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sábado, 1 de maio de 2010

Design Inteligente - Ciência de Verdade - História do Movimento - Parte [3 de 3]


A Tese da Complexidade Irredutível de Michael Behe:
História do Movimento do Design Inteligente:
Parte [1] Clique Aqui - Parte [2] Clique Aqui - Parte [3] Clique Aqui



Com a tese da complexidade irredutível defendida no seu livro Darwin's Black Box [A Caixa Preta de Darwin, Clique Aqui para comprar o livro em português do Brasil], Behe aceitou o desafio de Darwin:



- "Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria desmoronaria por completo" - [46]

Behe define assim o seu conceito de complexidade irredutível:

- "Com irredutivelmente complexo quero dizer um sistema único composto de várias partes compatíveis, que interagem entre si e que contribuem para sua função básica, caso em que a remoção de uma das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar de forma eficiente. Um sistema irredutivelmente complexo não pode ser produzido diretamente... mediante modificações leves, sucessivas de um sistema precursor de um sistema irredutivelmente complexo ao qual falte uma parte é, por definição, não-funcional. Um sistema biológico irredutivelmente complexo, se por acaso existir tal coisa, seria um fortíssimo desafio à evolução darwiniana" - [47]

Para Behe, a complexidade irredutível é um indicador seguro de design.

Um sistema bioquímico irredutivelmente complexo que Behe considera [dentre outros milhares que existem] é o flagelo bacteriano.

O flagelo é um motor rotor movido por um fluxo de ácidos com uma cauda tipo chicote (ou filamento) que gira entre 20.000 a 100.000 vezes por minuto e cujo movimento rotatório permite que a bactéria navegue através de seu ambiente aquoso.

Behe demonstra que essa maquinaria intrincada, incluindo um rotor (o elemento que imprime a rotação), motor molecular, um estator (o elemento estacionário), juntas de vedação, buchas e um eixo-motor exige a interação coordenada (que formam o núcleo
-de pelo menos quarenta proteínas complexas e irredutível do flagelo bacteriano) e que a ausência de qualquer uma delas resultaria na perda completa da função do motor.

Behe argumenta que o mecanismo darwinista enfrenta graves obstáculos em tentar explicar esses sistemas irredutivelmente complexos.

No livro “No Free Lunch”, [48] William Dembski demonstra como que a noção de complexidade irredutível de Behe se constitui numa instância particular de complexidade especificada.

Assim que um componente essencial de um organismo exibe complexidade especificada, qualquer design atribuível àquele elemento passa para o organismo como um todo.

Para atribuir design a um organismo, ninguém precisa demonstrar que cada aspecto do organismo tem design intencional.

O desafio da complexidade irredutível para a evolução darwiniana é real e é falso afirmar que a tese de Behe foi refutada:

- "não existem relatos darwinianos detalhados para a evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular fundamentais, somente uma variedade de ‘wishful speculations’ [especulações ].

É notável que o darwinismo é aceito como uma explicação satisfatória para um assunto tão vasto – a evolução – com tão pouco exame rigoroso de quão bem as suas teses funcionam em iluminar instâncias específicas de adaptação ou diversidade biológicas". [49]

A Tese da Informação Complexa Especificada e o Filtro Explanatório de William Dembski


A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve ao longo de sua obra, incorpora cinco elementos importantes:

A) Uma versão probabilística de complexidade aplicável aos eventos: a probabilidade pode ser vista como uma forma de complexidade. Elas variam inversamente: quanto maior a complexidade, muito menor será a probabilidade. O termo complexidade em complexidade especificada refere-se à improbabilidade.

B) Padrões condicionalmente independentes: os padrões que na presença de complexidade (ou improbabilidade) impliquem em ação de inteligência devem ser independentes do evento cujo design está em questão. O modo de caracterizar essa independência de padrões é através da noção probabilística de independência condicional. O termo especificada em complexidade especificada refere-se às especificações de tais padrões condicionalmente independentes.

C) Recursos probabilísticos: são o número de oportunidades para um evento acontecer ou ser especificado. Um evento aparentemente improvável pode tornar-se bem provável assim que suficientes recursos probabilísticos sejam fatorados. Por outro lado, tal evento pode permanecer improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos disponíveis terem sido fatorados.


Os recursos probabilísticos são replicadores (o número de oportunidades para um evento ocorrer) e especificadores (o número de oportunidades para especificar um evento).

Para um evento de probabilidade ser razoavelmente atribuído ao acaso, o número não pode ser pequeno demais.

D) Uma versão especificadora de complexidade aplicada aos padrões. Por serem padrões, as especificações exibem graus de complexidade variadas. Um grau de especificação de complexidade determina quantos recursos especificadores.

E) Um número limite de probabilidade universal. Os recursos probabilísticos vêm em quantidades limitadas no universo observável. Os cientistas calculam que haja em torno de 1080 de partículas elementares.

As propriedades da matéria são tais que as transições de um estado para o outro não podem ocorrer muito mais rápido do que 1045 por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades de tempo fisicamente significativa).

O universo mesmo é um bilhão de vezes mais recente do que 1025 segundos (admitindo-se que o universo tenha entre 10 há 20 bilhões de anos).

Se qualquer especificação de um evento ocorrendo no universo físico requer pelo menos uma partícula elementar para especificá-lo e que tal especificação não pode ser gerada mais rapidamente do que o tempo de Planck, então essas limitações cosmológicas implicam que o número total de eventos especificados através da história cósmica não pode exceder 1080 x 1045 x 1025 = 10150.

Assim, qualquer evento especificado de probabilidade menor do que 1 em 10150 permanecerá improvável mesmo após todos os recursos probabilísticos concebíveis do universo visível terem sido fatorados.

Isto é, qualquer evento especificado tão improvável quanto esse jamais poderia ser atribuído ao acaso.

Para algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a um padrão condicionalmente independente (especificação) de baixa complexidade especificadora, mas onde o evento correspondente àquele padrão ele tem uma probabilidade menor do que o número limite de probabilidade universal (10150) e, portanto tem alta complexidade probabilística.

Emile Borel, matemático francês, propôs 1 em 1050 como um limite de probabilidade universal, abaixo do qual (10-50) o acaso pode ser definitivamente excluído, i.e., qualquer evento específico tão improvável quanto esse nunca poderia ser atribuído ao acaso.

Para explicarmos algo, nós empregamos três amplos meios de explanação: acaso, necessidade e design.

Como um critério para detectar design, a complexidade especificada nos capacita decidir qual desses meios de explanação é aplicável.

Ela faz isso respondendo a três perguntas sobre a coisa que estamos tentando explicar: É contingente? É complexo(a)? É especificado(a)?

Dispondo essas perguntas seqüencialmente como nódulos de decisão num gráfico, nós podemos representar a complexidade especificada como um critério para detectar design: o chamado “Filtro Explanatório” de Dembski.

Assim, onde for possível existir corroboração empírica direta, o design intencional estará realmente presente sempre que a complexidade específica estiver presente.

William Dembski é o teórico da Teoria do Design Inteligente mais profundo e prolífico na publicação e edição de livros.

Até a presente data nenhum centro de lógica das universidades públicas e privadas brasileiras lidou com as teses de Dembski.

A Desmitificação dos Ícones da Evolução por Jonathan Wells


Jonathan Wells, Ph. D. em Biologia Molecular, University of California, Berkeley, 1996, escreveu o livro “Icons of Evolution: Science or Myth? Why much of what we teach about evolution is wrong” (Washington DC: Regnery, 2000).

"A ciência é a busca da verdade", escreveu o químico Linus Pauling, vencedor de dois prêmios Nobel.

Bruce Alberts, Presidente da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, concorda. "A ciência e a mentira não podem coexistir", disse Alberts em maio de 2000, citando o político israelense Shimon Peres.

"Você não tem uma mentira científica, e você não pode mentir cientificamente. A ciência é basicamente a busca da verdade".

Para a maioria das pessoas, o oposto da ciência é o mito. Um mito é uma estória que pode preencher uma necessidade subjetiva, ou revelar algo profundo sobre a psique humana, mas como comumente usado não é um relato da realidade objetiva.

"A maioria dos cientistas estremece", escreveu Roger Lewin, antigo editor da revista Science, "quando a palavra 'mito' é acrescentado ao que eles percebem como uma busca da verdade."

É claro, a ciência tem elementos míticos, porque todos os empreendimentos humanos têm.

Mas os cientistas estão certos em estremecer quando os seus pronunciamentos são chamados de mitos, porque o objetivo deles como cientistas é o de minimizar o contar de histórias subjetivas e maximizar a verdade objetiva.

A busca da verdade não é somente nobre, mas também extremamente útil. Ao nos fornecer com a coisa mais aproximada que nós temos para um verdadeiro entendimento do mundo natural, a ciência nos capacita a viver vidas mais seguras, saudáveis e produtivas.

Se a ciência não fosse a busca da verdade, as nossas pontes não suportariam o peso que nós colocamos sobre elas, as nossas vidas não seriam tão longevas quanto elas são, e a civilização tecnológica moderna não existiria.

O contar de histórias também é um empreendimento valioso. Sem as histórias, nós não teríamos nenhuma cultura.

Mas nós não chamamos os contadores de histórias para construir pontes ou realizar cirurgias.

Para tais tarefas, nós preferimos pessoas que têm se disciplinado a compreender as realidades do aço ou da carne. A disciplina da ciência.

Como que os cientistas se disciplinam para entender o mundo natural responderam esta pergunta numa variedade de maneiras, mas uma coisa é nítida: Qualquer teoria que pretende ser científica deve de algum modo, em alguma ocasião, ser comparada com as observações ou experimentos e comprovadas por estes.

De acordo com um livreto sobre o ensino de ciência de 1998 publicado pela Academia Nacional de Ciência [dos Estados Unidos], "é da natureza da ciência testar e retestar as explicações em comparação com o mundo natural".

As teorias que sobrevivem ao teste repetido podem ser tentativamente consideradas como declarações “verdadeiras” sobre o mundo.

Mas se houver um conflito persistente entre a teoria e a evidência, a primeira deve se render à última.

Como Francis Bacon, filósofo de ciência do século 17, disse - nós devemos obedecer a natureza a fim de comandá-la. Quando a ciência falha em obedecer a natureza, as pontes caem e os pacientes morrem na mesa de operação. Testar as teorias em comparação com a evidência nunca termina.

O livreto da Academia Nacional de Ciência declara corretamente que - "todo o conhecimento científico é, em princípio, sujeito a mudança assim que nova evidência se torna disponível" –

Não importa por quanto tempo uma teoria tenha sido defendida, ou quantos cientistas acreditam nela atualmente. Se surgir uma evidência contraditória, a teoria deve ser reavaliada ou até abandonada.

Do contrário, não é mais ciência, mas mito, ou seja religião (religião é o estabelecimento de Verdades imutáveis, que não podem ser contestadas, pois a priori veio de “deus”).

Para garantir que as teorias sejam testadas objetivamente e não se tornem mitos subjetivos, o teste tem de ser público em vez de privado.

"Este processo de escrutínio público", de acordo com o livreto da Academia Nacional de Ciência, "é uma parte essencial da ciência. Isso atua no sentido de eliminar a opinião individual e a subjectividade, porque outras pessoas devem também serem capazes de determinar se uma explicação proposta é consistente com a evidência disponível".

Dentro da comunidade científica, este processo é chamado de "revisão por pares".

Algumas afirmações científicas são tão rigorosamente técnicas que somente podem ser avaliadas por especialistas.

Em tais casos, os "pares" são um punhado de especialistas.

Todavia, num número surpreendente de exemplos, a pessoa comum provavelmente é tão competente para fazer juízo quanto o cientista mais altamente treinado.

Se uma teoria da gravidade prediz que os objetos pesados cairão para cima, não precisa um astrofísico para verificar que a teoria está errada.

E se a fotografia de um embrião não parece com a coisa verdadeira, não precisa um embriologista para verificar que a fotografia é falsa.

Assim, uma pessoa comum com acesso à evidência deveria ser capaz de entender e avaliar muitas afirmações científicas.

O livreto da Academia Nacional de Ciência reconheceu isso ao iniciar com a conclamação de Thomas Jefferson para "a difusão do conhecimento entre as pessoas. Nenhuma outra sólida fundação pode ser elaborada para a preservação da liberdade e da felicidade".

O livreto continuou:

"Jefferson viu claramente o que tinha se tornado cada vez mais evidente desde então: o sucesso de uma nação reside na capacidade de seus cidadãos entenderem e usarem a informação sobre o mundo em volta deles".

O juiz distrital dos Estados Unidos, James Graham, confirmou esta sabedoria jeffersoniana numa coluna de um jornal em Ohio em maio de 2000.

Graham escreveu:

"A ciência não é um sacerdócio inescrutável. Qualquer pessoa de inteligência razoável deve, com alguma diligência, ser capaz de entender e avaliar criticamente uma teoria científica".

Tanto o livreto da Academia Nacional de Ciência e a coluna do juiz Graham foram escritos no contexto da atual controvérsia sobre a evolução.

Mas o primeiro foi escrito para defender a teoria de Darwin, enquanto que o segundo foi escrito para defender alguns de seus críticos.

Em outras palavras, os defensores bem como os críticos da evolução darwiniana estão apelando para a inteligência e sabedoria do povo americano para resolver a controvérsia". [50]

Wells escreveu este livro na convicção de que as teorias científicas em geral, e a evolução darwiniana em particular, podem ser avaliadas por qualquer pessoa inteligente com acesso à evidência.

Ele sugere que, antes de olhar para a evidência a favor da evolução, os leitores devem saber o que é evolução.

O que é evolução?

"A evolução biológica é a teoria de que todas as coisas vivas são descendentes modificados de um ancestral comum que viveu num passado distante. Ela afirma que você e eu somos descendentes de ancestrais tipo macacos-antropóides, e que eles por sua vez vieram de animais ainda mais primitivos. Este é o significado primário de "evolução" entre os biólogos.

E falando mais claramente ainda, Evolução é a hipótese de que seres mais simples (com pouca informação genética) tornasse com o passar do tempo mais complexos (com mais informações genéticas), então é dizer algo assim: A Bicicleta vai virar moto, e a moto um carro e o carro um caminhão, ai depois vira um avião que se transformará numa nave espacial, e assim por diante.

Porém é a inteligência que transforma a bicicleta em nave espacial (basicamente usando o acumulo de experiência usada para tentar mudar as estruturas de algo mais simples para algo mais complexo). A natureza por si mesma , sozinha, não faz nada disso, ela apenas conserva a informação já inserida e tenta manté-la o mais fielmente possível ao original.

"A evolução biológica", de acordo com o livreto da Academia Nacional de Ciências, "explica que as coisas vivas compartilham de ancestrais comuns. Ao longo do tempo, a mudança evolutiva faz surgir novas espécies. Darwin chamou a este processo de 'descendência com modificação', e permanece hoje como uma boa definição da evolução biológica".

Para Charles Darwin, a descendência com modificação foi a origem de todas as coisas vivas após os primeiros organismos.

Ele escreveu no Origem das Espécies:

- "Eu considero todos os seres não como criações especiais, mas como os descendentes lineares de alguns poucos seres" - que viveram num passado distante.

A razão por que as coisas vivas são agora tão diferentes umas das outras, Darwin acreditava, é por que elas foram modificadas pela seleção natural, ou a sobrevivência do mais apto:

- "Eu estou convencido de que a Seleção Natural tem sido o mais importante, mas não o exclusivo, meio de modificação"-

Quando os proponentes da teoria de Darwin estão respondendo aos críticos, eles afirmam algumas vezes que a "evolução" significa simplesmente mudança ao longo do tempo.

Mas isso é uma nítida evasão. Nenhuma pessoa racional nega a realidade da mudança, e nós não precisávamos que Charles Darwin nos convencesse disso.

Se a "evolução" significasse apenas isso, ela seria totalmente não controversa.

Ninguém acredita que a evolução biológica seja simplesmente mudança ao longo do tempo.

Apenas levemente menos evasiva é a declaração de que a descendência com modificação ocorre.

É claro que ocorre, porque todos os organismos dentro de uma só espécie são relacionados através da descendência com modificação.

Nós vemos isso em nossas próprias famílias, e os criadores de plantas e animais vêem isso em seu trabalho.

Mas isso ainda não atinge o ponto em questão.

Ninguém duvida de que a descendência com modificação acontece no curso da reprodução biológica comum.

A questão é se a descendência com modificação é responsável pela origem de novas espécies - na verdade, de cada espécie...

Como mudança ao longo do tempo, a descendência como modificação dentro de uma espécie é totalmente não controversa.

Mas a evolução darwiniana afirma muito mais. Em particular, ela afirma que a descendência com modificação explica a origem e a diversificação de todas as coisas vivas.

A única maneira que alguém poder determinar se esta afirmação é verdadeira é comprando-a com as observações ou experiências.

Como todas as teorias científicas, a evolução darwiniana deve ser continuamente comparada com a evidência. Se ela não se encaixa com a evidência, ela deve ser reavaliada ou abandonada - do contrário, não é ciência, mas mito (religião).

Evidência a favor da evolução

Quando são instados a relacionar a evidência para evolução darwiniana, a maioria das pessoas - inclusive a maioria dos biólogos - dá a mesma série de exemplos, porque todas elas aprenderam biologia dos mesmos poucos livros-texto.

Os exemplos mais comuns são:

· um balão de vidro de laboratório contendo uma simulação da atmosfera primitiva da Terra, no qual descargas elétricas produzem os tijolos construtores químicos das células vivas;


· a árvore da vida, reconstruída de um amplo e crescente corpo de evidência fóssil e molecular;


· estruturas ósseas semelhantes em asa de morcego, nadadeira de golfinho, a perna de um cavalo e uma mão humana que indicam a sua origem evolutiva num ancestral comum;


· figuras ou fotografias de embriões mostrando que os anfíbios, répteis, aves e seres humanos são todos descendentes de um animal tipo peixe;


· Archaeopteryx, um fóssil de ave com dentes nas suas mandíbulas e garras nas suas asas, o elo perdido entre os répteis antigos e as aves modernas;


· as mariposas de Manchester (Biston betularia) em troncos de árvores, mostrando como a camuflagem e as aves predatórias produziram o exemplo mais famosos de evolução por seleção natural;


· os tentilhões de Darwin nas ilhas Galápagos, treze espécies separadas de uma quando a seleção natural produziu diferenças nos seus bicos, e que inspirou Darwin a formular a sua teoria da evolução;


· moscas de frutas com um par extra de asas, mostrando que as mutações genéticas podem fornecer a matéria-prima para a evolução [N. deste A.: exemplo não encontrado em livros-texto brasileiros];


· um padrão tipo galhos de árvore dos fósseis de cavalo que refuta a idéia obsoleta de que a evolução foi dirigida, e...


· desenhos de criaturas tipo macacos-antropóides evoluindo em humanos, mostrando que nós somos apenas animais e que a nossa existência é um subproduto de causas naturais sem propósitos.


Estes exemplos são tão freqüentemente usados (ad nauseam) como evidência a favor da teoria de Darwin que a maioria deles foi chamada de "ícones" da evolução.

Ainda assim todos eles, de um modo ou de outro, descrevem enganosamente a verdade.


Ciência ou Mitos Religiosos?

Alguns desses ícones da evolução apresentam pressuposições ou hipóteses como se eles fossem fatos observados; nas palavras de Stephen Jay Gould, eles são - "as encarnações de conceitos mascarando como se fossem descrições neutras da natureza".

Outros ocultam as veementes controvérsias entre os biólogos que têm implicações de longo alcance para a teoria evolutiva.

O pior de tudo, algumas delas são diretamente contrárias à evidência científica bem estabelecida.

A maioria dos biólogos não tem consciência desses problemas. Na verdade, a maioria dos biólogos trabalha em áreas bem distantes da biologia evolutiva.

A maior parte do que eles sabem sobre a evolução, eles aprenderam de livros-texto de biologia e os mesmos artigos de revistas e documentários de televisão que são vistos pelo público geral.

Mas os livros-texto e as apresentações populares se apóiam primariamente nos ícones da evolução, assim, até onde muitos biólogos estão interessados, os ícones são a evidência a favor da evolução.

Alguns biólogos estão cientes das dificuldades de um ícone particular porque isso distorce a evidência na sua área.

Quando eles lêem a literatura científica na especialidade deles, eles podem perceber que o ícone induz ao erro ou é inequivocadamente falso.

Mas eles podem sentir que isso é apenas um problema isolado, especialmente quando eles são assegurados de que a teoria de Darwin é apoiada por “esmagadora evidência” de outras áreas. (o que na verdade é uma falácia).

Se eles acreditam na exatidão fundamental da evolução darwiniana, eles podem deixar de lado os seus receios sobre o ícone particular do qual eles conhecem algo a respeito.

Por outro lado, se eles expressarem os seus receios eles podem encontrar dificuldade em serem ouvidos pelos seus colegas porque [como Wells demonstra no livro], criticar a evolução darwiniana é extremamente impopular entre os biólogos de fala inglesa. [51]

Isso deve ser porque os problemas com os ícones da evolução não é mais amplamente conhecidos.

Esta é a razão por que muitos biólogos ficarão tão surpresos quanto o público geral em saber quão sérios e mal difundidos são esses problemas". [52]

Os capítulos do livro de Wells comparam os ícones da evolução com a evidência científica publicada, e revelam que muito do que nós ensinamos sobre a evolução está errado.

Ele comenta que "este fato levanta questões embaraçosas sobre o status da evolução darwiniana. Se os ícones da evolução são tidos como a nossa melhor evidência a favor da teoria de Darwin, e todos eles são falsos ou induzem ao erro, o que isso nos diz sobre toda a teoria? É ciência ou mito?" [53]

O Design Inteligente nas Estrelas – Guillermo Gonzalez e Jay Richards - The Privileged Planet

Segundo o astrônomo Carl Sagan - “A Terra é um estágio muito pequeno numa vasta arena cósmica… As nossas presunções, a nossa imaginada auto-importância, a ilusão de que nós temos alguma posição privilegiada no universo são desafiadas por este ponto de luz pálida” - (Carl Sagan, Pale Blue Dot,[pálido ponto azul] 1994).


A Terra seria meramente uma mancha insignificante num universo vasto e sem sentido como sugeriu Carl Sagan?

Ao contrário, no livro The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos Is Designed for Discovery, o astrônomo Guillermo Gonzalez e o filósofo Jay W. Richards apresentam uma tremenda série de evidência que expõe a falsidade deste dogma moderno.

Eles demonstram que o nosso planeta é primorosamente adaptado não somente para suportar a vida, mas nos dar a melhor visão do universo, como se a Terra - e o universo em si - tivessem sido intencionalmente projetados para a vida e para a descoberta científica.


Na verdade, a Terra é bastante mais significante do que alguém já tenha eventualmente chegado à conclusão.

Neste livro provocante, os leitores são levados a uma odisséia científica da história das placas tectônicas, das maravilhas da água, dos eclipses solares, de nossa localidade na Via Láctea, das leis que governam o universo, e o princípio do tempo cósmico.

Por séculos os cientistas e filósofos têm-se maravilhado de uma coincidência estranha. A matemática, uma criação da mente humana, pode predizer a natureza do universo, um fato que o físico Eugene Wigner [54] se referiu como "a eficácia excessiva da matemática na física".

Nas últimas três décadas, os astrônomos e cosmólogos repararam num outro mistério aparentemente não relacionado.

Ao contrário de todas as expectativas, as leis da física parecem exatamente "bem ajustadas" para a existência da vida complexa.

Poderiam estas duas maravilhas serem, na verdade, peças isoladas de um padrão mais amplo?

As duas são pré-requisitos para a ciência, mas e sobre o processo de descoberta científica?

Quais são as suas condições necessárias? Por que isso é até possível? Leia qualquer livro de história da ciência, e você aprenderá sobre as histórias magnificentes da engenhosidade humana, persistência, e pura sorte.

Mas isso é apenas parte da história, e nem é a parte mais importante. A nossa localização é muito mais crítica para a ciência do que é para um ponto imobiliário.

Por alguma razão, a nossa localização terrestrial é extraordinariamente bem adequada para nos permitir que esquadrinhemos os céus e descubramos os seus segredos.

Em outro lugar, você pode descobrir que a Terra e o seu ambiente local fornecem um berço delicado, e provavelmente raríssimo, para a vida complexa.

Mas há um outro fato ainda mais surpreendente descrito no livro The Privileged Planet: aquelas mesmas condições raras que produzem um planeta habitável - que permite a existência de observadores complexos como nós - também fornece o melhor lugar global para a observação.

O que isso significa? Pelo menos, isso muda completamente a nossa visão do universo. O universo não é "sem significado" (Steven Weinberg), nem a Terra meramente "um pontinho solitário no grande invólucro da escuridão cósmica”, tampouco a existência humana é "apenas um resultado mais ou menos ridículo de uma série de acidentes" (Steven Weinberg).

Pelo contrário, a evidência que nós podemos descobrir de nosso lar terrestre aponta para um universo que foi planejado para a vida e para a descoberta [científica].

A Dissensão Científica contra Darwin no Século 21

Mais de 850 cientistas com Ph.D (de várias disciplinas), convencidos por novas evidências científicas de que a evolução darwiniana é deficiente, assinaram uma lista afirmando serem

- “céticos das afirmações que a mutação aleatória e a seleção natural expliquem a complexidade da vida. O exame meticuloso da evidência a favor da teoria darwiniana deve ser encorajado”- [Clique Aqui] para ver mais detalhes do assunto.


CONCLUSÃO:

Embora parte da comunidade científica negue veementemente que haja uma crise no atual paradigma neodarwinista porque não resolve suas muitas anomalias, algumas vozes menos dogmáticas e mais sensatas já admitem a inadequação do neodarwinismo e sugerem a sua revisão ou simplesmente o seu descarte.

Foi em cima dessas dificuldades que surgiu o Movimento do Design Inteligente. Nossa teoria cientifica é pautada por evidencias e rigor cientifico muito mais especializado do que todo o corpo da Teoria Evolutiva desde o tempo de Darwin.

Aqui no Brasil o MDI tem feito algumas incursões tímidas e conseguido o apoio de um pequeno grupo de acadêmicos e alunos universitários que, lamentavelmente, ainda não podem se identificar como seus proponentes e defensores.

O MDI propõe a TDI como a melhor inferência para explicar alguns eventos encontrados na natureza.

A TDI não se julga uma theoria universalis, e no seu atual estágio de teoria científica incipiente (10 anos), nós entendemos que devemos sim continuar apontando a insuficiência epistêmica do darwinismo e de outras teorias para explicar a origem e evolução da complexidade e diversidade da vida e do universo e trazer a TDI para o debate acadêmico salutar: nada de inquisição sem fogueiras ou de caça às bruxas como já ocorre com alguns acadêmicos nos Estados Unidos [Clique Aqui para saber mais do assunto]

Qual será o referencial teórico para a biologia do Século 21?

Notas:

[46] BEHE, Michael. A Caixa Preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997, p. 24 citando a Darwin no Origem das Espécies.
[47] Ibid., p. 48.
[48] DEMBSKI, William. No Free Lunch. Lanham, MD: Roman & Littlefield Publishers, Inc., 2002, Cap. 5 The Emergence of Irreducibly Complex Systems, p. 239-310.
[49] SHAPIRO, James. In the Details... What?, in National Review, 16 Set. 1996, p. 62-65.
[50] WELLS, Jonathan. Icons of Evolution: Science or Myth? Why much of what we teach about evolution is wrong. Washington, D.C., 2000, p. 1-4.
[51] N. do A.: este fenômeno é mundial. Podemos criticar o governo, mas não podemos criticar Darwin. Nem mesmo cientificamente!
[52] WELLS, op. cit., p. 4-8.
[53] Ibid, p. 8.
[54] N. do A.: Eugene Wigner, prêmio Nobel em Física, 1963, pela sua contribuição à teoria do núcleo atômico e as partículas elementares, especialmente através da descoberta e aplicação dos princípios.


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Fontes:


Índice, todos os Artigos Contra a Evolução Reunidos:

Design Inteligente - Ciência de Verdade - História do Movimento - Parte [2 de 3]


Darwin no Banco dos Réus: A Retórica Revolucionária de Phillip Johnson

História do Movimento do Design Inteligente:
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Em outubro de 1987, dois livros mudaram o rumo do ano sabatino de Phillip Johnson em Londres: “O Relojoeiro Cego” de Richard Dawkins e “Evolution: A Theory in Crisis” [Evolução: uma Teoria em Crise] de Michael Denton.

Um debate virtual se instalou na mente de Johnson entre os dois autores sobre uma questão fundamental: o que realmente é conhecido com certeza sobre a origem e a diversidade da vida?

Denton, o cético secular, atacou a macroevolução como sendo empiricamente vazia, uma concha de teia de aranha apoiada pelas forças sociológicas de um paradigma.

Dawkins, o crente e cruzado darwinista fervoroso, líder do movimento ateísta mundial, defendia o darwinismo como sendo absolutamente convincente e apoiado pelo raciocínio “
lógico” de suas simulações em computador chamadas de biomorfos.

No seu retorno à Universidade da Califórnia – Berkeley em agosto de 1988, Johnson trouxe um longo texto intitulado Science and Scientific Naturalism in the Evolution Controversy [
A ciência e o naturalismo científico na controvérsia da evolução].

Ele adotou uma estratégia básica e singular a fim de que esta crítica ao darwinismo fosse seriamente levada em consideração e evitar que fosse desconsiderada como sendo mais uma proposição da ciência da criação:

(1) Excluiu o Gênesis e a fé bíblica como fatores relevantes em testar a fé darwinista;

(2) Embora admitisse sua posição teísta, Johnson destacou que muitos na área da biologia evolutiva também têm posições religiosas fortes contrárias [ateísmo]. Aos mais dogmáticos ele os nomeou como darwinistas fundamentalistas.


O objetivo principal de Johnson era fazer com a questão da teoria da evolução não ser verdadeira chegasse à mesa de discussão.

Ele conseguiu isso em 23 de setembro de 1988 num seminário realizado com 20 professores universitários da UC-Berkeley.

O livro de Johnson “Darwin on Trial” [
Darwin no banco dos Réus] publicado em 1991 foi um manifesto intelectual selvagem para esmagar a oposição e expor o darwinismo como pseudociência.

A crítica severa de Johnson encontra-se logo no começo do livro:

- "O meu propósito é examinar a evidência nos seus próprios termos, sendo cuidadoso em distinguir a própria evidência de qualquer viés religioso ou filosófico que possa distorcer a nossa interpretação daquela evidência. Eu admito que os cientistas da criação têm este preconceito pelo seu pré-compromisso com o fundamentalismo bíblico, e eu terei muito pouco a dizer sobre a posição deles. A questão que eu quero investigar é se o darwinismo é baseado numa avaliação imparcial da evidência científica ou se é outro tipo de fundamentalismo religioso". [ii]

Johnson afirma, como Denton, que a microevolução é ciência respeitável, mas ataca implacavelmente a macroevolução como sendo um empreendimento irreal. As teses negativas de Johnson são:

Tese - 1 Evidência científica: As evidências biológicas e paleontológicas e outros dados científicos, com poucas exceções, tendem a falsificar a história darwiniana de macroevolução e o seu prelúdio químico da origem da vida.

Tese - 2 Base filosófica do darwinismo: A macroevolução darwiniana, como uma afirmação ampla da verdade é baseada fundamentalmente na pressuposição filosófica do naturalismo. Para Johnson, o naturalismo é a filosofia que "supõe que todo o domínio da natureza seja um sistema fechado de causas e efeitos materiais que não podem ser influenciados por qualquer coisa '
externa'. [iii]

Tese - 3 A
'retórica pretensiosa': Quando o darwinismo é colocado em questão, ele é rotineiramente protegido por rótulos vazios, manipulações semânticas e lógica defeituosa.

Tese - 4 As funções religiosas-mitológicas do darwinismo: Portanto, o darwinismo funciona como o mito cosmológico central da cultura moderna - como a peça central de um sistema quase religioso que é conhecido a priori como verdadeiro, em vez de uma hipótese científica que deve submeter-se a teste rigoroso.


O livro de Johnson pode ser considerado um manifesto light projetado para destruir o estereótipo “Bíblia vs. Ciência” que dominou o debate sobre a evolução.

A questão central que permeia a argumentação do livro é

- Qual é a base para a suprema confiança de muitos cientistas de que as leis científicas e o acaso são suficientes para explicar o surgimento de toda a complexidade e diversidade da vida? –

O ponto sustentado em Darwin on Trial é de que se descobre o naturalismo metafísico e não a evidência empírica como sendo a base dessa confiança.

Isso é demonstrado através de um modelo de histórias utilizado ao longo do livro:

MH1 - As histórias jurídicas. O julgamento de Scopes de 1925 é brevemente recontado a fim de destruir a lenda do filme "Inherit the Wind" [O vento por herança]. [iv]

Depois aborda o caso mais importante da Suprema Corte americana – “Edwards vs. Aguillard” de 1987.


Embora a Suprema Corte tenha considerado a
'ciência da criação' como religiosamente motivada, a opinião discordante do juiz Antonin Scalia ficou registrada no processo:


- "O povo da Louisiana, inclusive aqueles que são cristãos fundamentalistas, têm o direito, como uma questão secular, a ter qualquer evidência científica que haja contra a evolução apresentada nas suas escolas, assim como o sr. Scopes teve o direito de apresentar qualquer evidência científica que houvesse a favor". [v]


MH2 - As tendências religiosas dos darwinistas modernos. A literatura darwinista moderna está cheia de conclusões antiteístas apresentadas, não como opiniões pessoais, mas como implicações lógicas da ciência evolutiva objetivando afastar as pessoas mais educadas da crença no sobrenatural.


Exemplos:

- "O homem é o resultado de um processo sem propósito e natural que não o tinha em mente" -[vi]; - "penso igualmente que, antes de Darwin, o ateísmo até poderia ser logicamente sustentável, mas que só depois de Darwin é possível ser um ateu intelectualmente satisfeito". [vii]


MH3 - A história das controvérsias darwinianas.

[1] A controvérsia de Colin Patterson. Pouca gente sabe que em 1981, o renomado paleontólogo britânico Colin Patterson visitou vários centros de evolucionistas perguntando:

- "Você pode me dizer alguma coisa que você saiba sobre a evolução que seja verdadeira? Patterson recebeu como resposta o silêncio”-


Ele fez dois comentários provocadores na palestra:

[1] Os evolucionistas estão falando igual os criacionistas - "eles apontam para um fato, mas não podem fornecer uma explicação dos meios", (B) e que tanto a evolução como a criação são formas de "anticonhecimento", i.e. eles "são conceitos que parecem implicar em verdadeira informação, mas não são". [viii]


[2] A controvérsia entre Kristol e Gould. Irving Kristol, um teórico social, propôs uma correção conciliatória num artigo no New York Times:

- "Se a evolução fosse ensinada mais cautelosamente, como uma idéia conglomerada consistindo de hipóteses conflitantes em vez de uma certeza incontestável, isso seria menos controverso" e que os fundamentalistas não estavam "fora de base quando eles afirmam que a evolução ... tem um ponto anti-religioso injustificado". [ix]


Gould criticou Kristol e negou que a ciência evolutiva seja anti-religiosa e que Kristol ignorava a distinção importante entre fato e teoria. Há hipóteses conflitantes sobre o mecanismo exato da evolução, "mas a evolução é também um fato da natureza, tão bem estabelecido como o fato de a Terra girar em torno do Sol". [x]


Johnson destrói a analogia de Gould:

"A analogia é espúria. Nós observamos diretamente que as maçãs caem quando são soltas, mas nós não observamos um ancestral comum para os macacos modernos e os humanos. O que nós observamos é que os macacos e os humanos são física e bioquimicamente mais parecidos um com o outro em vez de serem parecidos com coelhos, cobras ou árvores. O ancestral comum do tipo macaco é uma hipótese numa teoria que se propõe explicar como surgiram essas grandes e pequenas semelhanças. A teoria é plausível, especialmente para um materialista filosófico, mas apesar disso pode ser falsa. A verdadeira explicação para as relações naturais pode ser algo mais misterioso". [xi]


Em 1980, Gould escreveu um artigo concentrando não na tese do ancestral comum (aceita por todos os evolucionistas), mas como que isso se deu - pela acumulação gradativa de mudanças adaptativas via mutação e seleção. Gould concluiu que a síntese neodarwinista "como proposição geral, está efetivamente morta, apesar de sua persistência como ortodoxia de livro-texto". [xii]


Porque Gould admitiu um ponto devastador ao cenário darwinista do surgimento da diversidade da vida como uma teoria geral defunta, Johnson esperava que Gould, tendo já desconsiderado o mecanismo darwiniano, fosse abraçar a sugestão de Kristol de ensinar a evolução com mais cuidado.


MH4 – A história da seleção natural. São duas as perguntas que Johnson faz: (1) Quanto os evolucionistas sabem realmente sobre o processo pelo qual todos os seres vivos evoluíram de ancestrais microbiano? (2) Especificamente, eles sabem realmente o que eles vêm afirmando saber - que foi um processo inconsciente? [xiii]
Esta ênfase na alegada ignorância do como da evolução torna-se lógico para Johnson atacar os dois lados do mecanismo do neo-darwinismo - a seleção natural que peneira e adiciona as mutações benéficas.


O avanço das idéias de Johnson nos anos 90 do Século 20

Após a publicação de “Darwin on Trial”, Johnson começou a circular pelos campus das universidades americanas acelerando assim dois processos retóricos importantes: o envolvimento vigoroso e determinado com os seus críticos e o recrutamento e treinamento de novos e brilhantes revolucionários (especialmente colegas com qualificações acadêmicas que colaborariam na pesquisa, crítica, conceituação teórica e persuasão).

Johnson tornou-se conhecido pelas suas palestras, conferências e debates. A sua oratória rapidamente tornou-se uma de suas mais eficientes maneiras de influenciar audiências universitárias.[xiv]

Este trabalho em conjunto, mais esses dois processos reciclados (
envolvimento – recrutamento – nova publicação – mais envolvimento) transformou o Movimento do Design Inteligente de um comitê de rebeldes externos numa rede bem organizada e agressiva de centenas de ativistas que começaram o trabalho de persuasão em suas próprias universidades como Harvard, Yale, Princeton, Cornell entre outras...

O primeiro desses dois processos começou com o livro “
Darwin on Trial” e depois com mais outros livros de Johnson. [xv]

As resenhas críticas deste livro, a maioria negativa, tentaram desqualificá-lo como crítico competente em vez de lidarem com as suas principais críticas – a macroevolução e o poder criativo da seleção natural, (os pseudocríticos, como bons Sofistas que são apenas se concentravam em fazer ataques Ad hominem, isto é, desqualificar o debatedor, em vez de lidar com seus argumentos).

A mais importante das interações com acadêmicos se deu em 1994 na Stanford University com William Provine, historiador e filósofo de biologia da Cornell University. [xvi]

Este debate colocou o Design Inteligente em destaque de duas maneiras: foi mais um veículo para divulgar a crítica de Johnson contra a macroevolução baseada na evidência e a afirmação de Provine de que o livre arbítrio é uma miragem, além de ter repetidamente desprezado a crença de Johnson em Deus – isso serviu para ilustrar a tese de que o darwinismo funciona como um quadro de crenças filosóficas antiteístas (isto é, usasse a evolução para dizer que Deus, ou Deuses não existem) e não como um quadro de pesquisa científica séria.[xvii]

Em 26 de julho de
1991, a revista Science, [da American Association for the Advancement of Science – AAAS], publicou uma nota anônima Johnson vs. Darwin criticando severamente o Darwin on Trial como sendo um livro potencialmente perigoso. [xviii]

Michael Behe foi um biólogo que notou a coluna da revista Science.

Em 1987 ele já tinha se tornado cético do darwinismo após ter lido o livro de Denton, Evolution: A Theory in Crisis.

Ele já tinha lido Darwin on Trial assim que foi publicado e ficou impressionado com o modo de Johnson lidar com as questões científicas.

Motivado pelo tratamento dado a Johnson, Behe escreveu uma carta à Science que foi publicada em 30 de agosto de 1991.

Ele começou a carta destacando que a nota concisa sobre o Darwin on Trial é:

- "uma boa ilustração do fracasso da comunidade científica em seguir o seu próprio conselho sobre a controvérsia perene da evolução. Em vez de simplesmente lidar com os argumentos céticos promovidos no livro, o artigo se apóia em comentários ad hominem” -

Também é verdade que governos fascistas apoiaram o darwinismo, que a maioria dos cientistas não é de especialistas em lógica (
isto é, a grande maioria dos evolucionistas são como contadores de fabulas, suas hipóteses imaginativas beiram a esquizofrenia) , e que muitos comentaristas da evolução são predispostos a favor do materialismo puro (o materialismo para estes é como uma religião).

Mas tudo isso é insultar a ciência, e está bem fora da base filosófica cientifica.


No seu livro, Johnson aparenta ser um leigo interessado, de mente aberta e muito inteligente que percebe grandes conclusões tiradas de pouca evidência (
isto é, os evolucionistas com uma gota de informação real, constroem um oceano de hipóteses sem qualquer fundamento) destaca anomalias em atuais explicações evolucionárias, e chega à sua própria conclusão, ainda bem, sobre a validade da teoria de Darwin. Um homem desses merece ser ouvido e não ser execrado.


A teoria da evolução pela seleção natural não é um conceito difícil de ser entendido, e Charles Darwin se dirigiu a uma audiência geral. Mas não é auto-evidente para muitas pessoas que a seleção natural pode ser totalmente responsável pelo mundo que elas observam.


Assim, quando perguntas sobre a teoria surgem em fóruns públicos, a comunidade científica faria melhor, a longo prazo, relacionar os fatos a favor e admitir francamente onde falta evidência positiva, em vez de paternalisticamente manter que um entendimento da teoria da evolução está reservada para o sacerdócio de cientistas profissionais" (
como se fosse uma instituição religiosa, a classe cientifica dos materialistas ortodoxos argumentam que seus dogmas não podem ser questionados por não materialistas, então se uma pessoa agnóstica discorda deles, o argumento é simplesmente ignorado, simplesmente por que a pessoa não é membro da congregação sacerdotal dessa religião estranha) . [xix]

Esta frase-estigma de “
sacerdócio de cientistas profissionais” usada por Behe pode ser assim traduzida: os cientistas darwinistas são os nossos atuais alto sacerdotes culturais que mediam o conhecimento para as massas ditas, leigas. O paradigma deles é tido como sendo verdadeiro “a priori” e não está aberto ao questionamento, (ficando claro então que não se trata mais de ciência, mas sim de religião, só a religião tem dessas lógicas)

Após ler a carta de Behe, Johnson escreveu agradecendo e convidando-o para ser um colaborador.

A segunda mais importante interação com acadêmicos se deu em março de 1992 no campus da Southern Methodist University em Dallas, Texas:

Darwinism Symposium [Simpósio sobre o darwinismo], com a seguinte tese a ser debatida:

- O darwinismo e o neodarwinismo, como são geralmente defendidos em nossa sociedade trazem consigo um compromisso “a priori” com o naturalismo metafísico, que é essencial para fazer um caso convincente em favor deles"- .

Foram três dias de debates entre os dez participantes – cinco evolucionistas e cinco proponentes do Design, com a apresentação de William Dembski e Steve Meyer. [xx]

No verão americano de 1996, duas bombas retóricas sacudiram o mundo da ciência biológica.

A primeira foi a publicação do longo ensaio intitulado Deniable Darwin, de David Berlinski, um intelectual judeu agnóstico, na conceituada publicação Commentary .

A tese de Berlinski foi: o registro fóssil é incompleto, o raciocínio é defeituoso; a teoria da evolução está apta para sobreviver?

O artigo de Berlinski provocou um tsunami de cartas de indignação (
Richard Dawkins e Daniel Dennett entre outros *evolucionistas importantes se manifestaram, Obs. Leia-se sacerdotes) e congratulações que a Commentary publicou cinqüenta e seis cartas em trinta e três páginas.

Os editores esperavam que o artigo de Berlinski fosse gerar tão-somente tremores; o que eles tiveram foi um terremoto.

Em agosto de
1996 a segunda bomba antidarwinista explodiu.

O livro “Darwin's Black Box”, escrito por Michael Behe, professor na Lehigh University, foi publicado pela Free Press, subsidiária da importante editora Simon and Schuster.

Este livro foi discutido na Newsweek, no Wall Street Journal, National Review, The Chronicle of Higher Education; e na Nature.

E ainda hoje continua sendo motivo de inflamados debates, se tornou com certeza num pesadelo para os auto ploclamados sacerdotes da religião naturalista/reducionista que lutam desesperadamente até hoje no que podemos chamar de uma cruzada contra os hereges de Darwin.

Notas:

[i] Hoje Johnson é professor de Direito Emérito. Na ativa foi professor na cadeira professoral "Jefferson E. Peyser" da Faculdade de Direito da University of California, Berkeley. UCLA-Berkeley é uma universidade conhecida internacionalmente pelos seus alunos e professores 'radicais'.
[ii] JOHNSON, Phillip. Darwin on Trial. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2a. ed. 1993, p. 14.
[iii] Ibid, p. 116.
[iv] William Jennings Bryan, que não acreditava literalmente nas narrativas bíblicas, enfrentou um interrogatório que usou 'evidência científica' que logo em seguida foi cientificamente desacreditada!
[v] Ibid, p. 6-7.
[vi] Ibid, p. 116.
[vii] DAWKINS, Richard. O relojoeiro cego. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 24-25.
[viii] JOHNSON, op. cit., p. 10.
[ix] Ibid, p. 10-11.
[x] Ibid, p. 11.
[xi] Ibid, p. 66-67.
[xii] Ibid, p. 11.
[xiii] Ibid, p. 10, 12, 14 e 158.
[xiv] Em campus de universidades como Harvard, Yale, Princeton, Cornell entre outras.
[xv] Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law, & Education; Objections Sustained Subversive Essays
on Evolution, Law and, Culture; Defeating Darwinism - By Opening Minds; The Wedge of Truth; The Right Questions: Answering the Toughest Questions about Intelligent Design.
[xvi] O vídeo deste debate Darwinism: Science or Naturalistic Philosophy? The Johnson-Provine Debate pode ser encontrado no site http://www.arn.org
[xvii] Vide o vídeo da nota 41.
[xviii] Johnson vs Darwin, Science, 26 July 1991, 379.
[xix] Science Letters, 30 August 1991.
[xx] Michael Ruse; Arthur Shapiro, zoólogo (UCSD); Leslie Johnson, palestrante em biologia (Princeton University); Fred Grinne, professor de biologia (UT em Arlington) e K. John Morrow, professor de biologia na Texas Tech University.


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