de ver a
dançarina rebolando no Faustão, e ao mesmo tempo homofóbico por não gostar do
clipe do Pablo Vittar.
E além de machista e homofóbico, você também
é racista, fascista, transfóbico, heteronormativo e mais um monte de outros
palavrões sofisticados que você não sabe nem pronunciar.
Do alto de sua “torre de marfim”, os
intelectuais de esquerda idealizaram um pobre que só existe na mente deles - um
pobre que está muito preocupado com apropriação cultural, islamofobia,
agricultura orgânica, laicidade do Estado e veganismo.
Essa enorme “elite burguesa” - sempre
sustentada por dinheiro de impostos cobrados de você -está lá, falando palavras difíceis e
preocupada com temas completamente alheios ao seu dia-a-dia, enquanto fala mal
de tudo que você gosta e te chama de idiota (o que definitivamente você é
mesmo...). E o pior de tudo, petulância das petulâncias:
ela acredita que te representa.
A esquerda fala muito de alienação mas, de
tão alienada em si mesma, se convenceu de que representa os pobres. Nada mais
longe da verdade. Na verdade, ela não tem o menor interesse de representar, mas
sim de controlar os pobres. A esquerda ama o pobre no mesmo jeito que alguém
ama seu bichinho de estimação - eu te dou comida e limpo a sua sujeira em troca
você me deve lealdade e obediência eternas.
Eis que chega um Trump. Eis que chega um
Bolsonaro.
Eles não querem ditar o que você deve pensar.
Pelo contrário, parecem dar voz ao que você pensa. Eles não estão preocupados
com a “ararinha azul da mata atlântica” ou com a representatividade
trans-quilombola no congresso, mas com os seus problemas reais.
Finalmente um político promete prender o
bandido que roubou o celular que você ainda está pagando prestação, em vez de
dizer que ele é uma vítima da sociedade que precisa de carinho. Finalmente um
político que fala de Jesus, em vez de perseguir o cristianismo e proteger o
islã.
Finalmente um político que promete acabar com
a boca de fumo que destruiu a vida do seu filho, em vez de falar de legalizar a
maconha. Finalmente o seu Zé, dono do botequim da esquina, vê um político que o
reconhece como um empreendedor que rala pra caramba, e não como um empresário
malvadão explorador.
Não é questão de eu concordar ou não com
essas pautas. Como quem me conhece sabe, eu sou um ateu, defensor da laicidade,
do aborto, da legalização das drogas, e da igualdade de direitos. Mas eu também
sou só mais um burguesinho na minha torre de marfim.
O fato é que esses políticos estão realmente
alinhados com os anseios do povão e isso, no Brasil e no mundo atuais, é uma
raridade.
É por isso que eu acredito que as chances do
Bolsonaro para 2018 são muito grandes. E quanto mais a elite intelectual
espernear bordões como machista, fascista, homofóbico, mais aumentarão as suas
chances. Porque, ao contrário deles, Jair Bolsonaro de fato *representa o povão, (ele é tão burro, alienado e estúpido quanto a maioria da população é... ). E ao
xingar o Bolsonaro pelo que ele acredita e É, estão indiretamente xingando - e
antagonizando - o povão que é quem vai votar e decidir.
O personagem de desenho animado, o Johnny Bravo é o estereotipo do homem idiota, escroto, burro, machista, violento, orgulhoso, corrupto, sem escrúpulos, malandro, mentiroso, etc... qualquer pessoa que assista ao desenho sabe disso, e Bolsonaro com orgulho se diz igual a ele
Resposta - Bruno GM: É, o Bruno Zanelli
(Clarion) tá certo. Se o Povo é uma massa idiota de retardados mentais, só vai
se eleger políticos que reflitam a sua própria decadência. A esquerda
intelectual tem de voltar para a terra e equilibrar melhor suas propostas.
Economia, Educação e diminuição da desigualdade devem ser a prioridade.
Esses outros temas também são importantes,
mas tem coisas prioritárias. O povo num geral é tudo isso que a esquerda
intelectual aponta, mas apenas apontar os defeitos não resolve, tem de por
medidas em ação para mudar esse cenário estarrecedor.
A começar pela Prisão dos pastores de igreja evangélica, esses estelionatários. Taxar igrejas, taxar as grandes fortunas,
diminuir número de deputados e vereadores, acabar com municípios minúsculos que
só serve para desviar dinheiro. Etc... e Ciro Gomes é essa Esquerda mais
realista. #Ciro2022, #CiroPresidente
Você Sabe o que é “O Salto Quântico Genético”? [Clique Aqui]
Márcia Tiburi foi citada por Ciro Gomes numa
entrevista para a BBC News (veja abaixo), ela foi um “exemplo” que ele deu para
explicar por que o Fascista/Esquizofrênico Jair Bolsonaro venceu as eleições de
2018. E claro, os EsquizoPetistas (Jean Wyllys e
Companhia) aproveitaram a deixa para tentar fazer o Ciro virar vilão. Veja a
entrevista que gerou a polêmica:
- Escrevi sobre o Caso:
Adoro a Márcia Tiburi, eu a admiro, mas ela já tinha
tocado em assuntos muito controversos publicamente, como essa estória do C*, de
dissertar sobre o que é retórica e aí simular a “defesa” do Roubo/Assalto, (para exemplificar como a retórica da controvérsia aceita tudo), etc...
A linda (e sexi) Márcia Tiburi quando era jovem, hoje (22/09/2019) tem 50 anos O
caso do “Cu” micro-vídeo (de 1 minuto) tirado do contesto:
A
Palestra Completa (de 1 hora e 41 minutos) de onde o trecho polêmico foi picotado:
Esses assuntos de filosofia é MUITO
SOFISTICADO para as massas ignorantes. E ela já tinha mergulhado muito fundo
nesse “mundo das ideias super sofisticadas” (nível Sócrates mesmo). E o poveco
burro de QI baixo não entendeu nada, (e nunca vão entender), para eles Sócrates
é o jogador de futebol... o Aristóteles deve ser um cabeleireiro com nome muito
escroto, o Platão deve se tratar de um “Prato Grande”, e assim vai...
A distância de QI (e nível cultural) da
Márcia Tiburi com relação ao poveco brasileiro (num geral) deve ser o mesmo
entre uma formiga e uma Galáxia.
Ela já estava muito “queimada” (por conta do
mergulho em filosofia sofisticada) e claro que os adversários usaram de
retórica da controvérsia para destruir a imagem dela junto aos
semi-analfabetos, os Zé Ruela’s que acha que Schopenhauer deve se tratar de um
Chopp de nome muito esquisito. A cúpula do PT (e a própria Márcia) deveriam saber que não dava para ela ser candidata a um cargo tão majoritário. Ela consegue ser deputada Federal, ou até Senadora, mas governadora, prefeita, vai ser difícil... o povinho a enxerga como se fosse uma “extraterrestre vinda da constelação de Ophiuchus”. É isso que o Ciro quis explicar! Mas ele teve pouco tempo para desenvolver o raciocínio, ele desde as eleições usava o exemplo do Haddad para dizer como o PT/Lula escolheu mal seus candidatos, já que Haddad era o “pai do Kit Gay” (segundo Bolsonaro e apoiadores). Como esse exemplo já estava “manjado” creio que o Ciro quis renovar, usando agora o exemplo da Márcia Tiburi que é outra também já “queimada” por conta de suas dissertações sobre filosofia, usando exemplos complicados e polêmicos. A nossa querida Márcia Tiburi é genial, porém não é perfeita, ela tem alguns defeitos, e esses defeitos acabaram por serem decisivos. Ela claramente é nervosa (pavio curto), mas disfarça bem, porém quando ela tá de muito mal humor ela solta alguma “malcriação”, e esse foi o caso nos três exemplos “mortais” que foram explorados pelos mestres da sofisma durante as eleição de 2018.
Márcia Tiburi com cerca de 37 anos, no café filosófico
da TV Cultura
No
programa Provocações de Antônio Abujamra (TV Cultura de SP) a Márcia admite que
é nervosa e indignada, mas procura ficar “na dela”, mas claramente verificamos
que quando está de muito mal humor acaba “escorregando” e dando umas “caneladas”.
Foi
o caso da polêmica do “Cu”... logo no início da palestra (veja acima) ela diz
algo sobre a editora ter mandado uma mensagem dizendo (basicamente) que seu último
livro era um fracasso... ela chega a dizer - “mas para que eles fazem isso?”-
mas logo para de se queixar e volta para o tema do evento.
Então
ela estava chateada, com seu orgulho ferido, não tinha se recuperado ainda da
“ofensa”, além disso o tema da palestra era um livro muito pessimista (Pedro Páramo de Juan Rulfo), e nisso depois de falar desse livro cujo tema é pesado e
pessimista, perguntas foram feitas, e ela parecia irritada, respondia fazendo
muito esforço para ser gentil.
Ai
alguém falou sobre o governo da época (2017-Temer) dizendo que esses tiranos
modernos sofrem da patologia mental usualmente nomeada como “caráter anal”, que
se trata de uma patologia identificada por Freud (foi Freud que deu esse nome bizarro).
Porém
a Márcia em vez de responder se referindo ao conceito da psicanálise sobre obsessivos
compulsivos, ela preferiu falar do órgão mesmo... do ânus. Ela (de mal humor)
deu essa “canelada”.
(Obs. Aparentemente ela não entendeu a pergunta... pois ao
começar a responder disse ser - “super a favor do caráter anal”- mas o tal “caráter
anal” não se refere a prática sexual usando o ânus, mas sim do conceito da psicanálise
de Freud, e por que ela seria 'a favor' do maniaco obsessivo?).
Bem...
aí ela seguiu nessa fala na linha da “pratica sexual usando o ânus”, falou como
o Cu (usando essa palavra mesmo) é uma coisa muito boa na vida das pessoas,
etc...
Foi
essa fala que durou um pouco mais de 1 minuto numa palestra de 1 hora e 41 minutos que
foi retirada de contexto e usado pelos seus inimigos políticos durante a
eleição de 2018 (com muito sucesso).
Ciro Gomes usa a razão contra os ataques
de Tiburi e Wyllis
“identitarismo está nos
destruindo”
Meu Comentário: O Lula/PT não sabia dessas declarações públicas da Márcia antes de
colocar ela como candidata à Governadora do RJ? Com certeza NÃO pois são tudo
uns cabeça de vento. E a própria Márcia deveria saber que se “excedeu” em várias
ocasiões.
Veja o caso da Polêmica do“Cu”, a fala dela é aos 44:43 minutos:
(Curitiba, 16 de agosto de
2017)
A polêmica da “defesa
do assalto” é também gerada pelo mal humor da filosofa/escritora:
O
micro vídeo tirado de uma longa entrevista de 1 hora, onde ela “supostamente”
estaria dizendo ser a favor do assalto. Na verdade ela estava tentando explicar
sobre o quando é “subjetivo” as “verdades absolutas”, as “opiniões firmes”, que
na verdade todos deveriam cultivar as dúvidas, e não as certezas.
Infelizmente
ela usou um exemplo extremo, radical, ela deveria ter pensado melhor antes de
usar um exemplo tão polêmico (na TV) para explicar o que é a “retórica da controvérsia”, pois não
estava falando para uma classe de estudantes de filosofia, mas para uma TV,
para telespectadores leigos.
E
lógico que os Bolsominions que são pessoas completamente desonestas (escrotas
mesmo), se aproveitaram da “falha” e tiraram de contexto o raciocínio para acusá-la
de ser a favor de assalto/roubo (de defender isso). E veja de quem é o canal que está divulgando o
micro vídeo, é do escroto e psicótico Eduardo Bolsonaro:
Agora veja a entrevista completa e entenda o contesto onde o exemplo foi usado
(a partir de 51:00 minutos):
Márcia Tiburi explica por que deixou o Brasil depois das eleições de 2018:
Canal
Oficial da Márcia Tiburi Youtube [AQUI] Facebook Oficial [AQUI] Twitter Oficial: [AQUI] Faz artigos para a Revista Cult [AQUI] Tem um site oficial bem vazio [AQUI] e [AQUI] Site do PT sobre a Márcia [AQUI] Wikipédia sobre a Márcia Angelita Tiburi [AQUI]
Agora vejam outras
polêmicas exploradas pelos inimigos da Filosofa Feminista:
A
filósofa Márcia Tiburi abandonou um programa na rádio Guaíba (do RS) no momento
em que ficou sabendo que o outro convidado era o dirigente do MBL, Kim Kataguiri. As pessoas argumentam (em
comentários) que ela escreveu o livro - “Como conversar com um fascista”- e
fazem a crítica dizendo que ela não seguiu o próprio ensinamento, já que fugiu
da conversa com o Kim.
Mas
o que esses cabeça de vento não sabe é que o título do livro é uma IRONIA! Ela no livro diz que concluiu que não é possível conversar com fascista. E pelo
que ela diz em entrevistas, a solução que ela dá é justamente fazer o que fez,
não conversar, não permitir “lugar de fala” para fascistas, eles devem ser
censurados.
Assim
como não tem “lugar de fala” para pedofilia, também não deveria ter lugar de
fala para fascistas. Se os bolsominions tivessem tido o trabalho de pesquisar
15 minutos no google iriam saber disso... mas o que esperar de pessoas que vota
no Recruta Zero para presidente?
(Nota: Ela quis dizer as mulheres de
esquerda (lógico) mas os desonestos comentaristas do Morning Show fingiram que
não entenderam, ou são burros mesmo).
MÁRCIA TIBURI DIZ QUE LULA É DESEJADO PELAS MULHERES:
Eu o dono desse site sou fã da Márcia Tiburi,
mas ela tem defeitos, e esses defeitos acabaram sendo mortais nas eleições. Ela
foi ESMAGADA pelos mestres da sofisma. Teve apenas 5% dos votos validos no RJ
perdendo para o fascista sanguinolento Wilson Witzel.
Ela falha nas estratégias, um exemplo: só agora em 2019
resolveu ter o seu canal no Youtube, sendo que ela tem vasto material, centenas
de participações em programas, reportagens, documentários, etc... é experiente
na fala perante a câmera.
Já poderia ter se consagrado no youtube há
muito tempo, já era para estar com um canal com milhões de inscritos, mas parece
que ignorou a revolução digital, e só agora, depois de ser humilhada, escorraçada,
e ter de fugir do país para não morrer ela “finalmente” acordou para as redes
sociais e a nova plataforma de comunicação de massa da internet.
Triste! Sinal que ela não é tão sábia como
parece... ela deveria ter raciocinado isso. Eu espero que ela tenha aprendido com os
erros, e com as “bobeiras”. A verdade é que ela é muito sincera, muito autêntica,
e ser sincero e autêntico é TUDO O QUE OS POLÍTICOS NÃO PODEM SER! Sim isso
mesmo... a arte da política, é fundamentalmente a arte de ser um bom ator/atriz.
A Márcia é acostumada a falar tudo o que
pensa e acha e ser aplaudida, mas na politica você não pode ser sincero, tem de
ser diplomático, você pode ter desprezo e nojo de uma pessoa, mas se é política
que você faz, então terá de guardar a sua opinião para si...
Na política para ser bem sucedido(a) na
maioria das vezes a melhor coisa que se deve fazer é manter a boca fechada, tem
de ser dissimulado, tem de ter sangue de barata mesmo. Pois a sinceridade faz
mal para os dentes, e inclusive pode te levar a morte.
Se a Márcia não “suporta” ser assim, então a melhor coisa que faz é nunca mais se meter na política. Mas se quiser de agora em diante seguir nessa
carreira, será preciso “fazer como os políticos” ela tem de ser uma pessoa que na
maioria das vezes guarda suas opiniões para si mesma.
A filósofa e escritora Marcia Tiburi,
candidata do PT ao governo do Rio que terminou a eleição do ano passado com
5,9% dos votos válidos, deixou o Brasil sob a justificativa de estar sob
ameaças.
Em entrevista ao Valor, ela afirmou está em
Pittsburgh, nos Estados Unidos, inscrita no programa de uma instituição que
oferece acolhida e segurança a escritores ameaçados pelo mundo, a City of
Asylum.
Marcia deixou o Brasil em dezembro do ano
passado e seguiu para os EUA com visto de turismo. Nos próximos dias, deverá
embarcar para a França, onde, afirma, tem condições de ficar de forma
permanente.
Diferentemente do que ocorreu com o
ex-deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), que renunciou logo após ser reeleito
e saiu do país sob a mesma alegação, ela optou pelo silêncio nas primeiras
semanas fora do país.
No domingo, seu exílio foi mencionado pelo
escritor Afonso Borges, que mantém um blog de literatura no jornal “O Globo”.
Após a publicação, ela aceitou falar com a reportagem do Valor, que solicitava
entrevista sobre o assunto desde o fim de fevereiro.
“Saí porque estava com muito medo das
ameaças, do que estava ocorrendo com o Brasil e do que estava ocorrendo
comigo”, disse. “Nas redes você encontra muita gente dizendo que vai me matar,
que vai dar um tiro em mim, que vai acabar comigo. Também vinham ameaças
diretamente por e-mail, SMS, WhatsApp.
Fui colocada num grupo com dez caras
sinistros que tinha uma foto do Bolsonaro com uma faca. Também recebia ameaças
na rua. Não podia mais sair de casa, ir à farmácia, ir a uma padaria. Chega um
desconhecido, esbarra e diz: ‘Eu sou fascista com muito orgulho, você se
cuide’. Um outro se aproxima e fala: ‘Cuidado, na próxima vez que eu te
encontrar eu acabo com você’”.
A escritora afirma que ameaças desse tipo
surgiram em janeiro de 2018. Foi quando ela abandonou uma entrevista ao vivo
numa rádio gaúcha no momento em que, sem aviso prévio, a emissora abriu o
estúdio para o hoje deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) entrar para
debater. Ele é um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL).
“Aquilo era uma emboscada midiática. Fiquei
assustada e saí, não iria me prestar a ser alavanca de polêmica para esses
grupos. Não quis ser palco de maluco. Mas eles mesmos gravaram a saída e
começaram a fazer bullying comigo, uma tática de humilhação.
Nas redes, vieram exigir que eu fosse
coerente com meu livro ‘Como conversar com um fascista’. É um título irônico,
uma reflexão. Não digo que as pessoas devem falar com fascistas, não é livro de
regramento.”
A partir disso, afirmou, as ameaças foram
crescendo e ficando mais graves, assim como a produção de fake news associadas
ao seu nome, notícias falsas produzidas para macular sua reputação. “Virei uma
inimiga pública do MBL. Estava lançando o livro ‘Feminismo em comum’ e viajei
muito pelo Brasil.
Nos eventos, sempre tinha um grupo local que
se organizava e entrava para tumultuar. E não é só MBL. Tem um bando de lacaios
desses gurus de direita. Teve uma ocasião, em Maringá, que chegou um sujeito
armado num auditório com 400 pessoas. A polícia teve que tirar.”
Ela conta que após lançar sua candidatura ao
governo do Rio, passou a circular de carro blindado e com seguranças bancados
pelo PT. “Depois da eleição não tinha mais como o partido manter aquela
estrutura.” A escritora diz que não reportou as ameaças à polícia do Rio ou ao
Ministério Público por falta de confiança nas instituições. “Há uma mistura
entre movimentos fascistas, políticos, milicianos, Ministério Público e juízes.
E há gente boa nessas instituições. Mas não
dá para saber quem é quem. Não me senti segura para isso [denunciar
formalmente]. Sobre o [governador Wilson] Witzel, prefiro nem falar.” Ela conta
que conversou com mais de um advogado sobre o assunto, mas desistiu de levar
adiante devido à dificuldade de identificar os autores das ameaças – quase
sempre feitas de forma anônima ou por meio de perfis falsos.
Depois de mencionar outras personalidades que
deixaram o país devido a ameaças, como a pesquisadora Debora Diniz, da UnB, e o
próprio Willys, Tiburi afirmou que não tem data para voltar para o Brasil.
“Fico [fora] até o Brasil voltar em si”, disse.
Entrou numa TREMENDA FRIA, a pedido de Lula aceitou ser candidata a governadora pelo RJ, ela parece ser muito inteligente na área dela, mas nas outras áreas é ingênua. Entrou para a política e foi MASSACRADA a ponto de ter de fugir do Brasil...
Márcia
Tiburi, uma filósofa na praça pública: “Eu não tô feliz de estar aqui,
participando desse debate, e nem de fazer política nesse campo partidário”,
disse a candidata do PT ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi, no
primeiro debate de TV com seus adversários. “Embora eu esteja amando o PT, que
é um partido lindo”, complementou.
A
declaração sintetiza a situação de Tiburi. Aos 48 anos, ela nunca concorreu a
nenhum cargo eletivo na vida. Recém-filiada ao PT, a filósofa caiu de
pára-quedas na corrida pelo governo do estado após a desistência do ex-ministro
de Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim. (Ao partido, ele teria
alegado problemas familiares para não concorrer).
Tiburi,
que não assiste televisão há vinte anos, achou seu debate de estreia “uma
grande falsificação”. “As pessoas ficam ali espetacularizando, usando frases
feitas e clichês. Fui muito sincera em relação a isso”, comentou por telefone.
Ela diz lastimar que “a mídia defina tanto a pauta da política”. “Para mim, é
tão importante falar no jornal de bairro quanto falar numa tevê com uma super
audiência de uma grande corporação”.
Apesar
do discurso, a candidata de primeira viagem está mais próxima da grande mídia
do que de um jornal de bairro. Tiburi ficou conhecida nacionalmente ao
integrar, durante cinco anos, o programa de comportamento Saia Justa, do GNT —
um dos canais da Rede Globo na televisão paga.
Também
ajudou a construir sua reputação seus livros na linha da filosofia pop, que
traduzem conceitos da área para leigos. Não foge, no entanto, da abstração. “É
meu outro eu que ali fala. Ou eu nenhum. O leitor que me diga se quiser”, diz a
descrição de um de seus romances.
De
tempo em tempo, saltam manchetes com declarações suas incomuns à maioria das
figuras públicas — frequentemente tiradas de contexto. Tiburi já foi demonizada
por afirmar que “o cu é laico” e que “os algozes de Lula são caras secos, sem
tesão, e sem tesão não há solução”.
Mídia
à parte, ela dá aulas de filosofia há mais de duas décadas e tem uma carreira
acadêmica sólida. Licenciou-se recentemente da Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (Unirio) para concorrer; antes, lecionou no Rio Grande do
Sul, seu estado de origem, e na faculdade particular Mackenzie, em São Paulo.
Vida
pública:
O
primeiro partido de Márcia Tiburi foi o PSOL, a que se filiou em 2013 - mesmo
ano em que se mudou para o Rio de Janeiro. A partir do processo de impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, ela se aproximou da ala de
intelectuais e artistas ligadas à legenda. Também ficou amiga pessoal de Dilma
e Lula.
“Achei
muito desconfortável ficar num partido que defende a Lava Jato”, disse. “O PSOL
era bom numa época, ou para aquelas pessoas que acham que é importante
continuar fazendo a crítica moralista da esquerda. Eu não queria ficar mais só
na teoria.” Ela se desfiliou no começo do ano.
Sua
ficha de filiação ao PT foi assinada pelo próprio Lula, um mês antes de ele ser
preso em São Bernardo do Campo (SP). Tiburi diz considerar o ex-presidente “um
cidadão muito cativante” e “uma pessoa humana adorável”.
“Eles
têm uma relação de afeto, de amizade, mas uma solidez de anos e anos não tem”,
contou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também ficou amiga da
filósofa a partir de 2016. “Assim que o Lula sair da cadeia, será algo muito
bonito, muito legal”.
No
Rio de Janeiro, o PCdoB foi o único partido que topou se coligar com o PT.
Assim como no caso de Manuela D’Ávila, o ex-pré-candidato do partido, Leonardo
Giordano, foi chamado para entrar como vice na composição. Ao contrário de
Tiburi, Giordano já concorreu em seis eleições e foi duas vezes vereador em
Niterói. O coordenador da campanha é Edson Santos, que foi deputado federal
pelo PT em dois mandatos.
Muitos
fatos corroboram com o argumento de que a função da candidatura da filósofa
teria a função de dar palanque para o candidato do PT ao Planalto: ela é de
fora do Rio, novata na política e foi chamada na condição de plano B. Como a
nível nacional, o PT fluminense também tentou encabeçar uma candidatura de
esquerda no estado, que incluiria o PDT e o PSB.
Com esses planos frustrados,
quadros do partido admitiram que a viabilidade da candidata ao governo —
atualmente com 2% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ibope — é
menor que o ideal. A campanha direta de Márcia Tiburi nega tudo.
“Claro
que, quando ela foi pro PT, não imaginava ser candidata a governadora”, afirmou
Feghali. “Não existe isso de esquentar lugar, até porque a gente acha que
mulher não esquenta lugar de ninguém, muito menos candidatura laranja.”
A
situação dos petistas no Rio não tende a ajudar o nome de Tiburi. A nível
estadual, o partido enfrenta um paradoxo interessante. Por um lado, Lula tem
31% das intenções de votos no estado, segundo o último Datafolha — de acordo
com sondagens internas do partido, seu nome é particularmente forte em regiões
periféricas e na Zona Norte da capital.
Por
outro lado, o PT não é o principal partido de esquerda entre os fluminenses.
Segundo o cientista político João Feres, da UERJ (Universidade Estadual do Rio
de Janeiro), há duas razões para isso.
“O
PT foi fundado por três forças: igreja, sindicatos e intelectualidade.
O Rio
tem pouca base sindical se comparada a outros lugares. O cardeal aqui é
conservador, ao contrário de São Paulo. E a intelectualidade do Rio é muito
dividida entre o brizolismo e o partidão [antigo Partido Comunista]”, disse.
“Então o PT entrou atrás disso, como uma terceira opção.”
Há
também o fato de que, para sustentar sua aliança a nível nacional com o PMDB, o
PT sacrificou a viabilidade de seus candidatos locais ao governo durante a
última década e meia. O partido de Eduardo Cunha, Luiz Fernando Pezão e Sérgio
Cabral se beneficiou disso, por ser muito localizado na região.
“O
PT sempre sacrificou a agenda local, estadual, em prol da agenda federal. Isso
foi importante na consolidação do PSOL aqui”, afirmou Feres. “O PSOL do Rio é
basicamente um monte de gente ressentida com o PT. Com uma certa razão,
inclusive”.
Os
treze anos de alianças com o PMDB deixaram cicatrizes. A candidatura de Márcia
Tiburi enfrenta resistências internas de quadros que ela chamou de “viúvas do
Cabral e do Paes”.
Uma
pessoa que tem feito campanha localmente com ela apontou que Tiburi teria se
aborrecido, por exemplo, que o presidente estadual da legenda, Washington
Quaquá, tenha feito um evento com o candidato ao governo Eduardo Paes —
recém-saído do MDB — na cidade de Maricá (RJ), na semana passada. (Ano passado,
Paes chamou Maricá de “merda de lugar” em conversa por telefone com o
ex-presidente Lula, grampeada pela Polícia Federal).
O
petista Adilson Pires, que foi vice-prefeito de Paes e concorre à Câmara
Federal em 2018, também está fazendo campanha indireta para o ex-prefeito da
capital.
Por
enquanto, as chances de Márcia Tiburi estão concentradas em sua associação com
Lula. Ela sabe disso: do um minuto e vinte segundos que sua campanha dispõe em
cada bloco de propaganda eleitoral na televisão, 40 segundos são dedicados a
falar do ex-presidente.
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“Esses
2% [de intenção de voto] não me assustam. Estou misturada no meio de um bando
de cidadãos que também estão no contexto do empate técnico”, argumentou Tiburi.
“A perspectiva está muito em aberto”.
Ela
se compara frequentemente com Leonel Brizola: também um gaúcho, de esquerda,
que concorreu ao governo do Rio mesmo estando desfalcado no início da campanha
— e que ganhou. “Minha participação nessa eleição implica [no] meu dever como
professora de filosofia: fazer com que a gente reflita”, concluiu.
O
“Caráter Anal” foi o primeiro tipo de caráter patológico a ser descrito pela
Psicanálise de Freud:
O termo anal se refere a época em que a
criança precisa ser educada a controlar os esfincteres e é submetida a uma
interrupção no seu prazer natural de defecar e para isso precisa aprender duas
tarefas, reter as fezes e expeli-la no momento adequado, segundo regras e
ocasiões específicas.
Nessa fase, ainda segundo a Psicanálise é que
a criança desenvolve o senso de dever, obrigação, controle e checagem
(inclusive das fezes) de tal forma que essas habilidades se estendem para
outras áreas da vida até a fase adulta. Algumas pessoas atravessam esse período
de forma saudável, mas outros guardam impressões estranhas, ruins e guardam
consigo (sem o saber) resquícios da má elaboração dessa fase.
O que é?: A neurose obsessiva é tipo de
comportamento de checagem, perfeccionismo, ordem e busca de uma vida regrada e
virtuosa ou em outros casos na antítese suja, pecaminosa, proibida e fora das
regras.
A literatura psicanalista ofereceu muitas
contribuições para o tipo de pessoas que tem uma fascinação por manter a ordem
e se torna excessivamente formal; tem uma tendência a ser comedida chegando a
ser avarenta e até uma obstinação que se transforma numa rebeldia esbravejante.
Continua: [AQUI].
Márcia Tiburi, Filosofa, Escritora e agora Política
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente
obstinado para pensar com clareza...
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O PT elegeu Jair
Bolsonaro e todo mundo avisou, mas Lula seguiu Rumo ao Abismo. Ciro Gomes no
dia 04/12/2018 fez uma transmissão ao Vivo pelo Facebook onde entre outras
coisas enfatizou (mais uma vez) que o PT elegeu Bolsonaro, e Lula sabia do
Risco mas mesmo assim seguiu rumando para o Abismo. (essa é a parte sobre o PT,
veja a transmissão completa aqui: https://youtu.be/RWMQDTI_RlE). Se Jair Bolsonaro é presidente hoje, a
culpa é 100% do PT/Lula que com certeza está senil e sofrendo de Esquizofrenia
Alucinada pois era ÓBVIO o que iria acontecer. O Ciro avisava, os analistas de
política avisava, os repórteres avisava, os outros políticos mais experientes
avisava, e mesmo assim Lula determinou a derrota completa e total do PT levando
junto o Brasil para o fundo do abismo onde estamos agora. Entregou o país para
Fascistas que são servos dos EUA um país concorrente do Brasil que vai sucatear
e sabotar a economia do Brasil para assim proteger o seu mercado, a sua
indústria e empregos. Trump deixa Claro - "Estados Unidos em Primeiro
lugar" - o Brasil será o tapete (mais do que nunca) onde norte americano
vai limpar os pés. E essa situação vexatória devemos ao Lula que resolveu
destruir tudo o que construiu. Ele (Lula) começou a sua vida de forma
miserável, e agora termina a sua vida de forma igualmente miserável. Levando o
País inteiro junto. #Ciro2022, #CiroPresidente, #CiroGomes
Ciro Gomes CANSOU de Dizer ao PT (Lula) que
Isso ia Dar Merda!
E Deu... Lula Elegeu Bolsonaro!:
Ciro Gomes diz que se sentiu “miseravelmente
traído” por Lula e seus “asseclas”:
Lula Elegeu Bolsonaro, a Culpa é do PT - Ciro Gomes - Globo News (Dia 09 do 11 de 2018):
Ciro Falou e disse, “Vai Dar Merda!” mas Lula
ignorou, e seguiu fazendo Merda...
Magnifica entrevista
de Ciro Gomes para a Folha de S. Paulo(veja abaixo). Sugiro ao Ciro, ao PDT, que comece uma
Guerra sem precedentes contra o PT, para aniquilar esse partido de
inconsequentes, (são moleques mesmo),
absorvendo os quadros não contaminados e isolando para escanteio os fanáticos
xiitas. Para o bem do Brasil e dos brasileiros. Pois o Lula claramente entregou
de bandeja o Brasil para a extrema direita autoritária, o Lula foi muito bom no
passado, mas se tornou um Alto Traidor da Pátria ao tomar as atitudes estupidas
que tomou nessas Eleições de 2018, gerando esse resultado que estamos vendo, e
NÃO FOI POR FALTA DE CONSELHOS E OPINIÕES! Ciro e Jaques Wagner CANSARAM DE
AVISAR que ia dar merda, mas mesmo assim ele seguiu rumo ao desastre. O PT se
corrompeu, se perdeu na prepotência, arrogância e ganância desmedida, não
merece mais a nossa confiança. Quando o Lula morrer (e deverá ser em breve) o
PT vai pulverizar, virar fumaça. Então sou da opinião que Ciro e companhia
comece o desmonte do PT imediatamente, aproveitando o resultado desastroso dessas
eleições. E em 2022 os Progressistas estarão renovados e fortes para vencer com
Ciro Gomes as Eleições. Para o bem do Brasil e dos Brasileiros. Assim É, assim
Já É!
- O Ciro e PDT devem agir com absoluta violência mesmo,
declarar guerra total ao PT, por que se deixar o PT "vivo" até 2022
veremos uma REPETIÇÃO do quadro patético de 2018, a mesma polarização ‘Bolsonaro
e PT’, e com o MESMO RESULTADO! Bolsonaro Eleito para mais 4 anos... É preciso
aniquilar o PT para o bem do Brasil, para o bem do povo Pobre, que é usado e
abusado por esses demagogos.
O PT foi muito bom no passado, fez muita coisa
boa, mas se deteriorou e precisa ser descartado ou ficaremos por décadas sendo
governados por Conservadores Jumentos de Carga que vão sempre usar o PT como
motivo para permanecer no Poder. Esse bode expiatório que só ajuda a Extrema
Direita precisa ser destruído! Pois o PT para o Bolsonaro e sua turma, é como o
"Satanás" para os padres e pastores de igreja. O que seria dos
charlatões da religião cristã se não houve o “Satanás”? O que seria dos
"heróis" sem os Vilões? – Aniquilação do PT já, chega de ser
bonzinho. Para o Bem do Brasil e dos Brasileiros!
Reinaldo Azevedo: “Ciro na verdade está vislumbrando uma
janela” - Lula Elegeu Bolsonaro:
“Fomos miseravelmente
traídos por Lula, não farei mais campanha para o PT”, diz Ciro Gomes (Candidato
derrotado nega que tenha traído partido de Lula e diz que foi convidado a ser
vice do ex-presidente no lugar de Haddad):
Gustavo Uribe de
Fortaleza: Terceiro colocado na eleição presidencial, Ciro Gomes (PDT) afirmou,
em entrevista à Folha, que foi “miseravelmente traído” pelo ex-presidente Lula
e seus asseclas. Em seu apartamento, onde concedeu nesta terça-feira (30) sua
primeira entrevista desde a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro nega ter
lavado as mãos ao ter viajado para a Europa depois do primeiro turno. “A gente
trai quando dá a palavra e faz o oposto”. “Não declarei voto ao Haddad porque
não quero mais fazer campanha com o PT”, disse. O pedetista critica a atuação
do PT para impedir o apoio do PSB à sua candidatura e diz que considerou um
insulto o convite de Lula para assumir o papel de seu vice no lugar Fernando
Haddad (PT). Folha: No
primeiro turno, o senhor afirmou que choraria e deixaria a política se
Bolsonaro ganhasse. Deixará a vida pública?
- Eu disse isso
comovidamente porque um país que elege o Bolsonaro eu não compreendo tanto
mais, o que me recomenda não querer ser seu intérprete. Entretanto, do exato
momento que disse isso até hoje, ouvi um milhão de apelos de gente muito
querida. E, depois de tudo o que acabou acontecendo, a minha responsabilidade é
muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora
da luta. O país ficou órfão.
Folha: E não tomou
uma decisão se será candidato em 2022?
- Não. Quem conhece o
Brasil sabe que você afirmar uma candidatura a 2022 é um mero exercício de
especulação, porque a adrenalina não pacificou. Só essa cúpula exacerbada do PT
é que já começou a campanha de agressão. Eu não. Tenho sobriedade e modéstia.
Acho que o país precisa se renovar.
Folha: O senhor disse
que deixaria a vida pública porque a razão de estar na política é confiar no
povo brasileiro. Deixou de confiar?
- Não, procurei
entender o que aconteceu. Esse distanciamento me permitiu isso. O que aconteceu
foi uma reação impensada, espécie de histeria coletiva a um conjunto muito
grave de fatores que dão razão a uma fração importante dessa maioria que votou
no Bolsonaro. O Lula-petismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor que
criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje. E o
Bolsonaro estava no lugar certo, na hora certa. Só o petismo fanático vai
chamar os 60% do povo brasileiro de fascista. Eu não, de forma nenhuma.
Folha: Naquele
momento do país, uma viagem à Europa não passou uma impressão de descaso? [Ciro
viajou para Portugal, Itália e França após o 1º turno]
- Descaso não, rapaz,
é de impotência. De absoluta impotência. Se tem um brasileiro que lutou, fui
eu. Passei três anos lutando.
Folha: Com a sua
postura de neutralidade, não lavou as mãos em um momento importante para o
país?
- Não foi
neutralidade. Quem declara o que eu declarei não está neutro. Agora, o que
estava dizendo, por uma razão prática, não iria com eles se fossem vitoriosos,
já estaria na oposição. Mas estava flagrante que já estava perdida a eleição.
Folha: Por não ter
declarado voto, não teme ser visto como um traidor pelos eleitores de esquerda?
- A gente trai quando
dá a palavra e faz o oposto. Quem tiver prestado a atenção no que falei, está
muito clara a minha posição de que com o PT eu não iria.
Folha: Não se aliará
mais ao PT?
- Não, se eu puder,
não quero mais fazer campanha para o PT. Evidente, você acha que eu votei em
quem?
Folha: No Haddad?
- Vou continuar
calado, mas você acha que votei em quem com a minha história? Eles podem
inventar o que quiserem. Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou
Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não
atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o
mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira
da Petrobras? O Lula sabia porque eu disse a ele que, na Transpetro, Sérgio
Machado estava roubando para Renan Calheiros. O Lula se corrompeu por isso,
porque hoje está cercado de bajulador, com todo tipo de condescendências.
Folha: Quem são os
bajuladores?
- É tudo. Gleisi
Hoffmann, Leonardo Boff, Frei Betto. Só a turma dele. Cadê os críticos? Quem
disse a ele que não pode fazer o que ele fez? Que não pode fraudar a opinião
pública do país, mentindo que era candidato?
Folha: Por que o
senhor não aceitou ser candidato a vice-presidente de Lula?
- Porque isso é uma
fraude. Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não
sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão
que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado.
Folha: Por que não
declarou voto em Haddad?
- Aquilo era trivial.
O meu irmão foi a um ato de apoio a Haddad, depois de tudo o que viu acontecendo
de mesquinho, pusilânime e inescrupuloso. É muito engraçado o petismo ululante.
É igual o bolsominion, rigorosamente a mesma coisa. O Cid está lá tentando
elaborar uma fórmula de subverter o quadro e é vaiado. Estou devendo o que ao
PT?
Folha: Não declarou
voto no Haddad por causa do Lula?
- Não declarei voto
ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT. Agora, em uma eleição
que tem só dois candidatos, na noite do primeiro turno, disse à imprensa:
"Ele não". O que ele quer mais agora?
Folha: Cid Gomes
cobrou uma autocrítica dos petistas. E quais foram os erros cometidos pelos
pedetistas?
- Devemos ter
cometido algum erro e merecemos a crítica. Mas, nesse contexto, simplesmente
multiplicamos por um milhão as energias que nos restaram para trabalhar. Fomos
miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não
cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana.
Folha: Isso por Lula?
- Pelo ex-presidente
Lula e seus asseclas. Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o
governo de Pernambuco e de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual
espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De
poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro. Todas as pesquisas, não sou eu
quem estou dizendo, dizem isso. O Haddad é uma boa pessoa, mas ele, jamais, se
fosse uma pessoa que tivesse mais fibra, deveria ter aceito esse papelão. Toda
segunda ir lá [visitar Lula], rapaz. Quem acha que o povo vai eleger pessoa
assim? Lula nunca permitiu nascer ninguém perto dele. E eles empurram para a
direita, que é o querem fazer comigo.
Folha: A postura do
senhor não inviabiliza uma reaglutinação das siglas de esquerda?
- Não quero
participar dessa aglutinação de esquerda. Isso sempre foi sinônimo oportunista
de hegemonia petista. Quero fundar um novo campo, onde para ser de esquerda não
tem de tapar o nariz com ladroeira, corrupção, falta de escrúpulo, oportunismo.
Isso não é esquerda. É o velho caudilhismo populista sul-americano.
Folha: A liberdade de
imprensa está ameaçada?
- É muito epidérmica
a nossa sensibilidade. Não acho que tem havido nenhuma ameaça à liberdade de
imprensa até aqui. Por isso que digo que uma das centralidades do mundo
político brasileiro deveria ser um entendimento amplo o suficiente para cumprir
a guarda da institucionalidade democrática. E um dos elementos centrais disso é
a liberdade de imprensa. A imprensa brasileira nepotista e plutocrata como é
parte responsável também por essa tragédia.
Folha: A imprensa
ajudou a eleger Bolsonaro?
- A arrogância do
[William] Bonner achando que podia tutelar a nação brasileira, falar pela nação
brasileira. A Folha que repercute uma calúnia contra uma cidade inteira que é
reconhecida mundialmente como um elemento de referência de educação para me
alcançar [Ele se refere a reportagem sobre relatos de estudantes de fraudes em
avaliações nas escolas de Sobral, no Ceará].
Folha: E os ataques
feitos pelo Bolsonaro à Folha? É uma ameaça?
- Não considero, não.
A Folha tem capacidade de reagir a isso e precisa ter também um pouco de
humildade, de respeitar a crítica dos outros.
Ciro Gomes: “Não quero fazer campanha para o
PT nunca mais” (Após votar na manhã deste domingo, candidato derrotado à
Presidência pelo PDT reforçou que fará oposição a qualquer um que venha a ser
eleito):
Fortaleza - O
candidato derrotado à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, chegou às 12h11 deste
domingo, (dia 28/10/2018), acompanhado da sua esposa, Giselle Bezerra, ao local
de votação, na Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, na Praia de Iracema, em
Fortaleza. Sobre a ausência de um apoio efetivo à candidatura de Fernando
Haddad (PT), Ciro afirmou que não se manteve neutro, mas que não devia apoio.
- “Eu não quero fazer
campanha para o PT nunca mais”- disse. Segundo o pedetista, o posicionamento já
havia sido tomado desde o começo. Questionado sobre sua ausência no segundo
turno, Ciro rebateu: - “A quem que eu estou devendo essa presença? Estou
devendo ao PT?”-Ciro afirmou que não
quer influir na votação, justificando que os dois projetos apresentados neste
segundo turno se antagonizam e “não desarmam essa bomba de ódio, de
confrontação miúda”.
O pedetista reforçou
que fará oposição a qualquer um que venha a ser eleito. “A minha posição é a
mesma de antes. Se eu quisesse aderir a uma ou outra força, eu o teria feito
antes. Acredito que o Brasil precisa desesperadamente desarmar essa bomba.
Espero muito que esteja errado e que aquele amanhã vitorioso possa desarmar
essa bomba por si e possa restaurar a paz política no Brasil, para que a gente
possa resolver a equação social e política. Entretanto, eu não acredito.”
Segundo ele, a bomba seria a intensa polarização.
Antes de deixar o
local de votação, já dentro do carro, Ciro destacou a necessidade de acabar com
a violência política, citando o assassinato de um jovem petista no sábado (27)
por eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) em Pacajus, na Região Metropolitana de
Fortaleza.
No carro, além de
Giselle Bezerra, acompanharam o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio (PDT), e
o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Zezinho Albuquerque
(PDT).
Ciro manteve-se
distante dos holofotes durante todo o segundo turno e evitou dar declarações em
sua chegada a Fortaleza, na última sexta-feira (26). No sábado, optou por
gravar um vídeo em que evitou demonstrar apoio explícito à candidatura petista,
como era esperado.
Ciro foi o terceiro colocado no primeiro turno, obtendo
mais de 13 milhões de votos (12,47%). No Ceará, foi o candidato mais votado,
com 40,95% dos votos ganhou para presidente lá.
Ciro Gomes, terceiro
colocado no primeiro turno da eleição presidencial, acusou
o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
de ter propiciado a vitória de Jair Bolsonaro. “O PT elegeu Bolsonaro”,
sentenciou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo divulgada nesta
quarta-feira (31). “O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor
que criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje”,
acrescentou Ciro Gomes, do Partido Democrata Trabalhista (PDT). Ciro,
ex-ministro de Lula de 60 anos, obteve 12,5% dos votos no primeiro turno, atrás
de Bolsonaro (46%) e de Haddad (29%).
Em um primeiro
momento, declarou seu “apoio crítico” a Haddad, mas logo viajou para a Europa,
sem se envolver na campanha do segundo turno. Ao retornar, um dia antes da
votação no último domingo, evitou apoiar explicitamente Haddad e pareceu se
posicionar como líder de uma futura oposição. “O Brasil precisa a partir de
segunda-feira é construir um grande movimento” que “defenda a democracia” e
proteja “os direitos” dos mais pobres, declarou. Bolsonaro, um admirador da
ditadura militar (1964-1985), venceu a eleição com 55% dos votos, contra 45%
obtidos por Haddad.
“Não declarei voto ao
Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT (…) Fomos miseravelmente
traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida,
clandestinidade, acertos espúrios, grana”, disse na entrevista.
Na lista de
reprovações, ele sustentou que o ex-presidente Lula (2003-2010) compactuou com
o Partido Socialista (PSB) cargos nos dois governos para que esta força não se
aliasse ao PDT. O cacique político do estado do Ceará assegurou que Lula, antes
de ser proibido de disputar a eleição por sua situação judicial, pediu a ele
que fosse seu companheiro de chapa, um papel que foi de Haddad.
“Esses fanáticos do
PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse
papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado”, afirmou.
O ex-candidato assegurou que havia avisado a Lula da “roubalheira” na Petrobras
e sustentou que o ex-líder sindical se cercou de “bajuladores”. “Lamento que
Ciro Gomes esteja tão irritado com seu seu resultado eleitoral insatisfatório.
Mas entendemos suas dores e somos solidários. O que importa é a unidade contra
o fascismo (…) Nisso estaremos juntos!”, tuitou a presidente do PT, Gleisi
Hoffman
Uma rivalidade de quatro décadas
O PDT e o PT foram
fundados em 1980 e rivalizam desde então pelo eleitorado de esquerda. O líder
pedetista, Leonel Brizola, de volta do exílio, pretendia ser novamente a figura
política central do início dos anos 1960, como herdeiro do presidente
nacionalista Getúlio Vargas, que havia se suicidado em 1954. Mas o PT, surgido
da confluência de movimentos sindicais e sociais, ex-guerrilheiros e
comunidades religiosas da Teologia da Libertação, imprimia uma nova dinâmica à
esquerda sob a liderança de Lula, um metalúrgico. O PT via o PDT como um
partido arcaico, e o PDT denunciava o radicalismo do PT.
Na eleição de 1989,
Lula ficou em segundo lugar, à frente de Brizola, e perdeu o segundo turno
contra Fernando Collor. Brizola pediu que votassem por Lula, mas não sem
ironia:” A política é a arte de engolir sapos. Não seria fascinante fazer agora
a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo?”, questionou.
Em 1994, Lula voltou
a ficar em segundo lugar, com 27% dos votos, metade dos conquistados por
Fernando Henrique Cardoso. Brizola ficou em quinto. Em 1998, Lula se apresentou
com Brizola como companheiro de chapa, mas FHC foi eleito, e novamente no
primeiro turno. Em 2002, quando finalmente Lula venceu, o PDT apoiou no primeiro
turno Ciro Gomes, que ficou em quarto. Ciro foi nomeado ministro de Integração
Nacional de Lula, e Brizola não demorou a denunciar as políticas pró-mercado do
PT.
Em 2004, Brizola foi
a única fonte citada pelo jornalista do New York Times Larry Rothers em um
polêmico artigo sobre o suposto alcoolismo de Lula. Quando o líder do PDT
faleceu em junho daquele ano, Lula decretou três dias de luto. Nas nos funerais
foi recebido aos gritos de “Traidor!”.
“Entendemos suas dores e somos solidários”, diz Gleisi Hoffmann para Ciro Gomes:
Mahila Ames de Lara, dia 31/10/2018 (quarta-feira) - 12h59
atualizado: A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirmou em sua conta
no Twitter nesta 4ª feira (31.out.2018) que lamenta que o candidato ao Planalto
pelo PDT, Ciro Gomes, esteja tão “irritado com seu resultado eleitoral
insatisfatório”, mas que o PT entende é solidário às “dores” do pedetista. A
fala vem após Ciro declarar que foi “miseramente traído” pelo PT nas eleições
em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Em crítica ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL),
Gleisi afirmou que o que importa agora é que as pessoas estejam unidas “contra
o fascismo e o ataque aos direitos do povo”. Na entrevista à Folha de S. Paulo,
Ciro afirmou que não declarou voto no petista Fernando Haddad no 2º turno
dessas eleições porque não quer mais fazer campanha para o PT.
Fez críticas não
só ao Partido dos Trabalhadores, mas também ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o número 1º dos principais nomes da legenda. Ao defender Lula -
preso desde abril na sede da Polícia Federal em Curitiba - Gleisi disse que ele
é o maior líder político popular da história do Brasil.
Meu Comentário: Gostei da fala da Gleisi
Hoffmann, presidente do PT, espero que ela abandone o PT e venha para o
PDT. Abraço Gleisi! Sou seu Fã, mas abandone o PT, partido de merda.
- “A maior revelação que o ‘Salto’ traz não é consolador, mas sim perturbador. O Mundo em que estamos é um campo de concentração para extermínio de uma Superpotência do Universo Local”. (Bruno Guerreiro de Moraes)