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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 08: Cópia e Cola, sem Originalidade - Plágio Grosseiro!


Jesus é uma ficção, e uma ficção barata... por que “barata” ? Por que na verdade ele foi criado a partir de figuras mitológicas já muito antigas, é por tanto um plágio, além de ser ficção, é uma ficção sem nenhuma originalidade, é apenas mais do mesmo... uma 'copia e cola'.

Conforme disse várias vezes, o cristianismo tomou por empréstimo tudo quanto se fez necessário à sua formação. Assim, todos os ensinamentos atribuídos a Cristo foram copiados dos povos com os quais os judeus tiveram convivência. A sua moral, a moral que Cristo teria ensinado, aprendeu-a com os filósofos egípcios e orientais que o antecederam em muitos séculos. De modo que não há inovações em nenhum setor ou aspecto do cristianismo. 

Antigos povos, milênios antes, adoraram seus deuses semelhantemente. Dentre as máximas adotadas pelo cristianismo, comento a seguinte: “Não faças aos outros o que não queres que a ti seja feito”. Este ensinamento não teria partido de Jesus, conforme pretendem os cristãos, não sendo sequer uma máxima cristã, originariamente. Encontraremos ela em Confúcio, e ainda no bramanismo, no budismo e no mazdeismo, fundado por Zoroastro. Era uma orientação filosófica e religiosa, adotada pelos hindus.

A originalidade do cristianismo consistiu apenas em criar as penas eternas, um absurdo desumano e irracional. Enquanto isso, o mazdeismo cria a possibilidade de regeneração do pior bandido, admitindo mesmo a sua plena reintegração no seio da sociedade. O perdão aos inimigos foi, muito antes de Jesus, aconselhado por Pitágoras. Os egípcios religiosos praticavam uma moral muito elevada. No “Livro dos Mortos Egípcio” encontramos a confissão negativa, de acordo com a qual a alma do morto comparecia ante o tribunal de Osíris e proferia em alta voz as suas más ações. O sentimento de igualdade e fraternidade para com os homens foi ensinado por Filon.

O cristianismo adotou os seus ensinamentos, atribuindo-os a Jesus. São de Filon as seguintes palavras: “Os que exaltam as grandezas do mundo como sendo um bem, devem ser reprimidos”; “A distinção humana está na inteligência e na justiça, embora partam do nosso escravo, comprado com o nosso dinheiro”; “Porque hás de ser sempre orgulhoso e te achares superior aos outros?”,  “Quem te trouxe ao mundo? Tu nascentes, tu morrerás, não recebendo de Deus senão o tempo entre o nascimento e a morte, para que o apliques na concórdia e na justiça, repudiando todos os vícios e todas as qualidades que tornam o homem um animal”; “A boa vontade e o amor entre os homens são a fonte de todos os bens que podem existir”.

Como vemos, não há nada de novo no cristianismo. Platão salientou a felicidade que existe na prática da virtude. Ensinou a tolerância à injúria e aos maus tratos, e condenou o suicídio. Recomendou o humanismo, a castidade e o pudor, e condenou a volúpia, a vingança e o apego demasiado aos bens. Sua moral baseou-se na exaltação da alma, no desprezo dos sentidos e na vida contemplativa. O Pai Nosso foi copiado de Platão. Quem conhece bem a obra de Platão percebe os traços comuns entre a mesma e o cristianismo. Filon inspirou-se em Platão e, a Igreja, na obra de Filon, que helenizou o judaísmo.

Aristóteles afirmou que a comunidade repousa no amor e na justiça. Admitia a escravatura, mas libertou os seus escravos. Poderiam existir escravos, mas não a seu serviço. A comunidade deveria instruir a todos, independentemente da classe social, com o que ensinou o evangelho aos Evangelhos. A abolição do sacrifício sangrento não foi introduzida pelo cristianismo. Não lhe cabe tal mérito. Gélon, da Sicília, firmando a paz com os cartagineses, estipulou como condição a supressão do sacrifício de vidas animais aos seus deuses.

Sêneca aconselhava o domínio das paixões, a insensibilidade à dor e ao prazer. Recomendava igualmente a indulgência para com os escravos, dizendo que todos os homens são iguais. Referia-se ao céu como fazem os cristãos, afirmando que todos são filhos de um mesmo pai. Concebia como pátria o Universo. Os homens deveriam se ajudar e se amar mutuamente. Enquanto isso, o humanismo cristão limitou-se apenas aos irmãos de fé. O bem visa somente a salvação da alma, o que é egoísmo, nunca humanismo. Sêneca manifestou-se contrário à pena de morte; o cristianismo, ao contrário, é responsável por inúmeras execuções. Admitia a tolerância mesmo em face da culpa. Em vez de perseguir e punir, por que não persuadir, ensinar e converter?

Epíteto e Marco Aurélio foram bons professores dos cristãos. Os filósofos greco-romanos foram grandes mestres da moral cristã e da consolação, sem que para isto criassem empresas, negócios ou castas. O cristianismo existente antes de Jesus Cristo já pregava a moral anterior ao martírio do Gólgota. A moral cristã não veio de Jesus Cristo nem dos Evangelhos, mas nasceu da tendência natural para o aperfeiçoamento do homem. 

Não fosse a destruição sistemática de antigas bibliotecas determinada pelo clero no intuito de preservar os seus escusos interesses, (caso da Grande Biblioteca de Alexandria, queimada por Cristãos por ela conter exatamente os documentos que provava como o cristianismo é uma fraude) hoje seria possível patentear com documentos à mão que a moral anterior à cristã era bem melhor do que está, tendo-lhe servido de modelo. Assim, se vê que a moral jamais foi patrimônio de castas ou de indivíduos, sendo uma lenta conquista da humanidade, com ou sem religião, e mesmo contra ela. Por isso é que o mundo se racionaliza continuamente, e avança sempre no sentido do seu aperfeiçoamento.

A bondade humana independe da idéia religiosa. A razão nos ensina o que devemos ao nosso meio social, independentemente da fé e da religião. Para justificar o aparecimento de Jesus, se fez necessário recorrer a uma moral que, no entanto, já era um patrimônio da humanidade. Jesus nada mais foi do que a materialização de qualidades que já existiam. 

Por isso, mesmo em moral, Jesus foi ator, não autor. O cristianismo apenas sistematizou e industrializou essa velha moral, estabelecendo-a como um rendoso comércio. A Igreja é responsável pela deturpação dessa moral. Havia a moral pela moral, que foi substituída pela moral bíblica, em que só se é bom para ganhar o céu. Superpondo-se um grupo empresarialmente forte, extinguiu-se a moral individual.

Pesquisas e estudos comparados têm demonstrado que a mitologia judaico-cristã é bem anterior ao próprio judaísmo, quando se percebe que dogmas como o da imortalidade da alma, da ressurreição e do Verbo encarnado são muito anteriores ao cristianismo. A imortalidade da alma já tinha milênios quando os judeus foram levados cativos para a Babilônia. Zoroastro ensinara, muito antes, ser a alma imortal, e que essa imortalidade seria produto de uma opção humana. 

O livre arbítrio levaria o homem a escolher uma vida que o levaria ou não à imortalidade. O erro e o mal produziriam a morte definitiva, a prática do bem, a imortalidade. Do mesmo modo, na Ciropédia, bem anterior a Zoroastro, se lê que Ciro, moribundo, disse: “Não creio que a alma que vive em um corpo mortal se extinga desde que saia dele, e que a capacidade de pensar desapareça apenas porque deixou o corpo que não tem como pensar por si mesmo”. Os egípcios, os hindus, os sumérios, os hititas e os fenícios acreditavam na imortalidade da alma.

A ressurreição foi um dos fundamentos do Zend-Avesta. Zoroastro também ensinou que o fim do mundo seria precedido por um grande acontecimento, a ser predito por profetas. Os persas tiveram os seus profetas, que foram Ascedermani e Ascerdemat, os quais passaram à Bíblia sob os novos nomes de Enock e Elias, entidades míticas, como se vê. Desses mitos surgiram o Talmud e os Evangelhos, o que mostra que, em religião, a idéia original pertence à noite dos tempos.

A doutrina do Verbo já era antiquíssima no Egito. Deus teria gerado Kneph “a palavra, o Verbo”, que é igual ao pai. Da união de Deus com o Verbo nasceu o fogo, a vida, Fta, a vida de todos os seres. O monoteísmo e a Santíssima Trindade eram crenças muito antigas na Índia. Os deuses únicos e os deuses secundários são uma velha doutrina oriental. A religião greco-romana já possuía o seu Apolo e Zeus, rodeados por uma porção de deuses secundários. 

Essas velhas lendas deram origem ao Deus do cristianismo, com toda sua corte de santos e anjos. O politeísmo há muito vinha caminhando para o monoteísmo. Os gregos já haviam concebido a idéia de um intermediário entre os homens e Júpiter, que era Apolo, tendo encarnado para redimir os homens. Porfírio citou o seguinte oráculo de Serapis: “Deus é antes e depois e ao mesmo tempo, é o Verbo e o Espírito, como um e outro”. O mundo antigo cria em um Deus único, pai de todas as coisas, afirmou Máximo de Tiro. O povo então já dizia: Deus o sabe! Deus o quer! Deus o abençoe! Os oráculos só se referiam a Deus e não aos deuses.

Os apologistas do cristianismo, tais como Eusébio, Agostinho, Lactâncio, Justino, Atanásio e muitos outros, ensinavam que unidade de Deus era conhecida desde a mais remota antiguidade. Os órficos, inclusive, a admitiam. Na Bíblia, ao ser traduzido para o grego e para o latim, o nome de Deus passou a ser muitas vezes Senhor, Dominus, para ficar conforme o nome do Deus-sol do mitraísmo. O amor a Deus foi a base de todas as religiões copiadas pelo judaísmo. Isaías falava de Deus como Pai Celestial. Ezequiel dizia que Deus não queria a morte do pecador, preferindo antes a sua conversão. O justo viverá eternamente pela fé. São palavras de Habacuc, repetidas por Paulo em Gálatas 3:2.

Como vimos a doutrina do Verbo vem de Platão, tendo sido este o intermediário entre os metafísicos e os cristãos. Foi ele quem concebeu a idéia da separação do corpo e da alma e pôs aquele na dependência desta. Na sua opinião, a Terra era o desterro da alma. Foi o criador do sistema filosófico da decadência moral do homem, fazendo dos sentidos uma ameaça, do mundo um mal e da eternidade o delírio, o sonho. 

Cícero e Sêneca tinham idéias cristãs, mas não conheceram a Jesus Cristo nem ao cristianismo. Agostinho leu as obras de Cícero e trocou o maniqueísmo pelo cristianismo. A Igreja procurou destruir as principais obras de Cícero e de Sêneca para que a posteridade não percebesse que eles não tinham sido cristãos seguidores de Cristo, mas apenas que as suas idéias coincidiam com as que o cristianismo esposou. O cristianismo nasceu da helenização do judaísmo.

Os cristãos terapeutas abandonaram o judaísmo ortodoxo porque este tinha posto de lado o culto nacional do templo e o sacrifício Pascal, retirando-se para uma vida contemplativa nos montes, longe dos homens e dos negócios. Estabeleceram uma sociedade comunal, considerando o casamento um apego à carne, um empecilho à salvação da alma. 

Baniram os principais prazeres da vida, exaltando o celibato e a pobreza, como os essênios, além de aconselhar a caridade. Eusébio chamou aos terapeutas de cristãos sem Cristo. Para ele, um terapeuta era um autêntico cristão. Isto levou Strauss a escrever: “Os terapeutas, os essênios e os cristãos dão sempre muito o que pensar”.

A doutrina dos essênios, a moral dos terapeutas, a encarnação do Verbo, vinda do judaísmo helenizado, é o cristianismo de Filon. Desse modo, Filon foi criador do cristianismo, sem saber. Ele se refere ao Verbo nos termos da mitologia egípcia sem, contudo, mencionar a crença em Jesus Cristo. Salomão fez da sabedoria divina a criação. O Livro da Sabedoria define a natureza desse princípio intermediário, transformando o pensamento vago do rei judeu sobre a sabedoria da doutrina do Verbo. 

Sirac, em “Eclesiástico”, faz a doutrina do Verbo ser mais precisa: “A sabedoria vem de Deus, estando sempre com ele. Foi criada antes de todas as coisas. A voz da inteligência existe desde o princípio. O Verbo de Deus, no mais alto do céu, é a fonte da sabedoria”! Filon disse que o Verbo se fizera humano. Segundo ele, Deus era infalível e inacessível à inteligência humana, não nos alcançando senão pela graça divina. Para ele, ainda, o Verbo não era apenas a palavra, mas a imagem visível de Deus.

O Verbo seria o Ungido do Senhor, o ideal da natureza — o Adão Celeste é a doutrina da encarnação do Verbo — tomando a forma humana. O Verbo é o intermediário entre Deus e os homens. Diz ainda que o Verbo é o pão da vida. Por ai vemos que não foi o Cristo o criador do cristianismo, mas este é que o criou. Clemente de Alexandria, Origenes ou Paulo, assim como os primeiros padres do cristianismo, jamais se referiram a Jesus Cristo como tendo sido um homem que tivesse caminhado do Horto ao Gólgota, mas o tiveram apenas como o Verbo, conforme a doutrina de Platão e de Filon.

Está patente a existência do cristianismo sem Cristo. A existência do clero, por outro lado, foi uma exigência bramânica. Pregando por meio de parábolas, os sacerdotes se faziam necessários para esclarecer o sentido das mesmas. Assim se justificava o pagamento com as esmolas dos crentes. Ensinavam a religião e se apoderavam do dinheiro. 

Suas terras e os templos já eram isentos dos impostos. O sumo-sacerdote não se casava e era venerado como um deus. No budismo, tanto os bonzos como os mosteiros são mantidos pela comunidade e os monges, igualmente, não se casam. O Dalai-Lama é o Vigário de Deus, o sucessor de Fó, sendo Infalível como o Papa se diz ser. Nos mosteiros todos se chamam de irmãos.

O clero persa era dividido em ordens hierárquicas, e tinha o direito a um décimo da renda da comunidade. Os magos persas, como os profetas judeus, eram puros e não trabalhavam. No Egito, a classe mais alta era a dos sacerdotes. Elegiam o rei e limitavam a sua ação. O povo arrendava as terras do templo. Só o clero ensinava a religião e presidia aos sacrifícios. O regime era teocrata e todos tinham de submeter-se às regras eclesiásticas. O sacerdote era o adivinho, fazia os oráculos, as profecias, os sortilégios e os exorcismos. Afirmava ter força sobre a natureza, para o bem da humanidade.

Os brâmanes procuravam afugentar os malefícios e as maldições. Para isto, cultivam certas plantas, como o lótus e o cânhamo, das quais faziam licores como o “amrita”, que possuía virtudes milagrosas. Tinham as mesmas modalidades de expiação ainda hoje adotadas pelo cristianismo. As mortificações hindus são as mesmas praticadas pelos cristãos medievais. Certos crentes carregaram durante toda a vida enormes colares de ferro, outros, pesadas correntes de ferro. Alguns se marcavam com o ferro em brasa, avivando a ferida todos os dias. Muitos vão rolando deitados até Benares, pagar ali suas promessas. Também usam sandálias cravadas de finos pregos, os quais entram pelas solas dos pés.

No Egito, os sacerdotes de Ísis açoitavam-se em sua honra, expiando, com isso, suas próprias culpas e as do povo. Entre os gregos havia a água lustral para as expiações e para as propiciações. Os sacerdotes de Dodona feriam-se e os de Diana praticavam tais coisas em seus corpos, que às vezes punham em perigo a própria vida. Os romanos procuravam livrar-se das calamidades públicas oferecendo aos seus deuses sacrifícios humanos. 

Os Indostânicos tornavam-se celibatários, pediam esmolas, jejuavam e se isolavam do convívio com outras Pessoas. No budismo, as crianças eram ensinadas a fazer votos de castidade. O governo concedia honras especiais ao que chegavam aos 40 anos castos. No Egito, existiam mosteiros apropriados para os que faziam votos de castidade. Também os sacerdotes de Baco, na Grécia, faziam tais votos. Os sacerdotes de Cibele eram castos e castrados.

Em Roma, as Vestais viviam em mosteiros, indo para eles até aos seis anos de idade, e juravam não deixar extinguir-se o fogo sagrado e manterem-se virgens. A que faltasse ao juramento seria enterrada viva e, o amante, condenado à morte. Os budistas consagravam o pão e o vinho, representando o corpo e o sangue de Agni, quando os bonzos aspergiam os crentes. 

Enquanto aspergem água lustral, cantam hinos ao sol e ao Fogo, o “Kirie Eleison” que os católicos copiaram e cantam ou recitam durante a missa. Inicialmente o sacrifício constava da imolação de uma pessoa, a qual posteriormente foi substituída pela hóstia. Tal como o padre católico, o sacerdote budista também lava as mãos antes das libações. A cerimônia budista é em tudo semelhante à missa da Igreja Católica. Os persas tinham, em seus ritos religiosos, a eucaristia, ou seja, a mesma oferenda do pão e do vinho que também consta do ritual da missa, bem como o Pater Noster, o Credo e o Confiteor.

Na Grécia, rezava-se pela manhã e à noite. Os etruscos juntavam as mãos quando oravam. Também a confissão lá era praticada pelos persas. O ritual do catolicismo tem muito do ritual mitraico, assim como a vestimenta dos sacerdotes católicos foi copiada do figurino dos sacerdotes de Mitra. Muitas das religiões pré-cristãs já festejavam a Páscoa e a Natividade. 

Os persas inclusive dedicaram um dia aos mortos. E, no dia em que o filho começava a receber instrução religiosa, havia festa na casa dos pais. Entre os gregos, cada dia da semana era dedicado a um deus. Os Hindus viviam peregrinando de um templo para outro. Criam na existência de dias bons e dias maus, como também em sortilégios e malefícios. Cada pessoa era dedicada a um anjo que a protegia desde o nascimento. Benziam as vacas, os instrumentos agrícolas e animais domésticos.

A história do passado religioso do homem está repleta de virgens puras e belas, que são as mães dos deuses. Maria, mãe de Jesus Cristo, é apenas mais uma dentre tantas outras. Igualmente, as procissões constituem práticas multimilenares. É antiqüíssima tal modalidade de culto. Juno e Diana passearam em caminhadas durante muitos séculos. As cidades sempre se enfeitaram à passagem dos santos e dos deuses. Por aí vemos que nem Jesus nem o cristianismo têm nada de original. 

A veneração das imagens já era muito anterior ao cristianismo. Por outro lado, o judaísmo, que as baniu, não foi, entretanto, o primeiro a tomar tal atitude. Plutarco disse que os tebanos não as usavam, assim como Numa Pompílio proibiu os romanos de as usarem, durante o seu governo.

O batismo era uma cerimônia praticada pelos antigos muito antes de se cogitar, sequer, do nome de cristão. Os hindus lavam o recém-nascido em água lustral, dando-lhe um nome de um gênio protetor. Aos oito anos, a criança aprende a recitar os hinos ao Deus-Sol. A extrema-unção também, desde muito antes do cristianismo, era praticada pelos hindus. Copiando detalhes dos ritos e cultos de uma grande variedade de seitas, o cristianismo constituiu o seu próprio ritual, tudo girando em torno do Deus-Sol, no qual, por fim, vestiram a roupa de Jesus Cristo. 

O cristianismo deve ser examinado com isenção de ânimo, ainda quando visto como uma das melhores religiões. Ele propõe ter sido Jesus um messias. O termo é tomado do hebraico mesiá que quer dizer ungido. Da versão para o grego resultou Kristós. No caso, messias assume o contexto, como quando se diz ritualmente ungido salvador, ou como em ungido rei. Por influência grega a nova religião em vez de se chamar messianismo, passou a ser cristianismo. 

Não obstante algumas diferenças semânticas, os termos se equivalem. Jesus nasceu pelo ano 4, antes de nossa era, “ao tempo do Rei Herodes” (Mateus 2;1), a quem o Evangelista ainda atribuiu a decisão de o matar. Para lograr seu objetivo “mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo” (Mateus 2;16).

Sabe-se também que Herodes morreu no ano 4 a.C. Se esta narrativa, redigida 50 ou 80 anos depois, for verdadeira, deve-se admitir coerentemente que Jesus já era nascido pelo ano 4 antes da era atual. No início da Idade Média o monge Dionísio, O Pequeno (ou o Exíguo) criou a cronologia cristã, tendo errado por pelo menos 4 anos a data do nascimento de Jesus. Não há escritos contemporâneos de Jesus que mencionavam sua existência e doutrina. Este fato oferece muitas dificuldades. O que se escreveu depois, e ainda em outra língua, em grego, cujos conceitos mentais são mais evoluídos e poderão ter alterados várias nuances de conteúdo.

Pelos anos 60 ou após redigiram-se os 4 evangelhos, escritos respectivamente por Mateus e Marcos, Lucas e João. O novo Testemunho compõe-se destes escritos, e mais os Atos dos Apóstolos (de Lucas), Epistola (de vários Apóstolos e Apocalipse de João). Como foi que surgiu o cristianismo? Na interpretação histórico-crítica o processo de surgimento do cristianismo se desenvolveu num espaço relativamente curto. 

No início do ano 28 passou Jesus a pregar, sendo levado à morte no ano 30. Morto Jesus, se processou uma institucionalização do grupo, com influências novas vindas do helenismo, fato este que provocou uma separação mais profunda ao qual entretanto ficou ligado umbilicalmente. 

Dali resulta a necessidade de examinar o cristianismo inicial sob duas perspectivas. Numa primeira importa examina-lo frente às seitas judias. Numa segunda perspectiva, quais foram suas fases de desenvolvimento, pelo qual se foi diferenciando, até tomar feição mais ou menos própria.


Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 06: Plágio de outras figuras Mitológicas

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Jesus é figura mitológica criada a partir de outras mitologias, muitos salvadores do oriente milênios antes de Jesus “nasceram” em 25 de Dezembro de moças virgens, e fizeram milagres tais como ressuscitar mortos, transformar água em vinho, etc...

Como tudo o mais que se refere à existência de Jesus na terra, também a sua ascendência é objeto de controvérsias. Segundo Mateus e Lucas, Jesus descende ao mesmo tempo de David e do Espírito Santo. Entretanto, como filho do Espírito Santo, não poderá descender de José, conseqüentemente deixa de ser descendente de David e o Messias esperado pelos judeus. Assim, Jesus ficará sendo apenas Filho de Deus, ou Deus, visto ser uma das três pessoas da trindade divina. Em ambos os evangelhos acima citados há referências quanto a data de nascimento de Jesus, mas tais referências são contraditórias. O Jesus descrito por Mateus teria onze anos quando nasceu o de Lucas. Mateus diz que José e Maria fugiram apressadamente de Belém, sem passar por Jerusalém, indo direto para o Egito, após a adoração dos Reis Magos. Herodes iria mandar matar as criancinhas. Todavia, Lucas diz que o casal estivera em Jerusalém e acrescenta a narração da cena de que participaram Ana e Semeão. De modo que um evangelista desmente o outro.

Lucas não alude à matança das criancinhas, nem à fuga para o Egito. Por outro lado, Marcos e João não se reportam à infância de Jesus, passando a narrar os acontecimentos de sua vida a partir do seu batismo por João Batista. Mateus que conta o regresso de Jesus, vindo do Egito e indo para Nazaré, o deixa no esquecimento, voltando a ocupar-se dele somente depois dos seus trinta anos, quando ele procura João Batista. Diz ainda que João já o conhecia e, por isto, não o queria batizar, por ser um espírito superior ao seu. Lucas narra a discussão de Jesus com os doutores da lei, aos doze anos de idade. Sendo perguntado pela mãe sobre o que estava ali fazendo, teria respondido que se ocupava com os assuntos do pai.

Emilio Bossi, referindo-se a esta passagem, estranha a atividade da mãe. Se o filho nascera milagrosamente, e ela não o ignora, só poderia esperar dele uma sequência de atos milagrosos. Mesmo a sua presença no templo, entre os doutores, não deveria causar preocupação à sua mãe, visto saber ela que o filho não era uma criança qualquer, e sim um Deus. Lucas diz que os samaritanos não deram boa acolhida a Jesus, o que muito irritara a João. Contudo, João, o Evangelista, diz que os samaritanos lhe deram ótima acolhida e, inclusive, chamaram-no de salvador do mundo. Os evangelistas divergem também quanto ao relato da instituição da eucaristia. Três deles afirmam que Jesus a instituiu no dia da Páscoa, enquanto João afirma que foi antes. Enquanto os três descrevem como aconteceu, João silencia. Na última noite Jesus estava muito triste, como, aliás, permaneceria até a morte. Pondo o rosto em terra, orou durante muito tempo. Segundo os evangelistas, ele estava de tal modo triste e conturbado que teria suado sangue, coisa, aliás, muito estranha, nunca verificada cientificamente.

Enquanto isto, seus companheiros dormiam despreocupadamente, não se incomodando com os sofrimentos do Mestre. Entretanto João não fala sobre esse estado de alma do Mestre. Pelo contrário, diz que Jesus passara a noite conversando, quando se mostrava entusiasta de sua causa e completamente tranquilo. Lucas, Mateus e Marcos afirmam que o beijo de Judas o denunciara aos que vieram prendê-lo. Todavia, João diz que foi o próprio Jesus quem se dirigiu aos soldados dizendo-lhes tranquilamente: “Sou eu”. Lucas é o único que fala no episódio da ida de Jesus de Pilatos para Herodes Antipas. Os outros caem em contradição quanto à hora do julgamento pelo Conselho dos Sacerdotes em presença do povo. João não fala a respeito do depoimento de Cireneu, nem na beberagem que teriam dado a Jesus. Omite-se ainda quanto à discussão dos dois ladrões, crucificados com Jesus, e quanto à inscrição posta sobre a cruz. De forma que seu relato é bastante diferente daquilo que os outros contaram.

E as divergências continuam ainda no que concerne ao quebramento das pernas, ao embalsamamento, à natureza do sepulcro e ao tempo exato em que ele esteve enterrado. Quanto ao embalsamamento, por exemplo, há muita coisa que não foi dita. Teriam retirado seu cérebro e intestinos como se procede normalmente nesses casos? Se a resposta for positiva, como explicar o fato de Jesus, após a ressurreição, pedir comida? Como se vê, as verdades bíblicas são além de controvertidas, incompreensíveis. Lucas diz que Jesus referiu-se aos que sofrem de fome e sede, enquanto Mateus diz que ele se referia aos que têm fome e sede de justiça, aos pobres de espírito. Uns afirmam que Jesus tratara os publicanos com desprezo e ódio, outros dizem que ele se mostrou amigável em relação a eles. Para uns, Jesus teria dito que publicassem as boas obras, para outros, que nada dissessem a respeito.

Uma hora Jesus aconselha o uso da força física e da resistência, mandando até que comprassem espada; noutra, ameaça os que pretendem usar a força. Marcos, Mateus e Lucas dizem que Jesus recomendara o sacrifício. Entretanto, não tomou parte em nenhum deles. Mateus diz que Jesus afirmou não ter vindo para abolir a lei nem os profetas, enquanto Lucas diz que ele afirmara que isso já estava no passado, já tivera o seu tempo. Os três afirmam ainda que Jesus apenas pregara na Galiléia, tendo ido raramente a Jerusalém, onde era praticamente desconhecido. Todavia, João diz que ele ia constantemente a Jerusalém, onde realizara os principais atos de sua vida.

As coisas ficam de modo que não se sabe quem disse a verdade, ou, melhor dizendo, não sabemos quem mais mentiu. Ora, se Jesus tivesse realmente praticado os principais atos de sua vida em Jerusalém, seria conhecido suficientemente e, então, não teriam que pagar a Judas 30 dinheiros para entregar o Mestre. João, que teria sido o precursor do Messias, não se fez cristão, não seguiu a Jesus, pregando apenas o judaísmo no aspecto próprio. Entretanto, depois de preso, enviou um mensageiro a Jesus, indagando-lhe: “És tu que hás de vir, ou teremos de esperar um outro?”, ao que Jesus teria respondido: “Você é o profeta Elias”. Talvez houvesse esquecido que o próprio João antes já declarara isso mesmo. Contam os Evangelhos que, desde a hora sexta até Jesus exalar o último suspiro, a terra cobriu-se de trevas. Contudo, nenhum escritor da época comenta tal acontecimento. Marcos 25:25 diz que Jesus foi sacrificado às 9 horas.

João diz que ao meio dia ele ainda não havia sido condenado à morte, e acrescenta que, a esta hora, Pilatos o teria apresentado ao povo exclamando: “Eis aqui o vosso Rei”! Emilio Bossi assinala detalhadamente todas estas contradições, e as que se deram após a pretensa ressurreição, dizendo que nada do que vem nos Evangelhos deve ser levado a sério. O sobrenatural é o clima em que se encontra a Bíblia, e esta é apenas o resultado da combinação de crenças e superstições religiosas dos judeus com as de outros povos com os quais conviveram.

Mateus e Marcos afirmam enfaticamente que os discípulos de Jesus abandonaram tudo para seguí-lo, sem sequer perguntar antes quem ele era. Em Mateus, lê-se que Jesus teria afirmado que não viera para abolir as leis de Moisés. Contudo, esta seria uma afirmativa sem sentido algum, visto que hoje sabemos que os livros atribuídos a Moisés são apócrifos. Segundo João, quando Jesus falou ao povo, foi por este acatado e proclamado rei de Israel aos gritos de “Hosanna”, mas, um pouco adiante, ele se contradiz, afirmando que o povo não acreditou em Jesus, e praguejando contra ele, o ameaçava a ponto de ele ter procurado se esconder.

Mateus diz que Jesus entrou em Jerusalém vitoriosamente quando a multidão o teria recebido de modo festivo, e marchando com ele, cobria o chão com folhas, flores e com os próprios mantos, gritando: “Hosanna ao Filho de David! Bendito seja o que vem em nome do Senhor!” Aos que perguntavam quem era, respondiam “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia”. No entanto, outros evangelistas afirmam que ele era um desconhecido em Jerusalém. Disseram que Pilatos estava convencido da inocência de Jesus, razão pela qual teria tentado salvá-lo, o abandonando logo em seguida, indefeso e moralmente arrasado. João faz supor que Pilatos teria deixado que matassem Jesus, temendo que denunciassem sua parcialidade ao imperador. Se ele não castigasse a um insurreto que se intitulava rei dos judeus, estaria traindo a César. No entanto, tal atitude por parte de Pilatos não combina com o seu retrato moral, pintado por Filon. Era um homem duro e tão desumano quanto Tibério.

A vida de mais um ou menos um judeu, para ambos, era coisa da pouca importância. Filon faz de Pilatos um carrasco e mostra que ele, em Jerusalém, agia com carta branca. Além disso, as reações de Pilatos com Tibério eram quase fraternais e ele era um delegado de absoluta confiança do imperador. Mas como os Evangelhos foram compostos dentro dos muros de Roma, teriam de ser de modo a não desagradar às autoridades Imperiais. Pilatos foi posto nisso apenas porque os bens e a vida dos judeus estavam sob sua custódia. Entretanto, como a ocupação romana foi feita em defesa dos judeus ricos, contra os judeus pobres e os renegados do deserto, as autoridades romanas temiam muito mais ao povo do que a Roma.

Além disso, muitas eram as razões para não gostarem de Pilatos nem de Herodes Antipas. Eles eram antipáticos aos judeus pobres, por isso teriam temido a ira popular. Esta é a razão apresentada pelos historiadores que levam a sério os Evangelhos, justificando assim o perdão do criminoso Bar Abbas e a condenação do inocente Jesus. Entretanto, se as legiões romanas realmente ali estivessem naquela época, nem Pilatos nem Herodes tomariam em consideração a opinião do povo, porque se sentiriam garantidos nos seus postos. Além disso, a opinião popular é fator ainda bem novo na técnica de formação dos governos. Tudo o que sabemos é o que está nos Evangelhos. Jesus era um homem do povo e um dos que temiam o governo.

Por isso é que em Marcos 16:7 encontraremos Jesus aconselhando os discípulos a fugirem. Em Lucas 10:4 Jesus está aconselhando os discípulos a não falarem com ninguém em suas viagens. Em Mateus 35:23 encontraremos Jesus reprovando os judeus que haviam assassinado Zacarias, filho de Baraquias, entre o adro do templo e o altar. A história, no entanto, afirma ser esse episódio imaginário. Flávio Josefo relata um acontecimento semelhante, registrado no ano 67, 34 anos após a pretensa morte de Jesus, referindo-se no caso a um homem chamado Baruch. Isto evidencia o descuido dos compiladores dos Evangelhos, que os compuseram sem levar em conta que, no futuro, as contradições neles encontradas seriam a prova da inautenticidade dos fatos relatados. Nicodemos, que teria sido um fariseu rico, membro de Senedrin, homem de costumes moderados e de boa fé, não se fez cristão, apesar de ter agido em defesa de Jesus contra os próprios judeus. Por certo ele, como João Batista, não se convenceram da pretensa divindade de Jesus Cristo, nem mesmo se entusiasmaram com suas pregações.

Outra ficção evangélica é debitada a Paulo, o qual inventou um Apolo, que não figura entre os apóstolos e em nenhum outro relato. Em Atos dos Apóstolos 18, lê-se: “Veio de Éfeso um judeu de nome Apolo, de Alexandria, homem eloquente e muito instruído nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor, falando com fervor de espírito, ensinando com diligência o que era de Jesus, e somente conhecia João Batista. Com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando-lhes pelas Escrituras que Jesus era o Cristo”. Seria um judeu fiel ao judaísmo que, segundo Paulo, procurava levar seus próprios patrícios para o Cristo? Na epístola I aos Coríntios, diz que: “Apolo era igual a Jesus”.

Paulo, já no fim do seu apostolado, afirma que o imperador Agripa era um fariseu convicto, e que sua religião era a melhor que então existia. Era, assim, um divulgador do cristianismo afirmando a excelência do farisaísmo. Falando de Jesus, Paulo descreve apenas um personagem teológico e não histórico. Não se refere ao pai nem à mãe de Jesus, sendo um ser fantástico, uma encarnação da divindade que viera cumprir um sacrifício expiatório, mas não fala do modo como teria sido possível a encarnação. Não diz sequer a data em que Jesus teria nascido. Não relata como nem quando foi crucificado. No entanto, estes dados têm muita importância para definir Jesus como homem ou como um ser sobrenatural. Está patente, desse modo, que Paulo é uma figura tão mitológica quanto o próprio Jesus.

Em Atos dos Apóstolos 28:15 e 45 Paulo diz que quando chegou a Pozzuoli, ele e os seus companheiros foram ali bem recebidos, havendo muita gente à beira da estrada os esperando. Entretanto, chegando a Roma, teve de defender-se das acusações de haver ofendido em Jerusalém ao povo e aos ritos romanos. Na Epístola aos Romanos 1:8, Paulo diz que a fé dos cristãos de Roma alcançara todo o mundo, razão pela qual encerraria sua missão tão logo regressasse da Espanha, onde saudaria um grande número de fiéis. Mas, se fosse assim, por que Paulo teve de se defender perante os cristãos de Roma contra o seu próprio judaísmo? Com pouco tempo Paulo já pensava encerrar sua missão porque o cristianismo já havia se universalizado. Entretanto, ele continuava considerando como melhor religião o farisaísmo. O cristianismo a que Paulo se referia deveria ser anterior a Jesus Cristo, que era o seguido pelos cristãos de Roma, e não pelos cristãos dos lugares por onde Paulo havia passado pregando. Eusébio disse que o cristianismo de Paulo era o terapeuta do Egito, e Tácito disse que os hebreus e os egípcios formavam uma só superstição.

O passado religioso do homem está repleto de deuses solares e redentores. Na Índia, temos Vishnu, um deus que se reencarnou nove vezes para sofrer pelos pecados dos homens. No oitavo avatar foi Krishna e, no nono, Buda. Krishna foi igualmente um deus redentor, nascido de uma virgem pura e bela, chamada Devanaguy. Sua vinda messiânica foi predita com muita antecedência, conforme se vê no Atharva, no Vedangas e no Vedanta. O deus Vishnu teria aparecido a Lacmy, mãe da virgem Devanaguy, informando que a filha iria ter um filho-deus e qual o nome que deveria lhe dar. Mandou que não deixasse a filha se casar, para que se cumprissem os desígnios de deus. Isso teria acontecido 3.500 anos A.C. no Palácio de Madura. O filho de Devanaguy destronaria seu tio.

Para evitar que acontecesse o que estava anunciado, Devanaguy teria sido encerrada em uma torre, com guardas na porta. Mas, apesar de tudo, a profecia de Poulastrya se cumpriu, “O espírito divino de Vishnu atravessou o muro e se uniu à sua amada”. Certa noite ouviu-se uma música celestial e uma luz iluminou a prisão, quando Vishnu apareceu em toda a sua majestade e esplendor. O espírito e a luz de deus ofuscaram a virgem, encarnando-se. E ela concebeu. Uma forte ventania rompeu a muralha da prisão quando Krishna nasceu. A virgem foi arrebatada para Nanda, onde Krishna foi criado, lugar este ignorado do rajá. Os pastores teriam recebido um aviso celeste do nascimento de Krishna, e então teriam ido adorá-lo, levando-lhe presentes. Então o rajá mandou matar todas as criancinhas recém-nascidas, mas Krishna conseguiu escapar.

Aos 16 anos Krishna abandonou a família e saiu pela Índia pregando sua doutrina, ressuscitando os mortos e curando os doentes. Todo o mundo corria para vê-lo e ouvi-lo. E todos diziam: “Este é o redentor prometido a nossos pais”. Cercou-se de discípulos, aos quais falava por meio de parábolas, para que assim só eles pudessem continuar pregando suas idéias. Certo dia os soldados quiseram matar Krishna, quando seus discípulos amedrontados fugiram. O Mestre repreendendo-os, e chamou-os de homens de pouca fé, com o que reagiram e expulsaram os soldados. Crendo que Krishna fosse uma das muitas transmigrações divinas, chamaram-no “Jazeu”, o nascido da fé. As mulheres do povo perfumavam-no e incensavam-no, o adorando. Chegando sua hora, Krishna foi para as margens do rio Ganges, entrando na água. De uma árvore, atiraram uma flecha que o matou. O assassino teria sido condenado a vagar pelo mundo. Quando os discípulos procuraram recolher o corpo, não o encontraram mais porque, então, já teria subido para o céu.

Depois Vishnu o teria mandado novamente à Terra pela nona vez, receberia o nome de Buda. O nascimento de Buda teria sido igualmente revelado em sonhos à sua mãe. Nasceu em um palácio, sendo filho de um príncipe hindu. Ao nascer, uma luz maravilhosa teria iluminado o mundo. Os cegos enxergaram, os surdos ouviram, os mudos falaram, os paralíticos andaram, os presos foram soltos e uma brisa agradável correu pelo mundo. A terra deu mais frutos, as flores ganharam mais cores e fragrância, levando ao céu um inebriante perfume. Espíritos protetores vigiaram o palácio, para que nada de mal acontecesse à mãe.

Buda, logo ao nascer, pôs-se de pé maravilhando os presentes. Uma estrela brilhante teria surgido no céu no dia do seu nascimento. Nasceu também, nesse mesmo dia, a árvore de Bó, em cuja sombra o menino deus descansaria. Entre os que foram ver Buda estava um velho que, como Semeão, recebeu o dom da profecia. Sua tristeza seria não poder assistir à glória de Buda por ser muito velho. Buda teria maravilhado os doutores da lei com a sua sabedoria. Com poucos anos de idade, teria começado sua pregação. Teria ficado durante 49 dias sob árvore de Bó, e sido tentado várias vezes pelo demônio. Pregando em Benares, convertera muita gente.

O mais célebre de seus discursos recebeu o nome de “Sermão da Montanha”. Após sua morte apareceria também aos seus discípulos, trazendo a cabeça aureolada. Davadatta o trairia do mesmo modo que Judas a Jesus. Nada tendo escrito, os seus discípulos recolheriam os seus ensinamentos orais. Buda também tivera os seus discípulos prediletos, e seria um revoltado contra o poder abusivo dos sacerdotes bramânicos. Mais tarde, o budismo ficaria dividido em muitas seitas, como o cristianismo. Quando missionários cristãos estiveram na índia, ficaram impressionados e começaram a perceber como nasceu o romance da vida de Jesus. O Papa do budismo, o Dalai-Lama, também se diz ser infalível.

Mitra, um deus redentor dos persas, foi o traço de união entre o cristianismo e o budismo. Cristo foi um novo avatar, destinado aos ocidentais. Mitra era o intermediário entre Ormuzd e o homem. Era chamado de Senhor e nasceu em uma gruta, no dia 25 de Dezembro. Sua mãe também era virgem antes e depois do parto. Uma estrela teria surgido no Oriente, anunciando seu nascimento. Vieram os magos com presentes de incenso, ouro e mirra, e adoraram-no. Teria vivido e morrido como Jesus. Após a morte, a ressurreição em seguida. Fírmico descreveu como era a cerimônia dos sacerdotes persas, carregando a imagem de Mitra em um andor pelas ruas, externando profunda dor por sua morte. Por outro lado, festejavam alegremente a ressurreição, acendendo os círios pascais e ungindo a imagem com perfumes. O Sumo Sacerdote gritava para os crentes que Mitra ressuscitara, indo para o céu para proteger a humanidade.

Os rituais do budismo, do mitraísmo e do cristianismo são muito semelhantes. Hórus foi o deus solar e redentor dos egípcios. Hórus, como os deuses já citados, também nasceria de uma virgem. O nascimento de Hórus era festejado a 25 de dezembro. Amenófis III criou um mito religioso que depois foi adaptado ao cristianismo. Trata-se da anunciação, concepção, nascimento e adoração de Iath. Nas paredes do templo, em Luxor, encontram-se os referidos mistérios. Baco, o deus do vinho, foi também um deus salvador. Teria feito muitos milagres, inclusive a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes, ainda criança também quiseram matá-lo. Adonis era festejado durante oito dias, sendo quatro de dor e quatro de alegria; as mulheres faziam as lamentações, como carpideiras.

O rito do Santo Sepulcro foi copiado do de Adonis. Apagavam todos os círios, ficando apenas um aceso, o qual representava a esperança da ressurreição. O círio aceso ficava semi-escondido, só reaparecendo totalmente no momento da ressurreição, quando então o pranto das mulheres era substituído por uma grande alegria. Também os fenícios, muitos milênios antes, já tinham o rito da paixão, do qual copiaram o rito da paixão de Cristo. Todos os deuses redentores passaram pelo inferno durante os três dias entre a morte e a ressurreição. Isto é o que teria acontecido com Baco, Osiris, Krishna, Mitra e Adonis. Nestes três dias, os crentes visitavam os seus defuntos, segundo Dupuis, em “Lè Origine des tous les cultes”. Todos os deuses redentores eram também deuses-sol, como Átis, na Frígia; Balenho, entre os celtas; Joel, entre os germanos; Fo, entre os chineses. Assim, antes de Jesus Cristo, o mundo já tivera inúmeros redentores. Com este ligeiro apanhado da mitologia dos deuses, deixo patente a origem do romance do Gólgota. Acredito ter esclarecido quais as fontes onde os criadores do cristianismo foram buscar inspiração, ou dizendo melhor, plágio...



Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, ele é uma Fraude! Ficção! - Série de Artigos - Parte 05: Total Incoerência da Bíblia

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Lendo os quadro Evangelhos qualquer pessoa com inteligência média para cima consegue concluir por si mesmo(a) que tudo aquilo não passa de um conto de fadas muito mal escrito

Assim como a história não tomou conhecimento da existência de Jesus, os Evangelhos igualmente o desconhecem como homem, introduzindo-o apenas como um deus. Maurice Vernés mostrou com rara maestria que o Velho Testamento não passa de um livro profético de origem apenas sacerdotal, fazendo ver que tudo que aí está contido não é histórico, sendo apenas simbólico e teológico. O mesmo acontece com o Novo Testamento e os Evangelhos. Tudo na Bíblia é duvidoso, incerto e sobrenatural. Tratando dos Evangelhos, mostra que sua origem foi mantida anônima, talvez de propósito, não se podendo saber realmente quem os escreveu. Por isso, eles começam com a palavra “segundo”; Evangelho segundo Mateus; segundo Marcos. Daí se deduz que não foram eles os autores desses Evangelhos, foram, no máximo, os divulgadores.

Igualmente deixaram em dúvida a época em que foram escritos. A referência mais antiga aos Evangelhos é a de Papias, bispo de Yerápoles, o qual foi martirizado por Marco Aurélio entre 161 e 180. Seu livro faz parte da biblioteca do Vaticano. Irineu e Eusébio foram os primeiros a atribuir a Marcos e a Mateus a autoria dos Evangelhos, mas ambos permanecem desconhecidos da história, como o próprio Jesus Cristo. Além do mais, pouco ou nenhum valor têm os Evangelhos como testemunha dos acontecimentos. Se só foram compostos no século III ou IV, ninguém pode garantir se os originais teriam realmente existido. Os primitivos cristãos quase não escreveram, e os raros escritos desapareceram. Por outro lado, no Concílio de Nicéia foram destruídos todos os Evangelhos. Esse Concílio foi convocado pelo Imperador Constantino de Roma, que era pagão. Daí, devem ter sido compostos outros Evangelhos para serem aprovados por ele ou pelo Concílio. Com isto, perderam sua autenticidade, deixando de ser impostos pela fé para o serem pela espada.

Celso, no século II, combateu o cristianismo argumentando somente com as incoerências dos Evangelhos. Irineu diz que foram escolhidos os quatro Evangelhos, não porque fossem os melhores ou verdadeiros, mas apenas porque esses provieram de fontes defendidas por forças políticas muito poderosas da época. Os bispos que os apoiaram tinham muito poder político. Informam ainda que antes do Concílio de Nicéia os bispos serviam-se indiferentemente de todos os Evangelhos então existentes, os quais alcançaram o número de 315. Até então eles se equivaliam para os arranjos da Igreja. Mesmo assim, os quatro Evangelhos adotados conservaram muitas das lendas contidas nos demais que foram recusados. De qualquer forma, era e continuam sendo todos anônimos, inseguros e inautênticos. Os adotados foram sorteados, e não escolhidos de acordo com fatores qualificativos. Mesmo estes adotados desde o Concílio de Nicéia sofreram a ação dos falsificadores que neles introduziram o que mais convinha à época, ou apenas a sua opinião pessoal.

Esta é a história dos Evangelhos que, através dos tempos, vêm sofrendo a ação das conveniências políticas e econômicas. Embora a Igreja houvesse se tornado a senhora da Europa, nem por isso preocupou-se em tornar os Evangelhos menos incoerentes. Sentiu-se tão firme que julgou que sua firmeza seria eterna.

Os argumentos mais poderosos contra a autenticidade dos Evangelhos residem em suas contradições, incoerências, discordâncias e erros quanto a datas e lugares, e na imoralidade de pretender dar cunho de verdade a velhos e pueris arranjos dos profetas judeus. Essa puerilidade acumula-se à medida que a crítica verifica o esforço evangélico em tornar realidade os sonhos infantis de uma população ignorante. Para justificar sua ignorância, se dizem inspirados pelo Espírito Santo, o qual também é uma ficção religiosa, resultante da velha lenda judia segundo a qual o mundo era dominado por dois espíritos opositores entre si: o espírito do bem e o do mal. Adquiriram essa crença no convívio com os persas, os egípcios e os hindus.

Os egípcios tiveram também os seus sacerdotes, os quais escreveram os livros religiosos como o “Livro dos Mortos”, sob a inspiração do Deus Anúbis. Hamurabi impôs suas leis como tendo sido oriundas do deus Schamash. Moisés, descendo do Monte Sinai, trouxe as tábuas da lei como tendo sido ditadas a ele por Jeová. Maomé, igualmente, foi ouvir do anjo Gabriel, em um morro perto de Meca, boa parte do Alcorão. Alá teria mandado suas ordens por Gabriel. O conhecimento mostra que as religiões, para se firmarem, têm-se valido muito mais da força física do que da fé. Quanto à verdade, esta não existe em suas proposições básicas. De modo que, Anúbis, Schamash, Alá e Jeová nada mais são do que o Espírito Santo sob outros nomes. Stefanoni demonstrou que todos esses escritos não representam o Espírito Santo, mas o espírito dominante em cada época ou lugar. Assim surgiram os Evangelhos, os quais, como Jesus Cristo, foram inventados para atender a certos fins materiais, nem sempre confessáveis. “Não creria nos Evangelhos, se a isso não me visse obrigado pela autoridade da Igreja”. São palavras de Santo Agostinho. Com sua cultura e inteligência, poderia hoje estar no rol dos que não creem.

No que diz respeito a Jesus Cristo, a teologia toma em consideração, sobretudo, o aspecto sobrenatural e os seus milagres. João Evangelista foi trazido para a cena a fim de criar o Logos, o Jesus metafísico, destruindo, assim, o Jesus-Homem. As contradições surgidas em torno de um Jesus saído da mente de pessoas primárias e ignorantes o deixaram muito vulnerável à crítica dos mais bem-dotados em conhecimento. Então vem João e substitui o humano pelo divino, por ser o mais seguro. O mesmo iria fazer a Igreja no século XV, quando, para abafar, grita contra os que haviam queimado miseravelmente uma heroína nacional dos franceses, tiraram o uniforme do corpo carbonizado de Joana D’Arc e vestiram a túnica dos santos. O mesmo aconteceu com Jesus: teve de deixar queimar a pele humana que lhe haviam dado, para revestir-se com a pele divina.

A Igreja, na impossibilidade de provar a existência de Jesus-Homem, inventou o Jesus-Deus. Assim atende melhor à ignorância pública e fecha a boca dos incrédulos. Do que relatei conclui-se que, no caso de Joana D’Arc, a igreja obteve os resultados esperados. Contudo, continua com as mesmas dificuldades para provar que Jesus Cristo, como homem ou como deus, tenha vivido fisicamente. E não é só. Ela não tem conseguido provar nada do que tem ensinado e imposto como verdade. Falta-lhe argumentos sérios e convincentes para confrontar com o conhecimento científico e com a história sem que sejam refutados.

A Igreja tudo fez para tornar Jesus Cristo a base e a razão de ser do cristianismo. E isto satisfez plenamente a seus interesses materiais nestes dois milênios de vida. Da mesma forma, os portugueses, os espanhóis e os ingleses, de Bíblia na mão e cruz no peito, foram à longínqua África para arrastar o negro como escravo, para garantir a infra-estrutura econômica do continente americano. Jamais se preocuparam em saber se o pobre coitado queria separar-se de seus entes queridos, nem o que estes iriam sofrer com a separação. A Igreja está realmente atravessando uma crise. Acontece que os processos tecnológicos e científicos descortinam para o homem novos horizontes, e então ele percebe que foi iludido miseravelmente. Sua fé, sua crença e seu deus morrem porque não têm mais razão de ser. Jesus Cristo foi inicialmente um deus tribal, que teria vindo ao mundo por causa das desgraças dos judeus. Eles sonhavam ser donos do mundo, mas, mesmo assim, foram expulsos até mesmo de sua própria terra. Contudo, o cristianismo ganhou a Europa, com a adesão dos reis e imperadores.

Renan, não conseguindo encontrar o Jesus-Divino, tentou ressuscitar o Jesus-Homem. Mas o que conseguiu foi apenas descrever uma esquisita tragédia humana, cujo epílogo ocorreu no Céu. Jesus teria sido um altruísta mandado à Terra para que se tornasse uma chave capaz de abrir o Céu. Teria sido o homem ideal com que o religioso sonha desde seus primórdios. Existindo o homem ideal, cuja idealidade ficasse comprovada, o histórico seria dispensável. Mas, ao tentar evidenciar um desses dois aspectos, Renan perdeu ambos. Mostrou então que, para provar o lado divino de Jesus, compuseram os Evangelhos. Seu objetivo: relatar exclusivamente a vida de um homem milagroso e não de um homem natural. Elaborando os Evangelhos, cometeram tantos erros e contradições, que acabaram por destruir, de vez, a Jesus. A exegese da vida de Jesus, baseada no conhecimento e na lógica, separando-se o ideal do real, eles destroem-se mutuamente. Quem descreve o Jesus real, não poderá tocar o ideal, e vice-versa, porque um desmente o outro.

Em suma, os Evangelhos não satisfazem aos estudiosos da verdade livre de preconceitos, destruindo o material e o ideal postos na personalidade mítica de Jesus. A fabulação tanto recobre o humano como o divino. Verificamos, então, estarmos em presença de mais um deus redentor ou solar. Jesus, através dos Evangelhos, pode ser Brama, Buda, Krishna, Mitra, Hórus, Júpiter, Serapis, Apolo ou Zeus. Apenas deram-lhe novas roupas. O Cristo descrito por João Evangelista aproxima-se mais desses deuses redentores do que o dos outros evangelistas. É um novo deus oriental, lutando para prevalecer no ocidente como antes tinha lutado para impor-se no oriente. É um novo subproduto do dogmatismo religioso dos orientais, em sua irracional e absurda metafísica.

Por isso, criaram um Jesus divino, não por causa dos seus pretensos milagres, mas por ser o Logos, o Verbo feito carne. Essa essência divina é que possibilitou os milagres. É um deus antropomorfizado, feito conforme o multimilenar figurino idealizado pelo clero oriental. Jesus não fez milagres, ele é o próprio milagre. Nasceu de um milagre, viveu de milagres e foi para o Céu milagrosamente, de corpo e alma, realizando assim mais uma das velhas pretensões dos criadores de religiões: a imortalidade da alma humana. Sendo Jesus essencialmente o milagre, não poderá ser histórico, visto não ter sido um homem normal, comum, passando pela vida sem se prender às necessidades básicas da vida humana.

Jesus foi idealizado exclusivamente para dar cumprimento às profecias do judaísmo, é o que se verifica através dos Evangelhos. Tudo que ele fez já estava predito, muito antes do seu nascimento. Jesus surgiu no cenário do mundo, não como autor do seu romance, mas somente como ator para representar a peça escrita, não se sabe bem onde, em Roma ou, talvez, Alexandria. O judaísmo forneceu o enredo, o Vaticano ficou com a bilheteria. E, para garantir o êxito total da peça, a Igreja estabeleceu um rigoroso policiamento da plateia, através da confissão auricular. Nem o marido escapava à delação da esposa ou do próprio filho. O pensamento livre foi transformado em crime de morte. Os direitos da pessoa humana, calcados aos pés.

Nunca a mentira foi imposta de modo tão selvagem como aconteceu durante séculos com as mentiras elaboradas pelo cristianismo. À menor suspeita, a polícia religiosa invadia o recinto e arrastava o petulante para um escuro e nauseabundo calabouço onde as mais infames torturas eram infligidas ao acusado. Depois, arrastavam-no à praça pública para ser queimado vivo, o que, decerto, causava muito prazer ao populacho cristão. Desse modo, a Igreja tornou-se um carrasco desumano, exercendo o seu poder de modo impiedoso e implacável, ao mesmo tempo em que escrevia uma das mais terríveis páginas da história da humanidade. Durante muito tempo o sentimento de humanidade esteve ausente da Europa, e a mentira triunfava sobre a verdade. Milhares de infelizes foram sacrificados porque ousaram dizer a verdade. O poder público apoiava a farsa religiosa, e era praticamente controlado pela Igreja. Aquele que ousasse apontar as inverdades, as incoerências e o irracionalismo básicos do catolicismo, seria eliminado. Tudo foi feito para evitar que o cristianismo fracassasse, devido à fragilidade de seus fundamentos. O que a Igreja jura de mãos juntas ser a verdade, é desmentido pelo conhecimento, pela ciência e pela razão.

Folheando as páginas da história humana, e não encontrando aí qualquer referência à passagem de Jesus pela Terra, nós, estudiosos do assunto, nos convencemos de que ele nada mais é do que um mito bíblico, uma lenda do deserto. Pesquisando os Evangelhos na esperança de encontrar algo de positivo, nos deparamos mais uma vez com o simbolismo e a mitologia. A história que o envolve desde o nascimento até a morte é a mesma do surgimento de inúmeros deuses solares ou redentores. É notável o cuidado que tiveram os compiladores dos Evangelhos para não permitir que Jesus praticasse senão o que estava estabelecido pelas profecias do judaísmo. Assim, a vida de Jesus nada mais é do que as profecias postas em prática.

O cristianismo e os Evangelhos são um modo de reavivamento da chama do judaísmo, ante a destruição do templo de Jerusalém. É uma transformação do judaísmo, de modo a existir dentro dos muros de Roma, de onde, posteriormente, ultrapassou os limites, alcançando boa parte do mundo graças a ideia terrivelmente brilhante do Imperador Constantino. O sofrimento que o judaísmo infligiu ao povo pobre deveria ser o suficiente para que se acabasse definitivamente. Acreditamos que a ambição de Constantino é que deu lugar ao alastramento do cristianismo, ou melhor dizendo, do judaísmo sob novas roupagens e novo enredo. Não fosse por isso, a falta de cumprimento das pretensas promessas de Abraão, de Moisés e do próprio Jesus Cristo já teria feito com que o judaísmo e o cristianismo fossem varridos da memória do homem. Há muito o homem já estaria convencido da falsidade que é a base da religião.

Idealizaram o cristianismo que, baseado no primarismo da maioria, deu novo alento ao judaísmo, criando assim, o capitalismo e a espoliação internacional. O liberalismo que surgiu graças ao monumental trabalho dos enciclopedistas é que possibilitou ao homem uma nova perspectiva de vida. A partir do enciclopedismo, os judeus e o judaísmo deixaram de ser perseguidos por algum tempo, e com isto, quase perdeu sua razão de ser. Ao surgir Hitler e seu irracional nazismo, encontrou quase a totalidade dos judeus alemães integrada de corpo e alma na pátria alemã. O Führer deu então um novo alento ao judaísmo, ao prossegui-lo de modo desumano. Graças à perseguição de que foram vítimas os judeus de toda a Europa durante a segunda guerra mundial, surgiu a justificativa internacional para que se criasse o Estado de Israel. Talvez o Estado de Israel, revivendo sua velha megalomania racial, invalide em sangue a tendência natural para a socialização do mundo e universalização do conhecimento. A socialização do mundo acabaria com a irracional e absurda idéia de ser o judeu um bi-pátria. Nasça onde nascer, não se integra no meio em que nasce e vive. Daí a perseguição.

Os judeus ricos de todo o mundo carreiam para Israel todo o seu dinheiro e, com ele, a tecnologia e o conhecimento alugados. Graças a isto, poderá embasar ali os seus mísseis teleguiados, tudo quanto houver de mais avançado na química, física e eletrônica. Assim, terão meios de garantir a manutenção da sócio-economia estruturada no capitalismo. Esta é uma situação realmente grave, a qual poderá tornar-se dramática no futuro. O poder econômico concentrado em poucas mãos é uma ameaça contra o homem e sua liberdade. Apesar de o cristianismo liderar o movimento que faz do homem e do seu destino o centro das preocupações das altas lideranças sociais, a grande maioria dos homens está marginalizada, porque o poder econômico do mundo acumula-se em poucas mãos. E, se permanecemos crendo em tudo quanto criaram os judeus de dois milênios atrás, isso é sinal de que não evoluímos o bastante para justificar o decurso de tanto tempo. Se o progresso científico e a tecnologia avançada não conseguirem nos libertar dos mitos, estará patente mais uma vez o estado pueril em que ainda se encontra o desenvolvimento mental do homem.

O homem não será totalmente livre enquanto permanecer preso às convenções religiosas, as quais possuem como único fundamento o mito e a lenda. Se assim falamos, não é que estejamos sendo movidos por um anti-semitismo ou um anticlericalismo doentio; de modo algum isto é verdadeiro. O que nos motiva à colocar em pauta o assunto é o desejo de ver um crescente número de pessoas partilhar conosco do conhecimento da verdade. Temos dito repetidas vezes que tudo aquilo em que se fundamenta o cristianismo é apenas uma compilação de velhas lendas dos deuses adorados por diversos povos. Strauss diz que saiu do Velho Testamento a pretensão de que Jesus encarnar-se-ia em Maria, através do Espírito Santo. Em números, 24:17 estava previsto que uma estrela guiaria os reis magos. Cantu lembra que, juntando-se os livros do Velho Testamento com os do Novo, teremos 72 livros, o mesmo número de anciãos teria Moisés escolhido para subir com ele ao Monte Sinai. O Velho Testamento previa que o povo seguiria a Jesus, mesmo sem conhecê-lo. Seriam os peixes retirados da água pelos apóstolos, e os mesmos da pescaria de São Jerônimo.

Moisés teria feito da pedra o símbolo da força de Jeová, por isto, Jesus devia dar a Pedro as chaves do céu. Oséias 11:1 e Jeremias 31:15-16-4-10-28 profetizam que o Messias seria chamado por Jeová, do Egito, ligado ao pranto de Raquel pelo assassinato dos filhos. Então arranjaram a terrível matança dos inocentes, a qual consta apenas em dois evangelhos, sendo silenciado o assunto pelos outros dois e pelos relatos enviados a Roma. Strauss lembra também que a discussão de Jesus com doutores do templo, assim como a passagem de Ana e Semeão, bem como a circuncisão, estava tudo previsto no Velho Testamento.



Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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O que Está Acontecendo?

- “A maior revelação que o ‘Salto’ traz não é consolador, mas sim perturbador. O Mundo em que estamos é um campo de concentração para extermínio de uma Superpotência do Universo Local”. (Bruno Guerreiro de Moraes)

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