Wolf Messing |
1899-1975 - Paranormais Russos
Wolf Messing super paranormal Polonês que se tornou o Mago de Stalin
Wolf Messing foi um
paranormal russo: telepata, leitor de mentes, via à distância e teve a sorte de
sobreviver a duas catástrofes históricas: o Holocausto e o regime mortal de
Joseph Stalin. Filho de judeus, nasceu em 1899, em Gora-Kavaleiya, próximo a
Varsóvia - Polônia, na época, parte do Império Russo. Na infância, sofreu de
lunatismo, uma desordem de comportamento causada pela influência das fases da
Lua.
Aos seis anos, foi
mandado para uma escola religiosa onde se distinguia por sua devoção e sua
incrível habilidade para memorizar orações. Ainda rapaz, saiu de sua terra
natal de maneira inusitada: embarcou no primeiro trem que passava à sua frente.
Ia para Berlim; Messing não tinha a passagem; quando o bilheteiro entrou na
cabine e pediu o ticket, Messing apanhou um papel no chão e mirando fixamente
os olhos do homem, entregou o papel cheio de convicção de que era uma passagem.
O fiscal aceitou sem ressalvas; Wolf Messing começou sua incrível história de
paranormal.
Em Berlim, conheceu o
psiquiatra e neurologista profº Abel, o primeiro a perceber os incríveis
poderes mentais e habilidade de controlar o próprio corpo. Abel começou a
conduzir experiências de leitura da mente. Messing podia colocar a si mesmo em
estado de catalepsia - uma espécie de transe, estado alterado de consciência.
Nesse estado, podia ver o futuro. O jovem Messing começou, então, a trabalhar
no Panopticum de Berlim - um circo, um teatro de variedades. No leste europeu,
os shows com paranormais são muito comuns.
O profº Abel estava
espantado com os resultados das experiências. Messing podia entender comandos
mentais, que executava com precisão. Ele treinava indo ao mercado de Berlim ler
a mente dos vendedores. Era um adolescente ainda. Abel começou a orientar
exercícios de superação da dor e Messing tornou-se tão hábil quanto um faquir.
Com o dinheiro das apresentações ajudava a família.
Aos 16 anos viajou.
Era sua primeira turnê. Ele era muito mais que uma simples atração de
entretenimento. Usava os espetáculos para executar um programa experimentos
psicológicos e assim conhecer melhor e aprimorar seus poderes, interagindo com
o público: executava comandos, sabia a vida das pessoas sem nunca tê-las visto,
encontrava objetos perdidos.
Sua fama cresceu e
atraiu a atenção de Albert Einstein. Na casa de Einstein, conheceu Freud que
fez com ele experiências mentais. Freud lhe ensinou a arte da concentração e do
auto-hipinotismo. Messing conheceu muitas outras personalidades famosas, como
Gandhi, em 1927.
Em 1917, começou uma turnê
internacional surpreendendo as pessoas em todo o mundo. Em 1921 tinha um famoso
médium como empresário. Fez inimigos entre os charlatães que tramavam contra
ele porém, Messing descobria os planos dos rivais usando sua apurada percepção.
Resolveu crimes recuperando coisas valiosas.
Inimigo do Terceiro
Reich
Em 1937, Wolf Messing
entrou para a "lista negra" de Aldolf Hitler. Durante um espetáculo,
em Varsóvia, profetizou a derrota dos alemães se tentassem invadir a Rússia.
Hitler, que era fascinado por poderes místicos, reagiu mal às declarações.
Ficou histérico... e os nazis colocaram a cabeça de Messing "a
prêmio" por 200 mil marcos. Não se sabe ao certo se Hitler queria o
paranormal morto ou se pretendia usá-lo em cativeiro. Messing teve de esconder
por um longo tempo.
Em 1939, chegou a ser
preso em Varsóvia, embaraço do qual se livrou graças a seus poderes. Trancado,
dominou mentalmente os guardas para que fossem à sua cela, abrissem e se
deixassem trancar lá, no lugar dele. Em fuga, foi para a União Soviética.
Stalin
Na União Soviética
encontrou a proteção Panteleymon Ponomarenko, líder comunista na Bielo Rússia.
Voltou a se apresentar em público até que a polícia secreta (NKVD) apareceu e
interrompeu o espetáculo. Messing foi levado a Moscou para conhecer
pessoalmente Joseph Stalin. Stalin estava interessado em Messing; embora não
fosse religioso, o ditador considerava possíveis as faculdades paranormais.
Para testar Messing, Stalin mandou que assaltasse um banco.
Roubando um Banco
Messing, seguido por
um esquadrão de polícia, caminhou até o Banco Central, em Moscou, e ali se
apresentou dizendo que tinha uma ordem de pagamento de 100 mil rublos. Abriu
sua pasta diante do homem do guichê e foi prontamente atendido.
Deixou o edifício com
o dinheiro provando seu poder; mas retornou para devolver a quantia. O caixa,
ao ver o dinheiro, foi tomado de forte comoção e sofreu um ataque cardíaco.
Messing ficou feliz quando soube que o homem tinha sobrevivido.
Stalin ficou
convencido e a fama veio imediatamente. Wolf Messin se transformou em um tipo
de superstar. Sua assistente, Valentina Ivanovskaya, conta que o Messin
conheceu Beria, Voroshilov, Kalinin e outras personalidades soviéticas. Stalin
e Lavrenti Beria - chefe da polícia secreta, decidiram testar as habilidades
hipnóticas novamente. Messing deveria sair do Kremlin sem passe e vencer a
barreira dos guardas.
Messing se foi e
ninguém o abordou ou barrou seu caminho. Ele encontrou os líderes soviéticos na
rua; tinha feito os guardas acreditarem que ele, Messing, era o próprio Stalin.
Voltando ao Kremlin, captou o pensamento de um sentinela: “Você é sujo judeu” -
pensou o guarda. O telepata golpeou o guarda na nuca usando o pensamento e o
sentinela caiu. Messing foi consultado várias vezes pelos líderes soviéticos e
reunia-se com a elite do partido e oficiais da polícia secreta em uma atividade
extremamente desgastante.
Entre 1943 e o fim da
guerra as apresentações foram suspensas. Nesse tempo, o governo soviético teria
requisitado seus serviços em uma missão de espionagem na Sibéria. Não há menção
a esse período na biografia do paranormal. Algum tempo depois do recolhimento
de Messing, os alemães invadiram a Rússia.
Messing foi convidado
a falar com a cúpula do Forças Vermelhas. Ele previu uma guerra feroz com a
Alemanha que terminaria entre 3 ah 5 de maio de 1945 com vitória soviética.
Stalin foi informado sobre a previsão e quando a guerra acabou, o chefe soviete
mandou um telegrama de congratulações para o "profeta". Messing
guardou este telegrama durante anos. Messing doou seu próprio dinheiro para a
construção de dois aviões de guerra e ajudou seu país por adoção muitas outras
vezes. Sua família tinha sido dizimada no Holocausto. Com o fim da guerra voltou
a fazer apresentações públicas e foi atração da TV.
Paranormalidade incontestável
Durante a guerra o
telepata fez muitas performances em unidades militares soviéticas e hospitais.
Suas misteriosas faculdades intrigavam os ideólogos comunistas da propaganda
materialista. Em 1950 a Instituto de Filosofia da Soviet Academy of Sciences
publicou uma análise declarando que as habilidades telepáticas de Messing eram
baseadas na interpretação dos reflexos do pensamento da pessoa no sistema
neuro-motor ou seja, na verdade Messing estaria "lendo" os movimentos
involuntários e inconscientes.
Os pseudocientistas
proclamavam que "telepatia não existe"; o pensamento humano não pode
"existir" fora do cérebro ou do mundo material.
Messing acreditava na
existência de um "campo" especial responsável pelas comunicações
telepáticas. Achava que isso deveria ser pesquisado. Era fascinado pela
hipnose; em sua juventude, na Polônia, usara a telepatia para produzir cura de
doenças mentais. Também podia ver o futuro e não escondia que acreditava na
clarividência. O mais difícil ao explicar esse fenômeno era compreender a
essência do tempo e sua conexão com o espaço e a interconexão entre passado,
presente e futuro. Wolf Messing trabalhou até 1974. Falava fluentemente
polonês, russo, hebreu e alemão. Morreu em 1975 e foi enterrado junto de sua
esposa no cemitério de Vostryakovsky, Moscou. A KGB confiscou seus diários
pessoais e notas imediatamente após sua morte. O conteúdo desse material jamais
foi divulgado até hoje, classificado como altamente secreto.
FONTE: Wolf Messing:
Russia's Greatest Psychic - IN Thoth Web - Paul Stone Hill -
acessado em 16/11/2006 - tradução: Ligia Cabús
(Mahajah!ck).
Wolf Messing, o “Mago de Stálin”
Mago, hipnotista,
vidente e telepata, Wolf Messing (1899-1974) era alguém parecido com o Conde
Caliostro, pessoa que tinha as mesmas maneiras misteriosas. Hitler o temia;
Stálin e Béria o ouviam. No entanto, ninguém sabia exatamente como ele era na
realidade. Quando se trata de Messing, é quase impossível separar o mito da
realidade.
Wolf Messing nasceu
em uma região judia na parte da Polônia que então pertencia ao Império Russo.
Seus pais queriam que ele se tornasse rabino e o enviaram para uma escola
religiosa. Mas não era isso que Wolf queria. Ele decidiu que tinha outra missão
na vida. E fugiu, partindo no primeiro trem.
Sem dinheiro para um
bilhete, se escondeu debaixo de um banco. Mas o cobrador o viu, o tirou debaixo
do banco pelo colarinho e exigiu um bilhete. Wolf, em seguida, entregou-lhe um
pedaço de jornal velho. O cobrador furou o bilhete e disse: “Esquisitão, você
tem um bilhete e mesmo assim se esconde?”. Desde então, ele percebeu que podia
controlar as pessoas, influenciar sua vontade.
O trem o levou a
Berlim. No começo, ele viveu na pobreza. Lavava pratos, limpava sapatos.
Passava fome até desmaiar. Em seguida, conseguiu emprego em um circo.
Apresentava shows impressionantes e rapidamente tornou-se popular. Messing
podia descobrir coisas escondidas, ler mentes, prever o futuro e hipnotizar. E
fazia tudo isso de maneira honesta, sem a ajuda de assistentes. Não eram
truques, mas verdadeiro prodígios e clarividências.
Um dia, o circo foi
para Viena em turnê, onde Sigmund Freud e Albert Einstein mostraram interesse
pelo fenômeno. E assim os três se encontraram para experimentar. Messing teria
dito a Freud: “Faça um desejo e vou cumpri-lo”. Então ele veio para Einstein,
tirou do seu bigode três pelos. “Você queria isso?”, perguntou ele. “Sim”,
disse Freud.
Preso por Hitler
Messing viajava
muito, seus experimentos provocaram interesse em públicos diferentes. Mahatma
Gandhi, Marilyn Monroe e o presidente polonês Pilsudski foram visitar-lhe.
Quando Hitler chegou ao poder, Messing voltou para a Polônia. Lá, em um teatro
de Varsóvia, ele fez sua famosa profecia. Messing disse: “Se Hitler for para
Oriente com uma guerra, lá ele encontrará sua morte.”
As palavras chegaram
ao Führer. Hitler ficou terrivelmente irritado e anunciou a recompensa de 200
mil marcos pela cabeça de Messing. Começou a perseguição. Após os nazistas
tomarem Varsóvia, Messing foi preso pela Gestapo.
Ele foi detido pela
patrulha, levou um soco nos dentes, perdeu a consciência e acordou já na
prisão. Sobreviveu apenas graças a seu talento. Com a força de sua mente,
ordenou a Gestapo para que entrassem na cela. A polícia secreta obedeceu e
entrou, sem entender porque o faziam e Messing os trancou. Saiu de prisão e se
dirigiu para a fronteira soviética.
Na União Soviética,
já conheciam Messing. Stálin mandou um avião particular atrás dele, ordenou que
fosse entregue ao Kremlin. Oficiais vestidos com o uniforme do NKVD
(Comissariado do Povo para Assuntos Internos) o acompanharam.
“Mostre o que você
sabe fazer”, teria dito Stálin. “Venha me ver amanhã na casa de campo. Você não
precisa de um passe, não é?”
No dia seguinte,
Messing entrou no território da datcha de Stálin sem nenhum obstáculo. Ele fez
o guarda acreditar que era o Comissário Geral da Segurança do Estado, Lavrentii
Beria. Assim, conseguiu passar por toda a guarda.
A próxima etapa era
mais difícil. Stálin ordenou a Messing que recebesse 100 mil rublos em um banco
estatal sem nenhum documento. No dia marcado, Messing chegou ao banco central,
entrou na sala, mostrou uma folha de papel branco e pediu para que lhe dessem
cem mil rublos. Uma funcionária fez tudo o que ele pediu. O mago colocou o
dinheiro na mala e se dirigiu para o Kremlin.
Não se sabe se
Mikhail Bulgakov ouviu falar sobre Messing. Provavelmente sim. No geral, todos
esses prodígios são muito semelhantes àqueles que foram feitos por Woland em
seu romance “O Mestre e Margarita”.
Na Rússia, Messing
continuava a praticar profecias. No início, uma semana antes da guerra, ele
previu o seu começo. Disse que na última semana de junho de 1941 a guerra
começaria. Então, antes da guerra, ele disse que viu como os tanques soviéticos
entravam em Berlim.
Relação com Stálin
Ele tinha uma relação
difícil com Stálin. Claro que não era o seu mago pessoal, como se pensa em
geral. Stálin não precisava de um mago. De fato, Messing podia ler mentes. Mas
o próprio Stálin sabia os pensamentos de sua comitiva. E seus próprios
pensamentos ele cuidadosamente escondia de todos. Portanto, não precisava de um
telepata, nem de um vidente. É pouco provável que Stálin gostasse de que alguém
pudesse ler seus pensamentos. Eles se encontraram apenas algumas vezes. No
entanto, Messing teve um impacto sobre Stálin.
A mágica de Messing,
porém, não podia ajudar a ele próprio. Nos últimos anos de sua vida, ele estava
gravemente doente e tinha muito medo da morte. Quando foi levado para fora de
casa para ser operado, teria dito, olhando para o seu retrato, “Acabou Wolf.
Por aqui você não vai voltar mais.”
Messing morreu e seu mistério não foi descoberto.
Dizem que os documentos sigilosos sobre Messing ainda estão em arquivos do FSB.
Mas nenhum deles pode explicar seus poderes especiais. Por Ian Chenkman/Gazeta Russa.
Por BBC - Rússia: quem são as bruxas que apoiam Vladimir Putin com rituais e orações políticas (10 fevereiro 2019)
Reunidas em círculo,
mulheres de capuzes e túnicas pretos, com um símbolo místico vermelho nas
costas, baixam a cabeça e fazem um momento de silêncio. Sua líder vai ao centro
e começa a entoar orações misturadas com slogans políticos. "Que venha com
grandeza, o poder da Rússia, que guie o caminho de Vladimir Putin de forma
correta por meio de minha reza. Respire, Mãe Terra, abraçando a Rússia por
todos os lados", diz a autoproclamada chefe do grupo, Alyona Polyn.
Enquanto as outras
mulheres fazem gestos de concordância, ela prossegue: "Ó, poder
primordial, regresse ao abismo aqueles que odeiam a Rússia. Que a Rússia se
levante e se afaste da penúria e da pobreza e que os próximos dias abram as
portas da felicidade".
Estas mulheres fazem
parte do "Império das Bruxas Mais Poderosas", um grupo ocultista de
feiticeiras russas que realiza com frequência "círculos mágicos de
poder" para demonstrar seu apoio ao país e seu presidente.O último encontro
ocorreu na terça-feira na região central da capital russa, Moscou. As
invocações patrióticas e a favor de Putin que permearam a cerimônia foram
noticiadas por diversos veículos.
"Uma pessoa deve
apoiar o governo e a Vladimir Putin antes e acima de tudo", disse uma das
bruxas, chamada Yulia. Outra integrante do
grupo disse à agência de notícias Reuters: "Nosso país enfrenta tempos
difíceis, e gostaríamos de apoiar o presidente com a ajuda dos nossos poderes.
Queremos que os vilões [que atacam Putin] fiquem em silêncio".
Sua líder, Polyn, se
autodefine como a bruxa principal do grupo, fundadora do Império e herdeira de
uma sabedoria ancestral. Ela contou a veículos russos que suas cerimônias
sempre têm manifestações de apoio ao país e ao presidente, "já que ele é o
rosto da Rússia". Também afirmou que uma bruxa nunca deve falar mal de
Putin.
Segundo as bruxas,
não se deve falar mal de Vladimir Putin
O evento e sua
divulgação na imprensa geraram críticas de setores da oposição, porque, no
mesmo dia, autoridades do país condenaram a seis anos de prisão um dinamarquês
que é Testemunha de Jeová, denominação religiosa considerada uma organização
"extremista" e proibida na Rússia desde 2017.
Mas quem são as mulheres
do Império, que, com rituais e feitiços, manifestam seu apoio incondicional ao
Kremlin?
Quem são as bruxas do Império?
Jüri Maloverjan,
correspondente do serviço russo da BBC, explica que o grupo é formado por
dezenas de integrantes, em sua maioria mulheres, que compartilham a crença nos
rituais criados por Polyn, considerada por meios de comunicação do país como a
"bruxa mais proeminente de Moscou".
Segundo ela própria,
seus conhecimentos foram herdados de sua família e usados como base para a criação
do "maior grupo de feiticeiros do país". Seus membros costumam se
apresentar com outros nomes ou usam apelidos que fazem alusão a elementos
mágicos ou ingredientes tradicionais de magia, como Christina Mandrágora.
Ainda que seja
incerto o número total de membros, o grupo se autodefine em seu site como a
"única organização pra todos os envolvidos com magia e feitiçaria" a
nível mundial e oferece serviços que vão de leitura de cartas de tarô a
remédios contra maldições ou feitiços para atrair o amor. Os preços giram em
torno de US$ 80 (R$ 300) e chegam a passar de US$ 150 (R$ 560) em alguns casos.
Maloverjan diz que o
ocultismo e tudo que é vinculado a horóscopos e bruxaria são práticas bastante
populares na Rússia e muito presente em seu folclore, ainda que fossem mal
vistos e até mesmo proibidos durante a era soviética. Estima-se que esse
movimento muito mais popular na Rússia do que em qualquer outro lugar da Europa
Ocidental.
Por isso, avalia ele,
muitos encontraram nisso uma forma de ganhar dinheiro nos últimos anos. De
acordo com dados do Ministério da Saúde russo, citadas pelo jornal The Moscow
Times, mais de 800 mil russos prestavam serviços como curandeiros, médiums,
videntes, entre outras atividades do tipo, em 2017.
Aprovação ao governo
permite que grupos permaneçam na legalidade
Mas analistas russos
destacam que, diante das restrições a outras denominações e cultos religiosos
na Rússia, muitos viram que demonstrar seu apoio ao governo é uma forma de
manter seus ritos na legalidade - e também de marketing.
Após a queda do
regime soviético, o cristianismo ortodoxo voltou a ser a principal religião da
Rússia: estima-se que 75% da população o pratiquem. Mas isso não impediu que
outros cultos mais próximos do folclore nacional também florescessem.
Putin mantém-se
próximo de líderes da Igreja ortodoxa, o que, em certa medida, fez com que, no
ano passado, a Ucrânia se separasse formalmente desta corrente cristã.
Putin é próximo de
líderes da Igreja ortodoxa
Maloverjan explica
que Putin nunca demonstrou inclinações a práticas ocultistas, ainda que o apoio
de grupos assim ao presidente garanta sua legalidade.
O presidente russo já
foi premiê do país no início deste século e venceu sua mais recente eleição em
março de 2018, com mais de 76,69% dos votos, segundo dados oficiais. Está em
seu quarto mandato presidencial, que vai até 2024.
E, ainda que sua
popularidade tenha caído por algum tempo para seu menor índice histórico após
uma reforma do sistema de pensões, ele segue com um apoio significativo em
vários setores da população. Por isso, diz Maloverjan, demonstrar estar ao lado
de Putin é uma forma de grupos como o Império de conquistar aceitação entre os
apoiadores do presidente.
Nas redes sociais
russas, muitos questionam se o Império usa tais pronunciamentos políticos para
se manter nas manchetes e atingir mais pessoas, a ponto de ter rezado pelo
presidente americano Donald Trump. O grupo também tem sido acusado de enganar
pessoas com suas práticas.
Bruxos de todo o
mundo lançaram feitiços contra Trump
A iniciativa foi
elogiada por veículos oficiais russos, que compararam o apoio das bruxas a
Putin com outros rituais de protesto de outros grupos de feiticeiros contra
Trump e seu governo.
"Bruxas de todo
o mundo planejaram um grande ritual contra Trump e 'todos que o instigaram' em
2017", recordou a emissora RT, que também mencionou um ritual mágico para
evitar que Brett Kavanaugh, indicado por Trump à Suprema Corte do país,
assumisse o posto. Esse, pelo menos, não surtiu efeito. Em outubro do ano passado,
Kavanaugh foi confirmado pelo Senado e tornou-se o novo ministro da mais alta
instância da Justiça americana.