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domingo, 31 de dezembro de 2017

O Verdadeiro Salvador! - Jesus Cristo? Ou a SupraConsciência? - O Deus Interior, o Eu Maior!

Jesus não! SupraConsciência SIM!!
Jesus Cristo é uma figura mitológica que ocupa o espaço que na verdade pertence ao Deus Interior, a SupraConsciência. E assim o sentido intuitivo das pessoas é desviado para uma ficção absurda que só faz a toda a gente no geral perder tempo, dinheiro e esforço, perdidos em uma desinformação que as desvia do verdadeiro agente da salvação, o seu Deus Interior (a Suprema Consciência) - Salve a Si mesmo, seja VOCÊ o Deus!

Num Grupo do WhatsApp pessoas recentemente iniciadas no “Salto” levantaram o assunto Jesus... então respondi o seguinte: Quanto à figura de Jesus, eu sei que é difícil largar um paradigma tão profundamente enraizado, (por milênios de lavagem cerebral). Mas fica mais fácil se substituírem Jesus pela SupremaConsciência

Atribuindo a SupraConsciência todas as propriedades de “Salvação e Resgate” que é atribuída a esse personagem de ficção. Pois de fato essa é a realidade. Quem de fato salva, se preocupa com os mais humildes, garante a eternidade, traz luz onde existia apenas trevas, e é VERDADEIRAMENTE o filho(a) de Deus (obs. se trata na verdade do próprio Deus), é a SupraConsciência e mais ninguém!

Então meditem sobre isso... a figura fantasiosa de Jesus que traz todo esse histórico de equívocos e mentiras deslavadas é tão popular e tão “necessário” por que ele é a “coisa” mais próxima que a grande massa da população tem para identificar com aquilo que “sabemos” lá nas profundezas da nossa mente.... 

Existe sim um “salvador”, que se preocupa com os mais humildes, que tem o poder e o conhecimento para “perdoar pecados” (apagar imprints e implantes) nos resgatar do inferno (criado por nós mesmos por ignorância das leis universais, os SetBacks) e nos garantir a eternidade, nos abrindo a porta do “paraíso” (a nova realidade que podemos criar para nós mesmos). 

Essa figura e o “Filho de Deus” (a centelha divina), e sempre está conosco aonde for (dentro de nós, a nossa disposição) e por isso nunca nos abandona, (a supraconsciência é fiel!). 

E pode operar milagres! (ativando a Kundalini, limpando os Chakras, ativando capacidades especiais, etc...) e por fim tem o poder e o conhecimento para nos fazer “sentar ao lado direito de Deus Pai, o todo poderoso” (transmutando a nós, [meros mortais], em Deuses(as)!). 

Não há qualquer necessidade de manter um personagem de ficção de pé (idolatrando, rezando, frequentando igrejas) dizendo que ele é a "simbologia" disso ou daquilo, Jesus é simplesmente descartável, não precisamos manter uma mentira para validar uma Verdade. A SupraConsciência é a verdade, e Jesus é a mentira que desvia o caminho para um buraco sem fundo e espinhoso.

Pessoa no Grupo então postou: A Metáfora Hindu

Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o Mestre dos Deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino... resolveu escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo. Mas o grande problema era encontrar um esconderijo.

Brahma convocou então, um conselho dos deuses menores para resolver o problema:

- “Enterremos a divindade do homem na terra” foi a primeira ideia dos deuses.

- “Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la”, respondeu Brahma.

Então os deuses retrucaram:

- “Então, joguemos a divindade no fundo dos oceanos!”.

Mas Brahma não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria explorar as profundezas dos mares e recuperaria.

Então os deuses menores concluíram:

- “Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o homem não possa alcançar um dia...”.

Então Brahma, sem saber mais o que fazer, recorreu à sabedoria do Grande Deus Mahadeva, o Senhor Shiva.

- “Eis o que vamos fazer com a divindade do homem - falou Mahadeva - vamos escondê-la nas profundezas dele mesmo, pois é o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la.

O único caminho que o tornará capaz de reencontrar este poder, será através de Jñana (Conhecimento). Mas não será tão fácil, ele terá que driblar o poder de Maya (Ilusão) e de Anava (Egoísmo), e para isso, terá que reaprender a controlar a mente e os sentidos, observando a Lei Divina do Karma (Causa e Efeito).

Conclusão: O homem continua dando voltas na terra, voando, explorando, escalando, mergulhando e cavando, em busca de algo que se encontra dentro dele mesmo.

Meu Comentário: Excelente metáfora já havia lido sobre isso em algum lugar, e resumi bem o assunto “salve a si mesmo, seja seu próprio salvador”.

Essa parte de um outro Artigo tem a ver com o assunto abordado:

Que venha a mim as criancinhas... os cabeça de bagre! (?!) [Artigo Aqui] - Trecho: Como Crianças Tolas que precisam de um adulto para se agarrar na saia...

Jesus Cristo, há 2 mil anos derretendo cérebros...

Pessoa por E-mail: Oi Bruno, eu leio seus artigos e me faz pensar muito! Tava lendo seus artigos sobre Jesus, e queria saber uma coisa: Por que que Jesus tomou a proporção que se vê hoje? E que me passa a impressão que dentre todos os outros seres (mestres Ascensos, Pleiadianos, etc...) Jesus teve um marketing mais agressivo do que os outros. 

A pessoa se deixa levar tanto pelas mentiras contidas na bíblia de uma forma assustadora, além de sofrer a lavagem cerebral, cai na loucura de acreditar em tudo o que está na bíblia, e ainda por cima compra imagens, reza terços, acende velas, dão dízimos, enfim gastam até mais do que podem nisso... 

Tipo aqui em casa somente eu e meu irmão que não caímos nessa, minha irmã e mãe rezam o terço, pedem para a santa Rita um monte de coisas, compram artigos religiosos, eu acho que leem o evangelho segundo o espiritismo ainda.... enfim fazem uma salada religiosa Danada!

Minha Resposta: Por que Jesus tomou tais proporções? Por que foi criado por Roma, e tudo que Roma fez tomou proporções gigantescas. Toda a sociedade ocidental tem suas raízes fundamentais em Roma. 

A maioria das pessoas precisam acreditar em alguma coisa, simplesmente é uma necessidade para elas acreditar em “seres superiores” que estão observando e cuidando, e que um dia vão garantir a eternidade para elas, se elas os idolatrar, isso é de todas as sociedades, desde que o ser humano foi colocado aqui na Terra. Se observar bem é o mesmíssima devoção que se tem pelos Deuses antigos, tais como os dos Egípcios, Celtas, Gregos, Incas, Maias, Indianos... 

Simplesmente substituíram os Deuses pelos santos, e o deus principal por essa figura de ficção que chamamos de “Jesus”. As pessoas num geral (a maioria) são como crianças desamparadas, precisam ter um “adulto” nem que seja de mentirinha, para segurar na mão e com o dedo na boca enfrentar o mundo.

Pessoa por e-mail: Pode ser impressão minha, mas toda pessoa que sai de uma religião acaba parando em outra. Não conseguem viver sem a ideia de ter alguém para lhes salvar, proteger etc.. por que ocorre essa dependência? Por que é tão forte que a pessoa não vive sem religião? Parecem dependentes químicos... seria isso uma programação forte?

Minha Resposta: Sabe o que eu acho? É por que se trata de uma 'verdade' que todos sentem, as pessoas num geral ‘sente’ que tem uma (ou várias) forças superiores que estão a vigia-las, e que elas precisam agradar essas forças, passar pelo crivo do julgamento delas, para então ter a esperança de se tornar um desses seres no futuro. 

Isso é verdade, eu concordo, de fato existe isso de ‘Deuses’ mesmo. Mas a religião cristã, assim como todas as outras distorceu e deteriorou essa verdade. Engana esse extinto natural apresentando o tal ‘Jesus’ como o “deus” e a bíblia (esse livreco de conto de fadas) como a “verdade absoluta”. É como se faz com os ratos, sabe-se que os ratos gostam de queijo, então colocam o queijo para atrair o rato para a ratoeira...

Pessoa por E-mail: Eu fico só observando pois não adianta eu fazer nada aqui... infelizmente... sobre meu e-mail que enviei na última vez, não precisa responder senão quiser, talvez isso das vidas passadas seja algo que queira deixar oculto, só pra si, eu respeito isso.

Minha Resposta: Não entendi a sua pergunta lá, como já te respondi.

Pessoa por E-mail: É bom ler seus textos, à medida que vou lendo me sinto mais consciente, começo a me questionar sobre cada coisa que eu me deixei levar sem duvidar, e me dou conta que deveríamos praticar mais o “duvide mais” e “Acredite menos apenas por Fé” siga mais a metodologia cientifica.

Minha Resposta: Isso mesmo, que bom. Finalizando a lógica, é preciso entender que o único Deus que pode te salvar, que pode garantir a sua eternidade, tornando você mesmo um Deus, é o Deus interior, a centelha divina que pode ser contatada e seguida pelo método o ‘Salto’. 

Ela vai te instruir como se converter num Deus. Não espere salvador nenhum, salve a si mesmo! Conheça e siga a metodologia cientifica para acreditar mais ou menos em alguma coisa, acreditar apenas por ‘’ é pura insanidade, coisa de pessoa esquizofrênica mesmo.

Universo - Mistérios Fantásticos, longe de serem desvendados

Pessoa por e-mail: Quero tirar uma dúvida sobre a prática do “Salto”, no caso a manutenção. No seminário você nos conduziu a retirar os imprints, pelo menos no meu caso, o que houve ainda de imprints eu tiro com a ajuda da Supra, como também os implantes conforme a apostila de que você nos passou, certo? Quando esse processo não for mais necessário, (ou seja) não houver mais sabotagens a serem desfeitas, qual o próximo passo? No aguardo.

Resposta: O próximo passo será redescobrir os mistérios da criação, desbravar o universo, saber o que está ocorrendo, e por que... isso será apenas o início de uma longa caminhada para voltar a sua verdadeira natureza, a Divina. Nossa tarefa não é outra senão a de nos convertermos em Deuses(as). (ou pelo menos temos que tentar...).

- Artigo Sugerido: Deus, Alma, Mistério da Origem da Consciência, (Universo) - Aniquilação da Alma - Buraco Negro Chamado Terra: https://seteantigoshepta.blogspot.com.br/2017/09/deus-alma-misterio-da-origem-da.html

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- “Nós não queremos ser indelicados, mas temos que ser factuais. Não queremos magoar os sentimentos de ninguém, mas queremos ser academicamente corretos naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro. O cristianismo não é baseado em verdades. Consideramos que o cristianismo foi somente uma história romana, desenvolvida politicamente”- (Jordan Maxwell, pesquisador escritor, denunciador das conspirações mundiais).

Jesus Cristo Nunca Existiu
É apenas uma ficção, que confunde a intuição das pessoas, as levando ao erro...

Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Jesus Cristo Nunca Existiu, é uma Fraude! Ficção! - Parte 02: Crestus, o Messias dos Essênios - Série de Artigos


Jesus deve a sua existência ficticiosa a Crestus, o Messias dos Essênios, Jesus foi criado a partir dessa figura obscura, fundador da seita. Seus discípulos agiam a partir de Alexandria no Egito

Crestus Essênio - Yeshu ben Pandera:

Crestus o Messias dos Essênios, deu origem ao Cristo:

Os Pergaminhos do Mar Morto - Essênios:

Jesus Histórico - Apologética Cristã - Teologia Comparada:

Tácito escreveu: “Nero, sem armar grande ruído, submeteu a processos e a penas extraordinárias aos que o vulgo chamava de cristãos, por causa do ódio que sentiam por suas atrapalhadas. 

O autor fora Cristo, a quem, no reinado de Tibério, Pôncio Pilatos supliciara. Apenas reprimida essa perniciosa superstição, fez novamente das suas, não só na Judéia, de onde proviera todo o mal, senão na própria Roma, para onde se confluíram de todos os pontos os sectários, fazendo coisas das mais audazes e vergonhosas. 

Pela confissão dos presos e pelo juízo popular, viu-se tratar-se de incendiários professando um ódio mortal ao Gênero humano”. Conhecendo muito bem o grego e o latim, Tácito não confundiria referências feitas aos seguidores de Cristo com os de Crestus. 

As incoerências observadas nessa intercalação demonstram não se tratar dos cristãos de Cristo, nem a ele se referir. Lendo-se o livro em questão, percebe-se perfeitamente o momento da interpelação.

Afirmar que fora Cristo o instigador dos arruaceiros incendiários é uma calúnia contra o próprio Cristo.

E conforme já referimos anteriormente, os cristãos seguidores de Cristo eram muito pacatos e não procuravam despertar atenção das autoridades para si. 

Como dizer em um dado momento que eles eram retraídos e, em seguida, envolvê-los em brigas e coisas piores? É apenas mais uma das contradições de que está repleta a história da Igreja. 

Ganeval afirma que foram expulsos de Roma os hebreus e os egípcios, por seguirem a mesma superstição. Deduz-se então que não se referia aos cristãos, seguidores de Jesus Cristo. 

Referia-se aos Essênios, seguidores de Crestus, vindos de Alexandria. A Igreja não conseguiu por as mãos nos livros de Ganeval, o que contribuiu ponderavelmente para lançar uma luz sobre a verdade. 

Por intermédio de seus escritos, surgiu a possibilidade de se provar a quais cristãos, exatamente, referia-se Tácito. Suetônio teria sido mais breve em seu comentário a respeito do assunto. 

Escreveu que “Roma expulsou os judeus instigados por Crestus, porque promoviam tumultos”. É evidente, também, a falsificação praticada em uma carta de Plínio a Trajano, quando perguntava o que fazer sobre os cristãos, assunto já abordado anteriormente.

Textos Pseudoepigráficos
(as Fake News do passado)

A resposta Cristã habitual para os que questionam a historicidade de Jesus é manusear vários documentos como “evidência histórica” para a existência de Jesus. Eles normalmente começam com os evangelhos canônicos, ou seja, O Evangelho segundo São Mateus, O Evangelho segundo São Marcos, O Evangelho segundo São Lucas e O Evangelho segundo São João. 

A afirmação habitual é a de que estes são “registros de testemunhas oculares sobre a vida de Jesus feitas pelos seus discípulos”. A resposta a este argumento pode ser resumida numa palavra: pseudepigráfico

Este termo refere-se a trabalhos de escrita cujos autores ocultam as suas verdadeiras identidades atrás de nomes de personagens lendários do passado. A escrita pseudepigráfica era particularmente popular entre os Judeus durante os períodos Asmoneu e Romano, e este estilo de escrita foi adotado pelos primeiros Cristãos.

Os evangelhos canônicos não são os únicos evangelhos. Por exemplo, há também evangelhos de Maria, Pedro, Tomé e Filipe. Estes quatro evangelhos são reconhecidos como sendo pseudepigráficos tanto por escolares Cristãos como não Cristãos. 

Eles providenciam uma informação histórica ilegítima dado que foram baseados em rumores e crenças. A existência destes óbvios evangelhos pseudepigráficos faz com que seja bastante racional suspeitar que os evangelhos canônicos (oficiais, segundo a Igreja Católica e Evangélicas) poderão também ser pseudepigráficos. 

O fato de que os primeiros Cristãos escreviam evangelhos pseudepigráficos sugere que isto era de fato a norma. Deste modo, é quando os missionários afirmam que os evangelhos canônicos não são pseudepigráficos, o que requer provas...

O Evangelho segundo São Marcos é escrito no nome de São Marcos, o discípulo do mítico São Pedro (São Pedro é majoritariamente baseado no deus pagão Petra, que era o porteiro do céu e da vida depois da morte na religião egípcia.).

Até na mitologia Cristã São Marcos não era discípulo de Jesus, mas um amigo de São Paulo e São Lucas. O Evangelho segundo São Marcos foi escrito antes do Evangelho segundo São Mateus e do Evangelho segundo São Lucas (c. de 100 d.C.), mas depois da destruição do Templo em 70 d.C., que menciona. 

Muitos Cristãos acreditam que foi escrito em 75 d.C. Esta data não é baseada em História, mas na crença de que um histórico 'São Marcos' escreveu o evangelho na sua velhice. Isto não é possível, dado que o estilo de linguagem usada em São Marcos mostra que foi escrita (provavelmente em Roma) por um Romano convertido ao Cristianismo, cuja primeira língua era Latim e não Grego, Hebreu ou Aramaico.

De fato, como todos os outros evangelhos são escritos em nome de personagens lendários do passado, o Evangelho segundo São Marcos foi provavelmente escrito muito depois de algum 'Marcos' histórico (se houve um) ter morrido. 

O conteúdo do Evangelho segundo São Marcos é uma coleção de mitos e lendas que foram colocados juntos de forma a formar uma narrativa contínua. Não há provas de que tenha sido baseado em qualquer fonte histórica de confiança. 

O Evangelho segundo São Marcos foi alterado e editado muitas vezes, e a versão moderna provavelmente data de cerca de 150 d.C. Clemente de Alexandria (150 d.C. - 215 d.C.) queixou-se acerca das versões alternativas deste evangelho que ainda circulavam no seu tempo (os Carpocratianos, uma primeira facção Cristã, considerava a pederastia como sendo uma virtude, (pederastia: homossexualismo) e Clemente queixou-se da sua versão do Evangelho segundo São Marcos, que contava as explorações homossexuais de Jesus com rapazes novos!).

O Evangelho segundo São Mateus certamente não foi escrito pelo apóstolo São Mateus. O personagem de São Mateus é baseada no personagem histórico chamada Mattai, que era um discípulo de Yeishu ben Pandeira (Yeishu, que viveu nos tempos Asmoneus, foi uma das várias pessoas históricas em quem a personagem de Jesus foi baseado). 

O Evangelho segundo São Mateus foi originalmente anônimo e só foi imputado o nome de São Mateus depois, durante a primeira metade do segundo século d.C. A forma primitiva foi provavelmente escrita mais ou menos ao mesmo tempo do Evangelho de São Lucas (de 100 d.C.), pois nenhum dos dois parece saber do outro. 

Foi alterado e editado até cerca de 150 d.C. Os primeiros dois capítulos, que tratam da virgem dando a luz, não estavam na versão original, e os Cristãos de Israel com descendência Judaica preferiram esta primeira versão. Para suas fontes, usou o Evangelho segundo São Marcos e uma coleção de ensinamentos referidos como a Segunda Fonte (ou o Documento Q.).

A segunda fonte não sobreviveu como um documento isolado, mas todos os seus conteúdos são encontrados no Evangelho segundo São Marcos e no Evangelho segundo São Lucas. Todos os ensinamentos aí contidos podem ser encontrados no Judaísmo. 

Os ensinamentos mais razoáveis podem ser encontrados no Judaísmo ortodoxo, enquanto que os menos razoáveis podem ser encontrados no Judaísmo sectário. Não há nada nele que requeira a nossa suposição da existência de um Jesus histórico real. 

Apesar do Evangelho segundo São Mateus e do Evangelho segundo São Lucas atribuírem os ensinamentos neles contidos a Jesus, a Epístola de São Tiago atribui-os a São Tiago. Como foi visto, o Evangelho segundo São Mateus não providencia nenhuma evidência histórica para Jesus.

O Evangelho de São Lucas e o livro dos Atos dos Apóstolos (que eram duas partes de um mesmo trabalho) foram escritos em nome do personagem mitológico Cristão de São Lucas, o médico (que provavelmente não foi um personagem histórico, mas uma adaptação Cristã do deus Grego da cura Lycos).

Até na mitologia Cristã São Lucas não foi um discípulo de Jesus, mas um amigo de São Paulo. O Evangelho segundo São Lucas e os Atos dos Apóstolos usam o livro de Flávio Josefo, “Antiguidades Judaicas”, como referência, e assim não podiam ter sido escritos antes de 93 d.C. 

Nesta altura, qualquer amigo de São Paulo estaria ou morto ou bem senil. De fato, tanto estudiosos Cristãos como não cristãos estão de acordo de que as primeiras versões dos dois livros foram escritas por um Cristão anônimo em 100 d.C., e foram alterados e editados até 150 - 175 d.C. 

Além do livro de Flávio Josefo, o Evangelho segundo São Lucas e os Atos dos Apóstolos também usam o Evangelho de São Marcos e a Segunda Fonte como referências. 

Apesar de Flávio Josefo ser considerado mais ou menos de confiança, o autor anônimo muitas vezes lê ou entende mal Flávio Josefo, e além disso nenhuma das informações acerca de Jesus no Evangelho segundo São Lucas e nos Atos dos Apóstolos vem de Flávio Josefo. Como se vê, o Evangelho segundo São Lucas e os Atos dos Apóstolos não têm valor histórico nenhum!

O Evangelho segundo São João foi escrito em nome do apóstolo São João, o irmão de São Tiago, filho de Zebedeu. O autor do Evangelho segundo São Lucas usou tantas fontes quantas pode obter, mas ele não tinha conhecimento do Evangelho segundo São João. 

Assim, o Evangelho segundo São João não podia ter sido escrito antes do Evangelho segundo São Lucas (100 d.C.). Conseqüentemente, o Evangelho segundo São João não podia ter sido escrito pela semi-mítica personagem de São João, o apóstolo, que era suposto ter sido morto por Herodes Agripa pouco antes da sua própria morte em 44 d.C. (São João, o apóstolo, é aparentemente baseado num histórico discípulo do autoproclamado Messias chamado Theudas, que foi crucificado pelos Romanos em 44 d.C., e cujos discípulos foram assassinados). 

Os pesquisadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo sabem que desde o segundo século de nossa era tem sido posta em dúvida a existência de Jesus Cristo. 

Muitos até mesmo entre os cristãos procuram provas históricas e materiais para fundamentar sua crença. Infelizmente, para eles e sua fé, tal fundamento jamais foi conseguido, e a história cientificamente elaborada denota que a existência de Jesus é real apenas nos escritos e testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e material em prová-la. Desse modo a existência, a vida e a obra de Jesus carecem de provas indiscutíveis.

Nem mesmo os Evangelhos constituem documento confiável. As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus e que não fazem qualquer referência ao mesmo, é o caso dos Pergaminhos do Mar Morto

Por outro lado, a ciência histórica tem se recusado a dar crédito aos documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar a existência física desta figura. Ocorre que tais documentos, originariamente, não mencionavam sequer o nome de Jesus; todavia, foram falsificados, rasurados e adulterados visando suprir a ausência de documentação verdadeira. 

Por outro lado, muito do que foi escrito para provar a inexistência de Jesus Cristo foi destruído pela Igreja, defensivamente. Assim é que, por falta de documentos verdadeiros e indiscutíveis, a existência de Jesus tem sido posta em dúvida desde os primeiros séculos desta era, apesar de ter a Igreja tentado destruir a tudo e a todos os que ousaram contestar os seus pontos de vista, os seus dogmas.

Por tudo isso é que o Papa Pio XII, em 1955, falando para um Congresso Internacional de História em Roma, disse: “Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo concerne à fé, e não à história”. 

Emílio Bossi, em seu livro intitulado “Jesus Cristo Nunca Existiu”, compara Jesus Cristo a Sócrates, que igualmente nada deixou escrito. No entanto, faz ver que Sócrates só ensinou o que é natural e racional, ao passo que Jesus teria se preocupado apenas com o sobrenatural. 

Sócrates teve como discípulos pessoas naturais, de existência comprovada, cujos escritos, produção cultural e filosófica passaram à história como Platão, Xenófanes, Euclides, Esquino, Fédon. Enquanto isso, Jesus teria por discípulos alguns homens analfabetos como ele próprio teria sido, os quais apenas repetiriam os velhos conceitos e preconceitos talmúdicos.

Sócrates, que viveu 5 séculos antes de Cristo e nada escreveu, jamais teve sua existência posta em dúvida. Jesus Cristo, que teria vivido tanto tempo depois, mesmo nada tendo escrito, poderia apesar disso ter deixado provas de sua existência. 

Todavia, nada tem sido encontrado que mereça fé. Seus discípulos nada escreveram. Os historiadores não lhe fizeram qualquer alusão. Além disso, sabemos que, desde o Século II, os judeus ortodoxos e muitos homens cultos começaram a contestar a veracidade de existência de tal ser, sob qualquer aspecto, humano ou divino. 

Estavam, assim, os homens divididos em duas posições: a dos que, afirmando a realidade de sua existência, divindade e propósitos de salvação, perseguiam e matavam impiedosamente aos partidários da posição contrária, ou seja, àqueles cultos e audaciosos que tiveram a coragem de contestá-los.

O imenso poder do Vaticano tornou a libertação do homem da tutela religiosa difícil e lenta. O liberalismo que surgiu nos últimos séculos contribuiu para que homens cultos e desejosos de esclarecer a verdade tentassem, com bastante êxito, mostrar a mistificação que tem sido a base de todas as religiões, inclusive do cristianismo. 

Surgiram também alguns escritos elucidativos, que por sorte haviam escapado à caça e à queima em praça pública, é o caso dos pergaminhos do mar morto e dos pergaminhos Nag Hammadi. Fatos e descobertas desta natureza contribuíram decisivamente para que o mundo de hoje tenha uma concepção científica e prática de tudo que o rodeia, bem como de si próprio, de sua vida, direitos e obrigações.

A sociedade atualmente pode estabelecer os seus padrões de vida e moral, e os seus membros podem observá-los e respeitá-los por si mesmos, pelo respeito ao próximo e não pelo temor que lhes incute a religião. 

Contudo, é lamentavelmente certo que muitos ainda se conservam subjugados pelo espírito de religiosidade, presos a tabus caducos e inaceitáveis. Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as escrituras, visando dar seqüência ao judaísmo em face da diáspora, destruição do templo e de Jerusalém. 

Teria sido um arranjo feito em defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova crença. Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações documentárias praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência real de Cristo. 

Modernos métodos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica e muitos outros, denunciaram a má fé dos que implantaram o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina tomada por empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a existência do inexistente.

É de se supor que, após a fuga da Ásia Central, com o tempo os judeus foram abandonando o velho espírito semita, para irem-se adaptando às crenças religiosas dos diversos povos que já viviam na Ásia Menor (atual Turquia). 

Após haverem passado por longo período de cativeiro no Egito, e, posteriormente, por duas vezes na Babilônia, não estranhamos que tenham introduzido no seu judaísmo primitivo as bases das crenças dos povos com os quais conviveram. 

Sendo um dos povos mais atrasados de então, e na qualidade de cativos, por onde passaram, salvo exceções, sua convivência e ligações seria sempre com a gente inculta, primária e humilde. Assim é que, em vez de aprenderem ciências como astronomia, matemática, sua impressionante legislação, aprenderam as superstições do homem inculto e vulgar dessas regiões.

Quando cativos na Babilônia, os sacerdotes judeus que constituíram a nata do seu meio social, nas horas vagas, iriam copiando o folclore e tudo o que achassem de mais interessante em matéria de costumes e crenças religiosas, do que resultaria mais tarde compendiarem tudo em um só livro, o qual recebeu o nome de Talmud, o livro do saber, do conhecimento, da aprendizagem.

Por uma série de circunstâncias, o judeu foi deixando, aos poucos, a atividade de pastor, agricultor e mesmo de artífice, passando a dedicar-se ao comércio. A atividade comercial do judeu teve início quando levados cativos para a Babilônia, por Nabucodonosor, e intensificou-se com o decorrer do tempo, e ainda mais com a perseguição que lhe moveria o próprio cristianismo, a partir do século IV.

Crestus, o Messias dos essênios, a semente que gerou a ficção Jesus Cristo

Daí em diante, a preocupação principal do povo judeu foi extinguir de seu meio o analfabetismo, visando com isso o êxito de seus negócios. Deve-se a este fato ter sido o judeu o primeiro povo no meio do qual não haveria nenhum analfabeto.

Assim, chegando a Roma e a Alexandria, encontrariam ali apenas a prática de uma religião de tradição oral, portanto, terreno propício para a introdução de novas superstições religiosas.

Dessa conjuntura é que nasceu o cristianismo, o máximo de mistificação religiosa de que se mostrou capaz a mente humana. O judeu da diáspora conseguiu o seu objetivo.

Com sua grande habilidade, em pouco tempo o cristianismo caiu no gosto popular, penetrando na casa do escravo e de seu senhor, invadindo inclusive os palácios imperiais.

Crestus, o Messias dos essênios, pelo qual parece terem optado os judeus para a criação do cristianismo, daria origem ao nome de Cristo, cristão e cristianismo.

O Padre Alfred Loisy, diante do enorme descrédito que o mito do cristianismo vinha sofrendo nos meios cultos de Paris, resolveu pesquisar-lhe as origens, visando assim desfazer as objeções apresentadas de modo seguro e bem fundamentado.

Buscava a verdade para mostrá-la aos demais. Entretanto, ao fazer seus estudos, o Padre Loisy constatou que realmente a crítica havia se baseado em fatos incontestáveis.

Por uma questão de honra, não poderia ocultar o resultado de suas pesquisas, publicando-o logo em seguida. Sendo tal resultado contrário fundamentalmente aos cânones da Igreja. Foi então expulso de sua cátedra de Filosofia, na Universidade de Paris, e excomungado pelo Papa em 1908.

O Pe. Loisy havia concluído que os documentos nos quais a Igreja firmara-se para organizar sua doutrina provieram do ritual essênio. Jesus Cristo não tivera vida física.

Era apenas o reaproveitamento da lenda essênia do Crestus, o seu Messias. Verifico- se também que as Paulinianas, de origem insegura, haviam sido refundidas em vários pontos fundamentais e por diversas vezes, antes de serem incluídas definitivamente nos Evangelhos.

Do mesmo modo chegou à conclusão de que os Evangelhos não poderiam servir de base para a história, nem para provar a vida de Jesus, dada a sua inautenticidade.

Por sorte sua, já não mais existia a Santa Inquisição; do contrário, o sábio Padre Loisy teria sido queimado vivo. Os documentos relativos ao governo de Pilatos, na Judéia, nada relatam a respeito de alguém que, se intitulando de Jesus Cristo, o Messias ou o enviado de Deus, tenha sido preso, condenado e crucificado com assentimento ou mesmo contra sua vontade, conforme narram os evangelhos.

Não tomou conhecimento jamais de que um homem excepcional praticasse coisas maravilhosas e sobrenaturais, ressuscitando mortos e curando doentes ao simples toque de suas mãos, ou com uma palavra, apenas. 

Se Pôncio Pilatos, cuja existência é real e historicamente provável, que estava no centro dos acontecimentos da época como governador da Judéia, ignorou completamente a existência tumultuada de Jesus, é que de fato ele não existiu. 

Alguém que, pelos atos que lhe são atribuídos, chega mesmo ao cúmulo de ser aclamado “Rei dos Judeus” por uma multidão exaltada, como ele o foi, não poderia passar despercebido pelo governador da região.

O imperador Tibério, inclusive, jamais soube de tais ocorrências na Judéia. Estranho que ninguém o informasse de que um povo, que estava sob o seu domínio, aclamava um novo rei. 

Ilógico, a ele, Tibério, é que caberia nomear um rei, governador ou procurador. Prosper Alfaric, em L’Ecole de la Raison, assinala as invencíveis dificuldades do cristianismo em conciliar a fé com a razão. 

Por isso, a nova crença teve de apoderar - e das lendas e crenças dos deuses solares, tais como Osíris, Mitra, Ísis, Átis e Hórus, quando da elaboração de sua doutrina. Expôs, igualmente, que os documentos descobertos em Coumrã, em 1947, eram o elo que faltava para patentear que Cristo é o Crestus dos essênios, uma outra seita judia. 

O cristianismo nada mais é, então, do que o sincretismo das diversas seitas judias, misturadas às crenças e religiões dos deuses solares, por serem as religiões que vinham predominando há séculos. 

A palavra “evangelho” em grego significa “boa nova”, já figura na Odisséia de Homero, Século XII, a.C.. Foi depois encontrada também numa inscrição em Priene, na Jônia, numa frase comemorativa e de endeusamento de Augusto, no seu aniversário, significando a “boa nova” no trono. E isto ocorreu muito antes de idealizarem Jesus Cristo. (La Sagesse, in “Jesus Cristo Nunca Existiu”).

A Igreja serviu-se de farta documentação, conforme já mencionamos anteriormente, com intenção de provar a existência de Cristo. No entanto, a história ignora-o completamente. 

Quanto aos autores profanos que pretensamente teriam escrito a seu respeito, foram nesta parte falsificados. Por outro lado, documentos históricos demonstram sua inexistência. As provas históricas merecem nosso crédito, porque pertencem à categoria dos fatos certos e positivos, e constituem testemunhos concretos e válidos de escritores de determinadas escolas. 

A interpretação da Bíblia e da mitologia comparada não resiste a uma confrontação com a história. Flávio Josefo, Justo de Tiberíades, Filon de Alexandria, Tácito, Suetônio e Plínio, o Jovem, teriam feito em seus escritos, referências a Jesus Cristo. 

Todavia, tais escritos após serem submetidos a exames grafotécnicos, revelaram-se adulterados no todo ou em parte, para não se falar dos que foram totalmente destruídos. Além disso, as referências feitas a Crestus, Cristo ou Jesus, não são feitas exatamente a respeito do Cristo dos Cristãos.

Seria mesmo difícil estabelecer qual o Cristo seguido pelos cristãos, visto que esse era um nome comum na Galiléia e Judéia. Segundo Tácito, judeus e egípcios foram expulsos de Roma por formarem uma só e mística superstição cristã. 

As expulsões ocorreram duas vezes no tempo de Augusto e a terceira vez no governo de Tibério, no ano 19 desta era. Tais expulsões desmentem a existência de Jesus, porquanto, ocorreram quando ainda o nome de cristão aplicava-se a superstição judaico-egípcia, a qual se confundiu com o cristianismo. 

Filon de Alexandria, apesar de ter contribuído poderosamente para a formação do cristianismo, seu testemunho é totalmente contrário à existência de Cristo. Filon havia escrito um tratado sobre o Bom Deus “Serapis”, tratado este que foi destruído. Os evangelhos cristãos se assemelham muito a ele, e os falsificadores não hesitaram em atribuir as referências como sendo feitas a Cristo.

Os historiadores mostram que essa religião nasceu em Alexandria, e não em Roma ou Jerusalém. Fazem ver que ela nasceu das idéias de Filon que, platonizando e helenizando o judaísmo, escreveu boa parte do Apocalipse. 

A mesma transformação que o cristianismo dera ao judaísmo ao introduzir-lhe o paganismo e a idolatria, Filon imprimira nessa crença, até então apenas terapeuta, dando-lhe feição grega, de cunho platônico. 

Embora tenha sido de certo modo o precursor do cristianismo, não deixou a menor prova de ter tomado conhecimento da existência de Jesus Cristo, o mago rabi, e isto é lógico porque o cristianismo só iria ser elaborado muito depois de sua morte. 

Bastaria o silêncio de Filon para provar estarmos diante de uma nova criação mitológica, de cunho metafísico. Entretanto, escrevendo como cristão, os lançadores do cristianismo louvaram-se nas suas idéias e escritos.

Tivesse Jesus realmente existido, jamais Filon deixaria de falar em seu nome, descreveria certamente sua vida miraculosa. Filon relata os principais acontecimentos de seu tempo, do judaísmo e de outras crenças, não mencionando, porém, nada sobre Jesus. 

Cita Pôncio Pilatos e sua atuação como Procurador da Judéia, mas não se refere ao julgamento de Jesus a que ele teria presidido. Fala igualmente dos essênios e de sua doutrina comuna dizendo tratar-se de uma seita judia, com mosteiro à margem do Jordão, perto de Jerusalém. 

Quando no reinado de Calígula esteve em Roma defendendo os judeus, relata diversos acontecimentos da Palestina, mas não menciona nada a respeito de Jesus, seus feitos ou sua sorte e destino. 

Filon, que foi um dos judeus mais ilustres de seu tempo, e sempre esteve em dia com os acontecimentos, jamais omitiria qualquer notícia acerca de Jesus, cuja existência, se fosse verdadeira, teria abalado o mundo de então. 

Impossível admitir-se tal hipótese, portanto. Por isso é que M. Dide fez ver que, diante do silêncio de homens extraordinários como Filon, os acontecimentos narrados pelos evangelistas não passam de pura fantasia religiosa. 

Seu silêncio é a sentença de morte da existência de Jesus. O mesmo silêncio se estende aos apóstolos, assinala Emílio Bossi. Evidencia que tudo quanto está contido nos Evangelhos refere-se a personalidades irreais, ideais, sobrenaturais de inexistentes taumaturgos.

O silêncio de Filon e de outros se estende não apenas a Jesus, mas também aos seus pretensos apóstolos, a José, a Maria, seus filhos e toda a sua família. 

Flávio Josefo, tendo nascido no ano 37, e escrevendo até 93 sobre judaísmo, cristianismo terapeuta, messias e Cristos, nada disse a respeito de Jesus Cristo. Justo de Tiberíades, igualmente não fala em Jesus Cristo, conquanto houvesse escrito uma história dos judeus, indo de Moisés ao ano 50. 

Ernest Renan, em sua obra “Vie de Jesus”, apesar de ter tentado biografar Jesus, reconhece o pesado silêncio que fizeram cair sobre o pretenso herói do cristianismo. 

Os Gregos, os romanos e os hindus dos séculos I e II jamais ouviram falar na existência física de Jesus Cristo. Nenhum dos historiadores ou escritores, judeus ou romanos, os quais viveram ao tempo em que pretensamente teria vivido Jesus, ocupou-se dele expressamente. 

Nenhum dedicou-lhe atenção. Todos foram omissos quanto a qualquer movimento religioso ocorrido na Judéia, chefiado por Jesus. 

A história não só contesta a tudo o que vem nos Evangelhos, como prova que os documentos em que a Igreja se baseou para formar o cristianismo foram todos inventados ou falsificados no todo ou parte, para esse fim.


Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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