Carta Aberta para os
Ateus/Materialistas Militantes
Eu estava estudando sobre o Pró-vida que se trata de
uma -“irmandade de praticantes do ocultismo”- relativamente famoso aqui em SP, e
encontrei um site que “denuncia” a ordem. Esse site foi feito por algum
dissidente que deve ter ficado muito irado e então criou o site para denunciar todos
os podres dessa organização.
E entre as muitas páginas vi um comentário extenso (muito interessante) feito por uma psicanalista. Nesse texto ela dá uma “bronca” no criador da página e comenta como o Materialismo/Ateísmo é frágil em suas bases mais fundamentais.
E entre as muitas páginas vi um comentário extenso (muito interessante) feito por uma psicanalista. Nesse texto ela dá uma “bronca” no criador da página e comenta como o Materialismo/Ateísmo é frágil em suas bases mais fundamentais.
E aqui no Sete Antigos Heptá o Ateísmo/Materialismo é
um dos nossos alvos, pois eu (Bruno GM) considero essa uma verdadeira religião,
pessoas como o Richard Dawkins, Carl Sagan, Daniel Dennett, James Randi, e
outros ateus militantes são tão religiosos quanto os devotos cristãos, islâmicos,
hinduístas, etc... o comportamento deles é idêntico a esses religiosos, são tão
raivosos e petulantes quanto.
E o que essa Psicanalista (que deu o nome de ‘Luciana’),
diz para o tal de “Carlos” vem a reforçar tudo o que já expomos aqui nesse
site. Então acompanhe o texto, e se quiser ver “in loco” (Clique Aqui).
Psicanalista de SP (Luciana
em 2011) comentando no blog “Pró-vida Bandida”
(Luciana: 31 de janeiro
de 2011 ás 09:00hs)
Carta aberta ao Carlos
(dono do blog pro-vida-bandida)
Olá Carlos tudo bem? Espero que você esteja na sua
melhor forma. Comigo as coisas vão indo... às vezes bem, às vezes mal... como
para todo mundo.
Permita-me apresentar-me, sou advogada, psicanalista
(sua colega portanto) e técnico em informática (Sim é possível!).
Sou casada, não tenho filhos (ainda) moro com o marido
e uma cachorrinha Yorkshire em São Paulo.
Meus Hobbys são viajar de moto, dormir demais, comer demais e pensar em coisas inúteis. (Eu estava falando de Hobbys ou vícios? Ah! Deixa prá-la...).
Não fumo, não bebo, não me drogo, porque já acho o
lado amargo da vida ruim o suficiente.
Antes de tudo concordo em pelo menos uma coisa com
você. Há algo de podre no reino da Dinamarca, como disse o Hamlet de
Shakespeare.
Desde já afirmo que não sou (nem nunca fui) membro da
(aqui) mal versada instituição Pró-Vida.
É claro aparentemente que a Pró-Vida é uma
pseudo-escola-de-filosofia-igrejinha-new-age-fanatista-fascista-preconceituosa-equivocada-não-científica-caça-níqueis-engana-Joe.
Mas será que pode ser outra coisa? Existe essa
hipótese (científica)? Gostaria, porém, de (tentar) aprofundar um pouco o
debate.
Tenho permissão para isso? Vou supor que sim, afinal
de contas o Blog fala em “Liberdade de expressão doa a quem doer”. Bom,
desculpe, mas talvez doa, um pouco, em você. Vamos lá?
Achei seu blog interessante. É um mix, no mínimo,
curioso, vejamos: um psicanalista, que se diz cético, tem o trabalho de montar
(e manter) um Blog opondo-se à Pró-Vida, seu fundador e seus membros.
Parece, (me corrija se eu estiver errada), que tratasse
de uma utilidade pública, eis que o Blog teria o condão de afastar os (menos)
“trouxas” do lugar.
Tenho, imagino, algumas coisas a acrescentar. Sobre o
ceticismo, ateísmo, racionalismo, gnosticismo:
O Blog tem forte conteúdo ateísta, e faz (parece irracional) quem crê em alguma forma de deus. Seríamos, portanto, nós, ateus, “racionalistas”.
Coloco racionalista entre aspas porque quando um ateu
ou pseudo ateu se diz racional, faz supor que os crentes, ou crédulos são
irracionais.
Sabemos que a história da humanidade, lista diversos
gênios, ateus e crédulos, uns não parecem melhores ou piores que o outros.
Logo se gênios podem ter sua fé, os crédulos estão
absolvidos da sua burrice. Sou, sinceramente, e infelizmente, assim como você,
um incrédulo. Não acredito na existência de um Deus cristão, ou Judeu, ou
Hindu, ou Pagão, ou coisa parecida.
Penso que todos nós, ateus, agnósticos, céticos,
incrédulos em geral, somos, às vezes, como você parece, revoltados com o fato
de termos descoberto (!?) que deus não existe.
Porque ficamos raivosos? Será que no fundo gostaríamos
de poder acreditar em algo? Por isso persegui todas as religiões que pude. Tentei
descobrir a verdade por trás delas, e sabe o que descobria? Todas elas acabam
no nada. É como uma cebola com várias camadas, que depois de removida a última
camada fica... vazia.
Não tem nada depois da última camada. Interessante que
a psicanálise se utiliza da mesma metáfora (da cebola) para descrever o
recalque original...
O que, nós, incrédulos, céticos, ateus, agnósticos,
muitas vezes não percebemos é que não acreditar em deus também é uma crença.
No seu Blog você critica os crédulos da Pró-Vida de
serem arrogantes por pensarem que são melhores por terem (ou acharem que tem)
um conhecimento.
Ora, e nós, incrédulos que nós achamos melhores por
termos “descoberto” que deus não existe, somos o que? Humildes? Será que deus
não existe mesmo? Só porque não se “mostrou” da forma como nós, céticos, ateus,
agnósticos e incrédulos gostaríamos? Ou porque não nos deu a capacidade de
percebe-lo?
Alguns dizem que Religião do latim vulgar: “religio”
que significa “prestar culto a uma divindade”, “ligar novamente” significaria
simplesmente “religar”.
Mas a pergunta psicanalítica seria: religar a o que ou
a quem é o mais importante... quem desligou?
- Sobre a psicanálise: Chegamos a um ponto importante,
a psicanálise. Você, (meu colega psicanalista), sabia que a psicanálise é
comparada a uma religião por pessoas muito inteligentes? Jô Soares e Woody
Allen entre muitos outros.
- Freud não curou nenhum de seus pacientes;
- Freud receitou cocaína em doses tão altas a um
paciente que acabou morrendo;
- Freud consumia muita cocaína;
- O paciente de Freud do Caso do Homem dos Ratos (que
Freud alardeou ter curado) morreu aos 84 anos e ainda estava em análise;
- Abílio Diniz está em terapia psicanalítica há mais
de 10 anos... (Será que o problema dele é insolucionável ou ele não pode pagar
um bom profissional?).
Parece que você alega ser psicanalista Lacaniano,
sobre isso Jean Jacques Lacan disse:
- “Vocês pode ser o que quiserem, até mesmo Lacanianos,
mas eu Lacan, sempre fui Freudiano” -
Ser lacaniano, para quem não sabe, muitas vezes no
meio da psicanálise, é um salvo conduto para agredir o paciente com verdades e
posturas para a qual muitas vezes ele não está preparado.
É a famosa psicanálise selvagem. Voltando a Freud...
Freud era filho de um rabino e foi acusado por estudiosos de plagiar
conhecimentos da religião Judaica para formar sua psicoterapia “científica”.
Ciência: Chegamos a outro ponto interessante. O que é
ciência?
Pelo que aprendi na faculdade há alguns anos temos um
método “científico” para qualificar o que é “ciência”. Chama-se metodologia
científica. É utilizada por... cientistas...
É mais ou menos assim, se tal fato puder ser repetido
pelas mesmas ações e dentro de certos critérios, ele será comprovável (e
portanto) científico. Complicado?
Veja... Os cientistas criaram um método científico
para diferenciarem o que é ciência do que não é, a isto deram o nome de
Metodologia Científica.
Ah?! Você deve estar perguntando e quem são os cientistas?
Simples, as pessoas que estudam as ciências, oras...
Então os cientistas, que são os homens da ciência,
decidem, através de um protocolo deles (científico) o que é ou não ciência.
Para mim isto tem outro nome: raciocínio circular,
começa no mesmo ponto onde termina. Para os gregos, ciência era “saber”,
somente isso.
Mas nós, incrédulos, nos baseamos na ciência, para
“provar cientificamente” que os outros estão errados.
A igreja católica, já fez isso, a ciência estava ao
lado dela até bem pouco tempo atrás. E afinal de contas, a psicanálise é científica? Ou
seja, submetendo-se os mesmos pacientes aos mesmos tratamentos temos os mesmos
resultados? Sabemos que não!
E o Direito? Uma mesma questão submetida ao mesmo
juízo terá o mesmo resultado? Sabemos que não. Mas tanto a Psicanálise quanto o Direito alegam serem
métodos cientificamente aprovados, comprovados, chancelados e infalíveis. A
Pró-Vida só faz o mesmo que nós, e achamos muito desonesto.
Você, como psicanalista já “curou” alguém? Ou “deu
alta” psicanalítica quando a pessoa se encaixou no modelo Freudiano ou
Lacaniano de fala que você acredita ser saldável?
Se for assim, você acredita, tem fé em algo, talvez na
psicanálise... Todos nós, felizmente, somos crédulos em algo. E corremos o
risco de estarmos errados.
Acreditamos que temos as respostas, e defendemos as
nossas convicções. Ah?! E se, apenas por hipótese, a Pró-Vida souber a resposta
e cobrar somente R$ 400,00 pela solução para minha dúvida ficarei satisfeita em
pagar.
Falando nisso Carlos... quanto custa a sua consulta?
Você tem as respostas para você mesmo? E para todos os outros elas servem? Será
que servem para os “trouxas” da Pró-Vida”? Você cobra (naturalmente) e eles(as)
não pode cobrar?
A psicanálise também vende suas respostas, bem caro,
de conta gotas e quem não aceita é taxado de psicopata, psicótico, border line,
esquizofrênico, paranócio, autista, histérico ou neurótico.
A crença na inexistência de um deus, não é melhor ou
mais inteligente que a crença de que existe alguma espécie de divindade.
A crença na existência de métodos para o
aperfeiçoamento da mente e de meditação não estão tão longe assim da
psicanálise com que você trabalha, acredite.
Se você pode cobrar pelas suas respostas, ainda que
elas não sirvam para todos, a Pró-Vida deve, (num país capitalista), poder
fazer o mesmo.
E quando você fundar um grupo que faça mais caridade
que a Pró-Vida, aí, então você fala mal do fundador da Pró-Vida. (Caridade é
científico?).
Eu poderia ter escrito só isso, mas pessoas
“científicas” percorrem um longo caminho para acreditarem (terem fé) em algo.
(e ainda se acham mais inteligentes).
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um
esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...
Tags: Richard Dawkins, Carl Sagan, Daniel Dennett,
James Randi, Darwin, Charles Darwin, teoria da evolução, Pirula, Gilmar Lopes, Paulo
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do Pirulla,