quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ditadura Mundial dos Banqueiros - Parte [4 de 5] - Os Donos do Planeta

Veja Todas as Partes: [Parte 1] - [Parte 2] - [Parte 3] - [Parte 4] - [Parte 5]
*Plutocratas - os donos do Mundo (*A plutocracia [do grego ploutos: riqueza; kratos: poder] é um sistema perpetuo no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico)
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Fiéis aos grandes manipuladores da história – e da atualidade – os Rothchilds tinham o mau hábito de criar uma dada ameaça contra a qual eles mesmos apresentavam uma solução. Essa tática originária da máfia cesarista lhes conferia uma aura de santidade, já que eram vistos como cavaleiros brancos que aliviavam as massas de suas piores tribulações. Alguns historiadores passaram a chamar essa estratégia de ‘falso terror’Após as guerras napoleônicas, Nathan Rothschild achou que as nações da Europa estavam tão miseráveis e desesperançosas que seus governantes concordariam com qualquer oferta que lhes anistiassem de suas dívidas monumentais. Foi então que os Rothschilds orquestraram o chamado Congresso de Viena – a primeira proposta pública de um governo mundial, a Liga das Nações.


Chora menos, quem pode Mais! No sistema da plutocracia não tem para ninguém, os ricos MANDAM e desmandam! Na época das monarquias absolutistas era a mesma coisa...


O plano teria funcionado, mas o então Czar da Rússia detectou as segundas intenções do acordo e o sabotou terminalmente. Furioso, Nathan jurou que ele ou seus descendentes destruiriam o Czar e sua família por essa afronta. É interessante notar que os Rothschilds realmente cumpriram essa promessa em 1917, com o seu papel crítico na Revolução Russa.


Enquanto os Rothschilds se ocupavam em consolidar o seu punho-de-ferro monetário nos países da Europa, mais um inimigo estava prestes a emergir do outro lado do Atlântico. Até o ano de 1764, a jovem América permanecia ilesa do dano causado pelos banqueiros internacionais. Carentes de metais preciosos com os quais moedas poderiam ser cunhadas, seus estados se viram obrigados a fazer experimentos com um dinheiro próprio, de papel. O modelo ganhou aderência, e logo a América – apesar de ser colônia da Inglaterra – passou a emitir a sua própria moeda autônoma, livre de débito e independente do ouro e da prata. Esse sistema ímpar foi o mais bem-sucedido já usado nas colônias. Benjamin Franklin era o bandeirante mais fervoroso dessa moeda colonial. Durante sua estada em Londres no início de 1760, Franklin recebeu uma carta do Banco da Inglaterra, indagando sobre a causa dessa estranha prosperidade na América. Ele respondeu [*9]: - “É simples. Nas colônias, nós criamos a nossa própria moeda. Nós a emitimos na proporção do comércio e da indústria, para que os produtos circulem facilmente entre os consumidores. Ao criar o nosso próprio papel-moeda, nós controlamos o seu poder de compra, e não precisamos pagar juros a ninguém”-

Essa situação era meramente relevada pela metrópole britânica – mas com a dívida da Inglaterra para com seu banco central se multiplicando dos dezesseis milhões de 1694 para cento e quarenta milhões na década de 1750, algo havia de ser feito. Em uma tentativa crassa de aumentar a sua renda, a Coroa iniciou um programa mais rigoroso de exploração colonial, cuja principal medida era extinguir o papel-moeda do qual Franklin tanto se orgulhava. Assim, em 1764, o Parlamento inglês ordenou que as colônias americanas pagassem todos os seus futuros impostos em ouro ou prata. O efeito dessa imposição na América foi imediato. Franklin escreveu em sua autobiografia que “no período de um ano, as condições se reverteram de tal forma que uma era de prosperidade acabou e uma era de depressão teve início, ao ponto das ruas das colônias estarem cheias de desempregados”. Talvez mais chocante é o que Franklin escreve a seguir: - “As colônias teriam alegremente respeitado os impostos sobre o preço do chá e outros produtos se a Inglaterra não tivessem roubado a sua moeda.”-

As ações dos banqueiros sobre a economia das colônias foram a principal causa da Guerra da Independência – que eventualmente levaria à fundação dos Estados Unidos. A emancipação dos Estados Unidos da América atraiu os olhos do mundo para o hemisfério ocidental – e os Rothschilds não foram exceção.


O nascimento dessa nova nação de moeda própria e doutrina política independente era um obstáculo tão grande à idade plutocrática que eles cogitaram a possibilidade de derrota. Começando em 1781, os banqueiros internacionais abriram um banco central atrás do outro por intermédio de seus agentes nos EUA [10]. Mas cada vez que eles se viam próximos da vitória, algum grupo de patriotas no governo usava a Constituição ou a autoridade do Congresso para fechar o banco. Essas e outras características únicas faziam dos EUA uma muralha difícil de ser penetrada, muito mais resistente do que a Inglaterra e a França em termos de controle financeiro.


Essa batalha silenciosa se estendeu por anos, culminando com uma ameaça direta do próprio Nathan Rothschild aos partidários de uma América independente. Às vésperas do fechamento de mais um banco central (o Banco dos Estados Unidos), Nathan advertiu os EUA que uma guerra desastrosa lhes assolaria caso eles não fossem simpáticos à situação. Mas o presidente James Madison não se deixou intimidar. E dentro de cinco meses após o fechamento do banco, a Inglaterra declarou a Guerra de 1812 contra os EUA – exatamente como Nathan havia previsto.


Nathan levou uma vida produtiva, mas infelizmente ele não veria o seu império triunfar sobre o leviatã americano. A Guerra de 1812 terminou com um empate vergonhoso em 1814. Os financiadores europeus perceberam que se quisessem se infiltrar nos Estados Unidos, a manobra mais lógica seria, naturalmente, dividí-los. O renomado chanceler alemão Otto von Bismarck tem uma citação peculiar associada à sua figura:  - “Não há dúvida nenhuma. Eu tenho certeza absoluta de que a divisão dos Estados Unidos em duas federações de força equivalente foi orquestrada bem antes da Guerra Civil pelos poderes financeiros da Europa. Esses banqueiros temiam que se os Estados Unidos permanecessem como um bloco, e evoluíssem para uma nação, eles obteriam independência financeira e econômica a ponto de desequilibrar o domínio capitalista da Europa sobre o mundo.” –


A Guerra Civil americana nunca foi uma guerra contra a escravidão. O próprio Abraham Lincoln o disse em seu discurso de posse em 1861 [*11]:  - “Eu não tenho a intenção, direta ou indiretamente, de interferir na instituição da escravatura nos estados onde ela existe. Eu não tenho o direito de fazê-lo” –  O verdadeiro propósito da Guerra está bem claro. Independente de seu resultado, uma América enfraquecida e endividada para com os banqueiros seria presa fácil para a dominação européia sobre os três continentes ocidentais. A guerra entre o Norte e o Sul era inevitável, engatilhada pela abertura dos estados sulistas à tutela européia. E a posição de Lincoln, encabeçando o Norte nacional-industrialista, era mais do que delicada. Só a Inglaterra já havia estacionado 11.000 de seus soldados ao longo da fronteira do Canadá com os Estados Unidos logo após o primeiro tiro – fora o apoio da França. Frente a esses números, ele não hesitou em viajar para Nova York a fim de obter empréstimos para financiar suas tropas.


É desnecessário dizer que Lincoln estava sendo esperado. Ansiosos por uma vitória européia, os banqueiros se recusaram a oferecer dinheiro a taxas de juros menores que 24% ao ano. Eles certamente esperavam que o presidente implorasse – como fizeram os ingleses nos dias do Banco da Inglaterra – e abrisse as portas da América para um banco nacional. Mas ele não cedeu. Voltou a Washington, à procura de novas soluções. E uma solução surgiu. Lincoln percebeu que podia criar seu próprio dinheiro, como o Rei Henrique fizera há 800 anos atrás, e muitos outros desde então. A partir de 1862, o presidente emitiu US$ 432.000.000 em notas novas, sancionadas pelo Congresso e reconhecidas legalmente como dinheiro americano. Por volta da mesma época, Lincoln foi acometido por outra surpresa excepcionalmente fortuita. O Czar da Rússia, Alexandre II, também havia descoberto os desígnios dos banqueiros internacionais para a economia mundial.


Como forma de atingí-los, Alexandre declarou que qualquer apoio dado ao Sul dos Estados Unidos pela Inglaterra ou França seria encarado como um ato de guerra contra a própria Rússia. O tabuleiro havia se invertido em uma questão de meses. Enquanto as nações da Europa assistiam impotentes, Lincoln comprou tropas, armamentos e provisões – e conduziu sua guerra magnanimamente até a data de sua vitória. Os liberalistas a favor de um mundo mais humanitário se extasiavam em celebração. Sob a bandeira de Lincoln, os estados da América se reuniriam em um único bloco caracterizado por uma moeda governamental. Essa nação em ascendência seria um porto seguro para quem buscasse liberdade dos grilhões dos juros e bancos fracionários.


Sem o poder do monopólio e a segurança do anonimato, os financiadores internacionais estariam ameaçados de extinção. Isso é o que poderia ter acontecido – mas a realidade não é tão romântica. Quarenta e um dias após ter sido reeleito, Lincoln foi assassinado em um camarote de teatro. Sua intenção de expulsar os banqueiros europeus de forma permanente, assim como seus planos de instaurar notas federais livres de débito como moeda oficial dos Estados Unidos da América nunca seriam realizados.


Com a morte de Lincoln, o ouro retomaria o título de moeda-padrão, permitindo aos banqueiros uma pequena vitória atrás da outra até o fatídico 23 de Dezembro de 1913.

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Notas:

9 Robert Harris Brevig, Beyond our Consent
10 Patrick S. J. Carmack, The Money Masters: How International Bankers Gained Control of America
11 Inaugural Addresses of the Presidents of the United States.Washington, D.C. EUA

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