Clarion
(Bruno Zanelli - ateu, defensor da laicidade, do aborto, da legalização das
drogas, e da igualdade de direitos). Link AQUI
Eu concordo com o Bozo nessa questão, ter filhos não deveria ser livre como é, a pessoa teria de provar ter condições minimas para criar e sustentar
Nada melhor que começar botando os pingos nos
is. Eu não sou um apoiador do Bolsonaro. Pelo contrário, esse é um texto
escrito por alguém que o considera uma das últimas opções dentro do leque de
presidenciáveis. Alguém que, num fatídico segundo turno entre Bolsonaro e Lula,
ficaria seriamente tentado a votar na “alma mais honesta do país”. Mas este também não é o texto sobre o que eu desejo que aconteça, mas sobre o que eu acredito que vai acontecer. E os sinais indicam que Bolsonaro tem tudo para realmente ser o “Donald Trump brasileiro”, só que por motivos completamente diferentes do que a galera que fica chamando ambos de fascista acredita. As similaridades entre os dois são muito mais
profundas que as críticas repetidas exaustivamente de machista, racista,
homofóbico. Muito mais importantes que o diagnóstico raso de que representam ‘o
ódio das elites golpistas’ e aquela ladainha toda. Mas podem ser resumidas em
um ponto central que pode ser chocante para todos:
- “Tanto Trump quanto Bolsonaro fazem o povão
finalmente se sentir ouvido e representado” -
Calma. Respira fundo. É isso mesmo que eu
escrevi. Prometo que vai fazer sentido se você continuar lendo. Vamos lá.
Eu sei que você acredita que a esquerda é a
única, verdadeira e legítima representante do povo. Eu também acreditava. Quase
todo mundo que passou pelo ensino médio ou superior nos anos 90-00 pensa assim.
Mas vamos parar para analisar um pouquinho.
Imagine que você é um membro do mítico povão.
Você acorda cedo, rala pra caramba para
sobreviver com o seu salário. Volta para casa em ônibus lotado, um caldeirão de
gente se acotovelando. Morre de medo de ser assaltado todo dia. Passa por um
tiroteio no caminho de casa, e a única segurança que sente é a fé que tem em
Jesus (e a confiança de que está com o dízimo em dia). Quando finalmente chega
em casa, tudo que você quer é relaxar assistindo o futebol e a novela.
O que a esquerda moderna tem a dizer sobre
você?
Que você é tudo que ela odeia. Que você é um
imbecil por acreditar em deus, um alienado por assistir a Globo, um reacionário
maldito por ter medo de bandido. Que você é machista por gostar de ver a
dançarina rebolando no Faustão, e ao mesmo tempo homofóbico por não gostar do
clipe do Pablo Vittar.
E além de machista e homofóbico, você também
é racista, fascista, transfóbico, heteronormativo e mais um monte de outros
palavrões sofisticados que você não sabe nem pronunciar.
Do alto de sua “torre de marfim”, os
intelectuais de esquerda idealizaram um pobre que só existe na mente deles - um
pobre que está muito preocupado com apropriação cultural, islamofobia,
agricultura orgânica, laicidade do Estado e veganismo.
Essa enorme “elite burguesa” - sempre
sustentada por dinheiro de impostos cobrados de você -está lá, falando palavras difíceis e
preocupada com temas completamente alheios ao seu dia-a-dia, enquanto fala mal
de tudo que você gosta e te chama de idiota (o que definitivamente você é
mesmo...). E o pior de tudo, petulância das petulâncias:
ela acredita que te representa.
A esquerda fala muito de alienação mas, de
tão alienada em si mesma, se convenceu de que representa os pobres. Nada mais
longe da verdade. Na verdade, ela não tem o menor interesse de representar, mas
sim de controlar os pobres. A esquerda ama o pobre no mesmo jeito que alguém
ama seu bichinho de estimação - eu te dou comida e limpo a sua sujeira em troca
você me deve lealdade e obediência eternas.
Eis que chega um Trump. Eis que chega um
Bolsonaro.
Eles não querem ditar o que você deve pensar.
Pelo contrário, parecem dar voz ao que você pensa. Eles não estão preocupados
com a “ararinha azul da mata atlântica” ou com a representatividade
trans-quilombola no congresso, mas com os seus problemas reais.
Finalmente um político promete prender o
bandido que roubou o celular que você ainda está pagando prestação, em vez de
dizer que ele é uma vítima da sociedade que precisa de carinho. Finalmente um
político que fala de Jesus, em vez de perseguir o cristianismo e proteger o
islã.
Finalmente um político que promete acabar com
a boca de fumo que destruiu a vida do seu filho, em vez de falar de legalizar a
maconha. Finalmente o seu Zé, dono do botequim da esquina, vê um político que o
reconhece como um empreendedor que rala pra caramba, e não como um empresário
malvadão explorador.
Não é questão de eu concordar ou não com
essas pautas. Como quem me conhece sabe, eu sou um ateu, defensor da laicidade,
do aborto, da legalização das drogas, e da igualdade de direitos. Mas eu também
sou só mais um burguesinho na minha torre de marfim.
O fato é que esses políticos estão realmente
alinhados com os anseios do povão e isso, no Brasil e no mundo atuais, é uma
raridade.
É por isso que eu acredito que as chances do
Bolsonaro para 2018 são muito grandes. E quanto mais a elite intelectual
espernear bordões como machista, fascista, homofóbico, mais aumentarão as suas
chances. Porque, ao contrário deles, Jair Bolsonaro de fato *representa o povão, (ele é tão burro, alienado e estúpido quanto a maioria da população é... ). E ao
xingar o Bolsonaro pelo que ele acredita e É, estão indiretamente xingando - e
antagonizando - o povão que é quem vai votar e decidir.
O personagem de desenho animado, o Johnny Bravo é o estereotipo do homem idiota, escroto, burro, machista, violento, orgulhoso, corrupto, sem escrúpulos, malandro, mentiroso, etc... qualquer pessoa que assista ao desenho sabe disso, e Bolsonaro com orgulho se diz igual a ele
Resposta - Bruno GM: É, o Bruno Zanelli
(Clarion) tá certo. Se o Povo é uma massa idiota de retardados mentais, só vai
se eleger políticos que reflitam a sua própria decadência. A esquerda
intelectual tem de voltar para a terra e equilibrar melhor suas propostas.
Economia, Educação e diminuição da desigualdade devem ser a prioridade.
Esses outros temas também são importantes,
mas tem coisas prioritárias. O povo num geral é tudo isso que a esquerda
intelectual aponta, mas apenas apontar os defeitos não resolve, tem de por
medidas em ação para mudar esse cenário estarrecedor.
A começar pela Prisão dos pastores de igreja evangélica, esses estelionatários. Taxar igrejas, taxar as grandes fortunas,
diminuir número de deputados e vereadores, acabar com municípios minúsculos que
só serve para desviar dinheiro. Etc... e Ciro Gomes é essa Esquerda mais
realista. #Ciro2022, #CiroPresidente
Você Sabe o que é “O Salto Quântico Genético”? [Clique Aqui]
Márcia Tiburi foi citada por Ciro Gomes numa
entrevista para a BBC News (veja abaixo), ela foi um “exemplo” que ele deu para
explicar por que o Fascista/Esquizofrênico Jair Bolsonaro venceu as eleições de
2018. E claro, os EsquizoPetistas (Jean Wyllys e
Companhia) aproveitaram a deixa para tentar fazer o Ciro virar vilão. Veja a
entrevista que gerou a polêmica:
- Escrevi sobre o Caso:
Adoro a Márcia Tiburi, eu a admiro, mas ela já tinha
tocado em assuntos muito controversos publicamente, como essa estória do C*, de
dissertar sobre o que é retórica e aí simular a “defesa” do Roubo/Assalto, (para exemplificar como a retórica da controvérsia aceita tudo), etc...
A linda (e sexi) Márcia Tiburi quando era jovem, hoje (22/09/2019) tem 50 anos O
caso do “Cu” micro-vídeo (de 1 minuto) tirado do contesto:
A
Palestra Completa (de 1 hora e 41 minutos) de onde o trecho polêmico foi picotado:
Esses assuntos de filosofia é MUITO
SOFISTICADO para as massas ignorantes. E ela já tinha mergulhado muito fundo
nesse “mundo das ideias super sofisticadas” (nível Sócrates mesmo). E o poveco
burro de QI baixo não entendeu nada, (e nunca vão entender), para eles Sócrates
é o jogador de futebol... o Aristóteles deve ser um cabeleireiro com nome muito
escroto, o Platão deve se tratar de um “Prato Grande”, e assim vai...
A distância de QI (e nível cultural) da
Márcia Tiburi com relação ao poveco brasileiro (num geral) deve ser o mesmo
entre uma formiga e uma Galáxia.
Ela já estava muito “queimada” (por conta do
mergulho em filosofia sofisticada) e claro que os adversários usaram de
retórica da controvérsia para destruir a imagem dela junto aos
semi-analfabetos, os Zé Ruela’s que acha que Schopenhauer deve se tratar de um
Chopp de nome muito esquisito. A cúpula do PT (e a própria Márcia) deveriam saber que não dava para ela ser candidata a um cargo tão majoritário. Ela consegue ser deputada Federal, ou até Senadora, mas governadora, prefeita, vai ser difícil... o povinho a enxerga como se fosse uma “extraterrestre vinda da constelação de Ophiuchus”. É isso que o Ciro quis explicar! Mas ele teve pouco tempo para desenvolver o raciocínio, ele desde as eleições usava o exemplo do Haddad para dizer como o PT/Lula escolheu mal seus candidatos, já que Haddad era o “pai do Kit Gay” (segundo Bolsonaro e apoiadores). Como esse exemplo já estava “manjado” creio que o Ciro quis renovar, usando agora o exemplo da Márcia Tiburi que é outra também já “queimada” por conta de suas dissertações sobre filosofia, usando exemplos complicados e polêmicos. A nossa querida Márcia Tiburi é genial, porém não é perfeita, ela tem alguns defeitos, e esses defeitos acabaram por serem decisivos. Ela claramente é nervosa (pavio curto), mas disfarça bem, porém quando ela tá de muito mal humor ela solta alguma “malcriação”, e esse foi o caso nos três exemplos “mortais” que foram explorados pelos mestres da sofisma durante as eleição de 2018.
Márcia Tiburi com cerca de 37 anos, no café filosófico
da TV Cultura
No
programa Provocações de Antônio Abujamra (TV Cultura de SP) a Márcia admite que
é nervosa e indignada, mas procura ficar “na dela”, mas claramente verificamos
que quando está de muito mal humor acaba “escorregando” e dando umas “caneladas”.
Foi
o caso da polêmica do “Cu”... logo no início da palestra (veja acima) ela diz
algo sobre a editora ter mandado uma mensagem dizendo (basicamente) que seu último
livro era um fracasso... ela chega a dizer - “mas para que eles fazem isso?”-
mas logo para de se queixar e volta para o tema do evento.
Então
ela estava chateada, com seu orgulho ferido, não tinha se recuperado ainda da
“ofensa”, além disso o tema da palestra era um livro muito pessimista (Pedro Páramo de Juan Rulfo), e nisso depois de falar desse livro cujo tema é pesado e
pessimista, perguntas foram feitas, e ela parecia irritada, respondia fazendo
muito esforço para ser gentil.
Ai
alguém falou sobre o governo da época (2017-Temer) dizendo que esses tiranos
modernos sofrem da patologia mental usualmente nomeada como “caráter anal”, que
se trata de uma patologia identificada por Freud (foi Freud que deu esse nome bizarro).
Porém
a Márcia em vez de responder se referindo ao conceito da psicanálise sobre obsessivos
compulsivos, ela preferiu falar do órgão mesmo... do ânus. Ela (de mal humor)
deu essa “canelada”.
(Obs. Aparentemente ela não entendeu a pergunta... pois ao
começar a responder disse ser - “super a favor do caráter anal”- mas o tal “caráter
anal” não se refere a prática sexual usando o ânus, mas sim do conceito da psicanálise
de Freud, e por que ela seria 'a favor' do maniaco obsessivo?).
Bem...
aí ela seguiu nessa fala na linha da “pratica sexual usando o ânus”, falou como
o Cu (usando essa palavra mesmo) é uma coisa muito boa na vida das pessoas,
etc...
Foi
essa fala que durou um pouco mais de 1 minuto numa palestra de 1 hora e 41 minutos que
foi retirada de contexto e usado pelos seus inimigos políticos durante a
eleição de 2018 (com muito sucesso).
Ciro Gomes usa a razão contra os ataques
de Tiburi e Wyllis
“identitarismo está nos
destruindo”
Meu Comentário: O Lula/PT não sabia dessas declarações públicas da Márcia antes de
colocar ela como candidata à Governadora do RJ? Com certeza NÃO pois são tudo
uns cabeça de vento. E a própria Márcia deveria saber que se “excedeu” em várias
ocasiões.
Veja o caso da Polêmica do“Cu”, a fala dela é aos 44:43 minutos:
(Curitiba, 16 de agosto de
2017)
A polêmica da “defesa
do assalto” é também gerada pelo mal humor da filosofa/escritora:
O
micro vídeo tirado de uma longa entrevista de 1 hora, onde ela “supostamente”
estaria dizendo ser a favor do assalto. Na verdade ela estava tentando explicar
sobre o quando é “subjetivo” as “verdades absolutas”, as “opiniões firmes”, que
na verdade todos deveriam cultivar as dúvidas, e não as certezas.
Infelizmente
ela usou um exemplo extremo, radical, ela deveria ter pensado melhor antes de
usar um exemplo tão polêmico (na TV) para explicar o que é a “retórica da controvérsia”, pois não
estava falando para uma classe de estudantes de filosofia, mas para uma TV,
para telespectadores leigos.
E
lógico que os Bolsominions que são pessoas completamente desonestas (escrotas
mesmo), se aproveitaram da “falha” e tiraram de contexto o raciocínio para acusá-la
de ser a favor de assalto/roubo (de defender isso). E veja de quem é o canal que está divulgando o
micro vídeo, é do escroto e psicótico Eduardo Bolsonaro:
Agora veja a entrevista completa e entenda o contesto onde o exemplo foi usado
(a partir de 51:00 minutos):
Márcia Tiburi explica por que deixou o Brasil depois das eleições de 2018:
Canal
Oficial da Márcia Tiburi Youtube [AQUI] Facebook Oficial [AQUI] Twitter Oficial: [AQUI] Faz artigos para a Revista Cult [AQUI] Tem um site oficial bem vazio [AQUI] e [AQUI] Site do PT sobre a Márcia [AQUI] Wikipédia sobre a Márcia Angelita Tiburi [AQUI]
Agora vejam outras
polêmicas exploradas pelos inimigos da Filosofa Feminista:
A
filósofa Márcia Tiburi abandonou um programa na rádio Guaíba (do RS) no momento
em que ficou sabendo que o outro convidado era o dirigente do MBL, Kim Kataguiri. As pessoas argumentam (em
comentários) que ela escreveu o livro - “Como conversar com um fascista”- e
fazem a crítica dizendo que ela não seguiu o próprio ensinamento, já que fugiu
da conversa com o Kim.
Mas
o que esses cabeça de vento não sabe é que o título do livro é uma IRONIA! Ela no livro diz que concluiu que não é possível conversar com fascista. E pelo
que ela diz em entrevistas, a solução que ela dá é justamente fazer o que fez,
não conversar, não permitir “lugar de fala” para fascistas, eles devem ser
censurados.
Assim
como não tem “lugar de fala” para pedofilia, também não deveria ter lugar de
fala para fascistas. Se os bolsominions tivessem tido o trabalho de pesquisar
15 minutos no google iriam saber disso... mas o que esperar de pessoas que vota
no Recruta Zero para presidente?
(Nota: Ela quis dizer as mulheres de
esquerda (lógico) mas os desonestos comentaristas do Morning Show fingiram que
não entenderam, ou são burros mesmo).
MÁRCIA TIBURI DIZ QUE LULA É DESEJADO PELAS MULHERES:
Eu o dono desse site sou fã da Márcia Tiburi,
mas ela tem defeitos, e esses defeitos acabaram sendo mortais nas eleições. Ela
foi ESMAGADA pelos mestres da sofisma. Teve apenas 5% dos votos validos no RJ
perdendo para o fascista sanguinolento Wilson Witzel.
Ela falha nas estratégias, um exemplo: só agora em 2019
resolveu ter o seu canal no Youtube, sendo que ela tem vasto material, centenas
de participações em programas, reportagens, documentários, etc... é experiente
na fala perante a câmera.
Já poderia ter se consagrado no youtube há
muito tempo, já era para estar com um canal com milhões de inscritos, mas parece
que ignorou a revolução digital, e só agora, depois de ser humilhada, escorraçada,
e ter de fugir do país para não morrer ela “finalmente” acordou para as redes
sociais e a nova plataforma de comunicação de massa da internet.
Triste! Sinal que ela não é tão sábia como
parece... ela deveria ter raciocinado isso. Eu espero que ela tenha aprendido com os
erros, e com as “bobeiras”. A verdade é que ela é muito sincera, muito autêntica,
e ser sincero e autêntico é TUDO O QUE OS POLÍTICOS NÃO PODEM SER! Sim isso
mesmo... a arte da política, é fundamentalmente a arte de ser um bom ator/atriz.
A Márcia é acostumada a falar tudo o que
pensa e acha e ser aplaudida, mas na politica você não pode ser sincero, tem de
ser diplomático, você pode ter desprezo e nojo de uma pessoa, mas se é política
que você faz, então terá de guardar a sua opinião para si...
Na política para ser bem sucedido(a) na
maioria das vezes a melhor coisa que se deve fazer é manter a boca fechada, tem
de ser dissimulado, tem de ter sangue de barata mesmo. Pois a sinceridade faz
mal para os dentes, e inclusive pode te levar a morte.
Se a Márcia não “suporta” ser assim, então a melhor coisa que faz é nunca mais se meter na política. Mas se quiser de agora em diante seguir nessa
carreira, será preciso “fazer como os políticos” ela tem de ser uma pessoa que na
maioria das vezes guarda suas opiniões para si mesma.
A filósofa e escritora Marcia Tiburi,
candidata do PT ao governo do Rio que terminou a eleição do ano passado com
5,9% dos votos válidos, deixou o Brasil sob a justificativa de estar sob
ameaças.
Em entrevista ao Valor, ela afirmou está em
Pittsburgh, nos Estados Unidos, inscrita no programa de uma instituição que
oferece acolhida e segurança a escritores ameaçados pelo mundo, a City of
Asylum.
Marcia deixou o Brasil em dezembro do ano
passado e seguiu para os EUA com visto de turismo. Nos próximos dias, deverá
embarcar para a França, onde, afirma, tem condições de ficar de forma
permanente.
Diferentemente do que ocorreu com o
ex-deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), que renunciou logo após ser reeleito
e saiu do país sob a mesma alegação, ela optou pelo silêncio nas primeiras
semanas fora do país.
No domingo, seu exílio foi mencionado pelo
escritor Afonso Borges, que mantém um blog de literatura no jornal “O Globo”.
Após a publicação, ela aceitou falar com a reportagem do Valor, que solicitava
entrevista sobre o assunto desde o fim de fevereiro.
“Saí porque estava com muito medo das
ameaças, do que estava ocorrendo com o Brasil e do que estava ocorrendo
comigo”, disse. “Nas redes você encontra muita gente dizendo que vai me matar,
que vai dar um tiro em mim, que vai acabar comigo. Também vinham ameaças
diretamente por e-mail, SMS, WhatsApp.
Fui colocada num grupo com dez caras
sinistros que tinha uma foto do Bolsonaro com uma faca. Também recebia ameaças
na rua. Não podia mais sair de casa, ir à farmácia, ir a uma padaria. Chega um
desconhecido, esbarra e diz: ‘Eu sou fascista com muito orgulho, você se
cuide’. Um outro se aproxima e fala: ‘Cuidado, na próxima vez que eu te
encontrar eu acabo com você’”.
A escritora afirma que ameaças desse tipo
surgiram em janeiro de 2018. Foi quando ela abandonou uma entrevista ao vivo
numa rádio gaúcha no momento em que, sem aviso prévio, a emissora abriu o
estúdio para o hoje deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) entrar para
debater. Ele é um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL).
“Aquilo era uma emboscada midiática. Fiquei
assustada e saí, não iria me prestar a ser alavanca de polêmica para esses
grupos. Não quis ser palco de maluco. Mas eles mesmos gravaram a saída e
começaram a fazer bullying comigo, uma tática de humilhação.
Nas redes, vieram exigir que eu fosse
coerente com meu livro ‘Como conversar com um fascista’. É um título irônico,
uma reflexão. Não digo que as pessoas devem falar com fascistas, não é livro de
regramento.”
A partir disso, afirmou, as ameaças foram
crescendo e ficando mais graves, assim como a produção de fake news associadas
ao seu nome, notícias falsas produzidas para macular sua reputação. “Virei uma
inimiga pública do MBL. Estava lançando o livro ‘Feminismo em comum’ e viajei
muito pelo Brasil.
Nos eventos, sempre tinha um grupo local que
se organizava e entrava para tumultuar. E não é só MBL. Tem um bando de lacaios
desses gurus de direita. Teve uma ocasião, em Maringá, que chegou um sujeito
armado num auditório com 400 pessoas. A polícia teve que tirar.”
Ela conta que após lançar sua candidatura ao
governo do Rio, passou a circular de carro blindado e com seguranças bancados
pelo PT. “Depois da eleição não tinha mais como o partido manter aquela
estrutura.” A escritora diz que não reportou as ameaças à polícia do Rio ou ao
Ministério Público por falta de confiança nas instituições. “Há uma mistura
entre movimentos fascistas, políticos, milicianos, Ministério Público e juízes.
E há gente boa nessas instituições. Mas não
dá para saber quem é quem. Não me senti segura para isso [denunciar
formalmente]. Sobre o [governador Wilson] Witzel, prefiro nem falar.” Ela conta
que conversou com mais de um advogado sobre o assunto, mas desistiu de levar
adiante devido à dificuldade de identificar os autores das ameaças – quase
sempre feitas de forma anônima ou por meio de perfis falsos.
Depois de mencionar outras personalidades que
deixaram o país devido a ameaças, como a pesquisadora Debora Diniz, da UnB, e o
próprio Willys, Tiburi afirmou que não tem data para voltar para o Brasil.
“Fico [fora] até o Brasil voltar em si”, disse.
Entrou numa TREMENDA FRIA, a pedido de Lula aceitou ser candidata a governadora pelo RJ, ela parece ser muito inteligente na área dela, mas nas outras áreas é ingênua. Entrou para a política e foi MASSACRADA a ponto de ter de fugir do Brasil...
Márcia
Tiburi, uma filósofa na praça pública: “Eu não tô feliz de estar aqui,
participando desse debate, e nem de fazer política nesse campo partidário”,
disse a candidata do PT ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi, no
primeiro debate de TV com seus adversários. “Embora eu esteja amando o PT, que
é um partido lindo”, complementou.
A
declaração sintetiza a situação de Tiburi. Aos 48 anos, ela nunca concorreu a
nenhum cargo eletivo na vida. Recém-filiada ao PT, a filósofa caiu de
pára-quedas na corrida pelo governo do estado após a desistência do ex-ministro
de Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim. (Ao partido, ele teria
alegado problemas familiares para não concorrer).
Tiburi,
que não assiste televisão há vinte anos, achou seu debate de estreia “uma
grande falsificação”. “As pessoas ficam ali espetacularizando, usando frases
feitas e clichês. Fui muito sincera em relação a isso”, comentou por telefone.
Ela diz lastimar que “a mídia defina tanto a pauta da política”. “Para mim, é
tão importante falar no jornal de bairro quanto falar numa tevê com uma super
audiência de uma grande corporação”.
Apesar
do discurso, a candidata de primeira viagem está mais próxima da grande mídia
do que de um jornal de bairro. Tiburi ficou conhecida nacionalmente ao
integrar, durante cinco anos, o programa de comportamento Saia Justa, do GNT —
um dos canais da Rede Globo na televisão paga.
Também
ajudou a construir sua reputação seus livros na linha da filosofia pop, que
traduzem conceitos da área para leigos. Não foge, no entanto, da abstração. “É
meu outro eu que ali fala. Ou eu nenhum. O leitor que me diga se quiser”, diz a
descrição de um de seus romances.
De
tempo em tempo, saltam manchetes com declarações suas incomuns à maioria das
figuras públicas — frequentemente tiradas de contexto. Tiburi já foi demonizada
por afirmar que “o cu é laico” e que “os algozes de Lula são caras secos, sem
tesão, e sem tesão não há solução”.
Mídia
à parte, ela dá aulas de filosofia há mais de duas décadas e tem uma carreira
acadêmica sólida. Licenciou-se recentemente da Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (Unirio) para concorrer; antes, lecionou no Rio Grande do
Sul, seu estado de origem, e na faculdade particular Mackenzie, em São Paulo.
Vida
pública:
O
primeiro partido de Márcia Tiburi foi o PSOL, a que se filiou em 2013 - mesmo
ano em que se mudou para o Rio de Janeiro. A partir do processo de impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, ela se aproximou da ala de
intelectuais e artistas ligadas à legenda. Também ficou amiga pessoal de Dilma
e Lula.
“Achei
muito desconfortável ficar num partido que defende a Lava Jato”, disse. “O PSOL
era bom numa época, ou para aquelas pessoas que acham que é importante
continuar fazendo a crítica moralista da esquerda. Eu não queria ficar mais só
na teoria.” Ela se desfiliou no começo do ano.
Sua
ficha de filiação ao PT foi assinada pelo próprio Lula, um mês antes de ele ser
preso em São Bernardo do Campo (SP). Tiburi diz considerar o ex-presidente “um
cidadão muito cativante” e “uma pessoa humana adorável”.
“Eles
têm uma relação de afeto, de amizade, mas uma solidez de anos e anos não tem”,
contou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também ficou amiga da
filósofa a partir de 2016. “Assim que o Lula sair da cadeia, será algo muito
bonito, muito legal”.
No
Rio de Janeiro, o PCdoB foi o único partido que topou se coligar com o PT.
Assim como no caso de Manuela D’Ávila, o ex-pré-candidato do partido, Leonardo
Giordano, foi chamado para entrar como vice na composição. Ao contrário de
Tiburi, Giordano já concorreu em seis eleições e foi duas vezes vereador em
Niterói. O coordenador da campanha é Edson Santos, que foi deputado federal
pelo PT em dois mandatos.
Muitos
fatos corroboram com o argumento de que a função da candidatura da filósofa
teria a função de dar palanque para o candidato do PT ao Planalto: ela é de
fora do Rio, novata na política e foi chamada na condição de plano B. Como a
nível nacional, o PT fluminense também tentou encabeçar uma candidatura de
esquerda no estado, que incluiria o PDT e o PSB.
Com esses planos frustrados,
quadros do partido admitiram que a viabilidade da candidata ao governo —
atualmente com 2% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ibope — é
menor que o ideal. A campanha direta de Márcia Tiburi nega tudo.
“Claro
que, quando ela foi pro PT, não imaginava ser candidata a governadora”, afirmou
Feghali. “Não existe isso de esquentar lugar, até porque a gente acha que
mulher não esquenta lugar de ninguém, muito menos candidatura laranja.”
A
situação dos petistas no Rio não tende a ajudar o nome de Tiburi. A nível
estadual, o partido enfrenta um paradoxo interessante. Por um lado, Lula tem
31% das intenções de votos no estado, segundo o último Datafolha — de acordo
com sondagens internas do partido, seu nome é particularmente forte em regiões
periféricas e na Zona Norte da capital.
Por
outro lado, o PT não é o principal partido de esquerda entre os fluminenses.
Segundo o cientista político João Feres, da UERJ (Universidade Estadual do Rio
de Janeiro), há duas razões para isso.
“O
PT foi fundado por três forças: igreja, sindicatos e intelectualidade.
O Rio
tem pouca base sindical se comparada a outros lugares. O cardeal aqui é
conservador, ao contrário de São Paulo. E a intelectualidade do Rio é muito
dividida entre o brizolismo e o partidão [antigo Partido Comunista]”, disse.
“Então o PT entrou atrás disso, como uma terceira opção.”
Há
também o fato de que, para sustentar sua aliança a nível nacional com o PMDB, o
PT sacrificou a viabilidade de seus candidatos locais ao governo durante a
última década e meia. O partido de Eduardo Cunha, Luiz Fernando Pezão e Sérgio
Cabral se beneficiou disso, por ser muito localizado na região.
“O
PT sempre sacrificou a agenda local, estadual, em prol da agenda federal. Isso
foi importante na consolidação do PSOL aqui”, afirmou Feres. “O PSOL do Rio é
basicamente um monte de gente ressentida com o PT. Com uma certa razão,
inclusive”.
Os
treze anos de alianças com o PMDB deixaram cicatrizes. A candidatura de Márcia
Tiburi enfrenta resistências internas de quadros que ela chamou de “viúvas do
Cabral e do Paes”.
Uma
pessoa que tem feito campanha localmente com ela apontou que Tiburi teria se
aborrecido, por exemplo, que o presidente estadual da legenda, Washington
Quaquá, tenha feito um evento com o candidato ao governo Eduardo Paes —
recém-saído do MDB — na cidade de Maricá (RJ), na semana passada. (Ano passado,
Paes chamou Maricá de “merda de lugar” em conversa por telefone com o
ex-presidente Lula, grampeada pela Polícia Federal).
O
petista Adilson Pires, que foi vice-prefeito de Paes e concorre à Câmara
Federal em 2018, também está fazendo campanha indireta para o ex-prefeito da
capital.
Por
enquanto, as chances de Márcia Tiburi estão concentradas em sua associação com
Lula. Ela sabe disso: do um minuto e vinte segundos que sua campanha dispõe em
cada bloco de propaganda eleitoral na televisão, 40 segundos são dedicados a
falar do ex-presidente.
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“Esses
2% [de intenção de voto] não me assustam. Estou misturada no meio de um bando
de cidadãos que também estão no contexto do empate técnico”, argumentou Tiburi.
“A perspectiva está muito em aberto”.
Ela
se compara frequentemente com Leonel Brizola: também um gaúcho, de esquerda,
que concorreu ao governo do Rio mesmo estando desfalcado no início da campanha
— e que ganhou. “Minha participação nessa eleição implica [no] meu dever como
professora de filosofia: fazer com que a gente reflita”, concluiu.
O
“Caráter Anal” foi o primeiro tipo de caráter patológico a ser descrito pela
Psicanálise de Freud:
O termo anal se refere a época em que a
criança precisa ser educada a controlar os esfincteres e é submetida a uma
interrupção no seu prazer natural de defecar e para isso precisa aprender duas
tarefas, reter as fezes e expeli-la no momento adequado, segundo regras e
ocasiões específicas.
Nessa fase, ainda segundo a Psicanálise é que
a criança desenvolve o senso de dever, obrigação, controle e checagem
(inclusive das fezes) de tal forma que essas habilidades se estendem para
outras áreas da vida até a fase adulta. Algumas pessoas atravessam esse período
de forma saudável, mas outros guardam impressões estranhas, ruins e guardam
consigo (sem o saber) resquícios da má elaboração dessa fase.
O que é?: A neurose obsessiva é tipo de
comportamento de checagem, perfeccionismo, ordem e busca de uma vida regrada e
virtuosa ou em outros casos na antítese suja, pecaminosa, proibida e fora das
regras.
A literatura psicanalista ofereceu muitas
contribuições para o tipo de pessoas que tem uma fascinação por manter a ordem
e se torna excessivamente formal; tem uma tendência a ser comedida chegando a
ser avarenta e até uma obstinação que se transforma numa rebeldia esbravejante.
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Márcia Tiburi, Filosofa, Escritora e agora Política
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente
obstinado para pensar com clareza...
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- “A maior revelação que o ‘Salto’ traz não é consolador, mas sim perturbador. O Mundo em que estamos é um campo de concentração para extermínio de uma Superpotência do Universo Local”. (Bruno Guerreiro de Moraes)