Mapa da África Ocidental, no centro Togo e Benin, mais acima Senegal, destacados em Vermelho
(Clique Aqui para ver o mapa bem mais ampliado)
Relato muito interessante - Ilha de Itaparica na Bahia
Por Lucélia Santos no
Youtube: Meninos não briguem. Vou lhes adiantando. Para os céticos. Eu e meu
primo estivemos lá no culto e era uma roupa e dentro dela não havia nada, teve
um momento em que a roupa levitou e voltou ao chão e murchou no solo e inflou
novamente uma voz muito grossa saia dessa roupa e um bode foi colocado no salão
e a roupa subiu quando desceu em cima o bode diante de nossos olhos sumiu gerando
apenas uma poça de sangue. Não tinha ninguém lá embaixo e um bode grande e vivo
não ia sumir no meio do salão e a entidade continuou dançando e levitando e o
bode sumiu. A entidade continuou dançando e no final as roupas ficou lá no chão
e nada havia lá e não saiu do salão, e nem para nenhum outro lugar.
Olha só no final do
culto eu juro da mesma forma que a roupa estava parada e como se um vento
entrasse nesses trajes e criou vida e falava com voz grossa e ficava uma pessoa
com vara na mão e ninguém podia tocar. Minha tia contou que um rapaz anos atrás
estava a passeio e foi tocar na entidade em um dos cultos e os braços queimaram
gravemente com queimaduras graves. Não morreu porque o guardião bateu a vara e
o rapaz caiu desmaiado quase sem vida.
Estudiosos de outros
países vão lá montam câmeras e ninguém até hoje sabe explicar o “truque” do
culto dos Egunguns de ilha de Itaparica. E essa casa é a única aqui na Bahia.
Eu gostaria que vocês que estão brigando fossem lá e entrasse debaixo das
roupas dos Egunguns na cerimônia, para então descobrir o “truque”. Porque até
hoje nem os estudiosos gringos e nem brasileiros conseguiram.
Alta Magia Africana Protegeu os Povos do Benin, Togo e Senegal do Super vírus Ebola?
Países da África Ocidental foram afetados pelo Super vírus altamente letal, mas onde tem Zangbetos e Koumpo não!
É muito interessante notar que justamente ali, na África Ocidental, foi onde teve o mais severo surto do vírus Ebola no mundo (até os dias de hoje - 2022), o vírus apareceu e matou milhares em Guiné, Libéria e Serra Leoa (países que ficaram envolvidos em guerras civis generalizadas por décadas) teve até mesmo surtos menores na Nigéria, mas curiosamente nos países vizinhos, onde há os poderosos praticantes da mais alta magia, não houve nenhum caso! Será que os Zangbeto's e os Koumpo's protegeram esses povos do super vírus? Leia tudo sobre o Surdo do Vírus Ebola na África Ocidental e note como é 'estranho' que ele não tenha se espalhado por toda a região, foi realmente um milagre não ter se espalhado mais. Na Guiné Bissau também tem os Koumpo's e ali não teve surto!
Zangbeto uma Super Arma dos Magos Africanos
Acredita-se
que o Zangbeto (assim como "Oro" e o "Egungun" entre os
Iorubás) seja a alma de ancestrais, que continuam a proteger e apoiar
seus descendentes depois de desencarnarem. Confira o que disse o Chefe Emmanuel Shokoti, líder da
comunidade Ebute-Oko, na região da Baía de Tarkwa, no estado nigeriano de
Lagos, em uma declaração concedida em agosto de 2011:
-
“Todo homem negro tem uma maneira de prestar respeito aos seus ancestrais e
manter seu espírito vivo na comunidade... Este é o caso de Zangbeto, que são os ancestrais de todos os Ogu, em todos os lugares se manifestando” -
Aliás,
há uma forte convicção entre os Ogu de que o próprio símbolo (estátua) do
Zangbeto em si não é apenas um motivo de reverência, mas também tem o poder de
afastar os inimigos e potenciais intrusos. Assim sendo, erguer uma estátua de
Zangbeto em alguns locais estratégicos entre determinadas comunidades Ogu vai
além da mera estética.
Além disso, até mesmo um único fio de ráfia extraído do
traje de um Zangbeto, que é chamado de "zanshan", é
altamente simbólico e cheio de poder místico. Acredita-se que um único fio
possui os mesmos poderes do próprio Zangbeto. É frequentemente usado para impor
restrições em lugares e itens, designando-os como proibidos. Como se não
bastasse, o "zanshan" do "zanho" de um Ohosi chega a ser
usado na imposição de sanções e para o cumprimento de decisões
judiciais.
O
"Zangbeto" constitui uma sociedade secreta com um estrito código
sigiloso em determinados assuntos, são praticantes do ocultismo mais poderoso. A estrutura mascarada tem a capacidade de revelar segredos do mal e assustar
feiticeiros e bruxas. De acordo com alguns escritores, o "Zangbeto"
evoca um poder que diz ter habitado a Terra muito antes do aparecimento do
homem e fornece uma fonte de sabedoria e continuidade.
Os representantes dos
espíritos dos ancestrais Zangbeto são mediadores entre as gerações do presente
e as ancestrais. O "Zangbeto" também protege as comunidades contra os
maus espíritos, epidemias, fome, feitiçaria e malfeitores, assim como garante o
bem-estar, a prosperidade e a produtividade de toda a comunidade. As orações e
bênçãos oferecidas pelos "Zangbetos" são consideradas muito eficazes.
Embora
raramente seja ouvido, exceto durante o vigilantismo ou em uma oração, o
"Zangbeto" projeta a si mesmo na forma de uma voz. Ele usa uma versão
especial do idioma Ogu, que difere significativamente do uso diário. Esse uso
de uma linguagem especial imediatamente a distingue do reino da vida cotidiana.
Mencionam que sua voz é muito enérgica e intensa. Ela seria horrenda,
"sobrenatural", e tão incrivelmente assustadora, que o ouvinte não
conseguiria deixar de associá-la a algo de cunho "sobrenatural" ou,
no mínimo, extraterrestre. Essa voz serve como uma força poderosa, que atrai o
respeito e a reverência de todos pelos Zangbeto.
Além
dos festivais anuais, os "Zangbetos" ocasionalmente fazem
apresentações públicas para celebrar a cultura Ogu. Tais apresentações são
realizadas, por exemplo, durante funerais de membros ou altos chefes, ou em
alguns casos, para receber visitantes eminentes ou simplesmente para entreter
as pessoas. Nessas ocasiões, a música e as canções, juntamente com os
"kregbetos", mulheres e crianças acompanham os "Zangbetos".
Além
disso, as mulheres desempenham um papel notável ao entoar o apelido dos
"Zangbetos" ("mlayin"), cantando e dançando, algo que, por
sua vez, estimula e extrai tudo o que houver de melhor da estrutura mascarada.
Em tais ocasiões um "Ataho" também dá à luz.
Além disso, o
"zanho" que abriga o Zangbeto é ocasionalmente erguido do chão e
virado de cabeça para baixo para mostrar que não há ninguém além de um espírito
dentro. Isso intensifica a autoridade do "Zangbeto" sobre o povo e
permite que ele sirva como um efetivo mecanismo informal de controle social.
O
poder dos "cultos mascarados" continua sendo uma força poderosa. Isso
ocorre porque os mascarados ainda não foram identificados como indivíduos
particulares dentro da sociedade. Sua identidade mística e a percepção de sua
ligação próxima aos reinos ancestrais reduziram significativamente os
preconceitos em suas operações, abrindo-os para uma ascensão espiritual ou
sobrenatural por parte da população.
Os
"mascarados" da África Ocidental geralmente conseguem obter um
extremo respeito em suas configurações tradicionais não apenas por causa de sua
percepção como seres ancestrais etéreos, mas também porque acredita-se que
incorporam sabedoria, força e pureza sobrenaturais, e estão acima da mesquinhez
humana.
Assim como as sociedades secretas, de modo geral, os "cultos
mascarados" ocupavam um lugar proeminente no processo de desenvolvimento
das sociedades africanas tradicionais e, através de seus modos de operação
caracterizados por poderes ritualísticos, participavam de forma singular nos
processos de paz, controle social e governança da sociedade.
A
posição venerada de cultos mascarados também derivou da forte crença na vida
após a morte e no culto de ancestrais, que estão amplamente espalhados entre as
culturas da África Ocidental. Alguns estudos sobre "Egunguns"
mascarados entre os Iorubás, apontaram que os "Egunguns" são uma das
formas mais singulares de manifestar os ancestrais.
A força e importância do
"Egungun" como um culto deriva diretamente da forte crença na vida
após a morte: a morte não é o fim da vida, mas um meio pelo qual a existência
terrena atual é transformada em outra. É uma passagem para além desta vida.
Os Zangbetos na Sociedade Ogu contemporânea
A Manutenção da Ordem Social e a Crença em Seus Poderes Sobrenaturais
De
acordo com o livro "African Indigenous Religious Traditions in Local and
Global Contexts", o "Zangbeto" mantém a lei e a ordem na região
de Badagry, na Nigéria, até hoje através de diversas formas. O Zangbeto
preserva propriedades colocando objetos simbólicos e encantados nelas. Por
exemplo, amuletos são amarrados em árvores frutíferas como a árvore-de-cola
(que produz a "noz-de cola") e nas lavouras de milho como se fosse um
"espantalho" para evitar que ladrões roubem em propriedades.
Muitos
membros da sociedade Ogu acreditam firmemente que, quem rouba da propriedade
onde os "Zangbetos" protegem com seus encantos está fadado a adoecer
ou até mesmo morrer. O "Zangbeto" também se envolve em questões de
saneamento ambiental colocando folhas de bananeira secas em locais, onde o lixo
não deve mais ser descartado, e a maioria obedece por medo de ser castigado de
alguma forma. Da mesma maneira, membros do culto a Zangbeto utilizam de
sacrifícios e rituais para afastar os males nas comunidades durante o surto de
epidemias para apaziguar as forças destruidoras, que as pessoas acreditam serem
responsáveis por tais ocorrências.
Outra
função dos "Zangbetos" é satirizar os criminosos na sociedade. O
trabalho envolve diversas ações de intimidação, dissuasão, descoberta e
repressão. Durante o dia, os "Kregbetos" (mencionados no livro como
"Kisonyitos") vão a mercados, bares, restaurantes, hotéis e feirões
de venda e compra de veículos para observar os movimentos e os discursos das
pessoas.
Se
necessário, um "Zangbeto" segue o movimento de um indivíduo suspeito
de ter intenções criminosas. Qualquer ato criminoso detectado durante esse
período será imediatamente relatado ao "Kogan", o supervisor ou
superintendente em aspectos logísticos e cerimoniais. Se necessário, uma
detenção pode ser efetuada, caso contrário, o local de descanso do suspeito é
vigiado de perto durante a noite. Os "Kregbetos" também observam o
que um indivíduo diz com o objetivo de acabar com eventuais boatos e dar o
feedback necessário aos governantes tradicionais.
Os
"Zangbetos" também impõe uma espécie de toque de recolher nas
cidades, normalmente entre às 23h e 5h da manhã do dia seguinte. Durante este
período, bloqueios nas estradas são montados em locais estratégicos da cidade.
Aqueles que entram ou saem da cidade são verificados periodicamente. Visitantes
com intenções genuínas podem ser escoltados até seus destinos, enquanto os
suspeitos de serem criminosos são detidos para prestar esclarecimentos.
Além
disso, uma patrulha a pé é montada na cidade. Os "Zangbetos" fazem
uso de vários instrumentos para cumprir seu dever. Uma flauta é particularmente
útil na solicitação da ajuda de outros "Zangbetos". Aliás, a
comunicação sobre criminosos suspeitos também é transmitida através da flauta.
Por exemplo, sempre que a flauta é soprada vigorosa e continuamente, é um pedido
de ajuda. Outros estilos de assobio são restritos aos membros do culto. Sempre
que precisam da ajuda de pessoas de fora do culto, isso se torna conhecido e as
pessoas, especialmente os adultos do sexo masculino que estão armados, se
juntam aos mesmos. Em uma situação como essa, geralmente a polícia é contatada.
O
"Zangbeto" reforça seu julgamento através da chantagem e das
"maldições". Assim sendo, um acusado considerado culpado recebe um
prazo para pagar a multa. Se ele falhar em agir de acordo com o julgamento
dentro do período estipulado, um "Zangbeto" será colocado em sua
residência. Se o culpado for inflexível, ele será chantageado em toda a região
em que mora; seu crime será divulgado ao público e ele se tornará uma pessoa
detestável na comunidade.
Se
for um caso "intratável", a pessoa será levada para a praia para ser
amaldiçoada. A população de Badagry acredita no poder e na eficácia das
maldições dos "Zangbetos", e isso incute um tipo de medo no coração
das pessoas, e faz com que elas evitem ser amaldiçoadas por eles.
Para
completar, em um artigo sobre o culto a Zangbeto, de Folasade Oyinlola Hunsu,
da Universidade Obafemi Awolowo, da Nigéria, publicado em maio de 2011, a própria
autora disse que seu primeiro contato com esse culto remontava a 1989, quando
ela foi visitar sua futura sogra, pela primeira vez, em Badagry.
Pouco
antes de todos se retirarem para seus quartos durante a noite, sua futura sogra
mostrou onde ficava o banheiro, que nesse caso era do lado de fora da casa.
Porém, ela alertou que Folasade não deveria utilizá-lo durante esse período até
o amanhecer, devido aos "Zangbetos", que eram tão poderosos, que
podiam notar alguém vagando em um raio de 500 metros.
O
Povo Ogu e os Espectadores das Apresentações Realmente Acreditam na Existência
de um Espírito Ancestral usando o "Zanho"?
A
resposta para essa pergunta é um grande e sonoro ‘SIM’!! Claramente, o
principal objetivo das apresentações é mostrar para as demais pessoas, que
existe um espírito ancestral por baixo do "zanho", tanto é que um dos
pontos altos das apresentações é justamente quando é mostrado para a plateia
que não há ninguém no interior dos trajes.
Em
junho de 2014, foi publicada uma entrevista com Kirill Babaev, um conhecido
linguista e etnógrafo russo, no site do "Museum of Ethnic and Traditional
Headdress" ("World of Hat"), no qual Kirill disse ter
presenciado uma das apresentações dos "Zangbetos", na República do
Benin.
Ao
descrever a cena, ele disse que chegou a levantar o "cone de palha"
com uma das mãos, e percebido que não havia nada em seu interior, apesar de ter
visto o mesmo girar diversas vezes, e aparentar ter alguém dentro da estrutura.
Posteriormente, o "cone de palha" recomposto, teria voltado a girar
novamente conforme a música ecoava.
Kirill
disse que não tinha bebido e nem mesmo fumado nada, e que para os próprios
africanos não havia mistério algum, ou seja, o próprio espírito do Zangbeto era
o responsável por mover os "cones de palha". Segundo ele, fenômenos
estranhos e sobrenaturais são inexistentes para os africanos, visto que eles
"podem se comunicar diretamente com os antepassados com facilidade, sem precisar de mediadores" como
acontece em outros cultos ou religiões ao redor do mundo.
Aquela
cultura de "outro mundo" com admiração. As pessoas se movimentavam ao
redor dos "Zangbetos" e seus "assistentes" ajudavam a
liberar o caminho para que os mesmos passassem. Em um determinado momento, o
"cone de palha" parou, e o mesmo foi desmantelado. Para a surpresa da
equipe, não havia nada dentro, exceto uma pequena cesta. Foi mencionado que
somente os "Zangbetos" podiam dar a sentença de morte em um país tão
desrespeitoso em relação as próprias leis quanto o Benim, mas que, de vez
quando, os "Zangbetos" também agraciavam a população com presentes.
Muitos
esperavam, assim como a equipe, por riquezas, mas, em vez disso, havia uma
dúzia de caranguejos vivos na cesta. Muitas pessoas correram desesperadas. Elas
gritavam, pulavam e corriam em direções opostas. Uma vez que o vilarejo estava
escondido em meio as montanhas, provavelmente a maioria jamais tinha visto um
único caranguejo na vida.
A maioria das pessoas estava aterrorizada. Porém,
para cada "Zangbeto" que pregava "truques" na população,
havia outros que gentilmente ofereciam presentes, tais como: arroz, milho,
sodabi (bebida alcoólica local), gim, e cigarros, ou seja, as
"necessidades básicas" da população local.
A
maioria das pessoas que assiste as apresentações e confia no culto a Zangbeto,
acredita que realmente o espírito ancestral seja o responsável pelos movimentos
e, consequentemente, por vigiar as comunidades no período da noite e madrugada.
A
maioria dos criminosos, que geralmente eram presos pelos Zangbetos, eram
ladrões, assaltantes e, em algumas ocasiões, ladrões armados.
-
“Os grupos de Zangbeto foram muito úteis para nós nesta comunidade. Uma das
áreas de atuação em que desfrutamos de sua prevenção e controle do crime
comunitário é na área de prender os ladrões, especialmente à noite”, disse um
dos entrevistados.
Em
algumas ocasiões, o Zangbeto foi mencionado na prevenção de casos de assalto à
mão armada na comunidade.
"Ainda
me lembro de alguns incidentes de assalto à mão armada no passado. Grupos de
Zangbeto vieram em socorro das comunidades envolvidas e os ladrões armados
foram impedidos de realizar suas operações. Então, posso dizer, com certeza,
que eles realmente ajudaram as comunidades a conter o assalto à mão armada em
Badagry", disse uma das entrevistadas.
"Lembro-me
do Sr. X que, sozinho, prendeu quatro assaltantes armados em seu bairro. Quando
a polícia foi alertada sobre o assalto, eles chegaram ao local do roubo, mas
depois saíram correndo, porque os ladrões estavam armados. No entanto, o Sr. X,
sendo um membro do grupo Zangbeto, saiu e confrontou os ladrões armados. Três
dos ladrões foram presos naquele dia. O quarto foi preso no segundo dia pela
intervenção de outros membros dos Zangbeto em seu bairro", disse um outro
entrevistado.
De
acordo com o estudo, o "Zangbeto" e as forças do Mal não são amigos (como
os cristãos idiotas geralmente acusa, por pura ignorância).. O
"Zangbeto" teria o poder de inutilizar as operações de bruxas e
feiticeiros durante a noite. Um dos entrevistados (homem, mais de 40 anos e
cristão) admitiu que o "Zangbeto" podia deter o poder de bruxas e
feiticeiros na comunidade (tendo por tanto mais eficiência que o deus
imaginário dos cristãos, e seu salvador que não salva ninguém).
Nesse
sentido, o Alto Chefe Ayemi disse que nenhum bruxo conseguia exercer sua
influência, quando um "Zangbeto" estivesse fazendo sua ronda noturna.
Sempre que o "Zangbeto" emanava seu som característico para anunciar
a sua chegada, os poderes de bruxas e feiticeiros seriam anulados.
Ainda
segundo o Alto Chefe Ayemi, um "Zangbeto" também pode ser invocado
para banir determinadas pessoas "questionáveis" de uma comunidade.
Nesse sentido, o nome da tal pessoa "questionável" seria repassado ao
"Zangbeto" e, após sete dias de rituais, a tal pessoa sairá correndo
da comunidade, porque não conseguiria resistir ao poder do
"Zangbeto".
Um
"Zangbeto" também pode ser chamado para mediar questões sobre locação
de imóveis.
"Alguns
inquilinos que são teimosos e problemáticos podem ser tratados com a
intervenção de um Zangbeto. Se tais inquilinos se recusarem a pagar o aluguel,
o Zangbeto pode ser usado para afugentar tais inquilinos teimosos e
problemáticos da comunidade", disse um entrevistado.
De
forma semelhante, um "Zangbeto" pode ser chamado para intervir na
cobrança de dinheiro devido por pessoas na comunidade.
"O
Zangbeto é um tradicional cobrador de dívidas. Um credor pode invocar o
Zangbeto para intervir na cobrança de dinheiro por parte de um devedor. Então,
o mesmo não tem outra alternativa senão fazer o pagamento de tal dívida
rapidamente. Assim, o conflito entre credor e devedor pode ser facilmente
resolvido por um Zangbeto", disse um outro entrevistado.
"Prefiro
o Zangbeto à polícia da Nigéria. A polícia moderna na Nigéria não é confiável.
Você não pode confiar neles de forma alguma. Porém, as pessoas do grupo
(Zangbeto) são pessoas de boa conduta na comunidade. Nós os conhecemos e os
apreciamos", disse uma entrevistada.
A
confiabilidade seria uma outra razão pela qual alguns dos entrevistados
preferiam os "Zangbetos" do que a polícia da Nigéria. Eles admitiram
que, em termos de confiabilidade e sinceridade, o grupo Zangbeto era muito
melhor que a polícia nigeriana.
Outro fator para preferir os
"Zangbetos" à polícia da Nigéria, é que Zangbeto realizaria uma
espécie de serviço altruísta à comunidade, ao contrário da polícia da Nigéria,
que geralmente era paga, na maioria das vezes, pelos serviços prestados à
comunidade, além dos salários que recebiam do governo (a nossa famosa propina,
se é que me entendem).
Além disso, um grande número de entrevistados demonstrou
o desejo, que o Zangbeto recebesse apoio legal do governo, especialmente do
governo do Estado de Lagos, onde a comunidade de Badagry está situada.
"A
aparência do Zangbeto geralmente provoca medo nas pessoas de mentalidade
criminosa. Se os santuários a Zangbeto fossem montados em vários lugares da
comunidade, os criminosos seriam lembrados das consequências de suas
ações", disse um entrevistado.
Durante
a cerimônia, os "Zangbetos" giravam e giravam, cada vez mais rápidos.
Então, em um determinado momento, os assistentes erguem a armação para mostrar
que não tem ninguém debaixo da palha. Em vez de uma pessoa, outra coisa era revelada:
um jovem crocodilo (muito vivo e veloz), uma estatueta com braços em movimento,
um crânio animal que comia banana ou uma bebida alcoólica. O Zangbeto usa seus poderes
mágicos para materializar objetos diversos, que tem significados.
Segundo
Rhyan, surpreendentemente, as práticas espirituais de 10.000 anos, nas quais a
religião vodu se baseava, continham elementos similares ao Cristianismo. De
acordo com ele, essa poderia ser a razão pela qual, não apenas no Togo, mas em
muitas outras partes do mundo, as práticas espirituais do povo Ewe, no sul do
Togo, formavam uma mistura complexa de antigas tradições culturais e o
Cristianismo. Os moradores de Hlande não viam nenhum conflito em participar
primeiramente de uma missa, e posteriormente participar da cerimônia.
Talvez
para ressaltar a relação e o reconhecimento da amálgama de práticas espirituais
cristãs e vodus há muito tempo estabelecidas naquela parte do mundo, Rhyan
disse que Papa João Paulo II visitou o país vizinho, a República do Benim, em
1992, para se encontrar e dialogar com os sacerdotes e anciãos Vodu.
Os
adeptos do Vodu viram este evento como prova de legitimidade, um sinal claro de
que os voduístas têm seu lugar ao lado da fé cristã. Após a visita do Papa, o
movimento Vodu ganhou força e as práticas religiosas baseadas nesse antigo
culto tornaram-se mais populares. Segundo Rhyan, naquele momento, em dezembro
de 2015, aproximadamente metade da população do Togo praticava religiões
indígenas, sendo que os voduístas ocupavam grande parte dessa fatia.
No
Benim e no Togo existe uma crença generalizada de que não há ninguém sob a
máscara, mas que a armação vazia é empoderada por um espírito (uma pessoa lhe
disse, que os iniciados estavam usando os espíritos dos recém-falecidos para
desempenhar as tarefas). Seja como for, um vigia noturno considerado como um
espírito parecia ser mais eficaz do que um ser humano cumprindo essas tarefas
relacionadas a vigilância.
Depois
de muitas negociações, Gerald conseguiu convencer, "financeiramente
falando", um informante em Ouidah para conseguir assistir algumas
iniciações relacionadas culto a Zangbeto. Nesse sentido, ele publicou dois
vídeos bem curtinhos em seu canal no YouTube. Gerald disse que o primeiro
mostrava um surpreendente senso de equilíbrio, e que não havia nada debaixo do
traje: https://youtu.be/__HMmPd57Zk
Kumpo, o Zangbeto do Senegal
O
"Koumpo" é mais um deles, assim como o "Zangbeto". Nesse
caso, o "Koumpo" é uma figura tradicional na mitologia do povo Diola,
em Casamansa (em francês, "Casamance"), uma região do Senegal
localizada ao sul da Gâmbia e ao norte da Guiné-Bissau, cortada pelo rio
Casamansa. Portanto, apesar de compartilhar uma certa semelhança estrutural e
ocupacional não é um Zangbeto e não pertence a cultura Ogu. Seria uma derivação do Zangbeto.
Identificá-lo
é bem simples, visto que o mesmo utiliza um traje composto por folhas de
palmeira secas (geralmente na cor "bege" ou cor de "palha",
ou ainda verde) e usa um pedaço de pau ou um bastão de madeira pontiagudo na
altura da "cabeça". No início da dança, uma jovem mulher amarra uma
bandeira colorida no "bastão". Então, o "Kumpo" inicia sua
apresentação que pode durar vários minutos. Assim como o "Zangbeto",
dizem que o mesmo fala uma linguagem secreta particular, e se comunica através
de um intérprete com os espectadores.
O
"Koumpo" encoraja a comunidade a agir como boas pessoas. Ele promove a
participação de todos na vida da comunidade, e deseja que todos desfrutem da
festa. Não participar da festa seria visto como um comportamento antissocial.
Ninguém teria o direito de ficar sozinho.
Segundo
a população o Koumpo não é uma pessoa vestindo essa “roupa de palha”, mas sim um
fantasma parcialmente materializado. Ele não deve ser tocado. Ele se defenderia
contra os intrusos com seu bastão apontando e perfurando os inimigos.
Assim
sendo, podemos notar que, assim como ocorre com os "Zangbetos", o
propósito do culto mascarado a Koumpo seria proteger as aldeias de forças
sobrenaturais malignas, e coordenar os trabalhos das comunidades. Além disso,
de acordo com o site "Access Gambia", o Kumpo protegeria os homens
durante os rituais de circuncisão, quando se acredita que estão mais
vulneráveis.
Comentários de pessoas estudiosas sobre o assunto:
-
João Paulo: Um espírito simplesmente não pode mexer com o mundo físico, pois é
constituído de matéria extrafísica que não interagem com a matéria física , mas
com a ajuda de muitos outros espíritos técnicos em materialização pode
revestir-se de ectoplasma, matéria que fica entre os dois mundos, substancia
recolhida dos médiuns que estejam nas redondezas, da natureza e até dos
animais, substancia que fica muito próxima vibratoriamente do mundo físico e
alterando a vibração desta ao ponto de materializa-la temporariamente para
fazer efeitos físicos.
Dentro
desse grande arranjo de palhas há um espírito muito hábil e muito treinado no
tipo de fenômeno que mantém o ectoplasma materializado e suas energias na parte
mais interior do arranjo de palhas, parte mais abrigada da luz, pois o
ectoplasma materializado tende a se dissolver sob a exposição a luz,
lembrando aquela substância muito sensível a luz que se usava para revelar
fotografias antigas.
Neste
fenômeno o espírito extremamente hábil em frações de segundo materializa
apêndices de ectoplasma mais estreitos ou mais largos aqui e ali unindo
coesamente a palha formando tufos densos de palhas retas e rígidas em um, dois
e até três pontos ao mesmo tempo como pés para manter o arranjo de palhas
erguido e sustentado, fazendo com maestria as suas incríveis rotações em alta
velocidade.
Esses
fenômenos de materialização são resultado da permissão da infindável coluna
hierárquica de espíritos segundo os seus graus evolutivos que governam os
destinos evolutivos da humanidade desse planeta e é necessário que em certas
religiões e certos povos isso seja permitido, faz parte do processo evolutivo,
caso os efeitos físicos pudessem ser feitos pelos espíritos em qualquer lugar e
situação, espíritos mau intencionados poderiam por em risco o viver nesse mundo.
-
Edimilson Lourenço: Olá bom dia pensadores de plantão! De ontem para hoje fui
me deitar para dormir as 05:00hs Assistindo os Vídeos dos #ZANGBETOS. E hoje
são 01:00 H. de Quarta Feira. 26/09/2018 e ainda estou acabando de assistir
este vídeo e depois vou tentar dormir.
Confesso
que fiquei impressionado com tamanha #Realidade. Algum #Zangbetos são figurativos
ou seja fantasias para enriquecer o evento (Ritual) outros parecem coisas de
outro mundo como este vídeo aqui que assisti. E neste caso aqui eu só poderia
afirmar ou desmentir este mistério se eu estivesse pessoalmente lá, e pudesse
examinar e até toca-los, mais que é um mistério isso não posso negar.
Ontem
de madrugada assisti um vídeo onde os senhores cuidadores do #Zangbeto deita-o
e retiram uma #Galinha viva de dentro do #Zangbeto e em seguida essa pessoa
sacrifica a #Galinha cortando a cabeça e depois devolve para o #Zangbeto, ou
seja a pessoa joga a #Galinha morta e sem cabeça de volta ao #Zangbeto e depois
de algum tempo esses cuidadores fazem um #Ritual novamente como de costume e
depois fazem o mesmo procedimento... põem o #Zangbeto virado e retiram de lá
uma panela de #Barro com frango já preparado (Cozido) e outras comidas e ele
distribui para as autoridades e convidados. É realmente impressionante o que
vi.
Eu
acredito que a África é realmente é o #BerçoDaHumanidade. A pessoa que adquiriu
este #Vídeo está de Parabéns! O
interessante desta Seita, apesar imagino eu de ter laços com a #UMBANDA E
#CANDOMBLÉ. Eu não vi nenhum dos #Mestres fazerem uso de #Bebidas, #Cigarros Ou
#CHARUTOS.
Mas...
sim de folhas de plantas, raízes e água para efetuarem tais eventos de aparição
de coisas (OBJETOS). Já na preparação para a permissão de #EXU para realizarem
os trabalhos com os #ZANGBETOS, os mestres utilizam #Azeite de Dendê, talvez
leite de cabra ou de coco, água e ervas.
Caso do Bruxo General e Canibal de Combate da Guerra da Libéria, [Clique Aqui] veja o vídeo: