Você Sabe o que é a “Iniciação o 'Salto'? - Iniciação de Poder!”
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(Você é um PseudoCético(a)? Um inimigo(a) da Ciência?)
Estudando para comentar o caso ufológico do cabelo da hibrida extraterrestre que foi analisado em laboratório (CLIQUE AQUI para ler o artigo completo) foi comentado pelos ufólogos australianos que um caso antigo, (o primeiro caso de abdução do mundo moderno), era muito similar ao caso do Peter Khoury.
Se trata do caso de abdução de Antônio Villas-Boas, um
jovem fazendeiro brasileiro do triangulo mineiro (MG) que foi capturado por
extraterrestres e levado para a nave espacial, onde teve uma relação sexual com
uma mulher alienígena (talvez uma hibrida). Esse caso é mais antigo (de 1957), e ele
foi tristemente negligenciado.
Teve provas físicas importantes e deveria ter sido levado mais a sério, o local
onde a nave ficou pousada tinha marcas do tripé, e (o mais importante) ficou
contaminada com algum tipo de radiação que impediu que nascesse plantas ali,
sendo que é um local agrícola, parte de uma fazenda de plantação de alimentos.
O abduzido ficou gravemente doente, ele passou meses
sofrendo com diversas consequências da sua insólita experiencia, foi atendido
por médicos, e ficou claro que ele estava sofrendo com algum tipo de
contaminação radioativa.
A mesma radiatividade que matou todas as plantas do local do pouso da nave espacial e contaminou o solo, afetou o abduzido. Então não é um caso de delírio, ou de algo forjado, ou de um mentiroso buscando por uma fama bizarra. Inclusive essa radiação parece que encurtou muito a sua vida, morreu com apenas 56 anos de câncer cerebral (segundo sua irmã).
Tem provas cabais de que o caso foi verdadeiro, e completamente
incomum, o detalhamento da ocorrência é surpreendente, e foi base fundamental para
todas as ideias básicas que se tem na “lenda urbana” sobre o que seria os
extraterrestres e seus equipamentos, e comportamento, acredito inclusive que
essa experiencia incrível serviu de inspiração para muitos filmes, séries,
desenhos animados, livros desde então.
Mas na época da ocorrência o caso foi desprezado e muito negligenciado, a imprensa brasileira foi medíocre, não levou a sério o caso, a revista Cruzeiro foi extremamente preconceituosa, os jornalistas que ficaram sabendo do caso foram incompetentes, medíocres, preguiçosos, enfim, um desastre completo!
Por pouco o caso não foi ignorado por completo, e
nunca chegaria aos ouvidos de ninguém no mundo.
A vítima também não ajudou muito, o Antônio Villas-Boas
um fazendeiro classe média, (que depois se tornou advogado), não se esforçou para
registrar a sua história de forma mais fidedigna (escrevendo um livro, por
exemplo), não defendeu a veracidade como deveria, quando os repórteres malandros
da revista Cruzeiro comentaram que eles não poderiam publicar o caso dele por
ter poucas evidências verificáveis, ele poderia ter falado que tinha sim fortes
evidências, como a saúde debilitada por radiação e o local do pouso da nave que
estava infértil, por conta de radiação desconhecida que ficou no local, e
poderia ser detectado por aparelhos.
Mas o abduzido foi negligente, os repórteres também o
foram, os ufólogos se esforçaram pouco, e assim o caso “Villas-Boas” foi mal
documentado, porém o pouco que foi registrado deixa claro como o caso é
altamente interessante.
E se tornou ainda mais interessante depois do caso do Peter Khoury, pois o que Peter descreveu é muito similar ao que Antônio comentou, 'uma mulher alienigena, mas similar a uma mulher humana da Terra', era loira, 'uma atitude estranha', (bizarrice pura), como de seres que ou estão brincando, e fazendo uma farra com os humanos, (se divertindo), ou seres que não compreendem exatamente como os humanos pensam e sentem, e tentam imitar o comportamento humano de um modo atrapalhado.
A experiência de Antônio foi bem mais rica do que de Peter Khoury, porém o Peter teve a sorte de conseguir amostras do cabelo da alienigena, enquanto Antônio não teve, ou foi descuidado nesse quesito, pois talvez tenha sim voltado com amostras fisicas da alienigena, (pois teve uma relação sexual com ela), mas não se atentou para isso, e perdeu a amostra. Temos de levar em conta que ele ficou muito doente depois do encontro.
Então graças ao caso Peter Khoury (1992), o caso Antônio Villas-Boas (1957) ganha importância e credibilidade.
O local onde a nave pousou infelizmente hoje em dia
depois de 67 anos, (escrevo isso em 2024) está em baixo da água, pois uma
represa foi criada para construir uma hidrelétrica. Então se depois de todo
esse tempo a radiação no solo ainda estivesse latente, poderia ser detectada
ainda, porém com a inundação essa importante prova foi apagada para sempre.
E o que podemos fazer? Apenas lamentar...
E por mais estranho, bizarro, esquisito, inacreditavel, etc.. que pareça, ao que tudo indica aconteceu de fato. No caso do Antônio teve provas radioativas, no caso do Peter teve prova fisica, então temos de admitir que existe uma raça de alienigenas atrapalhados (ou desleixados, ou ainda zueiros) que vem até a Terra e fazem experimentos descuidados com os humanos, eles/elas aparentemente criam hibridos, e esses hibridos são estimulados a manter relação sexual com humanos.
E no caso tratam os humanos como se fossem animais mesmo, apenas os captura, e colocam uma bela femea na frente deles, e aguarda para ver o que acontece, no caso do Villas-Boas ocorreu exatamente o que esperavam, já no caso do Peter, ele não teve o comportamento esperado.
E por que fazem isso? E desse modo? Não sabemos... mas fazem, tanto que temos provas fisicas da atuação deles(as).
Segue então parte de um artigo muito completo sobre o caso, feito pelo UCM Fenomenum, site de divulgação ufológica. Esse artigo extenso é praticante um livro sobre o caso. Transportarei para cá apenas a parte mais interessante que é o relato feito pelo próprio Antônio Villas-Boas e o relatório médico feito em 1957 quando ele foi atendido no hospital.
Breve entrevista de Antônio Villas-Boas em 1977
(clique na imagem)
Relato pessoal de Antônio Villas-Boas sobre a abdução por ele mesmo, para ver o artigo completo (CLIQUE AQUI)
Tudo começou na noite de 05 de outubro de 1957. Houve
uma festa lá em casa e fomos dormir mais tarde, às 11 horas. Estava no quarto
com meu irmão João Villas Boas. Por causa do calor, resolvi abrir a janela do
quarto, que dava para o curral. Vi então, no centro do curral, um reflexo
fluorescente prateado, mais claro do que a luz da Lua, iluminando todo o solo.
Era uma luz, muito branca, que não sei de onde vinha.
Era como se viesse do alto, como a luz de um farol de automóvel que se
espalhasse ao iluminar o lugar onde batesse. Mas não se via nada no céu, de
onde pudesse vir a luz. Chamei meu irmão e mostrei a ele.
Mas ele é muito cismado e disse que era melhor irmos
dormir. Fechei então a janela e nos deitamos. Algum tempo depois, não
conseguindo dominar a curiosidade, voltei a abrir a janela. A luz ainda estava
lá, no mesmo lugar. Eu ia observar mais um tempo, mas aí a luz começou a
mover-se devagar, vindo na direção da janela.
Fechei-a então depressa, tão depressa que ela bateu
com força e o barulho acordou meu irmão, que já estava dormindo. Juntos vimos
na escuridão do quarto, a luz penetrar por pequenas frestas da janela e depois
mover-se para o telhado, iluminando por entre as telhas. Aí ela se apagou e não
voltou mais…
O segundo episódio ocorreu na noite de 14 de outubro. Devia ser entre 3:30 ou 10 horas da noite, mas não posso garantir pois estava sem relógio. Trabalhava com o trator arando um campo, acompanhado pelo meu outro irmão. De repente vimos uma luz muito forte (a ponto de ferir a vista), parada na ponta norte do campo.
Quando a vimos já estava lá e já era grande,
arredondada e do tamanho aproximado de uma roda de carroça. Parecia estar a uns
100 metros de altura e era de uma cor vermelho-clara, iluminando uma larga área
do solo. Devia haver algum objeto dentro da luz, mas não posso afirmar pois ela
era muito forte para que se pudesse ver mais alguma coisa.
Chamei meu irmão para irmos lá ver o que era aquilo.
Ele não quis e eu fui sozinho. Quando cheguei perto a coisa se mexeu de repente
e, numa velocidade enorme, se moveu para a ponta sul do campo, aonde parou. Fui
atrás outra vez. Mesma manobra, voltando agora para o local inicial. Continuei
tentando e a manobra se repetiu durante 20 vezes. Já estava cansado e desisti,
voltando para junto do irmão.
A luz ficou imóvel por mais alguns minutos, parada ao
longe. De vez em quando parecia emitir raios em todas as direções, como os do
Sol poente, com cintilações. A seguir, sumiu repentinamente, como se apagasse.
Não tenho certeza pois não me lembro se olhei só naquela direção o tempo todo.
Talvez tenha olhado em outra direção por alguns segundos e ela tenha subido com
velocidade e desaparecido antes que eu olhasse para lá de novo.
No dia seguinte, 15 de outubro, eu estava sozinho
trabalhando com o trator no mesmo local. A noite estava fria e o céu muito
limpo, com muitas estrelas. Exatamente à uma da madrugada, vi de repente uma
estrela vermelha no céu. Parecia mesmo uma dessas estrelas maiores, de brilho
forte. Mas não era, pois começou a aumentar rapidamente de tamanho, como se
estivesse vindo em minha direção.
Em poucos instantes transformou-se num objeto ovóide,
fortemente luminoso, que vinha em minha direção a uma velocidade espantosa. Tão
depressa ele se deslocava que, antes que eu pudesse pensar no que devia fazer,
já estava por cima do trator.
Aí esse objeto parou de repente e desceu até ficar a
uns 50 metros acima de minha cabeça, iluminando o trator e o chão em volta como
se fosse dia, com uma luz vermelho-clara tão forte que dominava a luz dos faróis
do trator, que estava acesa. Naquele momento, fiquei apavorado, pois não sabia
o que era aquilo.
Pensei em fugir com o trator, mas vi que, com a pouca
velocidade que o mesmo desenvolvia seriam poucas as chances de sucesso, dada a
grande velocidade mostrada pelo objeto – que continuava parado em pleno ar.
Pensei também em saltar ao chão e sair correndo, mas a terra fofa, revolvida
pelas pás do trator, seriam um obstáculo difícil na escuridão.
Seria penoso correr enterrando as pernas até o joelho
naquele chão traiçoeiro; se metesse o pé em um buraco poderia até mesmo quebrar
uma perna. Fiquei naquela agonia sem saber o que fazer, talvez uns dois
minutos. Mas aí o objeto luminoso se moveu para a frente e parou de novo a uns
10 ou 15 metros adiante do trator.
Começou então a descer para o solo, bem lentamente. Foi se aproximando e pude ver, pela primeira vez, que era um aparelho estranho, de feitio meio arredondado, todo rodeado de pequenas luzes arroxeadas e com um grande farol vermelho na frente, de onde parecia vir toda aquela luz que eu vira quando o mesmo estava mais alto – e que impedia que eu pudesse distinguir qualquer outro detalhe.
Mas agora via-se perfeitamente a forma daquela
máquina, que era semelhante à um grande ovo alongado, com três hastes de metal,
grossas na base e afinando na rescência (ou luz fluorescente como a de um
anúncio luminoso) avermelhada, da mesma cor do farol dianteiro. Na parte
superior, havia uma coisa que girava a grande velocidade, também emitindo uma
forte luz fluorescente avermelhada.
Essa luz foi mudando para uma cor esverdeada no
momento em que o aparelho diminuiu sua marcha de descida, para pousar, isto
correspondendo, na minha impressão, a uma diminuição na velocidade de rotação
daquela parte giratória, que pareceu tomar a forma de um prato circular, ou
cúpula achatada, nesse momento (antes não se distinguia forma).
Não posso afirmar se esta era a forma real daquela
parte giratória que havia no topo do aparelho, ou simplesmente uma impressão
dada pelo movimento - porque em nenhum momento (mesmo depois, com o aparelho no
solo) a mesma deixara de girar.
Naturalmente, a maior parte dos detalhes que estou
descrevendo foram observados mais tarde. Naquele primeiro momento, eu estava
muito nervoso e angustiado para ver muita coisa. De tal forma que, quando vi
três suportes de metal (formando um tripé) surgiram debaixo, quando este estava
já a poucos metros do solo – perdi completamente o pouco controle que me
restava.
Aquelas pernas de metal eram evidentemente para
escorar o peso do aparelho quando ele tocasse o chão em seu pouso. Não cheguei
a ver isto acontecer porque pus o trator em movimento (o motor estava
trabalhando o tempo todo) e movi-o para um lado, tentando abrir caminho para
fugir. Mas não havia chegado a andar poucos metros quando o motor “morreu” de
repente e, ao mesmo tempo, as luzes dos faróis se apagarem sozinhas.
Não consigo explicar como aquilo aconteceu pois a
chave do motor estava ligada e os faróis continuavam também ligados. Quis fazer
funcionar de novo o motor, mas o motor de arranco estava isolado e não deu
sinal de vida.
Abri então a porta do trator, do lado oposto àquele
onde se encontrava o aparelho, e saltei para o chão, começando a correr. Mas
parece que perdi um precioso tempo tentando movimentar o trator, pois não dera
mais do que alguns passos quando meu braço foi agarrado por alguém.
O meu perseguidor era um homem baixo (batia no meu
ombro), vestido de uma roupa estranha. No meu desespero, girei o corpo com
violência e dei-lhe um forte empurrão que o desequilibrou.
Foi obrigado então a me largar e a cair para trás com
o impulso, perdendo o equilíbrio e indo ao chão onde caiu de costas, a uns dois
metros de distância. Procurei aproveitar a vantagem obtida, para continuar a
fuga, mas fui atacado ao mesmo tempo por outros indivíduos, pelos lados e pelas
costas.
Agarraram-se pelos braços e pernas e me levantaram do
chão, o que me tirou qualquer possibilidade de defesa. Podia apenas me debater
e retorcer o corpo, mas a pegada deles era firme e não me largaram. Comecei a
gritar por socorro e em altos brados a xinga-los, e a exigir que me soltassem.
Notei, à medida que me arrastavam para o aparelho, que
a minha falação os deixava como que surpreendidos ou curiosos pois paravam de
caminhar e olhavam para o meu rosto com atenção toda a vez que eu falava -
embora sem afrouxar a firmeza com que me seguravam. Isso me acalmou um pouco em
relação às suas intenções, mas nem por isso deixei de lutar.
Dessa maneira me transportaram até junto do aparelho,
pousado a uns dois metros do solo, sobre as três escoras metálicas de que já
falei. Havia uma porta aberta na metade traseira do mesmo.
Essa porta se abria de cima para baixo, formando como
que uma ponte de cuja ponta estava presa uma escada metálica, feita do mesmo
metal prateado que havia nas paredes do aparelho. Essa escada se havia
desenrolado até o chão. Fui içado por ali, tarefa que não foi fácil para eles.
A escada era estreita, mal dando espaço para duas
pessoas, uma do lado da outra. Além disso, era móvel e flexível, oscilando de
um lado para outro com os meus esforços para me libertar. Havia também um
corrimão de metal roliço de cada lado, da grossura de um cabo de vassoura
talvez, para ajudar a subida; a ele me aferrei várias vezes procurando impedir
que me levassem - obrigando-os a parar para soltar minhas mãos.
Esse corrimão era também flexível (tive a impressão,
mas tarde, ao descer, de que não era inteiriço, mas sim formado de pequenas
peças de metal, articuladas umas dentro das outras).
Uma vez dentro do aparelho, vi que havíamos entrado
numa pequena saleta quadrada, cujas paredes de metal polido brilhavam com
reflexos à luz fluorescente que vinha do teto, emitida por numerosas lâmpadas
pequenas, de forma quadrada, embutidas no metal desse teto e dispostas por toda
a volta do mesmo, por fora junto às paredes.
Não pude contar quantas eram pois logo me puseram de
pé no chão – assim que a porta externa subiu, trazendo na ponta a escada
enrolada e presa, e se fechou. A iluminação era tão boa que parecia de dia.
Mesmo nessa luz branca fluorescente não se distinguia
mais onde era a porta de fora, que ao se fechar parecia ter se transformado em
parede. Eu só sabia onde ela estava por causa da escada de metal presa na
parede.
Não pude observar mais detalhes porque um dos homens –
eram cinco ao todo – me fez sinal com a mão para que caminhasse na direção de
uma outra sala que se entrevia por uma porta aberta do lado oposto à porta de
fora.
Não sei se essa segunda porta já estava aberta quando
entrei, pois, só então olhei naquela direção. Resolvi obedecer, pois
continuavam me segurando e agora eu estava fechado lá dentro, com eles, e não
tinha outra escolha.
Deixamos a saleta, na qual não vi nenhum móvel ou
aparelho, e entramos numa sala ampla, bem maior e de formato meio oval,
iluminada conforme o ouro compartimento e com as mesmas paredes de metal
prateado e polido.
Acho que essa sala era no centro do aparelho porque no
meio dela havia uma coluna de metal que ia do teto até o chão, larga encima e
em baixo, e afinando bastante para o meio.
Era roliça e parecia maciça; acho que não estava ali só para enfeitar; devia servir para escorar o peso do teto. Os únicos móveis que pude observar foram uma mesa deforma esquisita, que estava num dos cantos da sala, rodeada de várias cadeiras giratórias sem encosto (semelhantes aos bancos que se usam em bares).
Era tudo do mesmo metal branco. Tanto a mesa como os
bancos afinavam para baixo num pé único que era preso ao chão (no caso da
mesa), ou articulado a um anel móvel preso por três suportes que saíam para
cada lado e se embutiam no chão (no caso dos bancos, permitindo assim que as
pessoas neles sentadas virassem para qualquer lado).
Durante intermináveis minutos, permaneci de pé, sempre
seguro pelos braços por dois homens enquanto aquele povo estranho me observava
e conversava a meu respeito. Digo conversar, apenas na maneira de dizer, pois
na verdade o que eu ouvia não tinha nenhuma semelhança com uma conversa de
gente: eram ganidos, ligeiramente semelhantes aos uivos de um cão.
Essa semelhança era muito pequena, mas é a única que
posso dar para tentar descrever aqueles sons - diferentes de tudo o que já ouvi
até hoje. Eram ganidos lentos, nem muito finos nem muito roucos, uns mais
longos, outros mais curtos, às vezes com vários sons diferentes ao mesmo tempo,
outras com um tremido no fim.
Mas eram somente sons, ganidos de animais, não se
distinguindo nada que pudesse ser tomado como o som de uma sílaba ou de uma
palavra em língua estrangeira. Nada disso. Para mim era tudo igual e por isso
não pude guardar nenhum nome.
Não posso explicar como é que aquela gente não podia
se entender daquele jeito. Ainda fico arrepiado quando penso naqueles sons. Não
posso reproduzir para os senhores: só ouvindo…. A minha voz não dá para isto.
Quando aqueles ganidos terminaram, parece que tinham
resolvido tudo, pois me agarram de novo – os cinco – e começaram a tirar minha
roupa, à força. Entramos em luta novamente, eu resistindo e procurando
dificultar ao máximo o que eles faziam. Protestava e xingava também em altos
brados.
Eles evidentemente não entendiam, mas paravam e
olhavam para mim, como se quisessem mostrar que eram educados. Por outro lado,
embora usando força, em nenhum momento me machucaram seriamente e nem sequer
rasgaram a minha roupa, a não ser talvez a camisa (que já estava rasgada antes,
razão pela qual não posso ter certeza).
Fiquei inteiramente despido, já de novo angustiado e
sem saber o que me ia acontecer. Um dos homens estão se aproximou, tendo à mão
uma coisa que parecia uma espécie de esponja molhada e, com ela começou a me
passar um liquido na pele. Não devia ser esponja dessas de borracha comum,
porque era muito mais macia.
O líquido era claro como água, mas bem grosso e sem
cheiro; pensei que fosse algum óleo, mas estava enganado, pois a pele não ficou
engordurada nem oleosa. Passaram-me esse líquido pelo corpo todo. Eu estava com
frio, porque a temperatura da noite lá fora já baixa, sendo nitidamente mais
baixa dentro das duas salas do aparelho; quando me tiraram a roupa comecei a
tiritar e agora ainda batia esse líquido para piorar a situação.
Mas parece que o mesmo secou depressa e no fim não senti muita diferença. (Obs. Descrição que parece com álcool em gel, sendo que em 1957 não existia isso).
Fui então conduzido por três daqueles homens na
direção de uma porta que havia do lado oposto aquela por onde entráramos, que
estava fechada. Fazendo-me sinais com as mãos, para que os acompanhasse, e
ganindo um para outro de vez em quando, foram eles naquela direção - e eu no
meio.
O que ia na frente empurrou qualquer coisa no meio da
porta (não pude ver o que era; talvez uma argola ou um botão) que se abriu para
dentro, em duas metades, como uma porta de bar.
Essa porta, quando fechada, ia do teto até o chão e
trazia na parte de cima uma espécie de letreiro (ou coisa parecida) luminoso,
traçado em sinais vermelha que, por efeito da luz, pareciam fazer saliência a
uns dois dedos para fora do metal da porta.
Essa escrita foi a única coisa do tipo, que vi dentro
do aparelho. Eram rabiscos completamente diversos das letras que conhecemos.
Procurei guardar de memória a sua forma e foram aqueles que desenhei na carta
que mandei para o Sr. Martins. Atualmente já esqueci como é que eles eram.
Mas voltando aos acontecimentos: a tal porta dava entrada
para uma saleta menor, meio quadrada, iluminada como as outras. Depois que
entramos (eu e dois dos homens) a porta se fechou atrás de nós. Olhei então
para trás e vi uma coisa que não sei explicar: não havia mais porta nenhuma;
apenas se via uma parede igual às outras.
Não sei como é que se fazia aquilo. Só se com a porta
fechada descia algum anteparo que a escondia da gente. Não pude compreender. O
certo é que logo depois a parede se abriu e era porta de novo; não vi nenhum
anteparo.
Desta vez entraram mais dois homens trazendo nas mãos
dois tubos de borracha vermelha, bem grossos, com mais de um metro de
comprimento cada um. Se havia alguma coisa dentro deles, não posso dizer, mas
sei que eram ocos. Um desses tubos foi adaptado numa das pontas de um frasco de
vidro em forma de cálice.
A outra ponta tinha um biquinho, em forma de ventosa,
que foi aplicado na pele do meu queixo, aqui onde os senhores estão vendo esta
mancha escura que ficou como cicatriz. Antes disso, porém, a homem que executou
a manobra espremeu o tubo com as mãos, como se tivesse posto o ar para fora.
Não senti nenhuma dor ou picada na hora; apenas a
sensação de que minha pele estava sendo sugada ou aspirada. Mas depois o lugar
ficou ardendo e coçando (e mais tarde verifiquei que a pele tinha ficado
ferida, esfolada). Aplicada a borracha, vi meu sangue entrar pouco a pouco
dentro do cálice - enchendo-o até a metade.
Aí a coisa parou e o tubo foi retirado e substituído
pelo outro lado onde os senhores podem ver outra mancha escura igual à outra.
Dessa vez o cálice encheu até encima e a ventosa foi então retirada. A pele
também ficou esfolada no lugar, ardendo e coçando como no outro lado. Fui então
deixado sozinho; os homens saíram e a porta se fechou sobre eles.
Fiquei largado ali durante um tempo enorme, talvez
mais de meia hora. A sala era vazia, contendo no centro um largo divã como que
um leito, mas sem encosto e sem beirada, e um tanto incômodo para alguém
deitar, por ser muito alto no meio, onde existia um verdadeiro cocuruto.
Mas era macio, como se fosse feito de borracha
esponjosa, sendo recoberto por um tecido grosso de cor cinzenta e também macio.
Sentei-me ali pois sentia-me cansado depois de tanta luta e tantas emoções. Foi
então que senti um cheiro estranho e comecei a ficar enjoado.
Era como se estivesse respirando uma fumaça grossa que
abafasse a minha respiração, dando a impressão de um cheiro de pano pintado que
estivesse sendo queimado.
E estava mesmo, porque examinando as paredes notei
pela primeira vez a existência de uma porção de tubinhos metálicos que faziam
saliência à altura de minha cabeça, fechados mas cheios de furinhos (como os de
chuveiro) por onde saia uma fumacinha cinzenta que se dissolvia no ar. Essa
fumaça era a causa daquele cheiro.
Não sei se já estava saindo na hora em que os homens
me tiraram o sangue, pois não reparei. Talvez com a porta abrindo e fechando o
ar tivesse circulado melhor, não dando para que eu notasse.
Mas agora, de qualquer forma, não me sentia vem e o
enjoo aumentou tanto que acabei vomitando muito. Depois disso, passou a
dificuldade de respirar, mas continuei um pouco enjoado com o cheiro daquela
fumacinha. Fiquei muito desanimado depois disso, esperando que acontecesse
alguma coisa.
É preciso que eu diga que até aquele momento não fazia
a menor ideia sobre o aspecto físico e as feições daqueles homens estranhos.
Todos os 5 estavam bem vestidos com um macacão bem justo, feito de pano grosso,
porém macio, de cor cinzenta com listrinhas pretas aqui e ali.
Essa roupa ia até o pescoço onde se unia com uma
espécie de capacete feito de um material da mesma cor (não sei o que era) que
parecia mais duro e era reforçado atrás e na frente por lâminas de metal fino,
uma delas triangular, à altura do nariz.
Esse tal capacete escondia tudo, deixando ver apenas
os olhos daquelas pessoas – por trás de dois vidros circulares, parecidos com
as lentes que se usam em óculos.
Através desses vidros os homens me olhavam; os olhos deles me pareciam bem menores do que os nossos – mas acho que isso era um efeito dos vidros. Todos tinham olhos claros, que me pareceram azuis, mas não posso garantir.
Acima dos olhos, os referidos capacetes tinham uma
altura que devia corresponder ao dobro da largura de uma testa normal.
É provável que houvesse mais alguma coisa por dentro
dos mesmos, por cima das cabeças, mas por fora não se via nada. Mais acima, do
meio da cabeça, saíam três tubos circulares e prateados (não posso dizer se
eram de borracha ou metálicos), um pouco mais finos do que uma mangueira de
jardim.
Esses tubos, um no centro e mais um de cada lado, eram
lisos e se dirigiam para trás e para baixo, curvando-se na direção das costas.
Lá eles penetravam na roupa, aonde se embutiam de maneira que não sei explicar,
um no meio – na altura da coluna vertebral; os outros dois, um para cada lado,
se fixavam abaixo dos ombros a uns quatro dedos por baixo das axilas – quase do
lado, no limite com as costas.
Não notei nada, nenhuma saliência ou volume que
indicasse estarem esses tubos presos a alguma caixa ou aparelho escondido por
baixo da roupa.
As mangas do macacão eram compridas e justas indo até
os punhos onde se continuavam por luvas grossas, da mesma cor, com cinco dedos,
que deviam atrapalhar um pouco o movimento das mãos; observei, a esse respeito,
que os homens não conseguiam dobrar completamente os dedos de modo a tocar a
palma com as pontas.
Essa dificuldade não os impediu, entretanto, de me
agarrarem com firmeza, nem de manipularem com habilidade as borrachas para
extrair meu sangue.
A roupa devia ser uma espécie de uniforme, porque todos os tripulantes do aparelho traziam à altura do peito uma espécie de escudo vermelho do tamanho de uma rodela de abacaxi, que de vez em quando apresentava reflexos luminosos; não era luz própria mas reflexos semelhantes aos de um vidro vermelho desses que ficam por cima dos faróis traseiros dos automóveis, que refletem a luz do farol de um outro carro, como se tivessem também uma luz.
Desse escudo no centro do peito partia uma tira de
tecido prateado (ou metal laminado) que se unia a um cinto largo e justo, sem
fivela ou presilha, de cuja cor não me recordo.
Não havia nenhum bolso visível nem nenhum dos
macacões; não vi também botões. As calças eram também justas nas cadeiras,
coxas e pernas – não se vendo nenhuma dobra ou folga de tecido. Não havia
separação nítida no tornozelo entre a calça e os sapatos, que se continuavam um
pelo outro, fazendo parte do mesmo conjunto.
As solas, nos pés, apresentavam, entretanto, um
detalhe diferente: eram muito grossas, com dois ou três dedos de largura e bem
viradas (ou arqueadas para cima) na frente, de modo que a ponta dos sapatos,
que tinham o aspecto de sapatos de tênis, eram bem arqueadas para o alto – mas
sem afinar em ponta como sapatos dos livros de histórias de antigamente.
Pelo que vi depois, esses sapatos deveriam ser bem
maiores dos pés que os calçavam. Apesar disso, o andar daqueles homens era bem
desembaraçado e eles eram bem ligeiros nos seus movimentos.
Aquele macacão todo fechado, contudo, talvez
atrapalhasse um pouco, pois os homens andavam sempre um pouco empinados.
Todos eles eram da minha altura (talvez um pouco mais
baixos, por causa do capacete), com exceção de um só – o tal que me agarrara
primeiro lá fora – esse não chegava a altura do meu queixo.
Todos pareciam robustos, mas não o bastante para que
eu tivesse medo de apanhar se lutasse com um de cada vez. Acho que em campo
aberto poderia enfrentar qualquer um deles de igual para igual. Mas isso não
vinha ao caso na situação em que eu me encontrava…
Depois de um intervalo enorme, um ruído na porta me
fez levantar sobressaltado. Voltei-me naquela direção e tive uma surpresa
enorme. A porta estava aberta e uma mulher vinha entrando, caminhando em minha
direção.
Ela vinha devagar, sem pressa nenhuma, talvez se
divertindo com a surpresa que devia estar estampada no meu rosto. Eu estava
boquiaberto e não era para menos. A tal mulher estava despida, tanto como eu, e
descalça. Além disso, era bonita, embora de um tipo diferente dos que eu
conhecia.
Tinha cabelos de um loiro quase branco (como esses que
são oxigenados), lisos não muito abundantes, compridos até o meio do pescoço e
com as pontas encaracoladas para dentro; estavam repartidos no meio da cabeça.
Os olhos eram azuis e grandes, mas compridos do que circulares,
por serem rasgados para fora (conforme esses olhos pintados com lápis, dessas
moças que se fantasiam de princesa árabe, que ficam parecendo rasgados; era
assim, com a diferença de que aqui a coisa era natural, pois não havia pintura
nenhuma).
O nariz era reto, sem ser pontudo, nem arrebitado, nem
grande demais. O contorno do rosto é que era diferente porque as maças eram
muito salientes, chegando a alargar bem a face (muito mais do que nas índias);
mas logo abaixo o rosto se afinava muito terminando num queixo pontudo; esse
aspecto dava à metade inferior do seu rosto uma forma bem triangular.
Os lábios eram muito finos; quase não se viam; as orelhas (que vi depois) eram pequenas e não pareciam diferentes das que eu conheço. As tais maças salientes davam a impressão de que havia um osso protuberante por baixo; mas como vi depois, eram macias e carnudas ao toque, não dando a impressão de osso.
O corpo era muito mais bonito do que qualquer outra
mulher que eu já conheci: magro, com seios empinados e bem separados, com
cintura fina e barriga pequena, com quadris mais desenvolvidos e coxas grossas.
Os pés eram pequenos; as mãos eram compridas e finas; os dedos e as unhas eram
normais. Ele era bem mais baixa do que eu, batendo a sua cabeça no meu ombro.
Essa mulher se aproximou em silêncio, olhando-me com
uma expressão de quem desejava alguma coisa, e me abraçou de repente, começando
a esfregar a cabeça no meu rosto, de um lado para o outro.
Ao mesmo tempo senti o seu corpo todo colado ao meu,
fazendo também movimentos. A sua pele era branca (conforme as louras daqui) e
cheia de sardas nos braços. Não senti nenhum perfume nessa pele, nem nos
cabelos – a não ser o cheiro de mulher.
A porta se havia fechado de novo. Sozinho ali com
aquela mulher me abraçando e dando a entender claramente o que queria, comecei
a ficar excitado… Isso parece incrível, na situação em que eu me encontrava.
Penso que o tal líquido que me esfregaram na pele foi a causa disso; eles devem
ter feito de propósito. Só sei que fiquei numa excitação incontrolável, coisa
que nunca me acontecera antes.
Acabei esquecendo tudo e agarrei-a, correspondendo aos
seus carinhos com outros maiores. Fomos terminar no divã, onde tivemos relações
pela primeira vez. Foi um ato normal e ela se comportou como qualquer mulher.
Depois houve um período de carícias comuns, seguido de
nova relação. No fim ela estava cansada e respirando depressa. Eu continuava
animado, mas ela agora negaceava, procurando fugir, me evitar, acabar com
aquilo…
Quando notei isso, desanimei também. Era isso o que
queriam comigo; um bom reprodutor para melhorar a raça deles. Tudo aquilo no
fim não era mais nada do que isso. Fiquei com raiva, mas logo resolvi não dar
importância. De uma maneira ou outra, tinha passado momentos agradáveis. É
claro que eu não quereria aquela mulher em troca por uma das nossas.
Gosto de uma com quem a gente possa falar, conversar e
se entender – que não era o caso. Além disso, certos ganidos que ouvi da sua
boca, em alguns momentos, quase que estragavam tudo, dando a desagradável
impressão de que eu estava com um animal.
Uma coisa que observei foi que ela não me beijou
nenhuma vez. Certo momento, lembro que abriu a boca como se fosse fazê-lo, mas
a coisa terminou numa dentada leve no meu queixo, mostrando que não era beijo.
Outra coisa que notei, foi que, excetuando a cabeleira,
todos os seus demais pelos eram bem vermelhos, quase cor de sangue.
Pouco depois de nos termos separado, a porta se abriu.
Apareceu um dos homens na soleira e chamou a mulher. Ela saiu então. Mas antes
de sair voltou-se para mim, apontou para a barriga, em seguida para mim, com um
sorriso no rosto ou algo semelhante, e apontou finalmente para o céu – na
direção do sul, penso eu.
E foi embora… Interpretei esse sinal como um aviso de
que ela voltaria para me levar com ela para as paragens onde vivia. Por causa
disso, estou com medo até hoje. Se eles voltarem para me apanhar de novo estou
perdido. Não quero me separar dos meus e da minha terra, de modo nenhum.
A seguir entrou o homem, trazendo a minha roupa no
braço. Fez sinal para que eu me vestisse, o que obedeci em silêncio. Minhas
coisas estavam todas nos bolsos; só estava faltando o isqueiro (marca
“Homero”).
Não sei se foi tirado por eles sou se eu o perdi
durante a luta em que fui capturado. Por isso, nem tentei reclamar.
Em seguida saímos voltando para a outra sala. Três dos
tripulantes do aparelho estavam sentados nas tais cadeiras giratórias,
conversando (ou melhor, ganindo) entre si. Aquele que estava comigo foi se
juntar a eles, largando-me no meio da sala, perto da mesa de que já falei
antes.
Eu estava agora inteiramente calmo, pois sabia que não
me fariam nenhum mal. Procurei passar o tempo, enquanto eles decidiam suas
coisas, tentando observar e guardar todos os detalhes do que eu via (paredes,
móveis, uniformes, etc.).
Em dado momento, notei que encima da mesa, perto dos
homens, estava uma caixa quadrada tendo uma tampa de vidro que protegia um
mostrador como o de um relógio despertador.
Havia um ponteiro lá dentro, e uma certa marca preta no lugar que correspondia às 6 horas; marcas iguais existiam nos pontos correspondentes às 9 horas e 3 horas; no lugar do meio-dia, era diferente: havia 4 marquinhas pretas, uma do lado da outra. Não sei explicar o seu significado - estavam lá assim.
No princípio, pensei que o aparelho fosse uma espécie
de relógio porque, de vez em quando, um dos homens olhava para ele. Mas penso
que não era, pois fiquei de olho bastante tempo e, nenhum momento vi o ponteiro
se mexer. Se fosse relógio isso tinha que acontecer, porque o tempo estava
passando.
Tive então a ideia de pegar aquilo para mim.
Lembrei-me de que precisava de levar alguma coisa para poder provar a minha
aventura. Se pegasse aquela caixa o problema estaria resolvido.
Podia ser que, vendo o meu interesse, os homens
resolvessem dá-lo de presente. Aproximei-me devagar; eles estavam distraídos;
de repente segurei o tal instrumento nas mãos, tirando-o da mesa.
Era pesado; talvez tivesse mais de 2 kg… Mas não tive
tempo nem de examina-lo, Um dos homens se levantou mais ligeiro do que um pé de
vento e me arrancou o mesmo das mãos, com raiva, empurrando-me para o lado, e
voltando a colocá-lo no mesmo lugar.
Afastei-me então, até sentir as costas tocarem na
parede mais próxima. Fiquei ali quieto, embora não tivesse medo. Não tenho medo
de homem. Mas era melhor fica quieto, porque estava provado que eles só me
respeitavam quando eu me comportava.
Para que tentar alguma coisa que não teria resultado?
A única coisa que fiz foi arranhar a parede com as unhas, procurando ver se
arrancava uma lasquinha daquele metal.
Mas a unha escorregava na parede polida, sem encontrar
ponto de apoio. Além disso, o metal era duro e não consegui nada. Fiquei então
esperando.
Não vi mais a mulher, depois que ela saiu da outra
sala. Mas acho que descobri onde ela estava. Na parte da frente daquela sala
ampla havia uma outra porta através da qual eu não passara.
Estava agora ligeiramente entreaberta e, de vez em
quando, eu ouvia ruídos vindos de lá, como que produzidos por uma pessoa se
movimentando. Só podia ser a mulher, pois os outros estavam todos na mesma sala
que eu, dentro dos seus uniformes e capacetes esquisitos. Imagino que aquele
compartimento dianteiro devia corresponder à sala onde ficaria o piloto que
dirigia o voo do aparelho. Mas não pude verificar.
Finalmente, um daqueles homens se levantou e me fez
sinal para que o acompanhasse. Os outros continuaram sentados, sem olhar para
mim. Caminhamos na direção da saleta de entrada e fomos até a porta de entrada,
que estava aberta de novo, com a escada já desenrolada.
Não descemos, entretanto, pois o homem fez sinal para
que o acompanhasse na direção da plataforma que existia dos dois lados da
porta. Essa plataforma rodeava o aparelho e, embora estreita, permitia que se
caminhasse sobre o mesmo, para os dois lados. Fomos primeiro para a frente.
Notei então uma espécie de protuberância metálica, de
forma quadrada, que se projetava para fora, para o lado (havia uma coisa igual
do lado oposto), bem encaixada no corpo do aparelho. Se essas peças não fossem
tão pequenas, julgaria que eram asas para ajudar no voo.
Pelo seu aspecto, penso que talvez servissem para se
mover para cima ou para baixo, orientando a subida ou descida. Confesso,
contudo, que em nenhum momento, mesmo quando o aparelho levantou voo, notei
qualquer movimento. Não sei portanto explicar para que serviam.
Mais a frente o homem apontou mostrando as três hastes
de metal de que já falei, solidamente encravadas nos lados (as duas laterais) e
no bico dianteiro do aparelho (a do meio), como se fossem três esporões
metálicos. Eram semelhantes na forma e no comprimento, bem grossas na base e
afinadas nas pontas.
A posição de cada uma era horizontal. Não sei se eram
do mesmo metal do aparelho, porque delas saiam uma ligeira fosforescência
avermelhada, como se estivessem em brasa. Não senti, contudo, nenhum calor…
Na base de implantação de cada uma, um pouco mais acima,
estavam embutidas lâmpadas avermelhadas. As laterais eram menores e redondas; e
da frente era enorme, também redonda, correspondendo ao farol dianteiro do
aparelho que já descrevi.
Inúmeras lâmpadas quadradas, pequenas e semelhantes,
no aspecto, às que eram usadas na iluminação interna, contornavam o bojo do
aparelho, pouco acima da plataforma sobre a qual lançavam uma luz arroxeada.
Na frente, a plataforma não dava a volta completa,
acabando junto de um vidro largo e grosso, meio saliente e alongado para os
lados, fortemente embutido no metal.
Talvez servisse para se olhar para fora, já que não
havia janelas em parte alguma. Acho, entretanto, que isso seria difícil pois
esse vidro, olhando de fora, parecia muito embaçado.
Olhando de dentro não sei como seria, mas não creio
que pudesse ser mais transparente. (Obs. descreveu um vidro espelhado, uma
invenção que só anos mais tarde seria possível na Terra).
Penso que tais esporões dianteiros soltavam a energia
que puxava o aparelho para frente, porque quando este levantou voo, a
luminosidade dos esporões aumentou de brilho extraordinariamente, confundindo-o
completamente com a luz dos faróis.
Vista a parte da frente do aparelho, voltamos para trás (a parte de traz era mais bojuda que a da frente). Mas antes paramos por alguns momentos e o homem apontou para cima, para onde giravam a enorme cúpula em forma de prato. Girava devagar, toda iluminada por uma luz fluorescente esverdeada que não sei de onde saía.
Mesmo com aquele movimento lento, ouvia-se um ruído
como o de ar aspirado por um aspirador de pó; uma espécie de silvo (como o do
ar ao se deslocar aspirado por inúmeros buraquinhos; não vi nenhum buraco; é só
para comparação).
Mais tarde, quando o aparelho começou a levantar do
chão, aquele prato giratório iria aumentar tanto a sua velocidade a ponto de se
tornar invisível, ficando-se a ver só a luz, cujo brilho também iria aumentar
bastante e que mudaria também de cor – passando para o vermelho vivo.
Nesse momento, o som também aumentaria (mostrando ter
relação com a velocidade de rotação do prato redondo que girava no topo do
aparelho) transformando-se num verdadeiro zumbido ou chiado forte.
Não entendi a razão daquelas mudanças, nem compreendo
para que serviria esse prato giratório luminoso, que em nenhum momento cessou
de rodar. Mas devia ter alguma utilidade, pois estava lá.
Uma pequena luz avermelhada parecia existir no centro
daquela cúpula ou prato giratório. O movimento me impediu de verificar com
certeza.
Passando para a traseira do aparelho, cruzamos de novo
a porta e fomos caminhando, acompanhando a curva posterior do mesmo. Bem atrás,
no lugar de onde, por comparação, sairia a cauda de um avião, havia uma peça de
metal, retangular, colocada em posição vertical, de frente para a traseira,
cruzando a plataforma.
Mas era baixinha, não passando da altura do meu
joelho. Pude facilmente passar por cima dela para ir até o outro lado, e para
voltar.
Durante essas manobras notei no chão, de um lado e do
outro da mesma, suas luzes embutidas e de cor avermelhada, com a forma de dois
traços grossos e oblíquos para fora. Pareciam com as luzes dos aviões, embora
não piscassem.
Por outro lado, acho que a tal peça de metal era uma
espécie de leme para mudar a direção do aparelho. Pelo menos vi essa peça virar
para o lado, justamente na hora em que o aparelho, já parado no ar a uma certa
altura, depois de levantar do chão, virou bruscamente de direção – antes de
começar a se mover a uma velocidade fantástica.
Depois de também vista a parte de trás do aparelho,
voltamos até a porta. O meu guia apontou para a escada e me fez sinal para que
eu descesse. Obedeci. Quando pisei o chão olhei para cima.
Ele ainda estava lá. Apontou então para ele mesmo, em
seguida para a terra, para logo depois apontar para o céu, na direção do sul. A
escada de metal começou a encolher, os degraus se arrumando uns em cima dos
outros, como uma pilha de taboas.
Quando chegou lá encima, a porta (que quando aberta
era chão) começou, por sua vez, a subir até se encaixar na parede do aparelho –
ficando invisível. As luzes dos esporões metálicos, dos faróis e do prato
giratório ficaram mais fortes – enquanto este último rodava cada vez mais
depressa.
O aparelho começou a subir lentamente na vertical.
Nesse momento, as três hastes do tripé onde o mesmo
estava pousado subiram para os lados, sendo que a peça inferior de cada uma
(mais fina, roliça e terminando num pé alargado) começou a entrar na peça de
cima (bem mais grossa e quadrada); quando isso acabou, a peça de cima começou a
entrar para o fundo do aparelho.
No fim não se via mais nada, o fundo se apresentava
liso e polido como se aquele tripé nunca tivesse existido. Não consegui
descobrir qualquer marca indicando o lugar onde as hastes se tinham encaixado.
Aquela gente trabalhava bem.
O aparelho continuou a se elevar lentamente no espaço
até atingir uma altura de uns 30 a 50 metros. Aí ele parou por uns instantes, e
ao mesmo tempo sua luminosidade se tornava ainda mais forte.
Aquele zumbido de ar se deslocando ficou muito mais
intenso e o prato giratório passou a rodar numa velocidade espantosa, enquanto
a luz mudava por várias cores até ficar de um vermelho vivo.
Nesse momento o aparelho mudou de repente de direção,
num movimento brusco, fazendo um ruído estrepitoso (foi nessa ocasião que vi a
peça, que chamei de leme, virar de lado).
A seguir, inclinando-se ligeiramente para um lado,
aquela aeronave estranha partiu como uma bala na direção do sul – a uma
velocidade tão grande que sumiu em poucos segundos.
Voltei então para o meu trator. Deixei o aparelho mais
ou menos às 5:30 hrs da manhã. Calculo que tenha entrado no mesmo à 1:15 hrs da
madrugada. Fiquei lá dentro, portanto, durante quatro horas e quinze minutos.
Muito tempo mesmo.
Quando quis ligar o motor do trator, notei que
continuava enguiçado. Fui ver se havia algum defeito e descobri que um dos
cabos da bateria tinha sido desparafusado e estava fora do lugar.
Aquilo fora trabalho de alguém, pois um cabo de bateria bem preso (havia feito uma revisão quando saí de casa), não se solta sozinho. Deve ter sido feito por um dos meus captores, depois que o trator parou com o motor isolado, provavelmente na ocasião em que me pegaram.
Pode ter sido para impedir que eu escapasse de novo,
caso conseguisse fugir das mãos que me seguravam. Aquele pessoal era muito
“águia” não havia nada que eles não tivessem previsto.
Não contei o meu caso até agora para ninguém, com
exceção de minha mãe. Ela me disse que eu não devia me meter mais com aquela
gente. Não tive coragem de contar ao meu pai porque já havia lhe contado a
história da luz que apareceu no curral – e ele não acreditou, pois disse que
“eu estava vendo coisa…”.
Resolvi, mais tarde, escrever para o Sr. João Martins,
depois de ter lido um dos seus artigos na revista “O Cruzeiro”, em novembro, e
no qual ele fazia um apelo aos leitores para que comunicassem todos os casos
relacionados com os discos voadores.
Se tivesse dinheiro suficiente, teria vindo há mais
tempo. Mas como não possuía, tive que esperar até que ele dissesse que me
ajudaria nas despesas da viagem.
Estou aqui à disposição dos senhores. Se acharem que devo retornar à minha casa, irei amanhã mesmo. Se quiserem, porém, que eu fique mais tempo, estarei de acordo. Vim aqui para isto.
O Exame Físico de Antônio Villas-Boas
Identificação: Antônio Villas Boas, 23 anos, branco,
solteiro, fazendeiro, residente em São Francisco de Salles, no Estado de Minas
Gerais.
História da doença:
Conforme está registrado em seu depoimento (anexo),
deixou o aparelho às 5:30hrs da manhã de 16 de outubro de 1957. Sentia-se
bastante fraco, por não ter ingerido nenhum alimento desde às 21 horas da noite
anterior, e por ter vomitado bastante dentro do aparelho.
Chegou em casa exausto e dormiu o dia quase todo.
Despertou às 16:30 hrs, sentiu-se bem e jantou normalmente. Já nessa noite (e
também na seguinte), porém não conseguiu dormir.
Estava nervoso e muito excitado; por várias vezes
chegava a conciliar o sono, mas logo começava a rever em sonhos os
acontecimentos da véspera, mas como se tudo estivesse ocorrendo de novo;
acordava então sobressaltado, aos gritos, sentindo-se agarrado outra vez, pelo
seus estranhos captores.
Após várias experiências desse tipo, desistiu de
dormir e passar a noite estudando. Mas também não podia, pois não havia jeito
de concentrar a atenção no que estava lendo; seus pensamentos voltavam sempre
às ocorrências da noite anterior.
Amanheceu do dia inquieto, andando de um lado para o
outro e fumando sem cessar. Estava cansado e com dores por todo o corpo. Tomou
então uma xícara de café, sem comer nada como fazia de hábito.
Logo em seguida, entretanto, começou a sentir-se
nauseado. Essa náusea permaneceu durante todo o dia. Surgiu também, nas
têmporas, uma forte dor de cabeça, que pulsava, e que também durou o dia todo.
Observou que havia perdido completamente o apetite e não conseguiu comer
absolutamente nada durante cerca de dois dias.
Passou a segunda noite ainda sem poder dormir, na
mesma situação da noite anterior. Durante essa noite, começou a sentir um
incômodo ardor nos olhos, mas a dor de cabeça desapareceu e não mais voltou.
Durante o segundo dia, continuou nauseado e com
inapetência absoluta. Não vomitou porém, em nenhuma ocasião, talvez por não ter
forçado a alimentação. A ardência nos olhos se acentuou e passou a se acompanhar
de lacrimejamento permanente; não notou contudo, nenhuma congestão nas
conjuntivas – nem qualquer outro sinal de irritação ocular. Não observou
diminuição da visão.
Na terceira noite o sono voltou, tendo dormido
normalmente. Mas daí por diante, durante o prazo de um mês aproximadamente, foi
acometido de uma sonolência excessiva. Mesmo durante o dia, cochilava ou dormia
a qualquer momento, mesmo quando em conversa com outras pessoas e em qualquer
lugar.
Bastava que ficasse parado por algum tempo para, insensivelmente
começar a dormir, durante todo esse período de sonolência, persistiu também a
ardência nos olhos e o lacrimejamento excessivo.
A náusea desapareceu, todavia, no terceiro dia – quando também o apetite voltou, passando a se alimentar normalmente. Notou que os sintomas visuais se agravavam na luz do Sol, obrigando-o a evitar muita claridade.
No oitavo dia, teve pequena contusão no antebraço,
quando trabalhava, com pequena hemorragia no local. No dia seguinte, observou
que a lesão tinha se transformado numa pequena ferida infectada, com um pequeno
ponto de pus, e coçando muito; quando essa ferida cicatrizou, ficando uma
mancha arroxeada em volta.
Quatro a dez dias após novas feridas semelhantes nos
antebraços e pernas; essas porém vieram espontaneamente, sem traumatismo
prévio; todas elas se iniciando por “um pequeno calombo no olhozinho no centro,
coçando muito, durando cada vez uns dez a vinte dias”. Refere que todas ficaram
“arroxeadas em volta ao secar”, ainda se notando as cicatrizes.
Não observou, em nenhuma ocasião, qualquer erupção
cutânea ou queimadura, negando também que tivesse notado qualquer ponto
hemorrágico na pele (petéquias) ou equimoses aos traumatismos menores (manchas
hemorrágicas); se algumas houve, passaram-lhe desapercebidas.
Refere, contudo, que no décimo-quinto dia
apareceram-lhe duas manchas amareladas no rosto, de um lado e do outro do
nariz, mais ou menos simétricas: eram “uma espécie de ganes meio pálidos, como
se houvesse ali pouco sangue”, que desapareceram espontaneamente ao fim de uns
10 a 20 dias.
Atualmente ainda tem, nos braços, duas feridinhas não
cicatrizadas, além das cicatrizes de várias outras – que continuaram aparecendo
esporadicamente durante esses meses. Nenhum dos demais sintomas descritos acima
reapareceu até agora. Sente-se no momento bem-disposto e julga estar gozando de
boa saúde.
Nega ter tido febre, diarreia, fenômenos hemorrágicos
ou icterícia – não só na fase aguda de sua doença, mas também posteriormente.
Não notou, por outro lado, nenhuma área de depilação, no corpo ou na face, nem
observou queda excessiva de cabelos – em nenhuma ocasião, de outubro para cá.
Durante o período de sonolência não apresentou
diminuição aparente da sua capacidade para o trabalho físico. Não observou
também qualquer diminuição da libido ou potência, ou qualquer alteração de
acuidade visual; não notou ainda anemia, nem teve lesões ulceradas na boca.
Doenças passadas:
Refere-se apenas a doenças eruptivas próprias da
infância (sarampo e catapora), sem complicações. Nunca teve doenças crônicas
venéreas. Sofre, há alguns anos de “colite crônica”, que no momento não o está
incomodando.
Exame Físico:
Trata-se de uma pessoa do sexo masculino, de cor
branca, cabelos negros e lisos e olhos escuros, não aparentando sofrer de
nenhuma doença aguda ou crônica.
Biótipo: Longilíneo estênico.
Fácies: atípica.
É de estatura média (1,64m. calçado), magro porém robusto,
com musculatura bem desenvolvida. Está em bom estado de nutrição, não
apresentando nenhum sinal de carência vitamínico.
Ausência de deformidades físicas ou anomalias do
desenvolvimento corporal. Pêlos do corpo, de aspecto e distribuição normal em relação
ao seu sexo. Mucosas conjuntivas ligeiramente descoradas. Dentes em bom estado
de conservação. Gânglios superficiais impalpáveis.
Exame dermatológico: Há que se assinalar as seguintes
alterações
- 1) Duas pequenas manchas hipercrômicas, uma de cada
lado do queixo, de pequeno tamanho e formado mais ou menos arredondado; uma
delas tem o diâmetro de uma moeda de 10 centavos, sendo a outra um pouco maior
e de aspecto mais irregular; a pele sobre essas regiões se apresenta mais lisa
e adelgaçada, como se tivesse sido renovada recentemente, ou como se fosse algo
atrofiado; não há nenhum elemento que permita fazer qualquer avaliação sobre a
natureza e a idade dessas marcas: apenas se pode dizer que são cicatrizes de
alguma lesão superficial com hemorragia subcutânea associada – tendo pelo menos
um mês e no máximo doze meses de existência; aparentemente essas marcas não são
definitivas e desaparecerão provavelmente ao cabo de alguns meses. Nenhuma
outra mancha ou marca semelhante foi assinalada.
- 2) Diversas cicatrizes de lesões cutâneas recentes
(alguns meses no máximo), no dorso das mãos, antebraço e pernas. Todas
apresentam o mesmo aspecto, que lembra o de pequenos furúnculos ou feridas
cicatrizadas, com áreas de descamação em volta, mostrando que são relativamente
recentes.
Ainda existem duas não cicatrizadas, uma em cada
braço, cujo aspecto é o de pequenos nódulos (ou calombos) avermelhados, mas
duros do que a pele em volta e fazendo saliência em relação à mesma, dolorosos
à pressão, com um pequeno orifício central que deixa escapar uma serosidade
amarelada; a pele em volta se apresenta alterada e irritada – indicando que as
lesões são prurigionosas, pois há marcas feitas pelas unhas do paciente ao
cola-las.
O aspecto mais interessante de todas essas lesões e
cicatrizes cutâneas é a presença de uma área hipercrômica de cor violácea em
torno de todas elas – com a qual não temos nenhuma familiaridade. Não sabemos
se essas áreas podem ter alguma significação especial, ou não.
A nossa experiência em Dermatologia é insuficiente
para que possamos interpreta-las corretamente, já que essa não é a nossa
especialidade. Limitamo-nos pois a descrever essas alterações, já que foram
também fotografadas.
Exame do sistema nervoso:
Psiquismo: Boa orientação no tempo e no espaço.
Emotividade e afetividade dentro dos limites normais. Atenção espontânea e
provocada, nos limites do normal. Teste de percepção, de associação de ideias e
de raciocínio, indicando mecanismos mentais aparentemente normais.
Memória anterógrada e retrógrada conservadas; memória
visual excelente, com facilidade para reproduzir em desenhos ou gráficos os
detalhes descritos verbalmente. Ausência de qualquer sinal ou evidência
indireta de perturbação das faculdades mentais.
Nota: Estes resultados, embora precisos, deverão ser
completados - caso possível - por um exame psiquiátrico mais especializado,
feito por especialista.
Exame de motilidade, refletividade e sensibilidade
superficial: Nada revelou de anormal.
Exame dos demais aparelhos e sistemas: Nada revelou de
anormal.
Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1958.
Comentei lá no site da UCM Fenomenum assim:
Muito incrível caso mesmo, e parabéns pelo artigo
longo e detalhado, que dá cerca de 60 páginas se impresso.
Esse caso teve evidencias físicas, sim, a saúde do
Antônio e a marca da nave no solo, e ainda por cima o local ficou com alguma
contaminação de radiação, que não permitiu mais planta nenhuma crescer ali,
porem o desleixo da revista Cruzeiro foi total, talvez o Antônio não argumentou
como deveria, pois ele poderia ter dito algo como “tem provas, sim, eu fiquei
gravemente doente, e não há explicação medica para isso, e o local do pouso da
nave, e o trator também pode ter ficando com resquícios”, mas parece que não
argumentou bem.
Veja que o caso dele é muito mais rico em evidências
que do casal Betty e Barney Hill, então a incompetência a negligência dos
brasileiros foi completo. Triste constatar essa negligência, a ciência perde
com isso.
E para piorar o local do pouso da espaçonave se
encontra agora debaixo da água.
Quer dizer, o caso foi praticamente varrido para
debaixo do tapete, muito pouca gente se esforçou para registrar esse fato
histórico, inclusive o próprio Antônio, que poderia ter escrito livros, tirado
fotos, (do local do pouso) se ele tivesse solicitado ajuda, teria tido, como do
farmacêutico que o atendeu.
Ele inclusive poderia ter ficado rico com a história,
que sendo verdadeira, e apresentando provas, tem mais que fazer o seu autor
ficar rico mesmo.
Entrevista de Odércia Villas-Boas, irmã do Antônio Villas-Boas em 29/03/2002
(Clique na Imagem)
Fontes:
Avistamentos de OVNIs no Brasil: https://en.wikipedia.org/wiki/UFO_sightings_in_Brazil
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um
esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...
“Homem, conheça-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo” (Os Sete Sábios - Oráculo de Delfos)
Tags: O Caso Ufológico de Antônio Villas Boas, Caso
Antônio Villas Boas, Villas-Boas, ufo, ufos, abduzido, abdução, ET,
extraterrestre, alien, ovni,
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