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domingo, 4 de agosto de 2024

E se a Terra for um Planeta Prisão? - Arthur Schopenhauer - Sobre o Sofrimento do Mundo - Ensaio sobre as Mazelas da Existência

Você Sabe o que é a “Iniciação o 'Salto'? - Iniciação de Poder!

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E se a Terra for um Planeta Prisão? - Assista:

Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século 19, escritor, professor universitário de Berlim

Comentei: Concordo em Gênero, Número e Grau! Arthur Schopenhauer em 1800 percebeu o obvio, que tá na cara de todo mundo, mas a maioria escolhe não quer admitir, a Terra é um Planeta Prisão. E ficar ciente disso torna as coisas mais fáceis, pois sabendo que todos são prisioneiros, e a maioria terá um triste fim, então a tolerância e a compreensão se faz obrigatório, pois “gentileza gera gentileza”, e se o “sofrimento é inevitável”, vamos pelo menos fazer ele se tornar menos intenso, sendo mais gentis uns com os outros (nossos companheiros(as) de prisão). Tornando assim o ambiente prisional um pouco mais suave, isso é melhor que nada.

O que as memórias despertadas pelo 'Salto' (iniciação de poder) revela é exatamente isso, Schopenhauer está coberto de razão! Infelizmente…

- “Seja gentil... pois todos que você encontrar nesse Mundo, (sejam homens ou mulheres), estão enfrentando dia após dia uma dura batalha. A vida é dura, a sua, e a dos outros também. Seja bom com os outros(as) para serem bons com você... a tolerância se faz necessária perante as inevitáveis mazelas da vida. Diminua o sofrimento dos outros, para eles(as) diminuírem o seu”. (Bruno GM, inspirando por Schopenhauer).

Depois de ver o vídeo, Pessoa Perguntou: E tem saída do planeta prisão?

R: Tem mas não é fácil, é árduo, mas é possível, para sair do presidio é preciso se converter num Deus, e o primeiro passo é se conectar e ficar na frequência do Deus Interior, a Supraconsciência.

Pessoa: E como faz pra ficar na frequência de Deus?

R: Praticar o ‘Salto’, apagar imprints e implantes, para evitar assim os SetBacks já é um bom começo.

Pessoa: Se fosse só isso vc e a C. já tinham saído da prisão.

R: Estamos com um pé fora 🦶🏻😎✨ e não, não é só isso, isso é apenas o começo.

Pessoa: E além disso tem o quê? Vc tem notícias da C.? Tá melhor ou pior?

R: Além disso, faça tudo o que estiver ao seu alcance para ativar potenciais desligados do corpo humano, mesmo que não consiga muita coisa, tudo bem, pelo menos está tentando e quando morrer de velha, vai passar para o outro lado com a consciência limpa, de que fez tudo o que podia, não foi negligente, agiu da melhor forma, por isso merece ser resgatada e ser auxiliada do outro lado.

E em teoria esse processo de reativação do seu princípio divino vai prosseguir no “outro lado”, com a ajuda dos sábios que já transcenderam em séculos passados.

Transcrição Completa do video:

E se este mundo for na verdade uma prisão gigante? Quando o filósofo do século XIX Arthur Schopenhauer observou a quantidade de dor que experimentamos durante nossas vidas ele concluiu que não é felicidade e prazer que buscamos, mas sim uma redução do sofrimento contínuo que é uma parte inerente da existência.

Quando comparamos este mundo com a prisão, mais especificamente uma penitenciária, olhando pelas lentes sombrias da filosofia de Schopenhauer veremos que a semelhança são surpreendentes.

Então como acontece com a prisão ninguém em geral escolhe estar aqui, não podemos sair até que a nossa pena termine ou quando nos acabamos, estamos limitados pelas paredes do sempre fugaz momento presente e dentro dos limites de nossas limitações.

Geralmente experimentamos uma corrente constante de sofrimento, tragédia, preocupação e miséria. Passamos desesperadamente de um prazer a outro apenas para experimentar um alívio temporário da dor.

No processo os organismos que habitam a Terra movidos pelo que Schopenhauer chamou de "vontade de viver" alimentam-se uns dos outros na tentativa de sobreviver apenas para que possam prolongar um pouco mais suas vidas miseráveis.

Como gangues de prisioneiros as espécies do mundo estão envolvidas em uma guerra continua pelo domínio. Comer ou ser comido parece ser a ordem da natureza, quando observamos como as plantas assim como certos animais servem apenas de alimento para outros animais, que por sua vez sucumbem a presença destrutiva dos seres humanos, e a humanidade por sua vez enquanto explora seus próprios membros e drena seu habitat natural de recursos, é vítima em uma hora ou outra, de algum tipo de doença ou desastre.

A visão de mundo de Schopenhauer é de agonia desprovida da Graça Divina pois tem muito mais em comum com uma colônia penal do que com a criação de uma divindade benevolente.

Agora ver o mundo como uma prisão soa como uma receita para miséria pessoal, porque não adotar uma perspectiva mais positiva e esperançosa porque olhar para isso com tanto pessimismo? Bem a ideia de Schopenhauer vem com uma reviravolta dentro de sua visão de mundo pessimista, e aqui está o segredo que pode ser muito benéfico para a humanidade.

Baseado em seu ensaio sobre os sofrimentos do mundo este vídeo explora a visão pessimista de Schopenhauer sobre a vida e revela seu segredo.

Schopenhauer afirmou que ao contrário do que muitos pensam não prazer mas a dor é o elemento positivo da existência, ele argumentou que é o mal que faz sua existência ser sentida e é portanto positivo, mas por outro lado é negativo.

O estado de felicidade e contentamento nada mais é do que um desejo realizado, ou o fim de algum estado de dor, assim a experiência da dor é a fonte de nossos desejos e necessidades.

A fome por exemplo é um estado de desconforto que tem o poder de se tornar muito doloroso, o que nos leva a desejar o alimento, assim comer não é uma experiência positiva pois só é considerado prazeroso porque satisfaz um desejo derivado da dor, ou seja uma sensação de carência.

De acordo com o Schopenhauer a dor supera em muito o prazer neste mundo e o prazer que sentimos costuma ser menos prazeroso do que esperávamos ao passo que a dor é muito mais poderosa.

Schopenhauer não apenas chama a vida de decepção, mas também de trapaça. A vida em geral torna-se mais dolorosa quando envelhecemos, pois experimentamos tragédia após tragédia, enquanto nos tornamos cada vez mais propensos as doenças e a morte.

E mesmo que a vida se desenrole numa miriade de infortúnios, quando ainda somos jovens idealistas o mundo parece tão promissor, mas eventualmente nossas grandes esperanças se desgastam, e acabamos desapontados e infelizes pelas dificuldades que caíram sobre nós.

Nos deparamos com a insegurança, perda, traição, dor física e possivelmente até a mutilação, então percebemos que a vida não é só arco-íris e sol, e que felizes para sempre são poucos e distantes entre si.

E que a casa dos sonhos, a grande e gorda conta poupança ou o círculo social interessante não é consolo para dor imensurável que vem de estar preso nessa rocha desolada da destruição chamada Terra.

Na verdade a realização de tudo o que desejamos e a continua supressão do desejo por meio do prazer leva ao tédio, que é apenas outra forma de insatisfação, a visão de mundo de Schopenhauer não deixa espaço para otimismo, a vida é um fardo, o resultado de algum passo em falso, algum pecado do qual estamos pagando a pena.

Schopenhauer nos compara a cordeiros em um campo sob o olhar de um açougueiro, que decide quem será a próxima presa, impotente perante o nosso destino podemos apenas esperar aprisionados pela própria vida pelo momento em que o próximo infortúnio nos atingirá.

Alguns optam por escapar desse ciclo de miséria fazendo checkout antecipado (se suicidando). Outros continuam fazendo o que sempre fizeram que é consolar-se pelo engajamento no prazer e assim bebemos para esquecer as mágoas do passado e nos entregamos as distrações para não nos deixarmos consumir pela preocupação com os infortúnios que ainda virão.

Como prisioneiros deixamos de lado nossa penitência e a tornamos suportável no máximo minimizando a dor. Mesmo que pareça sombrio é essa a realidade que Schopenhauer quer que abracemos.

Se você quer uma bússola segura para guiá-lo pela vida e banir todas as dúvidas sobre a maneira correta de encara-la, não pode fazer melhor do que acostumar-se a considerar este mundo como uma penitenciária, uma espécie de colônia penal.

Na visão de Schopenhauer é a própria compreensão e aceitação da situação humana não importa com sombria seja que contém a chave para o mundo de uma vida mais compassiva.

Quando olhamos ao nosso redor vemos competição, falta de tolerância, e até ódio contra indivíduos e grupos, então a vida já sendo difícil suficiente não nos impede de torná-la ainda mais difícil um para o outro.

Nós nos tornamos fonte de miséria um dos outros em vez de apoio, somos implacáveis com as más ações de outras pessoas, odiamos nossos inimigos por nos infringir dor, somos excessivamente críticos com aqueles que cometem erros.

Mas essa animosidade não é equivocada se no final das contas o mesmo destino trágico no subjuga a todos? Estar vivo e ser humano é fazer parte de um mundo que está contra nós, e tem muito em comum com uma prisão, são as deficiências da humanidade a qual pertencemos cujas, uma e todas nós compartilhamos mesmo aquelas mesmas falhas com as quais agora ficamos tão indignados?

Simplesmente porque ainda não apareceram em nós mesmos são falhas que não estão na superfície, mas eles existem lá no fundo da nossa natureza e se algo chamar eles virão, e se mostrarão assim como agora os vemos em outros.

Se aceitarmos essa visão da vida e reconhecemos que todos compartilhamos as mesmas ansiedades, inseguranças, sofrimentos, dor física, e inquietação, porque fazemos parte da mesma existência miserável podemos regular nossa expectativa de acordo com acontecimentos que costumam ser vistos como ruins não são incomuns ou inesperados mas sim consequências lógicas de uma existência baseada no infortúnio.

Por exemplo quando as pessoas estão sendo rudes conosco podemos imaginar como a vida tem sido atormentadora para essas pessoas até agora e que sua grosseria é de se esperar e que não devemos levar isso para o lado pessoal eles são prisioneiros assim como nós, esperando a próxima surra dos guardas e eventualmente a sua execução.

Portanto a menos que tenham conseguido transcender o sofrimento que vem com a vida é compreensível que as pessoas nem sempre se comportam da melhor maneira possível.

Juntamente com aceitação Schopenhauer aponta que sua perspectiva pessimista criou uma oportunidade para compaixão, e este é o segredo compaixão é a capacidade de reunir simpatia e preocupação com sofrimentos ou infortúnios de outras pessoas levando em consideração a quantidade de infortúnios que a vida traz e o fato de que ninguém jamais escolheu estar aqui. Podemos dizer com segurança que a compaixão é a resposta para quem dela participa.

Além disso Schopenhauer pensou que devemos ter compaixão para com nossos semelhantes pois é tão essencial para o nosso bem-estar da compaixão flui a nossa vontade de ajudar uns aos outros a nossa capacidade de aceitar as imperfeições do outro a nossa inclinação para tornar mais suportável essa prisão coletiva porque escolhemos mudar a forma como nos vemos não como inimigos mas como Schopenhauer chamou, “companheiros(as) de sofrimento” ou “companheiros de cela”.

Isso pode soar estranho mas está de acordo com os fatos, coloca os outros sobre uma luz correta e nos lembra daquilo que é afinal a coisa mais necessária na vida, a tolerância, a paciência, a consideração e o amor ao próximo dos quais todos precisam e que portanto todo homem deve ao próximo.

Livro - Sobre o Sofrimento do Mundo & Outros Ensaios:

Schopenhauer essencial tradução do alemão e apresentação de Gabriel Valladão Silva Os sete ensaios aqui reunidos estão entre os textos mais conhecidos de Arthur Schopenhauer (1788-1860). Publicados originalmente em Parerga e paralipomena (1851) - a obra magna do filósofo alemão, são parte de sua obra tardia, a que lhe garantiu o reconhecimento buscado durante mais de três décadas. Embora sua metafísica pouco tenha mudado ao longo dos anos, seu estilo, sim, mudou, tornando-a mais acessível. 

Trata-se de uma coletânea eclética, que reflete sobre questões universais como a ideia de existência após a morte, o sentido da vida e o sofrimento a ela inerente, o suicídio e o valor da religiosidade. Admirado por Nietzsche, Kafka, Freud, Wittgenstein e tantos outros pensadores que o sucederam, Schopenhauer mostra-se aqui como um escriba mordaz, aforístico, por vezes ríspido, que pregava o próprio pensamento como “filosofia para um tempo vindouro”. Mais de um século e meio após sua publicação, estes ensaios continuam a nos provocar e inspirar.

Comentário de Marcelo Fernandes na Amazon: Conhecido pelo seu pessimismo, Arthur Schopenhauer, esse grande filósofo alemão ficou conhecido por destacar em suas obras as questões de dor, morte e sofrimento. Arthur, por sorte ou azar, escrevia na mesma época que Hegel e tinha um certo ódio do autor, por fazer bem mais sucesso do que ele.

Uma curiosidade: Schopenhauer marcava suas palestras nas universidades sempre no mesmo horário das palestras de Hegel. E adivinha? Quase ninguém comparecia pra dele, enquanto a grande maioria se dedicava a brigar pra ver Hegel.

Neste livro "Sobre o sofrimento do mundo & outros ensaios" são trazidos alguns textos de Schopenhauer que vai tratar de assuntos como morte, coisa em si e fenômeno, nulidade da existência, suicídio, religião, sofrimento do mundo e negação da vontade de vida.

Todos esses assuntos são trazidos com uma escrita mordaz e até mesmo didática, pois muitas vezes me pareceu, antes de ler o autor, que sua escrita poderia ser complicada. Ao fazer um exegese do textos de Arthur, percebemos a sua preocupação em passar ao leitor o mundo de uma maneira mais real.

Não à toa ele foi admirado por Nietzsche, Freud, Kafka, Wittgenstein e tantos outros autores. Ainda hoje é muito discutido e difundido no meio acadêmico, pois deixou um grande legado.

Válido ressaltar que Schopenhauer também foi, assim como Nietzsche depois, um grande crítico das religiões monoteístas, principalmente o judaísmo. Para o autor as religiões mais coerentes eram budistas e hinduístas, algo que ele esclarece bem nos seus ensaios.

De forma geral, Schopenhauer é digno de seu título de pessimista.


Fontes: 

https://www.amazon.com.br/Sobre-sofrimento-mundo-outros-ensaios/dp/8525438715/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Schopenhauer

https://youtu.be/O0446OfcD9c

https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Schopenhauer

https://de.wikipedia.org/wiki/Arthur_Schopenhauer

https://www.scribd.com/document/756396958/E-Se-a-Terra-for-Um-Planeta-Prisao-Arthur-Schopenhauer-Sobre-o-Sofrimento-Do-Mundo-Ensaio-Sobre-as-Mazelas-Da-Existencia-docx

Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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sábado, 3 de outubro de 2009

Sofista - A ARTE DE ENGANAR! - Sofisma - Os Falsos Sábios, Ilusionistas do Saber - Retórica da Controvérsia - Os Malandros da Grécia Antiga


Você sabe o que é PseudoCéticos? [Clique Aqui]

Os Sofistas, os Ilusionistas do Saber... Mestres da Retórica Mentirosa, os Senhores da Enganação!
Sofistas se tratam de pessoas desonestas que usando de retórica intencionalmente enganosa tentam enganar os seus semelhantes, com um bom nível de sucesso...

- “Estes usam o 'argumento sofístico ou sofisma' que se trata de um falso argumento ou argumento intencionalmente falacioso; de sofista deriva 'sofisticado', no sentido depreciativo de algo muito elaborado ou excessivamente ornado, embora vazio de conteúdo... 

 - “Sofisma é a ‘Arte’ da controvérsia, da retórica intelectualmente desonesta e intencionalmente mentirosa”. [Bruno G. Moraes] / - “Na ‘Arte’ da sofisma não se dá importância a verdade, ou a justiça, só importa a vitória do debate contra o adversário, é uma questão de orgulho não de 'fatos'” [Bruno G. Moraes]

- “Para a mentira ser convincente é preciso que ela seja misturada com qualquer coisa de verdade” [principio básico da retórica sofistica]. Sofista é a pessoa que usa de argumentos capciosos para enfraquecer o verdadeiro, em favor do falso, dando-lhe aparência de 'verdadeiro'.

Vídeo com pequena explicação - Sofistas - Retórica da Controvérsia:

Sofistas - Significado - Definição - O que é... por SeteAntigos7


A retórica sofista é a arte de persuadir, independentemente das razões adoptadas (escolhidas). Levado até ao exagero, este tipo de técnica argumentativa desacreditou os sofistas na Antiguidade Clássica. 

Essa é a 'arte' emprega por advogados, políticos e lideres religiosos para literalmente 'enrolar o povo na conversa fiada', ela ainda é usada hoje em dia, e em Grande Escala! Quem desconhece as artimanhas da retórica da controvérsia acaba sendo esmagado pelos mestres da sofisma!

Dentre as várias armas que se encontram no 'cinto de utilidades' dos sofistas está o Ad-Hominen, Pernóstica, Erística, malabarismos dialéticos, Apelo a Autoridade (lei-se Argumentum ad Verecundiam), Cinismo, Distorções de Dados, Desvios propositais do tema central, Humor Nonsense, entrelaçamento de dados verdadeiros com falsos (o troca iscas), etc...

O sofista é fácil de ser identificado ele não é aberto a rever seus pensamentos, não se importa com a verdade, não está nem ai com a ciência (veja sobre PseudoCéticos) e não dá a mínima para as provas, quer apenas vencer o debate, custe o que custar, mesmo sabendo que está errado, pois é uma questão de orgulho, e não de fatos.

Se aproveitando da ignorância da platéia, o sofista pode fazer a verdade virar 'mentira' e a mentira virar 'verdade', usando de palavras polidas, e complicadas, invocando diplomas, e autoridades históricas eles podem literalmente vender gato por lebre... As pessoas vão aplaudir enquanto são feitas de idiota por eles/elas.

Quer deixar de ser feito de tolo(a)? Leia esse artigo inteiro, veja essa página aqui também - [Clique Aqui], e se puder compre esse livro - [Clique Aqui], - "Como Vencer um Debate Sem Precisar Ter Razão"- de Arthur Schopenhauer, com acréscimos de Olavo de Carvalho (o rei da Sofisma), onde esses dois filósofos (sim considero o Olavo um filosofo...ele é um filosofo desonesto) ensinam como identificar, e se precaver, contra as estratégias das retóricas da controvérsia dos mestres da sofisma, afinal esses dois SÃO MESTRES da sofisma.

Olavo de Carvalho revisou o livro de Arthur Schopenhauer que trata sobre Sofisma e Retórica da controvérsia, o Olavo faz tantos apartes que pode ser considerado o Co-autor dessa versão.

Grécia no tempo dos Sofistas, a sociedade grega foi levada a decadência graças as idéias dos falsos "sábios". A indolência e a confusão tomou conta, os Romanos se aproveitaram da crise, vieram e colocaram ordem na bagunça, executando muitos dos falsos sábios (foi derramado um oceano de sangue), usando força bruta contra eles. E isso deu certo...

Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser contraposto por outro argumento, e que a efetividade, de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia, um compromisso por tanto com a vitória em embates argumentativos, e não com a verdade. 

A sofística sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. É verdadeiro apenas aquilo que cada um pensa, isto é, a tão famosa, “Minha Verdade”, dos movimentos New Age. Assim é bom o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento, seguir essa linha de pensamento é arruinar completamente a organização social, é cair na anarquia total e sem limites. O único bem é o prazer (segundo os sofistas clássicos), a única regra de conduta é o interesse particular, e o resto, é resto...

Górgias (filosofo sofista) declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa... A moral, portanto, - como norma universal de conduta - é concebida pelos sofistas não como lei racional do agir humano, (isto é, como a lei que potencia profundamente a natureza humana), mas como um empecilho que incomoda o homem. 

Desta maneira, os sofistas estabelecem uma oposição especial entre natureza e lei, quer política, quer moral, considerando a lei como fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção, e entendendo por natureza, (não a natureza humana racional), mas a natureza humana sensível, animal, instintiva. 

E tentam criticar a vaidade desta lei, na verdade tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade comumente celebrada. Não é verdade - dizem - que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm freqüentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade (o que é uma verdade não conveniente...). 

Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens, pregam por tanto o Materialismo puro e crasso, não se acredita em “forças superiores”, nem em almas, ou deuses, são Ateus/materialistas os sofistas. O seu bem estar é o que importa, mesmo que muitos sofram por causa disso.

Platão e Aristóteles combateram os sofistas na época clássica

Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais, assassinatos, estupros, roubos, conspirações, etc... tudo é valido, segundo os sofistas. 

Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material exige é que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito, é a lei da selva aplicada a sociedade humana, já que na natureza (vida dos animais) a anarquia é completa e total. 

Quanto ao direito e à religião, a posição dos sofistas é extremista também, naturalmente, como na gnosiologia e na moral. A sofística move uma justa crítica, contra o direito positivo, muitas vezes arbitrário, contingente, tirânico, em nome do direito natural. Mas este direito natural - bem como a moral natural - segundo os sofistas, não é o direito fundado sobre a natureza racional do homem, e sim sobre a sua natureza animal, instintiva, passional. 

Então, o direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível, materialismo é isso, é a leia do mundo dos seres irracionais aplicada a vida humana também, hoje em dia o Darwinismo (evolução) aplicada a sociedades, cria o estado de caos da selva na vida social humana.

Atacados por Platão e Aristóteles, a tradição passou a considerá-los falsos sábios, ilusionistas do saber, mercenários e interesseiros... A palavra sofista deriva do grego sophistés, com o sentido original de habilidade específica em algum setor, ou homem que detém um determinado saber (do grego sóphos, “saber, sabedoria”). 

De início, vários profissionais eram “sofistas”: carpinteiros, charreteiros, oleiros e poetas. Quando o domínio de uma técnica era reconhecido por todos, o profissional era dito “sofista”, desde as atividades artesanais aos trabalhos de criação artística. O termo era, portanto, um elogio... 

A partir do século V a.C. surgiram os professores itinerantes de gramática, eloqüência e retórica, que ofereciam seus  conhecimentos para educar os jovens na prática do debate público. A educação tradicional era insuficiente para preparar o cidadão para a discussão política. 

Era preciso o domínio da linguagem e de flexibilidade e agudeza dialética para derrotar os adversários. O êxito desses tutores foi extraordinário! Passaram a ser então designados de sofistas, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão das massas. 

Citação - “Esmaguem os fanáticos e os patifes, suas insípidas declarações, as miseráveis sofismas, a história mentirosa... o amontoado de absurdos! Não permitamos que os possuidores de inteligência sejam dominados pelos que não a tem - e a geração vindoura nos deverá a razão e a liberdade”. (Voltaire, iluminista francês escritor e filósofo, inflamando as massas contra os sofistas defensores dos regimes totalitários, e da Igreja, no fim da idade média).

Por outro lado, foram recebidos com hostilidade e desconfiança pelos partidários do antigo regime aristocrático e conservador. Quando Atenas se envolveu na guerra do Peloponeso, os sofistas foram responsabilizados pela decadência moral e política da cidade. 

O julgamento de Sócrates ocorreu neste clima de acusação e ressentimento. Nos séculos IV e III a.C., pensadores como Platão, Xenofonte e Aristóteles, dramaturgos como Aristófanes em sua comédia 'As Nuvens', todos passaram a atacar sistematicamente os sofistas. O termo adquire um sentido pejorativo e desfavorável, marcando para sempre o vocabulário filosófico.

Características Gerais dos Sofistas

A primeira dificuldade em se falar dos sofistas em geral decorre do fato de não constituírem uma escola filosófica como os pitagóricos e os platônicos. Como veremos adiante, os sofistas seguem direções variadas e até mesmo opostas. 

Agrupá-los pelo que têm em comum, serve apenas para diferenciá-los dos filósofos anteriores, notadamente os pré-socráticos e suas preocupações com o mundo físico. Os sofistas marcam a passagem do período cosmotológico para o período antropológico, centrado em questões lingüísticas, gramaticais, epistemológicas e jurídicas.

De acordo com Guillermo Fraile [História de la Filosofia, Volume I, páginas 226/227], as  características gerais dos sofistas são as seguintes:

a) Relativismo – Tudo que existe é impermanente, mutável e plural. Tudo muda, as essências das coisas são variáveis e contingentes.

b) Subjetivismo – Não existe verdade objetiva. As coisas são como aparecem a cada um. “O homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras)

c) Ceticismo – Não podemos conhecer coisa alguma com certeza absoluta. O conhecimento humano é limitado às aparências.

d) Indiferentismo moral e religioso – Se as coisas são como parecem a cada um, não há nada que seja bom ou mau em si mesmo, pois não existe uma norma transcendente de conduta.

Em matéria de crença religiosa, devemos ser indiferentes, isto é, tanto faz acatar estes ou aqueles deuses. Alguns sofistas foram acusados, em conseqüência desta postura, de ateísmo.

e) Convencionalismo jurídico – Acentuam a contraposição entre lei e natureza (nómos –phýsis).

Não existem leis imutáveis, já que não possuem qualquer fundamento na natureza e nem foram estabelecida pelos deuses, mas são simples convenções dos homens para poderem viver em sociedade.

Sociedade Grega caiu em decadência por causa dos sofistas e suas retóricas enganosas

f) Oportunismo político – Se não há nada justo e injusto em si mesmo, todos os meios são bons para se atingir os fins que cada um se propõe.

O bom resultado justifica os meios empregados para conseguí-lo (os fins justificam os meios) A eloqüência é a arte da persuasão e pode ser empregada indistintamente para o bem e para o mal.

g) Utilitarismo – Mais do que servir ao Estado, os sofistas ensinavam a empregar as habilidades retóricas a serviço dos interesses particulares, manipulando, se necessário, os sentimentos e as paixões (enganar para conseguir o que quiser, sem se preocupar com ética ou moralismos).

h) Frivolidade intelectual – Mais do que autênticos filósofos, os sofistas eram prestidigitadores intelectuais que encobriam o vazio do seu pensamento com uma “pirotecnia verbal” fascinante. Tinham uma confiança ilimitada no poder da palavra, na capacidade do discurso (muito parecido ao que vemos nas igrejas evangélicas com relação aos seus pastores e também nos políticos, advogados e pseudocientistas como Richard Dawkins)

A Grécia nunca mais foi a mesma depois da disseminação dessas pragas (os sofistas)

i) Venalidade – Ao cobrarem por suas lições, os sofistas sofreram a crítica mais severa por parte dos atenienses, que não aceitavam fazer da atividade intelectual uma forma de negócio. Platão qualificava os sofistas de “mercadores ambulantes de guloseimas da alma”. (Protágoras, 313 a.C)

j) Humanismo – Ao centrar seus interesses nos problemas humanos, os sofistas podem ser comparados aos humanistas da renascença (século XV), preocupados com os problemas práticos do homem político, da natureza humana inserida na pólis e na vida do Estado.

O que se percebe nesta caracterização? Apenas o último item é positivo, enquanto todo o restante é condenável.

Condenação e Reabilitação dos Sofistas:

No diálogo Sofista, Platão mostra Sócrates a debater diversas definições para os sofistas:
  • Caçador interesseiro de jovens ricos (223b);
  • Comerciante do ensino e das virtudes (224d);
  • Pequeno comerciante de mercadorias de primeira ou de segunda-mão (224e);
  • Mercenário da arte da erística, da contradição, do combate (226a);
  • Arte do simulacro, da ilusão (236c).
A erística é a arte de batalhar com palavras (logomaquia, para os gregos), ou seja, a arte de vencer nas discussões. Como se vê, Platão reduz o sofista á condição de comerciante do saber, mercenário do espírito, mero ilusionista sem conteúdo. Na peça As Nuvens, Aristófanes diz que o sofista possui a habilidade de pronunciar um discurso justo e um discurso injusto sobre o mesmo tema.

Apesar de todo o mal que causaram (e continuam causando hoje em dia), existe alguns pontos a se considerar no discurso sofismático

No caso de um homicídio, por exemplo, o sofista poderia argumentar com igual brilhantismo como advogado de defesa e como promotor de acusação. Outro discípulo de Sócrates e contemporâneo de Platão, Xenofonte escreve nos Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates, que os sofistas eram comerciantes da sabedoria, e como tais comparáveis à venalidade da prostituição. 

E Aristóteles, na obra Argumentos Sofísticos, acusa os sofistas de “traficantes de uma sabedoria aparente, não real”. (Arg. Sof., I, 165a). Como se não bastasse, ainda o mesmo Platão em diálogos como Ménon Crátilo, dirige aos sofistas as mesmas denúncias de vendedores caros de uma ciência não real, mas aparente. Não se pode esquecer a origem aristocrática de Platão a Aristóteles. 

Este último era filho de um médico da corte de Felipe da Macedônia, tendo sob seu encargo a educação do filho do rei, o jovem Alexandre, posteriormente Alexandre Magno (O Grande). Acostumados a freqüentar palácios e imersos numa cultura que despreza o trabalho manual, enxergaram apenas os aspectos venais e as habilidades verbais dos sofistas, como se fossem a ameaça contra o verdadeiro saber.

Existe alguns pontos positivos com relação aos sofistas

Podemos reconhecer aos sofistas gregos os seguintes Méritos:
  1. Iniciaram uma reflexão sistemática sobre os problemas humanos, ao invés das questões naturais e cosmológicas dos filósofos pré-socráticos;
  2. Aperfeiçoaram a dialética e a discussão crítica sobre as limitações e o valor do conhecimento;
  3. Destacaram o caráter diverso e relativo das leis, próprias de cada cidade, enfatizando a contraposição entre natureza (phýsis), lei (nómos) e pacto (thésis), em que se baseiam o direito natural e o direito positivo. Ver a respeito o fragmento “A Verdade” de Antifonte;
  4. Defenderam o conceito de natureza comum a todos os homens, o que serviu para fundamentar a lei de modo mais igualitário e universalista;
  5. Desenvolveram princípios educativos para o ensino de gramática e retórica; Protágoras considerava-se um mestre da sabedoria e da virtude política (politiké areté), formando os jovens para o debate público e o governo do Estado. O ideal sofístico de uma natureza humana que pode ser educada e constantemente aperfeiçoada deu início à ciência pedagógica e à formação humanista na antiguidade. Não é pouca coisa, mas não se iguala, sem dúvida alguma, às contribuições de Sócrates, Platão e Aristóteles.
Aristóteles fez mais pela grécia e o mundo ocidental do que os Sofistas, que mais atrapalharam que ajudaram

Ao menos seja reconhecida a influência positiva dos sofistas no debate jusfilosófico: a defesa do naturalismo permite assentar o direito numa perspectiva mais cosmopolita e equânime.

Protágoras (490-420a.C.) e Górgias (485-380a.C.)

O mais eminente dos sofistas foi Protágoras, tratado com respeito por Platão no diálogo que leva seu nome. Atribui-se o primeiro estudo sistemático de gramática, distinguindo os gêneros masculino, feminino e neutro e as partes da oração em substantivo, adjetivo e verbo. Em retórica distinguiu as partes componentes do discurso: preâmbulo, disposição, exposição, discussão, refutação e conclusão. 

Ensinou durante quarenta anos e tornou-se muito rico, pois cobrava caro por suas lições. Protágoras defendia o relativismo do conhecimento, através do famoso dito “O homem é a medida de todas as coisas”. 

Se não há uma razão ou um bem imutável, se todas as percepções são subjetivas, a habilidade retórica deve prevalecer para que meu argumento seja vencedor. A posição relativista conduz ao dilema da verdade e do discurso verdadeiro: vence a discussão quem tem razão ou tem razão quem vence a discussão?

Assembléias gregas, lugar de debate e entendimento entre os sábios

Górgias é famoso por seu niilismo exacerbado. Levando as teses relativistas ao extremo, nega a possibilidade de qualquer conhecimento, seja do espaço e do tempo, das coisas particulares ou mesmo do ser em geral. Conserva-se de Górgias os três princípios: a) Nada existe (o ser e o não-ser não existem); b) Se algo existisse, não poderia ser conhecido, ou seja, seria incompreensível para nós; c) Se algo existe e pode ser conhecido, não pode o conhecimento ser comunicado a alguém (este conhecimento seria totalmente subjetivo). 

É possível que as teses de Górgias fossem um exercício de retórica, para provocar os oponentes ou exercitar os alunos. Um jogo dialético para questionar as afirmações dogmáticas ou pretensamente absolutas de muitos filósofos. O fato é que ambos, Protágoras e Górgias, compartilham das mesmas teses céticas e reduzem o conhecimento ao jogo das aparências. 

Outros sofistas de destaque foram: Hípias, Pródicos, Cálicles, Crítias e Antifonte. Chegaram até nós alguns fragmentos de suas obras e referências às suas façanhas de oratória. No que interessa à filosofia do direito, a contribuição dos sofistas foi questionar os valores éticos e jurídicos da pólis ateniense, pondo em causa a forma de governo, combatendo a injustiça da economia escravista, embasando o direito natural a partir da ordem humana e não divina.


Grécia vista do espaço, pais europeu sofreu com o aparecimento dos sofistas, os falsos sábios, os mestres da retórica enganosa e ardil

Os sofistas forneceram os argumentos contra as distorções do direito positivo vigente nas diversas pólis gregas. O indivíduo é o criador da cidade e vale sempre mais que a coisa criada: sua consciência, sua lei interior é mais valiosa que o decreto do democrata Péricles ou do tirano de Tebas. A crítica dos sofistas trouxe problemas. 

Com relação à escravidão, diziam: “os deuses nos fizeram livres e a ninguém fez escravo”. Ironizavam, na prática, a justiça da cidade, ensinando a quem quisesse pagar como vencer uma causa, independentemente da tese a ser defendida. 

Às leis decretadas pelo poder governante (nómos), opunham o conceito de uma natureza ou princípio natural (phýsis) presente no cosmo e no homem, assinalando, desse modo, a diferença entre as normas jurídicas convencionais e que quase sempre se identificam com os interesses do grupo mais forte. Para ilustrar o tema, um texto de Antifonte, “O Sofista”.

Nas praças publicas, os sofistas ofereciam seus serviços educacionais

Antifonte de Atenas

Antifonte de Atenas (480-411 a.C.) é uma figura controversa. Menciona-se na antiguidade um Antifonte famoso pela oratória e que teria sido o primeiro logógrafo, ou seja, o primeiro a escrever discursos sob encomenda. Do orador restam discursos importantes. Não se tem certeza se o orador e o sofista são os mesmos. 

Dúvidas históricas à parte, Antifonte, o “Sofista”, representa melhor que todos a contraposição entre a natureza (phýsis), na qual se baseia o direito natural, considerado inato e absoluto, e as leis da cidade (nómos), nas quais se apóia o direito positivo, puramente convencional e imposto pela força ou pela necessidade. 

A verdadeira justiça baseia-se na lei natural, que corresponde à verdade. As leis civis não passam de opinião. A separação em classes sociais é convenção social. Fomos todos feitos pela natureza do mesmo modo. Se a lei é apenas uma convenção, podemos transgredi-la, desde que ninguém o saiba.

Grécia não resistiu ao "fenômeno" sofistico, caiu em decadência e se enfraqueceu

Mas não podemos transgredir de maneira alguma uma lei natural. Muitas leis e costumes não escritos são contrários à natureza, diz Antifonte, como honrar aos nascidos de berço nobre e desprezar os comuns. Todos os homens são iguais por natureza, sejam gregos ou bárbaros (não gregos).

Leia-se a seguir trechos selecionados de A Verdade, de Antifonte:

Justiça é não transgredir as leis (nómos) da cidade, em que alguém é cidadão. Desse modo, um homem poderá melhor conduzir-se em harmonia com a justiça se na presença de testemunhas respeita as leis e, quando está só, sem testemunhas, respeita os decretos da natureza (phýsis). O que pertence às leis é imposto artificialmente, enquanto o que pertence à natureza é compulsório. 

Aquilo que se conforma às leis, se permanece oculto aos que estão de acordo com elas, escapa da vergonha e da punição; se não permanece oculto, não escapa; em contrapartida, se algo conatural à natureza (phýsis) é forçado, ultrapassando o que é possível, ainda que permaneça oculto a todos os homens, o mal não é menor, nem muito maior se todos o vêm, pois nesse caso não há transgressão segundo a aparência (doxa), mas segundo a verdade (alétheia).

Grécia literalmente pegou fogo por causa dos Sofistas!

A maior parte do justo segundo a lei é contrário à natureza. Com efeito, está legislado – estabelecido por nómos – para os olhos o que devem e não devem ver; para os ouvidos, o que devem ou não devem ouvir; para a língua, o que devem ou não devem dizer; para os pés, onde devem ou não devem caminhar; para o ânimo, o que deve ou não deve desejar. As proibições da lei não estão em acordo com a natureza. (...) 

A vida pertence à natureza, assim como a morte; a vida deriva do que é proveitoso, a morte que é nocivo. Respeitamos e veneramos os nascidos de pais nobres, mas não respeitamos nem veneramos os que não se originam de casa nobres. (...) Tratamo-nos uns aos outros como bárbaros, embora todos por natureza tenhamos nascidos iguais, bárbaros e gregos. E é permitido a todos os homens observar as leis da natureza, que são obrigatórias. (...) Todos nós respiramos pela boca e pelo nariz, e comemos com as mãos...





Fontes:
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...

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- “A maior revelação que o ‘Salto’ traz não é consolador, mas sim perturbador. O Mundo em que estamos é um campo de concentração para extermínio de uma Superpotência do Universo Local”. (Bruno Guerreiro de Moraes)

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