sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 09: Ele Nunca Voltará, por que nunca esteve aqui...

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Não passa de uma Fraude grosseira, apenas uma ficção infantil, uma estória da carochinha para fazer adulto dormir...

Ele nasceu do útero de uma virgem e seu nascimento foi anunciado por um anjo. Reuniu ao seu redor um grupo de leais seguidores a quem transmitiu uma avançada mensagem de igualdade e fraternidade. Foi um agitador das massas e suas palavras tanto desagradaram aos romanos que acabaram por matá-lo. Em vida fazia inúmeros milagres: curava inválidos, anulava pragas, expulsava o demônio das pessoas e certa vez até ressuscitou uma menina. Mas o maior dos seus feitos foi sua própria ressurreição! Uma vez completada sua missão, tomou seu lugar ao lado do Pai, do Espírito Santo e de sua própria mãe, também alçada aos céus, deixando aos seus seguidores em terra a dura tarefa de espalhar a sua palavra, e levar aos povos do mundo todo a “Boa Nova”.  

E... ah sim! Esqueci de dizer que não estou falando de Jesus Cristo. Estou falando de Apolônio de Tiana! Filósofo neo-aristotélico nascido na Capadócia no século I, (atual Turquia), um dos muitos profetas de seu tempo que, apesar das semelhanças no currículo, não teve a sorte de se tornar tão popular quanto seu colega de messianato. Apolônio era basicamente um Cristo com maiores e melhores poderes, além de fazer enxergar os cegos e andar os mancos, transmutar água em vinho e outros milagres usuais Apolônio podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, era capaz de ler pensamentos e falava línguas que nunca tinha aprendido. Certa vez, aprisionado pelo imperador romano, que o acusou de traição, escapou sozinho da prisão, milagrosamente é claro.

Mas não só de poderes mágicos se constrói um Messias. Um autêntico Messias precisa de um plano de salvação espiritual, de uma mensagem revolucionária de paz e amor. Apolônio tinha isso também. Como Jesus, Apolônio permaneceu celibatário e deu tudo o que tinha aos pobres, que não era pouco pois seus pais lhe deixaram uma polpuda herança. Como Jesus Apolônio se opunha às danças, aos prazeres carnais e aos violentos espetáculos dos gladiadores. Contrariamente a Jesus, no entanto, Apolônio era vegetariano e condenava os sacríficos animais, tão frequentes em seu tempo. Apolônio orava, mas considerava desprezível a idéia de que Deus pudesse ser demovido de Seu supremo propósito para atender às súplicas mundanas de criaturas tão insignificantes. Seres com que se podia fazer pactos, pregava Apolônio, não eram deuses, eram menos do que homens. Começo a entender porque a audiência de Apolônio tornou-se tão menor que a do Jesus… quem ia querer saber de um deus que não atende pedidos em plena Copa do Mundo?!

Diz-se que Apolônio era sempre sereno e nunca se zangava, ou seja, não era do tipo que armaria o maior barraco por causa de camelôs vendendo quinquilharias em pleno templo. Nisso eu defendo o Jesus. Queria ver Apolônio manter a serenidade diante de uma banca de adesivos “Deus é Fiel” e camisetas camufladas escritas “Exército de Deus, Aliste-se Agora. Apolônio, como Jesus, tinha um jeito com as palavras; quando, dias antes de ser morto, avisou aos seus apóstolos onde estaria depois de ressuscitar, um deles lhe perguntou: “você estará vivo ou o quê?”, ao que Apolônio respondeu: “Do meu ponto de vista estarei vivo, do de vocês estarei revivido”. Como convém aos verdadeiros profetas, Apolônio sempre dava um jeito de falar por enigmas. Se ele soubesse a confusão que isso poderia causar alguns milhares de anos depois entre seus seguidores, teria sido mais objetivo.

Apolônio era popular em seu tempo; foi saudado por centenas ao adentrar os portões da cidade grega de Alexandria, assim como Jesus o foi ao chegar a Jerusalém. Sua partida para o reino dos céus parece ter sido mais teatral, entretanto. Depois de entrar em um templo grego, Apolônio simplesmente desapareceu, enquanto um coro de virgens entoava cânticos em sua homenagem.

O que a Igreja Católica diz sobre Apolônio? O argumento mais frequente é que a história de Apolônio Cristo não foi escrita por testemunhas oculares... Bem, até aí nada, já que a de Jesus Cristo também não foi, aliás, se há uma coisa sobre a qual concordam todos os historiadores modernos é que nenhum dos evangelhos do novo testamento foi escrito por alguém que tenha pessoalmente conhecido Jesus (sobre isso recomendo duas fontes sérias: “Jesus e Javé” de Harold Bloom, um renomado intelectual judeu e “A História do Cristianismo” de Paul Johnson um dos maiores historiadores vivos). Pelo contrário: é geralmente aceito que os evangelhos foram escritos baseados em tradições orais quase meio século depois da suposta morte de Jesus.

Já de Apolônio quase tudo o que se sabe foi escrito pelo filósofo ateniense Flavius Philostratus entre os anos de 205 a 245 D.C. baseada nos escritos de um dos discípulos contemporâneos de Apolônio: Damis de Nineveh. Philostratus foi instruído a escrever a biografia de Apolônio por Domna Julia, esposa do imperador Septimius Severus, uma amante da filosofia que tinha em seu templo particular estátuas de alguns grandes homens sábios, como Orpheus, Jesus e o próprio Apolônio. Da biografia escrita por Philostratus nasceu o culto Apolônico, que durou muitos séculos, mas, como se sabe, nunca foi tão bem-sucedido quanto o cristianismo, isso por que o Imperador Constantino na hora de escolher uma religião para adotar como a oficial do estado preferiu o cristianismo, já que essa era bem menos complexa, e bem menos instrutiva, a religião de Apolônio falava muito de cultivar a sabedoria, a instrução, exortava as pessoas a procurar o conhecimento racional, e seguir a lógica cientifica, e isso de “povo culto” não era do interesse da Elite governante Romana, (e nem o é até hoje para todas as elites do planeta), preferiu então Constantino promover a Religião dos Analfabetos para todos serem nivelados por baixo, assim seriam mais fáceis de controlar e explorar.

Em um jogo como Yu-Gi-Oh se fosse colocados profetas a carta de Apolônio certamente perderia no quesito “popularidade” e “flagelo” mas ganharia fácil em “santidade”. Afinal, enquanto Jesus era visto com prostitutas, tinha uma história mal contada com Maria Madalena e regalava-se com vinho e carne, Apolônio era abstêmio, não comia nada que não viesse da terra e era visto como um homem santo já em vida. Digamos que Dan Brown teria mais dificuldade em fazer intrigas com a vida sexual de Apolônio do que teve com Jesus. Sendo assim o velho jogo do “meu messias é melhor que o seu” começou logo cedo e continua até hoje. 

Os primeiros historiadores cristãos, como Eusébio de Cesáreia, no século III, até reconheciam os milagres e a santidade de Apolônio mas diziam que, enquanto os milagres de Jesus eram manifestações de Deus, os de Apolônio eram coisa do diabo, o original grego usa a palavra “daemon", que significa tão somente um ser espiritual, mas a conotação negativa foi a empregada pelos sucessivos teólogos cristãos. Mais tarde a tática para desacreditar Apolônio passou a ser acusar Philostratus de plagiar os evangelhos cristãos, algo que Eusébio, que estava na época e no lugar certo para saber disso, nunca fez. Hoje discute-se se não foram os escribas cristãos que se inspiraram na biografia de Apolônio. A história de Apolônio me fascina. Primeiramente porque mostra como as histórias de milagres na antiguidade e de homens santos que voltaram da morte não são únicas nem tão especiais quanto os cristãos imaginam. Em segundo lugar porquê como admirador das minorias alternativas e geralmente fracassadas, como PDAs Newton, fitas Sony Betamax e Ceticismo Brasileiro, é bom saber que tenho uma alternativa para o dia em que pensar em me converter; só preciso aceitar Apolônio no meu coração!

O Mito de Jesus, a Fabula Muito Lucrativa das Igrejas

A teoria do mito de Cristo (também conhecido como Jesus mítico ou a hipótese da inexistência de Jesus) é a ideia de que Jesus de Nazaré não era uma pessoa histórica, mas sim um personagem fictício ou mitológico criado pela comunidade cristã primitiva. Alguns proponentes alegam que os eventos ou frases associadas com a figura de Jesus no Novo Testamento podem ter sido elaborado a partir de uma ou mais pessoas que realmente existiram, mas que nenhum deles era em nenhum sentido o fundador do cristianismo. Praticamente todos os estudiosos envolvidos com a pesquisa do Jesus histórico acreditam que sua existência não pode ser estabelecida usando documentos e outras evidências, a maioria sustenta que muito do material sobre ele no Novo Testamento não passa de ficção baseada em mitos obscuros. A história da teoria do mito de Cristo pode ser atribuída aos pensadores do Iluminismo francês Constantin-François Volney e Charles François Dupuis na década de 1790. Proponentes notáveis ​​incluem Bruno Bauer e Arthur Drews, no século XX, e mais recentemente GA Wells, Alvar Ellegård e Robert M. Price. A ideia veio à atenção do público moderno através do trabalho de autores como Richard Dawkins, Christopher Hitchens e o filósofo francês Michel Onfray.

Argumentos utilizados para apoiar a teoria enfatizam a ausência de referências existentes sobre a vida de Jesus e da escassez de referências não cristãs no século I. Alguns proponentes alegam que o Cristianismo surgiu organicamente do Judaísmo helenístico e baseia-se em paralelos do Jesus histórico e dos deuses gregos, egípcios entre outros, especialmente aqueles que possuem mitos sobre a morte e ressurreição. A teoria do mito de Cristo (algumas vezes chamada o mito de Cristo, o mito de Jesus, ou hipótese de inexistência) é a afirmação de que Jesus de Nazaré não existiu como uma pessoa histórica, que o Jesus do cristianismo primitivo era a personificação de um ideal de salvador ou ser mítico, semelhantes em alguns aspectos a Krishna, Osíris e Mitra, a quem acontecimentos terrenos foram posteriormente anexados.

Os defensores de uma origem mítica do cristianismo, por vezes, permitem que algum material dos evangelhos pode ter sido extraído de um pregador histórico ou pregadores, mas que estes indivíduos não foram em nenhum sentido "os fundadores do cristianismo", mas alegam que o cristianismo surgiu organicamente do judaísmo helenístico. Os defensores da teoria traçam a evolução do cristianismo através de uma compreensão conjectural da evolução da literatura do Novo Testamento e, portanto, dão primazia às epístolas sobre os evangelhos para determinar os pontos de vista dos primeiros cristãos. A pessoa de Jesus, de acordo com essa tese, seria o resultado de uma elaboração teológica posterior feita por ordem do Imperador Constantino em 300 D.C. com o objetivo de construir uma base concreta para assegurar a difusão de uma nova religião.

Estes argumentos são desenvolvidos ao longo de duas linhas complementares de argumentação: Por um lado, não há provas nem evidências arqueológicas que atestem a existência de Jesus de Nazaré: os textos cristãos não são confiáveis, e os textos não-cristãos são de autenticidade duvidosa ou podem ser um eco do discurso cristão; em segundo lugar, da identificação de evidências que podem sugerir ser um mito ou ficção.

Todos relacionam de alguma forma a Igreja Católica e a religião judaica com a Astrologia e afirmam que criou-se o mito de Jesus para que as instituições religiosas pudessem ter poder social e econômico explorando o medo dos analfabetos do inferno. Os antecedentes da teoria podem ser rastreados até os pensadores do Iluminismo francês Constantin-François Volney e Charles François Dupuis na década de 1790. O primeiro acadêmico a defender tal tese foi o historiador do século XIX e teólogo Bruno Bauer e os proponentes como Arthur Drews foram notáveis em estudos bíblicos durante o início do século XX. Autores como George Albert Wells, Robert M. Price e Earl Doherty recentemente repopularizaram a teoria entre o público leigo. Defensores dessa teoria afirmam que houve grande influência das religiões dos povos com as quais os judeus conviviam, ou seja, egípcios, persas, gregos e romanos. 

Exemplos:

- A história do salvador nascido de uma virgem e tentativas de matá-lo quando criança.
- Sua morte e ressurreição (em vários casos, no terceiro dia).
- Céu, inferno e juízo final (que não existiam no judaísmo original).
- Petra, no mitraísmo e no “Livro dos Mortos” egípcio, era o guardião das chaves do céu. O mitraísmo também denominava Petra a um rochedo considerado sagrado.
- A última ceia, frequentemente com uma bebida e um alimento que representavam o corpo e o sangue de Deus.
- A estrela guia, elemento frequente em lendas e mitologias antigas.
- Nascimentos de forma virginal, mortes por meio de sacrifícios, sangue que "purifica" e abençoa, ressurreições, e sua herança o amor incondicional ao Criador de todas as coisas; amor que se manifesta amando as criaturas.

De acordo com algumas fontes, se referem à teoria da ressurreição no terceiro dia com um período de três dias em que o Sol se mantém no lugar mais baixo e em 25 de dezembro está num ponto mais alto (como se diz que Jesus esteve morto por três dias e então ressuscitou), mas de acordo com o relato bíblico Jesus morreu durante a Páscoa judaica. Afirmam que os deuses do Sol muito anteriores a Jesus como Hórus, Átis, Krishna, Mitra, Dionísio, Buda, todos eles, têm como elemento vital a sua crença na ressurreição no terceiro dia após as suas mortes, também tiveram discípulos que os acompanharam, faziam milagres e nasceram de uma Virgem Imaculada em 25 de dezembro. Segundo os defensores dessa Teoria, algumas destas lendas podem ter sofrido influência direta da história de Jesus, já que os cultos coexistiram com o cristianismo primitivo, mas certamente a imensa maioria surgiu milhares de anos antes do nascimento do mesmo. Entretanto, muitos acrescentam mais similaridades nos deuses antigos por conta própria para criar mais semelhanças.

Tamuz: deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.

Hórus - 3000 a.C.:
Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua;
Nasceu de Isis, de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Ressuscitou um homem de nome EL-AZAR-US;
Um de seus títulos é "Krst" ou "Karast";
Lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Set (divindade comparada a Satã);
Batizado com água por Anup;
Representado por uma cruz;
A trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Rá (comparado ao Espírito Santo).

Mitra - séc. I a.C.:
Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol;
Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso;
Viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman;
Era considerado um professor e um grande mestre viajante;
Era identificado com o leão e o cordeiro;
Seu dia sagrado era domingo ("Sunday"), "Dia do Sol", centenas de anos antes de Cristo;
Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã;
Teve doze companheiros ou discípulos;
Executava milagres;
Foi enterrado em um túmulo e após três dias levantou-se outra vez;
Sua ressurreição era comemorada cada ano.

Átis (Frígia / Roma) - 1200 a.C.:
Nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem;
Foi crucificado, morreu e foi enterrado;
Ressuscitou no terceiro dia.

Buda - séc. V a.C.:
Sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele ainda era um bebê;
Por volta dos 30 anos inicia sua vida espiritual;
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal enquanto jejuava;
Caminhou sobre as águas (Anguttara Nikaya 3:60);
Ensinava por meio de parábolas, inclusive uma sobre um "filho pródigo";
A partir de um pão alimentou 500 discípulos, e ainda sobrou (Jataka);
Transfigurou-se em frente aos discípulos, com luz saindo de seu corpo;
Após sua morte, ressuscitou (apenas na tradição chinesa).

Baco / Dionísio - séc. II a.C.:
Deus grego-romano do vinho;
Nascido da virgem Sémele (que foi fecundada por Zeus);
Quando criança, quiseram matá-lo;
Fez milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes;
Após a morte, ressuscitou;
Era chamado de "Filho pródigo" de Zeus.

Hércules - séc. II a.C.:
Nascido da virgem Alcmena, que foi fecundada por Zeus;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal (Hera, a ciumenta esposa de Zeus);
A causadora de sua morte (sua esposa) se arrepende e se mata enforcada.
Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas);
Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol;
Após sua morte, ressuscitou, ascendendo aos céus.

Krishna - 3228 a.C.:
Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus;
Nasceu no dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem, Devaki ("Divina");
Uma estrela avisou a sua chegada;
É a segunda pessoa da trindade;
Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes;
Fez milagres;
Em algumas tradições morreu em uma árvore;
Após morrer, ressuscitou.

Todas estas coincidências biográficas, segundo os defensores de "O Mito de Cristo", provam que os autores dos Evangelhos, ao escreverem as histórias de vida de Jesus, tomaram emprestados relatos e feitos de outros deuses antigos ou heróis. Embora Flávio Josefo, Tácito, Suetônio e outros historiadores antigos sejam frequentemente citados como evidência de um Jesus histórico, de acordo com estes autores as histórias são derivadas, não originais. Josefo, o mais antigo desses autores, nasceu, no mínimo, cinco anos após a suposta morte de Jesus. Não há nenhum testemunho direto dos fatos. Além disso, os antigos relatos não-cristãos de Jesus foram escritos quando o Cristianismo já era generalizado e alguns parágrafos dos livros de Josefo são questionados, supondo-se que foram mais tarde interpolações cristãs.

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For a summary of the mainstream position, see Eddy, Paul R. and Boyd, Gregory A. The Jesus Legend: A Case for the Historical Reliability of the Synoptic Jesus Tradition. Baker Academic, 2007, pp. 24–27.
Also see Dickson, March 21, 2008.
Dickson, John. "Facts and friction of Easter", The Sydney Morning Herald, March 21, 2008.

"The radical solution was to deny the possibility of reliable knowledge of Jesus, and out of this developed the Christ myth theory, according to which Jesus never existed as a historical figure and the Christ of the Gospels was a social creation of a messianic community." Farmer 1975, p. 43



Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 08: Cópia e Cola, sem Originalidade - Plágio Grosseiro!


Jesus é uma ficção, e uma ficção barata... por que “barata” ? Por que na verdade ele foi criado a partir de figuras mitológicas já muito antigas, é por tanto um plágio, além de ser ficção, é uma ficção sem nenhuma originalidade, é apenas mais do mesmo... uma 'copia e cola'.

Conforme disse várias vezes, o cristianismo tomou por empréstimo tudo quanto se fez necessário à sua formação. Assim, todos os ensinamentos atribuídos a Cristo foram copiados dos povos com os quais os judeus tiveram convivência. A sua moral, a moral que Cristo teria ensinado, aprendeu-a com os filósofos egípcios e orientais que o antecederam em muitos séculos. De modo que não há inovações em nenhum setor ou aspecto do cristianismo. 

Antigos povos, milênios antes, adoraram seus deuses semelhantemente. Dentre as máximas adotadas pelo cristianismo, comento a seguinte: “Não faças aos outros o que não queres que a ti seja feito”. Este ensinamento não teria partido de Jesus, conforme pretendem os cristãos, não sendo sequer uma máxima cristã, originariamente. Encontraremos ela em Confúcio, e ainda no bramanismo, no budismo e no mazdeismo, fundado por Zoroastro. Era uma orientação filosófica e religiosa, adotada pelos hindus.

A originalidade do cristianismo consistiu apenas em criar as penas eternas, um absurdo desumano e irracional. Enquanto isso, o mazdeismo cria a possibilidade de regeneração do pior bandido, admitindo mesmo a sua plena reintegração no seio da sociedade. O perdão aos inimigos foi, muito antes de Jesus, aconselhado por Pitágoras. Os egípcios religiosos praticavam uma moral muito elevada. No “Livro dos Mortos Egípcio” encontramos a confissão negativa, de acordo com a qual a alma do morto comparecia ante o tribunal de Osíris e proferia em alta voz as suas más ações. O sentimento de igualdade e fraternidade para com os homens foi ensinado por Filon.

O cristianismo adotou os seus ensinamentos, atribuindo-os a Jesus. São de Filon as seguintes palavras: “Os que exaltam as grandezas do mundo como sendo um bem, devem ser reprimidos”; “A distinção humana está na inteligência e na justiça, embora partam do nosso escravo, comprado com o nosso dinheiro”; “Porque hás de ser sempre orgulhoso e te achares superior aos outros?”,  “Quem te trouxe ao mundo? Tu nascentes, tu morrerás, não recebendo de Deus senão o tempo entre o nascimento e a morte, para que o apliques na concórdia e na justiça, repudiando todos os vícios e todas as qualidades que tornam o homem um animal”; “A boa vontade e o amor entre os homens são a fonte de todos os bens que podem existir”.

Como vemos, não há nada de novo no cristianismo. Platão salientou a felicidade que existe na prática da virtude. Ensinou a tolerância à injúria e aos maus tratos, e condenou o suicídio. Recomendou o humanismo, a castidade e o pudor, e condenou a volúpia, a vingança e o apego demasiado aos bens. Sua moral baseou-se na exaltação da alma, no desprezo dos sentidos e na vida contemplativa. O Pai Nosso foi copiado de Platão. Quem conhece bem a obra de Platão percebe os traços comuns entre a mesma e o cristianismo. Filon inspirou-se em Platão e, a Igreja, na obra de Filon, que helenizou o judaísmo.

Aristóteles afirmou que a comunidade repousa no amor e na justiça. Admitia a escravatura, mas libertou os seus escravos. Poderiam existir escravos, mas não a seu serviço. A comunidade deveria instruir a todos, independentemente da classe social, com o que ensinou o evangelho aos Evangelhos. A abolição do sacrifício sangrento não foi introduzida pelo cristianismo. Não lhe cabe tal mérito. Gélon, da Sicília, firmando a paz com os cartagineses, estipulou como condição a supressão do sacrifício de vidas animais aos seus deuses.

Sêneca aconselhava o domínio das paixões, a insensibilidade à dor e ao prazer. Recomendava igualmente a indulgência para com os escravos, dizendo que todos os homens são iguais. Referia-se ao céu como fazem os cristãos, afirmando que todos são filhos de um mesmo pai. Concebia como pátria o Universo. Os homens deveriam se ajudar e se amar mutuamente. Enquanto isso, o humanismo cristão limitou-se apenas aos irmãos de fé. O bem visa somente a salvação da alma, o que é egoísmo, nunca humanismo. Sêneca manifestou-se contrário à pena de morte; o cristianismo, ao contrário, é responsável por inúmeras execuções. Admitia a tolerância mesmo em face da culpa. Em vez de perseguir e punir, por que não persuadir, ensinar e converter?

Epíteto e Marco Aurélio foram bons professores dos cristãos. Os filósofos greco-romanos foram grandes mestres da moral cristã e da consolação, sem que para isto criassem empresas, negócios ou castas. O cristianismo existente antes de Jesus Cristo já pregava a moral anterior ao martírio do Gólgota. A moral cristã não veio de Jesus Cristo nem dos Evangelhos, mas nasceu da tendência natural para o aperfeiçoamento do homem. 

Não fosse a destruição sistemática de antigas bibliotecas determinada pelo clero no intuito de preservar os seus escusos interesses, (caso da Grande Biblioteca de Alexandria, queimada por Cristãos por ela conter exatamente os documentos que provava como o cristianismo é uma fraude) hoje seria possível patentear com documentos à mão que a moral anterior à cristã era bem melhor do que está, tendo-lhe servido de modelo. Assim, se vê que a moral jamais foi patrimônio de castas ou de indivíduos, sendo uma lenta conquista da humanidade, com ou sem religião, e mesmo contra ela. Por isso é que o mundo se racionaliza continuamente, e avança sempre no sentido do seu aperfeiçoamento.

A bondade humana independe da idéia religiosa. A razão nos ensina o que devemos ao nosso meio social, independentemente da fé e da religião. Para justificar o aparecimento de Jesus, se fez necessário recorrer a uma moral que, no entanto, já era um patrimônio da humanidade. Jesus nada mais foi do que a materialização de qualidades que já existiam. 

Por isso, mesmo em moral, Jesus foi ator, não autor. O cristianismo apenas sistematizou e industrializou essa velha moral, estabelecendo-a como um rendoso comércio. A Igreja é responsável pela deturpação dessa moral. Havia a moral pela moral, que foi substituída pela moral bíblica, em que só se é bom para ganhar o céu. Superpondo-se um grupo empresarialmente forte, extinguiu-se a moral individual.

Pesquisas e estudos comparados têm demonstrado que a mitologia judaico-cristã é bem anterior ao próprio judaísmo, quando se percebe que dogmas como o da imortalidade da alma, da ressurreição e do Verbo encarnado são muito anteriores ao cristianismo. A imortalidade da alma já tinha milênios quando os judeus foram levados cativos para a Babilônia. Zoroastro ensinara, muito antes, ser a alma imortal, e que essa imortalidade seria produto de uma opção humana. 

O livre arbítrio levaria o homem a escolher uma vida que o levaria ou não à imortalidade. O erro e o mal produziriam a morte definitiva, a prática do bem, a imortalidade. Do mesmo modo, na Ciropédia, bem anterior a Zoroastro, se lê que Ciro, moribundo, disse: “Não creio que a alma que vive em um corpo mortal se extinga desde que saia dele, e que a capacidade de pensar desapareça apenas porque deixou o corpo que não tem como pensar por si mesmo”. Os egípcios, os hindus, os sumérios, os hititas e os fenícios acreditavam na imortalidade da alma.

A ressurreição foi um dos fundamentos do Zend-Avesta. Zoroastro também ensinou que o fim do mundo seria precedido por um grande acontecimento, a ser predito por profetas. Os persas tiveram os seus profetas, que foram Ascedermani e Ascerdemat, os quais passaram à Bíblia sob os novos nomes de Enock e Elias, entidades míticas, como se vê. Desses mitos surgiram o Talmud e os Evangelhos, o que mostra que, em religião, a idéia original pertence à noite dos tempos.

A doutrina do Verbo já era antiquíssima no Egito. Deus teria gerado Kneph “a palavra, o Verbo”, que é igual ao pai. Da união de Deus com o Verbo nasceu o fogo, a vida, Fta, a vida de todos os seres. O monoteísmo e a Santíssima Trindade eram crenças muito antigas na Índia. Os deuses únicos e os deuses secundários são uma velha doutrina oriental. A religião greco-romana já possuía o seu Apolo e Zeus, rodeados por uma porção de deuses secundários. 

Essas velhas lendas deram origem ao Deus do cristianismo, com toda sua corte de santos e anjos. O politeísmo há muito vinha caminhando para o monoteísmo. Os gregos já haviam concebido a idéia de um intermediário entre os homens e Júpiter, que era Apolo, tendo encarnado para redimir os homens. Porfírio citou o seguinte oráculo de Serapis: “Deus é antes e depois e ao mesmo tempo, é o Verbo e o Espírito, como um e outro”. O mundo antigo cria em um Deus único, pai de todas as coisas, afirmou Máximo de Tiro. O povo então já dizia: Deus o sabe! Deus o quer! Deus o abençoe! Os oráculos só se referiam a Deus e não aos deuses.

Os apologistas do cristianismo, tais como Eusébio, Agostinho, Lactâncio, Justino, Atanásio e muitos outros, ensinavam que unidade de Deus era conhecida desde a mais remota antiguidade. Os órficos, inclusive, a admitiam. Na Bíblia, ao ser traduzido para o grego e para o latim, o nome de Deus passou a ser muitas vezes Senhor, Dominus, para ficar conforme o nome do Deus-sol do mitraísmo. O amor a Deus foi a base de todas as religiões copiadas pelo judaísmo. Isaías falava de Deus como Pai Celestial. Ezequiel dizia que Deus não queria a morte do pecador, preferindo antes a sua conversão. O justo viverá eternamente pela fé. São palavras de Habacuc, repetidas por Paulo em Gálatas 3:2.

Como vimos a doutrina do Verbo vem de Platão, tendo sido este o intermediário entre os metafísicos e os cristãos. Foi ele quem concebeu a idéia da separação do corpo e da alma e pôs aquele na dependência desta. Na sua opinião, a Terra era o desterro da alma. Foi o criador do sistema filosófico da decadência moral do homem, fazendo dos sentidos uma ameaça, do mundo um mal e da eternidade o delírio, o sonho. 

Cícero e Sêneca tinham idéias cristãs, mas não conheceram a Jesus Cristo nem ao cristianismo. Agostinho leu as obras de Cícero e trocou o maniqueísmo pelo cristianismo. A Igreja procurou destruir as principais obras de Cícero e de Sêneca para que a posteridade não percebesse que eles não tinham sido cristãos seguidores de Cristo, mas apenas que as suas idéias coincidiam com as que o cristianismo esposou. O cristianismo nasceu da helenização do judaísmo.

Os cristãos terapeutas abandonaram o judaísmo ortodoxo porque este tinha posto de lado o culto nacional do templo e o sacrifício Pascal, retirando-se para uma vida contemplativa nos montes, longe dos homens e dos negócios. Estabeleceram uma sociedade comunal, considerando o casamento um apego à carne, um empecilho à salvação da alma. 

Baniram os principais prazeres da vida, exaltando o celibato e a pobreza, como os essênios, além de aconselhar a caridade. Eusébio chamou aos terapeutas de cristãos sem Cristo. Para ele, um terapeuta era um autêntico cristão. Isto levou Strauss a escrever: “Os terapeutas, os essênios e os cristãos dão sempre muito o que pensar”.

A doutrina dos essênios, a moral dos terapeutas, a encarnação do Verbo, vinda do judaísmo helenizado, é o cristianismo de Filon. Desse modo, Filon foi criador do cristianismo, sem saber. Ele se refere ao Verbo nos termos da mitologia egípcia sem, contudo, mencionar a crença em Jesus Cristo. Salomão fez da sabedoria divina a criação. O Livro da Sabedoria define a natureza desse princípio intermediário, transformando o pensamento vago do rei judeu sobre a sabedoria da doutrina do Verbo. 

Sirac, em “Eclesiástico”, faz a doutrina do Verbo ser mais precisa: “A sabedoria vem de Deus, estando sempre com ele. Foi criada antes de todas as coisas. A voz da inteligência existe desde o princípio. O Verbo de Deus, no mais alto do céu, é a fonte da sabedoria”! Filon disse que o Verbo se fizera humano. Segundo ele, Deus era infalível e inacessível à inteligência humana, não nos alcançando senão pela graça divina. Para ele, ainda, o Verbo não era apenas a palavra, mas a imagem visível de Deus.

O Verbo seria o Ungido do Senhor, o ideal da natureza — o Adão Celeste é a doutrina da encarnação do Verbo — tomando a forma humana. O Verbo é o intermediário entre Deus e os homens. Diz ainda que o Verbo é o pão da vida. Por ai vemos que não foi o Cristo o criador do cristianismo, mas este é que o criou. Clemente de Alexandria, Origenes ou Paulo, assim como os primeiros padres do cristianismo, jamais se referiram a Jesus Cristo como tendo sido um homem que tivesse caminhado do Horto ao Gólgota, mas o tiveram apenas como o Verbo, conforme a doutrina de Platão e de Filon.

Está patente a existência do cristianismo sem Cristo. A existência do clero, por outro lado, foi uma exigência bramânica. Pregando por meio de parábolas, os sacerdotes se faziam necessários para esclarecer o sentido das mesmas. Assim se justificava o pagamento com as esmolas dos crentes. Ensinavam a religião e se apoderavam do dinheiro. 

Suas terras e os templos já eram isentos dos impostos. O sumo-sacerdote não se casava e era venerado como um deus. No budismo, tanto os bonzos como os mosteiros são mantidos pela comunidade e os monges, igualmente, não se casam. O Dalai-Lama é o Vigário de Deus, o sucessor de Fó, sendo Infalível como o Papa se diz ser. Nos mosteiros todos se chamam de irmãos.

O clero persa era dividido em ordens hierárquicas, e tinha o direito a um décimo da renda da comunidade. Os magos persas, como os profetas judeus, eram puros e não trabalhavam. No Egito, a classe mais alta era a dos sacerdotes. Elegiam o rei e limitavam a sua ação. O povo arrendava as terras do templo. Só o clero ensinava a religião e presidia aos sacrifícios. O regime era teocrata e todos tinham de submeter-se às regras eclesiásticas. O sacerdote era o adivinho, fazia os oráculos, as profecias, os sortilégios e os exorcismos. Afirmava ter força sobre a natureza, para o bem da humanidade.

Os brâmanes procuravam afugentar os malefícios e as maldições. Para isto, cultivam certas plantas, como o lótus e o cânhamo, das quais faziam licores como o “amrita”, que possuía virtudes milagrosas. Tinham as mesmas modalidades de expiação ainda hoje adotadas pelo cristianismo. As mortificações hindus são as mesmas praticadas pelos cristãos medievais. Certos crentes carregaram durante toda a vida enormes colares de ferro, outros, pesadas correntes de ferro. Alguns se marcavam com o ferro em brasa, avivando a ferida todos os dias. Muitos vão rolando deitados até Benares, pagar ali suas promessas. Também usam sandálias cravadas de finos pregos, os quais entram pelas solas dos pés.

No Egito, os sacerdotes de Ísis açoitavam-se em sua honra, expiando, com isso, suas próprias culpas e as do povo. Entre os gregos havia a água lustral para as expiações e para as propiciações. Os sacerdotes de Dodona feriam-se e os de Diana praticavam tais coisas em seus corpos, que às vezes punham em perigo a própria vida. Os romanos procuravam livrar-se das calamidades públicas oferecendo aos seus deuses sacrifícios humanos. 

Os Indostânicos tornavam-se celibatários, pediam esmolas, jejuavam e se isolavam do convívio com outras Pessoas. No budismo, as crianças eram ensinadas a fazer votos de castidade. O governo concedia honras especiais ao que chegavam aos 40 anos castos. No Egito, existiam mosteiros apropriados para os que faziam votos de castidade. Também os sacerdotes de Baco, na Grécia, faziam tais votos. Os sacerdotes de Cibele eram castos e castrados.

Em Roma, as Vestais viviam em mosteiros, indo para eles até aos seis anos de idade, e juravam não deixar extinguir-se o fogo sagrado e manterem-se virgens. A que faltasse ao juramento seria enterrada viva e, o amante, condenado à morte. Os budistas consagravam o pão e o vinho, representando o corpo e o sangue de Agni, quando os bonzos aspergiam os crentes. 

Enquanto aspergem água lustral, cantam hinos ao sol e ao Fogo, o “Kirie Eleison” que os católicos copiaram e cantam ou recitam durante a missa. Inicialmente o sacrifício constava da imolação de uma pessoa, a qual posteriormente foi substituída pela hóstia. Tal como o padre católico, o sacerdote budista também lava as mãos antes das libações. A cerimônia budista é em tudo semelhante à missa da Igreja Católica. Os persas tinham, em seus ritos religiosos, a eucaristia, ou seja, a mesma oferenda do pão e do vinho que também consta do ritual da missa, bem como o Pater Noster, o Credo e o Confiteor.

Na Grécia, rezava-se pela manhã e à noite. Os etruscos juntavam as mãos quando oravam. Também a confissão lá era praticada pelos persas. O ritual do catolicismo tem muito do ritual mitraico, assim como a vestimenta dos sacerdotes católicos foi copiada do figurino dos sacerdotes de Mitra. Muitas das religiões pré-cristãs já festejavam a Páscoa e a Natividade. 

Os persas inclusive dedicaram um dia aos mortos. E, no dia em que o filho começava a receber instrução religiosa, havia festa na casa dos pais. Entre os gregos, cada dia da semana era dedicado a um deus. Os Hindus viviam peregrinando de um templo para outro. Criam na existência de dias bons e dias maus, como também em sortilégios e malefícios. Cada pessoa era dedicada a um anjo que a protegia desde o nascimento. Benziam as vacas, os instrumentos agrícolas e animais domésticos.

A história do passado religioso do homem está repleta de virgens puras e belas, que são as mães dos deuses. Maria, mãe de Jesus Cristo, é apenas mais uma dentre tantas outras. Igualmente, as procissões constituem práticas multimilenares. É antiqüíssima tal modalidade de culto. Juno e Diana passearam em caminhadas durante muitos séculos. As cidades sempre se enfeitaram à passagem dos santos e dos deuses. Por aí vemos que nem Jesus nem o cristianismo têm nada de original. 

A veneração das imagens já era muito anterior ao cristianismo. Por outro lado, o judaísmo, que as baniu, não foi, entretanto, o primeiro a tomar tal atitude. Plutarco disse que os tebanos não as usavam, assim como Numa Pompílio proibiu os romanos de as usarem, durante o seu governo.

O batismo era uma cerimônia praticada pelos antigos muito antes de se cogitar, sequer, do nome de cristão. Os hindus lavam o recém-nascido em água lustral, dando-lhe um nome de um gênio protetor. Aos oito anos, a criança aprende a recitar os hinos ao Deus-Sol. A extrema-unção também, desde muito antes do cristianismo, era praticada pelos hindus. Copiando detalhes dos ritos e cultos de uma grande variedade de seitas, o cristianismo constituiu o seu próprio ritual, tudo girando em torno do Deus-Sol, no qual, por fim, vestiram a roupa de Jesus Cristo. 

O cristianismo deve ser examinado com isenção de ânimo, ainda quando visto como uma das melhores religiões. Ele propõe ter sido Jesus um messias. O termo é tomado do hebraico mesiá que quer dizer ungido. Da versão para o grego resultou Kristós. No caso, messias assume o contexto, como quando se diz ritualmente ungido salvador, ou como em ungido rei. Por influência grega a nova religião em vez de se chamar messianismo, passou a ser cristianismo. 

Não obstante algumas diferenças semânticas, os termos se equivalem. Jesus nasceu pelo ano 4, antes de nossa era, “ao tempo do Rei Herodes” (Mateus 2;1), a quem o Evangelista ainda atribuiu a decisão de o matar. Para lograr seu objetivo “mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo” (Mateus 2;16).

Sabe-se também que Herodes morreu no ano 4 a.C. Se esta narrativa, redigida 50 ou 80 anos depois, for verdadeira, deve-se admitir coerentemente que Jesus já era nascido pelo ano 4 antes da era atual. No início da Idade Média o monge Dionísio, O Pequeno (ou o Exíguo) criou a cronologia cristã, tendo errado por pelo menos 4 anos a data do nascimento de Jesus. Não há escritos contemporâneos de Jesus que mencionavam sua existência e doutrina. Este fato oferece muitas dificuldades. O que se escreveu depois, e ainda em outra língua, em grego, cujos conceitos mentais são mais evoluídos e poderão ter alterados várias nuances de conteúdo.

Pelos anos 60 ou após redigiram-se os 4 evangelhos, escritos respectivamente por Mateus e Marcos, Lucas e João. O novo Testemunho compõe-se destes escritos, e mais os Atos dos Apóstolos (de Lucas), Epistola (de vários Apóstolos e Apocalipse de João). Como foi que surgiu o cristianismo? Na interpretação histórico-crítica o processo de surgimento do cristianismo se desenvolveu num espaço relativamente curto. 

No início do ano 28 passou Jesus a pregar, sendo levado à morte no ano 30. Morto Jesus, se processou uma institucionalização do grupo, com influências novas vindas do helenismo, fato este que provocou uma separação mais profunda ao qual entretanto ficou ligado umbilicalmente. 

Dali resulta a necessidade de examinar o cristianismo inicial sob duas perspectivas. Numa primeira importa examina-lo frente às seitas judias. Numa segunda perspectiva, quais foram suas fases de desenvolvimento, pelo qual se foi diferenciando, até tomar feição mais ou menos própria.


Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 07: Um Plágio Oriental

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Jesus é um plágio descarado dos “salvadores” do oriente e Krishna foi o mais copiado, ambos são apenas fantasias esquizofrênicas, tanto Jesus como Krishna são representações alegóricas do Sol

Os artigos anteriores nos permitem constatar que, nas diversas épocas da história, as religiões transformam-se variando em razão da complexidade cada vez maior das sociedades em que elas existem. Vimos que a crença em um deus redentor é muito anterior ao judaísmo, sempre ligada à ânsia da necessidade de redenção das tremendas aflições do povo. Quanto ao Jesus Cristo, este resultou de uma série de mitos que os hebreus copiaram dos babilônicos, dos egípcios e de outros povos, visando com isto dar consistência ao judaísmo. Estudos filológicos forneceram as bases para o estabelecimento de um traço de união entre as crenças dos deuses orientais e o judaísmo. Vejamos, por exemplo, as palavras Ahoura-Mazzda e Jeová, que significam “O que é”, partindo de velhas lendas orientais, e baseando-se na origem comum da palavra, foi compilado o Gênese, numa tentativa de explicar a criação do mundo. Segundo o Zend-Avesta, o Ser Eterno criou o céu e a Terra, o Sol a Lua, as estrelas, tudo em seis períodos, aparecendo o homem por último.

O descanso foi posto no sétimo dia. Manu havia ensinado, muito antes, que no começo tudo era trevas, quando Bhrama dispersou-as, criou e movimentou a água, em seguida produziu os deuses secundários, os anjos dirigidos por Mossura, os quais posteriormente se rebelariam contra Deus. Veio então Shiva, e os prendeu no inferno. Shiva tornou-se a terceira pessoa da Santíssima Trindade Bhramânica em consequência das sucessivas invasões bárbaras sofridas pela Índia. Os bárbaros, crendo em Shiva, o deus da lascívia e da sensualidade, impuseram sua inclusão, surgindo assim a trindade divina de Bhrama.

Manu ensinara igualmente que Deus criara o homem e a mulher, fazendo-os apenas inferior a Devas, isto é, Deus. O primeiro homem recebera o nome de Adima ou Adam, e a primeira mulher, Heva, significando o complemento da vida. Foram postos no paraíso celeste e receberam ordem de procriar. Deveriam adorar a Deus, não podendo sair do paraíso. Mas, um dia, indo ver o que havia fora dali, desapareceram. Bhrama perdoou-os, mas expulsou-os, condenando-os a trabalhar para viver. E disse que, por haverem desobedecido, a Terra se tornaria má, porque o espírito do mal dela se apoderara. Entretanto, mandaria seu filho Vishnu que, se encarnando em uma virgem, redimiria a humanidade, libertando-a definitivamente do pecado da desobediência.

Ormuzd teria prometido ao primeiro casal humano que, se fossem bons, seriam felizes na terra. Mas Arimã mandou que um demônio em forma de serpente aconselhasse a desobedecerem a deus. Comeram os frutos que Arimã lhes deu, acabou a felicidade humana, e todos os que nascessem daí em diante seriam infelizes. Sendo levados cativos para a Babilônia, os judeus ali encontraram tal lenda. Libertos, voltando à Judéia, trouxeram essa crendice, como também a crença da imortalidade da alma e da vida futura, dos espíritos bons e espíritos maus, surgindo daí os anjos Gabriel, Miguel e Rafael, os querubins e serafins. Nasceu daí o mito do diabo, o anjo rebelado.

A palavra paraíso é o termo persa que significa jardim. Os persas, os hindus, os egípcios e os gregos acreditavam no paraíso. Da mesma forma, todos eles acreditavam no inferno. Entretanto, as crenças antigas desconheciam os castigos eternos, que foram criados pelo cristianismo, aliás, uma das poucas coisas originárias dessa crença. Também o purgatório, naturalmente, é outra novidade do cristianismo, sendo desconhecido do judaísmo. A idéia do purgatório vem de Platão, que havia dividido as almas em puras, curáveis e incuráveis. Os filhos de Adima e Heva haviam se tornado numerosos e maus. Por isso, Deus mandou o dilúvio para matá-los. Mas deu ordem a Vadasuata para construir um barco e nele entrar com a família, devido ao fato de ser um homem virtuoso. Deveria levar consigo, além da família, um casal de cada espécie de animal existente: esta é a história do dilúvio relatada nos Vedas, e que foi incluída na Bíblia dos cristãos.

As origens do cristianismo repousam, incontestavelmente, nas lendas e crenças dos deuses mitológicos, não apenas dos judeus, mas também de outros povos. Os caldeus e os fenícios, como os judeus, haviam se especializado no comércio, e por dever de ofício, se alfabetizaram. Assim, sabendo ler e escrever, puderam copiar as lendas e o folclore dos povos com os quais comerciavam e conviviam, os quais puderam adquirir longevidade e se fixar melhor na memória humana.

Sendo comerciantes por excelência, os judeus perceberam que a religião poderia se tornar uma boa mercadoria, através da qual adviria o domínio de muitos povos e vontades. Desta forma, tendo compilado o que julgaram mais interessante ou mais proveitoso em relação aos seus propósitos, passaram a difundir pelo mundo as suas idéias religiosas. Com isto, o conhecimento e a razão foram substituídos pelas crendices e superstições religiosas. Desde há muito a religião tem servido para moderar os impulsos humanos, sobretudo daqueles que pertencem a uma classe social menos favorecida. Saliento o prejuízo que o mundo tem sofrido com o rebaixamento mental imposto com as crenças e superstições religiosas, com o que o conhecimento sofre uma estagnação sensível.

No entanto, o homem tem se deixado levar pelas crenças e práticas religiosas sem que nenhum benefício lhe seja dado em retribuição. O homem tem feito tudo para si mesmo, apesar de sua religiosidade. A única classe beneficiada realmente com a religião é a dos sacerdotes que pedem vultosas contribuições para manter o sistema religioso em nome desses salvadores imaginários. Bom, vamos retomar o assunto em pauta, após essa rápida digressão. A Bíblia cita dez patriarcas que teriam morrido em idade avançada, antes do dilúvio. Contudo, essa lenda provém da tradição caldáica, segundo a qual dez reis governaram durante 432 anos. Da mesma forma, as lendas hindus, egípcias, árabes, chinesas ou germânicas fazem referência a homens que tiveram uma longa vida, como a do Matusalém da Bíblia.

Igualmente, a lenda de Abraão, que deveria sacrificar o seu filho Isaac, procede de lendas anteriores ao judaísmo. O livro das profecias hindus relata uma história igual. Ramatsariar conta que Adgitata, protegido de Bhrama por ser um homem de bem, teve um filho que nasceu tão milagrosamente como Jesus. Entretanto Bhrama, para experimentá-lo, lhe ordena que sacrificasse o filho. Ele obedece, mas Bhrama impede-o no momento exato. Seu filho seria o pai de uma virgem a qual, por sua vez, seria a mãe do deus-homem. José e a mulher de Putifar foi a cópia de uma velha lenda egípcia, conforme documentos recentemente traduzidos. Era uma história intitulada “Os dois irmãos”.

Emílio Bossi, relatando o achado, dá a palavra a Jacolliot: “Um homem da Índia fez leis políticas e religiosas; chamava-se Manu. Esse mesmo Manu foi o legislador egípcio, Manas. Um cretense vai ao Egito estudar as instituições que pretende dar ao seu país, e a história confirma isto dizendo que esse cretense foi Minos. Enfim, o libertador dos escravos judeus chamava-se Moisés, que teria recebido as leis das mãos do próprio Jeová. Temos, então, Manu, Manes, Minos e Moisés, os quatro nomes que predominaram no mundo antigo. Aparecem na história de quatro povos diferentes para representar o mesmo papel, rodeados da mesma auréola misteriosa, os quatro são legisladores, grandes sacerdotes e fundadores das sociedades teocráticas e sacerdotais. Esses quatro nomes têm a mesma raiz sânscrita. O hinduísmo deu origem ao judaísmo. Por isso, de Jeseu Krishna fizeram Jesus Cristo”.

Documentos recentemente estudados mostram terem sido os hindus os prováveis colonizadores do Egito. A documentação demonstra que o conhecimento nasceu do saber hindu. A assiriologia mostra que a lenda de Moisés foi copiada da de Sargão I, Rei acádio, que igualmente teria sido salvo em um cesto deixado no rio, à deriva. A lenda de Sansão é outro exemplo. Sansão representa o Sol. O poder que lhe foi atribuído é o mesmo dos deuses solares. E assim, examinando os escritos de antigas civilizações, chegamos ao conhecimento das origens de tudo o que a Bíblia narra como fatos reais. Concluímos então que Jesus Cristo nada mais representa que uma cópia das lendas e mitos dos deuses adorados por povos os mais remotos e variados.

Percebendo a importância da luz do Sol sobre a Terra, o homem imaginou que essa luz seria uma emanação protetora de Deus. Da idéia de que existia um único Sol surgiu o monoteísmo, isto é, a crença em um só Deus. Das palavras Devv e Divv, que em sânscrito significam Sol e Luminoso, originou-se a palavra deus. Daí, em grego, a palavra Zeus; em latim, deo; para os irlandeses, dias; em italiano dio, etc...

A parte do tempo em que a Terra recebe a luz do Sol recebeu o nome dia em oposição ao período de trevas, à noite. O dia teria sido um presente divino, graças à luz solar. Conseguindo produzir o fogo, aumentou a crença humana no deus Sol. Graças ao fogo, o homem pode libertar-se de um dos seus maiores inimigos, que era o frio, assim como passou a cozinhar os seus alimentos. Devendo cada vez mais a vida ao calor, a gratidão do homem para com o Sol cresceu ainda mais. Foi assim que nasceu o mito solar, do qual Jesus Cristo é o último rebento.

Por uma série de deduções, chegaram igualmente à concepção do significado místico da cruz. Dos raios solares foi criada uma cruz, espargindo raios por todos os lados. Da mesma forma foi a idéia do Espírito Santo, um espírito caridoso que irradia a bondade divina. Depois a sequência mística do Sol, o fogo e o vento, dando origem a Salvitri, Agni e Vayu, do mito védico. O rito védico celebra o nascimento de Salvitri, o deus-sol, em 25 de dezembro, no solstício, quando aparecem as refulgentes estrelas. As estrelas trazem a boa nova, a perspectiva de boas colheitas. Daí os sacrifícios e os ritos propiciatórios oferecidos ao deus-sol.

Assim os cristãos encontraram o seu “Jesus Cristo” A vida dos deuses redentores é a vida do Sol. Por isso, todos eles tiveram suas datas de nascimento fixadas em 25 de dezembro: Mitra, Hórus e Jesus Cristo. Também é simbólica a ressurreição na primavera, tempo da germinação e das folhas novas. Baseando-se nisto, Aristóteles e Platão admitiram uma certa racionalidade dos que adoravam o Sol. Heródoto e Estrabão diziam que Mitra era o deus-sol, tendo por emblema um sol radiante. Plutarco conta que o culto de Mitra veio para a Sicília trazido pelos piratas do mar. Em escavações feitas no solo italiano, foram encontradas placas de barro solidificados ao sol trazendo esta inscrição: “Deo Soli Invicto Mitrae” (Deus Sol, o invencível Mitra), lembrando o deus dos persas.

Niceto escreveu que certos povos adoraram a Mitra como o deus do fogo, outros como sendo o deus-sol. Júlio Fírmino Materno disse que Mitra era a personificação do deus fogo, enquanto Aquelau considerava-o o deus-sol. São Paulino descreveu os mistérios de Mitra como sendo os de um deus solar e redentor. Karneki, rei hindo-escita, no começo de nossa era, mandou cunhar moedas em que se vê a efígie de Mitra dentro de um sol radiante. Mitra ainda era representado com um disco solar na cabeça, segurando um globo com a mão esquerda.

Do mesmo modo os cristãos representam Jesus Cristo. Era o Senhor. Ao surgir o cristianismo, os cristãos primitivos ainda chamavam o Sol de “Dominus”, com o que, lentamente, foi absorvendo o ritual mitráico. No Egito, o Sol era o “Pai Celestial”. Um obelisco trazido para o Circo Máximo de Roma trazia esta inscrição: “O grande Deus, o justo Deus, o todo esplendente”, tendo um sol espargindo seus raios para todos os lados. Da mesma forma, todos os deuses dos índios americanos pertenciam ao rito solar, assim como os deuses dos hindus, dos chineses e japoneses. Os caldeus, adorando o Sol como seu deus, dedicaram-lhe a cidade de Sípara, onde ardia o fogo sagrado, eternamente, em sua honra. Em Edessa e em Palmira foram encontrados templos dedicados ao deus-sol. Orfeu considerava o sol como sendo o deus maior. Agamenon disse que o sol era o deus que tudo via e de que tudo provinha.

Os judeus e os líderes do cristianismo, para a formação deste, só tiveram que adaptar as crenças e rituais antigos a uma nova personagem: Jesus Cristo. Toda a roupagem necessária para vestir o novo deus pré-existia. Apenas era necessário moldá-la um pouco. Tendo em vista o completo silêncio histórico a respeito de Jesus Cristo, bem como as evidentes ligações deste com o mito dos deuses-solares, Dupuis escreveu o seguinte:

“Um deus nascido de uma virgem no solstício do inverno, que ressuscita na Páscoa, no equinócio da primavera, depois de haver descido ao inferno; um deus que leva atrás de si doze apóstolos, correspondentes às doze constelações; que põe o homem sob o império da luz, não pode ser mais que um deus solar, copiado de tantos outros deuses heliosísticos em que abundavam as religiões orientais. No céu da esfera armilar dos magos e dos caldeus via-se um menino colocado entre os braços de uma virgem celestial, a que Eratóstenes dá como Ísis, mãe de Hórus. Seu nascimento foi a 25 de Dezembro. Era a virgem das constelações zodiacais. Graças aos raios solares, a virgem pôde ser mãe sem deixar de ser virgem… Via-se uma jovem ‘Seclanidas de Darzana’, que em árabe é ‘Adrenadefa’, e significa virgem pura, casta, imaculada e bela… Está assentada e dá de mamar a um filho que alguns chamam de Jesus e, nós, de Cristo”.

Já mostrei que Jesus repete todos os mistérios dos deuses solares e redentores, pelo que Heródoto, Plutarco, Lactâncio e Firmico puderam afirmar que esse deus redentor é o Sol. De modo que Jesus é apenas mais um deus solar. Ainda hoje, grande parte do rito cristão é de origem solar. Na Bíblia, encontramos estas palavras: “Deus estabeleceu sua tenda no Sol”, e ainda: “Sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o Sol da justiça e vossa vida estará em seus raios”. João diz que “o verbo é a lei, a luz e a vida, a luz que ilumina a vista de todos os mortais, a luz do mundo”. E ainda chama a Jesus de o “cordeiro”, o “Agnus Dei qui tollit peccata mundi”.

Com isto, o Apocalipse fez de Jesus o “cordeiro pascal”, e a Igreja o adorou sob a forma de um cordeiro até o ano de 680. Era o Cristo o Áries Zodiacal, vindo de Agnus, com a representação de fogo, o Sol condensado. Origenes justificava a adoração do Sol tendo em vista a sua luz sensível e também pelo aspecto espiritual. Tertuliano reconheceu que o dogma da ressurreição tem sua origem na religião persa de Mitra. Para São Crisóstomo, Jesus era o Sol da justiça, para Sinésio, o Sol intelectual. Fírmico Materno descreveu Jesus baixando ao inferno, esplendente como o Sol. O domingo, o dia do Senhor, o dia do descanso, procede de Dominus, o deus-sol, o Senhor. Segundo Teodoro e Cirilo, para o maniqueus Cristo era o Sol.

Os Saturnilianos acreditavam que a alma tinha substância solar, deixando o corpo e voltando para o Sol, de onde proviera, após a morte. O antigo rito do batismo determinava que o catecúmeno voltasse o rosto em primeiro lugar para o ocidente, para retirar de si Satanás, símbolo das trevas. Igualmente, as festas do sábado santo são reminiscências do mito da luta do Sol contra as trevas, na Páscoa. As orações desse ofício são cópia dos hinos védicos. A palavra aleluia, que era o grito de alegria dos persas, adoradores do Sol, quando na Páscoa festejavam a sua volta, significa: elevado e brilhante.

Foram necessários muitos séculos para que a igreja pudesse alienar um pouco do que lembrava que o seu culto era de um deus solar. Entretanto, a história escrita é inflexível e demonstra que todos os deuses redentores ou solares foram tão adorados quanto o mitológico Jesus Cristo. E embora tenha havido longas fases em que foram impostos a ferro e fogo, nem por isto deixaram de cair, nada mais sendo hoje do que o pó do passado religioso do homem.

O certo é que Jesus Cristo é mitológico de origem, natureza e significado. O seu surgimento ocorreu para atender à tendência religiosa e mística da maioria, que ainda hoje teme as realidades da vida e, portanto, procura, para se orientar, algo fora da esfera humana, na esperança de assim conseguir superar a si mesmo e aos obstáculos que surgem diariamente.

O cristianismo é produto de tendências naturais de uma época, aproveitadas espertamente pelos líderes do cristianismo. O judeu pobre e oprimido, não tendo para quem apelar, passou a esperar de Deus aquilo que o seu semelhante lhe negava. O sacerdote, valendo-se do deplorável estado de espírito de uma população faminta e, sobretudo, desesperançada, ressuscitou um dentre os velhos deuses para restaurar a esperança do povo judeu, criando mais uma mentira confortável. E assim, surgiu mais um mito solar, mais um deus com todos os atributos divinos, tal como os que antecederam. O novo deus solar em questão é Jesus Cristo.

- “A religião cristã é uma paródia da adoração ao Sol, onde colocaram um homem chamado 'Cristo' e começaram a entregar a este personagem a devoção que entregavam ao Sol”. (Thomas Paine, político, inventor, um dos fundadores dos EUA).



Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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O que Está Acontecendo?

- “A maior revelação que o ‘Salto’ traz não é consolador, mas sim perturbador. O Mundo em que estamos é um campo de concentração para extermínio de uma Superpotência do Universo Local”. (Bruno Guerreiro de Moraes)

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