Palestra proferida em Lugano (Suíça) em 2015:
Mauro Biglino, depois de 30 anos traduzindo escritos do hebraico para o italiano, concluiu: "A bíblia não fala de Deus", a "Bíblia não é um livro Sagrado"!
O Antigo Testamento é
um compêndio de crimes contra a humanidade. É um resumo de genocídio,
extermínio, feminicídio, infanticídio, e tudo com agravante de crueldade
gratuita promulgados sob base étnica. A Bíblia não é um livro sagrado e não
fala de Deus. Quem afirma tudo isso é Mauro Biglino, estudioso da história das
religiões. Trabalhou como tradutor do Antigo Testamento para a Editora 'Edizioni San Paolo' (Itália). Seu contrato de trabalho foi encerado assim que sua carreira de
escritor teve início, pois revela descobertas surpreendentes feitas em 30 anos
de análise dos assim ditos 'Textos Sagrados' que desde sempre são mantidas às
escondidas pela Igreja Católica. Assistam com a mente aberta e não tenham medo pois Biglino não vem
para destruir a ideia de Deus mas sim para tentar mostrar que a Bíblia não fala
sobre Ele mas sobre um outro ser que foi transformado em Deus pela teologia.
- Quem é Mauro Biglino?:
Mauro Biglino trabalhou durante anos no Vaticano como tradutor de hebraico
antigo para as Edizioni San Paolo, uma das mais importantes editoras católicas
do mundo, que edita a Bíblia e outros livros católicos em todo o mundo. Era
responsável pela tradução dos escritos originais da Bíblia, em hebraico, para a
publicação em italiano. Trinta anos depois de ter começado o seu trabalho como
tradutor, publicou “A Bíblia não é um Livro Sagrado”, obra polêmica em que
assegura: “A Bíblia não é aquilo que habitualmente se diz. Conta uma outra
história, não se ocupa de Deus”. Biglino afirma que
“não há qualquer referência a Deus nos textos da Bíblia. Há, sim, um coletivo
chamado Elohim, e a um deles em particular, chamado Yahweh “. A certa altura,
explica o autor, “as traduções foram sendo adulteradas e foram convertendo
Yahweh num Deus único e todo poderoso”. E acrescenta: “Em hebraico nem sequer
há nenhuma palavra que signifique Deus”. No seu livro, Mauro Biglino detalha o
percurso das traduções oficiais da Bíblia, que foram adulteradas “para inventar
o monoteísmo”.
Biglino, que nasceu
em 1950 na cidade italiana de Turim, aprendeu hebraico na comunidade hebraica
de Turim. Mais tarde, a editora do Vaticano apercebeu-se dos trabalhos de
tradução de Biglino, reconheceu o seu rigor e convidou-o para colaborar. Ele
declara: “Além disso, perceberam que eu também conhecia latim e grego, línguas
essenciais para entender o contexto dos textos bíblicos”.
“Em 2010, comecei a
escrever um livro em que denunciava algumas das contradições que encontrava nas
minhas traduções dos textos bíblicos, e desde esse momento a colaboração foi
interrompida, acabaram o meu contrato de trabalho”. Biglino acrescenta que
compreende “perfeitamente” a decisão da editora, uma vez que se tornou
“inviável” estar ao serviço da editora e obter conclusões tão distintas. “Quando eu digo que a
Bíblia não fala de Deus, não digo que Deus não existe, porque não sei. Digo
apenas que a Bíblia não fala de Deus”, destaca, acrescentando que, no seu
entender, “não se sabe nada sobre Deus”.
Mauro Biglino afirma ainda que não é o único a discordar das traduções
oficiais da Bíblia, mas acrescenta que “não há muitos que tenham a coragem de
divulgar as suas conclusões”.
O investigador Mauro
Biglino afirma que o “que conhecemos do Antigo Testamento é aquilo que os
poderosos de cada época nos quiseram transmitir” e que este conjunto de textos
bíblicos foi alvo de “um colossal engano”. Mauro Biglino faz
estas declarações no livro “A Bíblia não é um Livro Sagrado”, que apresenta no
próximo dia 23, às 18:30, na FNAC Colombo, em Lisboa.
Na abertura do livro,
o autor italiano esclarece que “o termo Bíblia, usado por comodidade, indica
justamente o Antigo Testamento”, e justifica: “Na aceção comum a ‘Bíblia’ é o
Antigo Testamento e, como o resto dos outros livros, é conhecida pela definição
sintética de Evangelhos e Novo Testamento”. Segundo Biglino, esta
sua obra “coloca em evidência como a ‘divindade’, espiritualmente falando, não
está presente no Antigo Testamento e que, principalmente, não há Deus, não há
culto algum destinado a Deus”.
Para o investigador,
autor de outras obras como “Il Libro che Cambiarà per sempre le nostre Idee
sulla Bibbia” e “Il Dio Alieno della Bibbia”, o Antigo Testamento “foi objeto
de um colossal engano” e “é um trabalho de ocultação praticado ao longo de séculos,
por parte de quem quis utilizar aquele conjunto de escritos para fins que nada
têm a ver com a espiritualidade”.
O termo
“espiritualidade” tem sido “amplamente usado, mas de maneira enganosa, ou pelo
menos errada, por parte de quem age de boa-fé”, escreve.
“Aquilo que
conhecemos do Antigo Testamento é aquilo que os poderosos de cada época nos
quiseram transmitir, a partir dos teólogos hebreus, que deram início à
elaboração da doutrina monoteísta, até às estruturas atuais, que agem através
de sistemas de pensamento teológicos e ideológicos desprovidos de qualquer
fundamento”, que “só a mistificação sobre o texto bíblico tornou possível a sua
difusão”, atesta.
No Antigo Testamento,
argumenta Mauro Biglino, “há a obediência temerosa, direcionada a um indivíduo
que se chama Yahweh, que pertence ao grupo dos Elohim, seres de carne e osso
que nunca são definidos como ‘deuses’, em termos espirituais”. “O livro do
Eclesiastes, que na Bíblia hebraica é chamado Kohelet, afirma com uma clareza
que não deixa espaço a dúvidas que o homem nada tem a mais (alma ou espírito)
em relação aos animais e que, depois da morte, homem e animais vão para o mesmo
lugar”.
No prefácio, a
jornalista Sabrina Pieragostini, da Mediaset, afirma que ler Mauro Biglino
“representa uma vertigem constante”, que é um autor “desestabilizador”, que a
“golpes de picareta” faz “uma análise textual, meticulosa até chegar a ponto de
se tornar obcecada, que coloca em evidência cada mínima contradição e elimina
qualquer superestrutura teológica”. Sobre o seu trabalho
escreve que o fez “com o esmero de um filólogo, traduzindo literalmente
passagens completas do hebraico ou detendo-se em cada palavra, enfrentando
variantes e interpolações no texto massorético original”.
A jornalista adverte
que ler Mauro Biglino “significa aceitar discutir todas as nossas certezas”,
pois o autor considera que o Antigo Testamento não é sagrado, na medida que nem
fala da criação, nem de Deus. Mauro Biglino,
segundo nota disponibilizada pelos Livros Horizonte, que chancelam a edição portuguesa,
tem colaborado em várias revistas, é um "estudiosos de História das
Religiões", tendo sido o tradutor de hebarico antigo para as Edizioni San
Paolo, de Itália, e "dedica-se, há quase 30 anos, aos chamados textos
sagrados".
- Saramago sublinhou ainda: “as guerras de religião estão na História, sabemos a tragédia que foram”. Considerou que “as Cruzadas são um crime do Cristianismo, morreram milhares e milhares de pessoas, culpados e inocentes, ao abrigo da palavra de ordem 'Deus quer!', tal como acontece hoje com a Jihad (Guerra Santa).
Saramago é outro escritor (ganhador do Nobel) que falou grosso contra a religião
- “É uma ficção absurda a afirmação de que as igrejas são ‘úteis’
a sociedade. Elas não são nada mais do que centros de propaganda de crenças
supersticiosas e doutrinas fantasiosas, são fábricas de arrecadar dinheiro de
modo ilícito. Os membros da Igreja têm o direito de acreditar e propagar suas
várias doutrinas imaginárias a vontade. Mas eles devem pagar todos os custos
desta propaganda, incluindo uma tributação justa para todos os bens da igreja,
a taxação da arrecadação de doações para essas causas fantasiosas deve ser
incentivada”. [Emanuel Haldeman-Julius,
escritor socialista americano, pensador ateu, reformador social e editor. ‘A
Igreja é um fardo, não um benefício na vida social’].
- “Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldades”.
Disse José Saramago, ganhador
do Prêmio Nobel de Literatura. Ele afirma ainda que - ‘não existe nada de
divino na Bíblia, nem no Corão’. Sobre o ‘livro sagrado’, eu
costumo dizer - ‘Lê a Bíblia e perde a Fé!’.
- Saramago sublinhou ainda: “as guerras de religião estão na História, sabemos a tragédia que foram”. Considerou que “as Cruzadas são um crime do Cristianismo, morreram milhares e milhares de pessoas, culpados e inocentes, ao abrigo da palavra de ordem 'Deus quer!', tal como acontece hoje com a Jihad (Guerra Santa).
- Saramago lamenta que todo esse horror tenha sido feito em nome de “um
Deus que não existe, nunca ninguém o viu!”. Ele comentou - “O teólogo Hans Kung
disse sobre isto uma frase que considero definitiva, que as religiões nunca
serviram para aproximar os seres humanos uns dos outros. Só isto basta para
acabar com essa estória de Deus”.
- Saramago continuou - “Mas há coisas muito mais idiotas, por exemplo:
antes, na criação do Universo, Deus não fez nada... Depois, decidiu criar o
Universo, não se sabe porquê, nem para quê. Fê-lo em seis dias,
apenas seis dias. Descansou ao sétimo... e até hoje! Nunca mais fez nada! Isto
tem algum sentido?”.
- “Nunca tive qualquer dúvida sobre as consequências enormemente
negativas e nefastas da existência das religiões, que inevitavelmente se opõe
umas às outras. Matar, matar e matar... Foi isso que fizeram ao longo da
história e não há nada a acrescentar ao seu historial sangrento”.
- Saramago salientou ainda que “no Catolicismo os pecados são castigados
com o Inferno eterno. Isto é completamente idiota!”. “Nós, os humanos somos
muito mais misericordiosos. Quando alguém comete um delito vai cinco, dez ou 15
anos para a prisão e depois é reintegrado na sociedade, se quiser”, disse.
- “Nós, os homens, criamos Deus à nossa imagem e semelhança, não ao
contrário. Por isso é tão cruel, má pessoa e vingativo. Deus e o demônio não
estão no ‘céu’ nem no ‘inferno’, estão na nossa cabeça. Primeiro
criamos ‘Deus’ e logo nos escravizamos a ele”.
- “O Corão, que foi escrito só em 30 anos, é a mesma coisa. Imaginar que
o Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de
comunicação tinham Maomé ou os redatores da Bíblia com ‘Deus’, que lhes
dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo! Nós somos manipulados e
enganados desde que nascemos. Todo esse horror em nome de um Deus que não
existe! Nunca ninguém o viu!”.
- “Ainda que não seja crente, a religião está no ar, respiramo-la. Não
se pode ignorar”.
- “Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário”, [José Saramago, disse em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de ‘As pequenas memórias’, obra em que recorda sua infância entre os 5 e 14 anos].
- “Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário”, [José Saramago, disse em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de ‘As pequenas memórias’, obra em que recorda sua infância entre os 5 e 14 anos].
Mauro Biglino: A Bíblia NÃO É UM LIVRO
SAGRADO!
Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Mauro_Biglino
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mauro-biglino-antigo-testamento-e-um-trabalho-de-ocultacao-praticado-ao-longo-de-seculos
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mauro-biglino-antigo-testamento-e-um-trabalho-de-ocultacao-praticado-ao-longo-de-seculos
Bruno Guerreiro de Moraes, apenas alguém que faz um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza...
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Muito inteligente esse tal de Mauro Biglino. Nunca tive uma visão crítica da Bíblia dessa maneira. Mas em 2005 um homem jovem muito culto e inteligente me disse "a Bíblia é um baita livro de sacanagem". É mesmo. Um enganando, manipulando o outro e mentindo para o outro. Muito melhor é ler o Dao De Jing e Os Analectos e o Tripitakas.
ResponderExcluirEu participei de uma missão de evangelismo, no qual dávamos estudos bíblicos para quem solicitava, no caso o primeiro capítulo tinha um argumento notável, no qual o planeta ao qual vivemos para estar nessas condições de vida são menores que 0,1%, por isso, venho dizer:
ResponderExcluirNão me convenci pelo argumento do próprio estudo bíblico que estava dando :/ , afinal existem mais de trilhões de planetas para tal :/
A partir daí comecei a fazer uma marcha na bíblia para estudar argumentos para pregar aos ateus, por um motivo não terminei nem os livros de Moisés já estava vendo meu pé fora da igreja.